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AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO lu

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PARTIDO POLÍTICO NOSSO PROGRESSO, pessoa jurídica de direito privado, devidamente registrado, inscrito no CNPJ/MF nº representado neste ato por seu presidente, nome, nacionalidade, estado civil, CPF/MF nº. RG nº, endereço, endereço eletrônico, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, através de seu advogado infra-assinado, nome, nacionalidade, estado civil, inscrito na OAB/AL sob o nº., CPF/MF nº., RG nº., com endereço profissional , endereço eletrônico, telefone, com fulcro no artigo 319 do CPC, e art. 102, I, a, da CRFB/88 e Lei nº 9.868/99, propor a presente:
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO
Em face do Congresso Nacional tendo em vista a omissão legislativa referente ao mandado constitucional insculpido no art. 7º, XXIII da Constituição Federal, representado neste ato por seu presidente, nome, nacionalidade, estado civil, CPF/MF nº., RG nº., endereço, endereço eletrônico, fone:, com fundamento nos arts. 102, I e 103, VIII, da Constituição Federal e Lei 9668/99, pelos fatos e motivos que passa a expor.
DA COMPETÊNCIA
Contudo, a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 102, a, I, delegou ao STF julgar de forma originaria as ações que dizem respeito à constitucionalidade de atos normativos federais e estaduais, de acordo com o caso em comento.
Não obstante, resta comprovado que é de competência do Superior Tribunal Federal (STF), veremos o que diz o artigo 102, alínea “a”, inciso I da Constituição Federal:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe (...)
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual;
 DA LEGITIMIDADE
	A legitimidade ativa está assegurada no art. 103 da CF/88, ratificado pelo art. 2º da Lei 9.868/99, declarando-se o Partido Político como legitimado, bastando que o mesmo tenha representação no Congresso Nacional. É bastante saber que, Cabe ao Procurador Geral de Justiça, conforme previsto no artigo 129, IV da Constituição Federal de 1988.
 Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
 IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição ;
 Diante do caso narrado, o partido proponente desta ação está devidamente representado, na Câmara dos Deputados, e assim , demonstra sua total legitimidade para o ingresso desta ação.
 DOS FATOS
	O partido político Nosso Progresso possui quatro deputados federais e quatro senadores atualmente exercendo suas funções como parlamentares, e preocupados com a efetiva regulamentação das normas constitucionais e diante da ausência e demora do Congresso Nacional em viabilizar o mandamento constitucional elencado no art. 7, XXIII da CF, não resta alternativa ao Partido Político ora demandante, se não o manejo da presente ADO objetivando a regulamentação da citada norma.
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Tendo Em vista, que esta referida Ação tem por objetivo conceder plena eficácia às normas constitucionais, tendo cabimento nas situações em que o poder público se abstiver do cumprimento de um dever que lhe foi atribuído pela Constituição.
 Ora Excelência, no início é imperioso destacar que aqui estamos tratando de controle de constitucionalidade abstrato, objetivando proteger a força normativa da constituição, pois, aqui tratamos de Processo Constitucional objetivo, o que tem por finalidade ver implementada uma norma de eficácia limitada, pois, se trata de norma programática, a qual depende do implemento legislativo.
	Nesse sentido, a lei buscada pela via desta Ação Declaratória de Omissão projeta como necessário para o efetivo e concreto pagamento da compensação específica pelo trabalho realizado em condições potencialmente nocivas para o trabalhador. O que se compensa com essa gratificação é o risco, ou seja, a possibilidade de dano à vida ou à saúde daqueles que executam determinados trabalhos classificados pela Administração como perigosos. Daí por que tal gratificação só é auferível enquanto o servidor estiver executando o trabalho beneficiado com essa vantagem.
	Saliento que a ação em tela, constitui um dos instrumentos de controle das omissões inconstitucionais e encontra previsão no art. 103, §2º da Constituição da República, segundo o qual “Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional”.
	Ou seja, o objetivo da ADO é tornar efetiva norma constitucional que, por sua eficácia limitada, precisa ser regulamentada para que os direitos por ela abrangidos possam ser exercidos em sua plenitude, como no caso em tela.
	Resta claro que, estamos diante de uma ação de inconstitucionalidade por omissão, cuja causa de pedir é a ausência de norma que assegure o pagamento de adicional, na remuneração dos trabalhadores, para as atividades penosas, insalubres ou perigosas. De fato, essa lei não existe.
	O parâmetro evocado para a omissão constitucional é o artigo 7º, XXIII da Constituição Federal.
	Data vênia que, a mora existe há mais de 20 anos, considerando que a constituição estar em vigor desde o ano de 1988. Nesse contexto, é de rigor reconhecer a mora do poder público.
	Diante do caso concreto, considerando a possibilidade de constituição em mora do poder omisso, necessário se faz a sanção da omissão, como vem decidindo a Corte Superior.
Ilustra:
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO. INATIVIDADE DO LEGISLADOR QUANTO AO DEVER DE ELABORAR A LEI COMPLEMENTAR A QUE SE REFERE O § 4O DO ART. 18 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NA REDAÇÃO DADA PELA EMENDA CONSTITUCIONAL NO 15/1996. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. 1. A Emenda Constitucional n° 15, que alterou a redação do § 4º do art. 18 da Constituição, foi publicada no dia 13 de setembro de 1996. Passados mais de 10 (dez) anos, não foi editada a lei complementar federal definidora do período dentro do qual poderão tramitar os procedimentos tendentes à criação, incorporação, desmembramento e fusão de municípios. Existência de notório lapso temporal a demonstrar a inatividade do legislador em relação ao cumprimento de inequívoco dever constitucional de legislar, decorrente do comando do art. 18, § 4o, da Constituição. 2. Apesar de existirem no Congresso Nacional diversos projetos de lei apresentados visando à regulamentação do art. 18, § 4º, da Constituição, é possível constatar a omissão inconstitucional quanto à efetiva deliberação e aprovação da lei complementar em referência. As peculiaridades da atividade parlamentar que afetam, inexoravelmente, o processo legislativo, não justificam uma conduta manifestamente negligente ou desidiosa das Casas Legislativas, conduta esta que pode pôr em risco a própria ordem constitucional. A inertia deliberandi das Casas Legislativas pode ser objeto da ação direta de inconstitucionalidade por omissão. 3. A omissão legislativa em relação à regulamentação do art. 18, § 4º, da Constituição, acabou dando ensejo à conformação e à consolidação de estados de inconstitucionalidade que não podem ser ignorados pelo legislador na elaboração da lei complementar federal. 4. Ação julgada procedente para declarar o estado de mora em que se encontra o Congresso Nacional, a fim de que, em prazo razoável de 18 (dezoito) meses, adote ele todas as providências legislativas necessárias ao cumprimento do dever constitucional imposto pelo art. 18, § 4º, da Constituição, devendo ser contempladas as situações imperfeitas decorrentes do estado de inconstitucionalidade gerado pela omissão. Não se trata de impor um prazo para a atuação legislativa do Congresso Nacional, mas apenas da fixação de um parâmetro temporal razoável, tendo em vista o prazo de 24 meses determinado pelo Tribunal nas ADI n°s 2.240, 3.316,3.489 e 3.689 para que as leis estaduais que criam municípios ou alteram seus limites territoriais continuem vigendo, até que a lei complementar federal seja promulgada contemplando as realidades desses municípios. (ADI 3682, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 09/05/2007, DJe-096 DIVULG 05-09-2007 PUBLIC 06-09-2007 DJ 06-09-2007 PP-00037 EMENT VOL-02288-02 PP-00277 RTJ VOL-00202-02 PP-00583).
		
	Considerando o zelo pela tripartição dos poderes, confere ao Supremo Tribunal Federal, unicamente, o poder de cientificar o legislador inadimplente, para que este adote as medidas necessárias à concretização do texto constitucional. Não assiste ao Supremo Tribunal Federal, contudo, em face dos próprios limites fixados pela Carta Política em tema de inconstitucionalidade por omissão (CF, art. 103, § 2º), a prerrogativa de expedir provimentos normativos com o objetivo de suprir a inatividade do órgão legislativo inadimplente.
	Por fim, diante do que foi exposto e ante a mora legislativa, deve o poder público resguardar a norma atrelada aos direitos sociais constantes no art. 7º
, XXIII da Constituição Federal.
 DOS PEDIDOS
Diante dos fatos expostos, requer que ;
seja julgado PROCEDENTE o pedido, para que seja declarada a mora legislativa do Congresso Nacional na elaboração da Lei específica do Art. 7º, inciso XXIII, da CRFB/88;
seja dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias;
A intimação do membro do Ministério Público;
seja promovida a oitiva do Procuradoria Geral da República para que emita o seu parecer, nos termos do Art. 12-E, § 3º, da Lei nº 9.868/99.
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito, na forma do Art. 14, parágrafo único, da Lei nº 9.868/99. 
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais)
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local /Data
Advogado/OAB

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