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O MUNICÍPIO FRENTE AO FEDERALISMO E AO PRINCÍPIO DA

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O MUNICÍPIO FRENTE AO FEDERALISMO E AO PRINCÍPIO DA
SUBSIDIARIEDADE
Subsidiariedade tem sua origem no latim: subsidium afferre, significa “prestar ajuda“, oferecer proteção. Refere-se a uma ajuda secundária – reserva de emergência - que só entrará em ação se a ajuda prioritária, a auto-ajuda não bastar. Este princípio representa um empenho positivo das sociedades maiores no confronto das sociedades menores para ajudar e suprir eventuais deficiências, com o intuito de integrar, estimular o crescimento e buscar a capacidade de recuperação e emancipação. O princípio da subsidiariedade procura unir o federalismo à solidariedade - correlação entre integração e autonomia, reciprocidade e cooperação.
Entre os entes do Estado Federal existe uma distribuição de competências, essa distribuição de competências próprias conduz a outro fator bastante importante para o exercício da autonomia, que é o provimento dos cargos componentes da estrutura administrativa sem interferências federativas. Além disso, ao lado da repartição de rendas, a repartição de competências constitui atributo essencial à caracterização do federalismo e, por conseguinte, ao estudo das transferências de recursos entre os entes federados. 
Nesse sentido, pontua os autores do texto: 
Assim, pode-se concluir que o Município, dentre os entes da federação é o mais capacitado a atender as necessidades e a solucionar os problemas do povo, pois, afinal está mais perto dele, sendo titular de competência legislativa e administrativa, outorgadas pela Constituição Nacional, para tornar possível a realização de interesses locais.
A nossa Carta Magna em seus artigos 23 e 24 nos fala das competências dos entes. O art. 23 trata das competências entre os entes da federação, onde as atribuições administrativas são paralelas, cumulativas. O supremo Tribunal Federal, em seu informativo 579, nos diz, da responsabilidade solidária entre união e estados em termos de medicamentos, á luz do art.23, inciso ii, em repartição vertical no federalismo cooperativo.
O art. 24 elenca as competências concorrentes, na função legiferantes dos entes da federação, também repartindo verticalmente essa função, em um verdadeiro federalismo integrativo suplementar. Esta competência suplementar tem duas espécies: a suplementar complementar (o ente vem complementar a norma da união) e a suplementar supletiva exercendo a competência legislativa plena, na ausência da união para atender as suas peculiaridades, pois a superveniência de uma lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário, caso essa lei federal com normas gerais seja revogada a lei estadual volta à ter plena eficácia.
No contexto nacional prevalece, assim, o aspecto relacional das medidas de redução das desigualdades regionais, contexto em que se insere o federalismo cooperativo, e, dentro dele, as transferências intergovernamentais. 
RODRIGO FERRARI

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