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GESTÃO ESCOLAR X INDISCIPLINA NO AMBIENTE ESCOLAR
Francisco Costa Nascimento
Estudante da Especialização Conducente ao Mestrado em Educação Especial
Instituto Universitário Atlântico
Maria dos Santos Viana
Estudante da Especialização Conducente ao Mestrado em Educação Especial
Instituto Universitário Atlântico
Resumo
Este artigo aborda questões relacionadas à Gestão Escolar frente às dificuldades enfrentadas por problemas de indisciplinas ocorridas no interior da vivência escolar. O estudo sobre o tema foi feito por meio de pesquisa bibliográfica e busca abordar os conceitos de indisciplina, enfatizando a importância da gestão democrática juntamente com a coordenação escolar uma forma de enfrentamento do problema com o intuito de minimizar os impactos negativos que a falta de disciplina trás para o processo ensino-aprendizagem. Longe de criar uma “receita” com alternativas que venham a sanar o problema, o principal objetivo desse artigo é oportunizar através de hipóteses uma reflexão e análise sobre o tema abordado para uma possível mudança de atitudes no âmbito escolar.
Palavras-Chave: Gestão Escolar. Supervisão Escolar. Indisciplina. 
1 INTRODUÇÃO
Este artigo apresenta um estudo sobre alguns temas centrais da gestão escolar x indisciplina, a fim de propiciar aos profissionais da educação uma fonte de pesquisa e reflexão sobre as causas e efeito de um problema recorrente nas escolas.
Destacamos a questão da indisciplina escolar, que tem sido vivenciada de forma corriqueira e destacada como um dos principais motivos para insucesso no processo cognitivos dos educandos.
Diante do exposto, chegou-se ao seguinte problema: como minimizar os impactos causados pela indisciplina através de uma gestão democrática de modo a favorecer o desenvolvimento social e políticos dos educandos?
A princípio buscamos um embasamento teórico que tratasse de questões relacionadas às causas da indisciplina na escola e quais atitudes deveriam ser tomadas por parte de gestores, professores e coordenadores pedagógicos a respeito desses conflitos, a fim de promover um ambiente educacional propicio ao desenvolvimento social e político dos alunos. 
A pesquisa se classifica da seguinte forma: quanto aos fins é descritiva, explicativa. Descritiva por que descreve o ambiente educacional destacando situações envolvendo conflitos de indisciplina e os fatores que ocasionam as relações de indisciplina na escola. Explicativa por que busca uma relação de causa-efeito para a atual situação de conflitos indisciplinares no âmbito escolar. Quanto aos meios a pesquisa é bibliográfica, face a necessidade de se recorrer a uma vasta literatura, livros, periódicos, revistas, hipertextos entre outros para elaboração do marco teórico da pesquisa confrontando as informações com a realidade encontrada no campo educacional.
Inicialmente, analisa-se o histórico sobre gestão escolar e supervisão escolar bem como uma visão geral do problema da indisciplina embasados nos estudos de especialistas sobre a educação, novos pensamentos e saberes a respeito da educação contemporânea.
2 GESTÃO ESCOLAR
A escola é o lugar mais importante para a criação de habilitações necessárias da inserção social. Além de educar, os alunos são ensinados a serem bons cidadãos e a descobrir o que eles desejam da vida, bem como alcançar todo o processo sociológico que existe depois que eles terminam os estudos. No contexto da educação Brasileira, surge um conceito novo, gestão escolar, que superar o conceito limitado de Administração Escolar, partindo para o entendimento de que os problemas na educação são complexos e demandam uma ação articulada e conjunta na superação de problemas no cotidiano escolar.
Sob essa nova perspectiva de Gestão escolar, surge como norte e liderança competente, exercida a partir de princípios educacionais democráticos e com referencial teórico para organização e orientação dos trabalhos pedagógicos como, por exemplo, a Elaboração de um Projeto Político Pedagógico mais afinado à implementação das políticas educacionais.
Para Lück, 2005, p. 17:
O conceito de gestão está associado à mobilização de talentos e esforços coletivamente organizados, à ação construtiva conjunta de seus componentes, pelo trabalho associado, mediante reciprocidade que cria um “todo” orientado por uma vontade coletiva.
Portanto, o modelo de administração da escolar era centralizado na figura do diretor, que agia como tutelado aos órgãos centrais, competindo-lhe, apenas, zelar pelo cumprimento das normas pré-estabelecidas. Não tinha poder decisivo para determinar os destinos da sua escola. O trabalho do diretor resumia-se a passar informações, controlar, supervisionar, “dirigir” os afazeres da escola de acordo com as normas estabelecidas pelo sistema. Lück (2005, p. 35) afirma que, “Bom diretor era o que cumpria essas obrigações plena e zelosamente, de modo a garantir que a escola não fugisse ao estabelecido em âmbito central ou em nível hierárquico superior”.
A gestão escolar democrática é assunto de grande repercussão nas escolas atuais e tem como um dos principais focos, a observação através de visão estratégica e em conjunto, bem como pelas ações interligadas, como uma rede de informações em busca de melhores resultados no processo cognitivo. 
A participação e o exercício da cidadania no campo educacional. Graças ao novo paradigma da administração escolar, o gestor terá grande valorização ao mesmo tempo, que a sua capacitação profissional. Em certa medida, esse novo pensamento, sugere um papel de um gestor que enfrenta todos os problemas buscando soluções que nem sempre são técnicas, uma vez que a qualidade da educação é interesse de todos, tanto da comunidade escolar, quanto dos alunos e suas famílias (além do Estado, das autoridades educacionais e da nação como um todo).
3. SUPERVISÃO ESCOLAR
A ação educativa da Supervisão escolar é algo que surgiu há pouco tempo na educação brasileira, porém cabe fazer um breve relato da história da supervisão que surgiu desde a o período industrial, sendo usada para melhoria da qualidade e quantidade da produção industrial. A supervisão não tinha um objetivo educativo, mas fiscalizador. 
Portanto, a busca de novas técnicas ou métodos que auxiliem na aprendizagem do aluno é algo que deve ser constante na ação do supervisor escolar, que juntamente com o professor estará comprometido com o processo de ensino-aprendizagem. Buscando conhecer todas as possibilidades que possa contribuir para o desenvolvimento de um ensino e de uma aprendizagem em que a criatividade e a interação sejam as principais características. Nessa abordagem, Medina (1997, p. 32), refere-se dizendo:
Considerando as características próprias do professor, o supervisor desenvolve com ele as formas possíveis de controlar o processo de ensinar e do aprender. Ao abdicar do seu poder e controle sobre a prática docente, o supervisor é capaz de assumir uma postura de problematizador do desempenho docente, tornando-se um parceiro político-pedagógico do professor que contribui para integrar e desintegrar, organizar e desorganizar o pensamento do professor num movimento de participação contínua, no qual os saberes e conhecimentos se confrontam.
E após diversas reformas educacionais, programas, pesquisas e campanhas na área educacional para um ensino de qualidade e transformação social a supervisão escolar foi escolhida como um método de auxilio ao ensino, onde o supervisor deveria ter uma boa formação para tal função. Tendo um grande leque de funções dentre elas a de controlar, observar, dar assistência e criar possibilidades de um ensino melhor, sendo que não se limita apenas essa função. Para que de fato o ensino aprendizagem aconteça a Supervisão Escolar o supervisor deve ter liderança pedagógica, sabendo articular, deve ter conhecimento pedagógico para que possa acompanhar a prática do professor de maneira que venha dar subsídios necessários. 
Atualmente um dos maiores problemasenfrentados na sala de aula e nas escolas é a indisciplina, embora que não seja a única responsável pelas dificuldades de ensino aprendizagem, busca-se diversas maneiras de solucionar esse problema, uma vez que os conflitos gerados em função de comportamentos e atitudes por parte dos autores da indisciplina interferem além do ambiente educacional, necessitando, portanto de meios ou estratégias que venha sanar ou amenizar tais problemas. 
4 A GESTÃO E A SUPERVISÃO ESCOLAR FRENTE AOS PROBLEMAS DE INDISCIPLINA DO ALUNO
A sociedade muda constantemente principalmente nestas últimas décadas com informatização. E resquícios desse processo acabam influenciando as mais várias instituições que formam a sociedade, família, escola, igrejas, partidos políticos e outros. E em meio a essas mudanças, valores e costumes precisam ser atualizados para conduzir essa sociedade de maneira cívica. 
Reforçando este argumento, Vasconcellos (2009, p.51) discorre:
O sujeito precisa se adaptar a uma série de valores, costumes, práticas sociais, etc. que fazem parte de uma cultura, mas ao mesmo tempo, deve estar atento para a necessária transformação destes valores, práticas, etc. naquilo que têm de desumano, de alienado, que precisa ser superado. 
No âmbito educacional a escola vem demonstrando a necessidade de atualizar sua postura diante dessa problemática, pois as instituições de ensino recebem influência da sociedade como também é ativa na construção da mesma. É perceptível a quebra de valores, regras e costumes de maneira exagerada no contexto social e escolar, causando assim indisciplina, desordem nas relações dos indivíduos. O termo (in)disciplinar foi sempre usado na escola, mas nos dias atuais ganha maior ênfase pelas diversas situações que permeiam o espaço escolar, falta de respeito ao educador, deterioramento do espaço físico da escola e agressões.
A disciplina condiz à maneira de relacionar consigo mesmo, com o próximo e com o social de maneira que essas relações se configurem na vivencia e atualizações dos valores éticos e morais que favoreçam o bem comum. O ser humano por tem livre arbítrio faz escolhas que algumas vezes gera a indisciplina, resultado das mais variados aspectos: esquecimento de valores, costumes, descrença no mundo e na humanidade e outros.
Conforme Vasconcellos (2009, p. 67):
As causas das indisciplinas podem ser encontradas e cinco grandes níveis: Sociedade, Família, Escola, Professor e Aluno. Estes níveis são apontados mais para uma orientação de investigação, pra facilitar o estudo e para não perderem de vista os diferentes fatores de interferências; no entanto, é preciso tomar cuidado com uma certa tendência de ver estes aspectos de maneira isolada um do outro; na realidade estão profundamente entrelaçados.
Para o autor o núcleo da indisciplina está na base organizacional da sociedade, mas dentro do âmbito educacional a mesma não é o foco único da problemática, família, escola, professores e alunos estão profundamente entrelaçados com situação.
A vida social está em consonância com as relações interpessoais vividas na família, que por sua vez tem dentro deste contexto fatos de indisciplinas que mal solucionados são desencadeados na escola. A instituição escolar por ser um espaço amplo e trazendo consigo uma mudança de identidade e função social com a queda do mito de ascensão social, desinteresse pelo magistério etc. acaba sofrendo nesse processo. 
As intervenções pedagógicas no espaço educacional pra construção da disciplina precisam assegurar a autogestão dos indivíduos envolvidos nesse processo: direção, coordenação, pais, professores e alunos. Compromissados com inserção da disciplina no âmbito escolar é necessário refletir “Que disciplina almejamos?”
A disciplina por ser um proceder individual e também coletivo requer na sua constituição uma ampla ação nos múltiplos aspectos onde o ser humano se relaciona, “por ser muito complexa, demanda um conjunto de abrangente de iniciativas a serem desencadeadas, envolvendo os vários segmentos”. (Vasconcellos 2013, p.07). Dentro da escola essas iniciativas precisam ser apoiadas por todos os envolvidos com o processo de ensino aprendizagem pra se ter uma resposta satisfatória. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pelo contexto que envolve situações de indisciplina no ambiente educacional muito ainda deve ser feito, analisado, pesquisado cientificamente para que se possam encontrar maneiras de resolver os conflitos geradores da indisciplina na relação professor-aluno. O professor e toda equipe escolar devem ter por objetivo a transmissão de conhecimentos feitos socialmente, onde cada um possa conhecer a realidade e necessidade do outro, onde os valores e princípios sejam conservados. 
Assim, indicamos a necessidade de os cursos de formação de professores contemplarem, de alguma forma, discussões sobre a indisciplina escolar, instrumentalizando seus acadêmicos para tratar das questões de indisciplina que certamente os aguardam nas escolas. E, aos professores em exercício, proporcionar também, através dos programas de formação continuada, tal instrumentalização.
Finalmente, devemos destacar algumas possíveis contribuições deste trabalho para a discussão científica sobre indisciplina escolar. Argumentamos que a leitura da indisciplina escolar na perspectiva de alunos, é capaz de fornecer alternativas de entendimento não somente sobre seus motivos, mas também possíveis elementos para fundamentar formas de condução pedagógica do trabalho com as questões de indisciplina na escola. 
Além disso, esta abordagem é capaz de fornecer elementos para os educadores ampliarem suas percepções em relação as expressões de indisciplinas nas escolas. Portanto, entendendo que a indisciplina hoje representa um dos principais desafios as escola, concordamos com Garcia (1999) quando afirma que mais que transformar nossas escolas, precisamos reinventá-las.
REFERÊNCIAS 
VASCONCELLOS, Celso dos S. (In)Disciplina construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola,17ªed. São Paulo: Libertad Editora, 2009.(Cadernos Pedagógicos do Libertad v. 4)
______________.Disciplina e indisciplina na escola. Presença pedagógica, Belo Horizonte, v. 19 nº 112 p.05-13, jul/ago. de 2013.
LUCK, Heloísa. A Escola Participativa: O trabalho do gestor escolar. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.
 MEDINA, A. S. Noves olhares sobre a supervisão. Supervisor Escolar: parceiro político-pedagógico do professor. Campinas, SP: Papirus, 1997.

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