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PROCESSO PENAL I

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Inquerito Policial - Trancamento; Relatório; Valor Probat & Prazo
1) Trancamento
1.1) Trancamento difere da figura do Arquivamento: A diferença é a seguinte: trancamento pressupoe que o IPol ainda está em andamento, pois nao existe trancar o inquerito quando ele ja terminou, ao passo que Arquivamente pressupoe inquerito findo. 
1.1.1) Impossibilidade de arquivamento de IPol na delegacia: Quando o delegado instaura o IPol ele tem que terminar, pois nao pode arquivar inquerito policial na delegacia, conforme art. 17 do CPP. O delegado tem que terminar a investigar e fazer o relatorio e mandar pro MP, que aí sim poderá ser arquivado, nos termos do art. 28. 
1.2) Indisponibilidade do IPol em caso de crime de APPub: As vezes surge determinado fato ou esse fato é ate preexistente que impede ou impediria ou que torna sem justa causa o andamento do IPol, nada obstante o delegado acaba continuando a investigar. O que fazer nesse caso? Assim como na APPub é indisponivel nos termos do art. 42, o IPol é "indisponível" se for crime de APPub. 
1.3) Conceito de Trancamento do Ipol: trancar o IPol significa, em termos objetivos, obstaculizar o andamento do IPol, nao podendo mais praticar 1 ato investigatorio. 
1.3) Meio de Parar o IPol = HC: o unico modo de parar é "à força" por meio do PJud, sendo que o meio juridico capaz (utilizavel) nesse caso é o HC por ser a garantia para resguardar o direito à liberdade, mesmo que o cara nao esteja preso ainda pois o fato dele responder ao IPol ja ameaça representa uma ameça a sua liberdade. 
Ps: A jurisprudencia diz que nao pode remover materia fatica no HC, logo é dificil vc conseguir, na prática, trancar o IPol. É dificil pq os tribunais dizem que vai ter removar materia de fato, como p. ex uma prova.
1.3.1) Destino do HC = A um juiz de direito ou federal: Esse HC deverá ser dirigido a um juiz de direito ou juiz federal pq a autoridade coautora será um delegado de policia que instaurou o inquerito ou um delegado de PFed. Logo, se for um delegado da PCivil, dirige-se ao juiz de direito; se for um delegado da PFed, dirige-se a juiz federal. 
1.3.2) Possibilidade de impetrar o HC para uma autoridade judiciaria que nao seja o juiz, com vistas a trancar o inquerito = IPol inciado por força de requisição do MP ou juiz: Ou seja, é possível que o HC para trancar o inquerito policial, que esteja tramitando em uma delegacia de PCvil ou PFed, seja enderaçado diretamente ao TJ ou ao TRF e nao perante o juiz de direito ou juiz federal. 
Devemos lembrar que o IPol pode começar por meio de requisição, seja do MP ou de um juiz. A requisição é uma ordem dada pelo juiz ou promotor ao delegado, que nao pode desobedecê-la. Nesse caso, a autoridade coautora é aquele que deu a ordem e nao o delegado, que apenas a cumpriu. Entao, quando o IPol se iniciou por força de requisiçao do MP ou do juiz, o HC deverá ser impetrado perante o tribunal, pois o orgao do MP tb tá sujeito à jurisdição do tribunal. Isso pq os promotores e procuradores da republica sao julgados respectivamente, em quaisquer crimes, pelo TJ ou TRF, logo qnd ele sao autoridades coautoras, para efeito de impetração de HC, a autoridade cptente para conhecer e processar o HC é o respectivo TJ ou TRF. 
1.3.2.1) Regras importantes a respeito de cptencia para processar e julgar HC:
i) C. Territorial: a autoridade cptente para conhecer e processar o HC é do local onde se deu o abuso de poder ou a ilegalidade
ii) C. Hierárquica: a autoridade cptente é smp aquela que tem jurisdição sobre a autoridade coautora. 
Ex: se é delegado de policia, a autoridade é o juiz
Ex: se é o juiz, a autoridade é o tribunal
Ex: se é o tribunal, a autoridade é o tribunal superior
Ex: se é o tribunal superior, a autoridade é o Supremo
2) Valor Probatório (VP) ***: Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
O art. 155 é o ponto de enfoque do assunto VP. 
2.1) Art. 155 antes e dps da alteração do congresso em 2008
2.1.1) O PL versava assim: O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
Isso é o VP no IPol. 
2.1.2) O Congresso em 2008, atraves da lei 11690, passou a versar da seguinte maneira: O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
2.1.2.1) Juiz poderá fundamentar sua decisao usandos elmentos do IPol, desde que use pelo menos uma prova em juízo: O juiz no BR pode fundamentar sua decisao usando tds os elems do IPol, mas nao pode ser exclusivamente, bastando usar apenas p. ex uma prova em juízo, como a testemunha. 
2.2) Nao se pode confundir ato investigatorio com ato de prova. 
2.2.1) Ato de prova: ato dirigido às garantias cttnais, sendo feito sob o quadro do DPL, com ampla defesa e CTD pleno.
2.2.2) Ato investigatorio: nao ha CTD pleno, nao tem advogado, nao tem nem parte. Entao, isso nao serve cmo suporte probatorio, nao serve para o juiz firmar sua convicção, que na vdd nao é livre. É elemento meramente informativo, servindo para o MP formar sua opiniao sobre o fato, se ele é criminoso ou nao. (Opinio delecti)
2.3) Ressalvas previstas no art. 155 = provas cautelares, nao repetiveis e antecipadas: Existem 3 atos investigatorios que, nada obstante terem sido produzidos nessa fase pré-processual (instruçao preliminar), devem ser considerados provas. 
2.3.1) Provas antecipadas: sao provas produzidas antecipadamente que sao feitas na presença de um juiz, garantindo o DPL, ampla defesa e CTD. 
Ex: ouvida de testemunha antecipadamente - previsao do art. 225, em que quando houver receio por algum motivo, como doença grave, velhice ou outro motivo relevante, de que ao tempo da audiencia a testemunha nao mais resida no país, o juiz ouvirá essa pessoa antecipadamente. O Delegado ou MP pode pedir isso, mas quem é que vai ouvir isso é o juiz, na presença do MP e do advogado, mesmo que o indiciado nao seja reu ainda, pois nao ha nesse momento processo, mas se respeitará o ctd e ampla defesa. Por isso, poderá ser considerado como prova. 
2.3.2) Provas irrepetiveis: a exemplo das provas tecnicas, cientificas, como a pericia, exame de corpo e delito, que as vezes nao poderão ser repetidos. Sujeita-se a um contraditorio posterior. Inclusive, o art. 182 afirma a possibilidade do juiz nao se vincular ao laudo, até pq nao nenhuma prova absoluta no processo penal. As provas irrepetiveis podem ser usadas como prova, mesmo tendo sido produzida anteriormente. 
Ps: nao ha no proc penal nenhuma prova absoluta, ou seja, nao ha nenhuma prova de maior valor que a outra. Inclusive, nos termos do art. 197, a confissao, por si so, nao basta, até pq o sujeito pode confessar um crime para se livrar de outro mais grave. Não obstante, existem determinados fatos que so podem ser provados por determinados meios de prova, mas isso nao significa que essa prova seja mais importante que a outra, apenas que aquele fato so pode ser provado por tal meio de prova, como o arrombamento so poder ser provado por meio de perícia. 
2.3.3) Provas cautelares: sao medidas cautelares chamadas probatorias. Ou seja, algumas medidas cautelares que acabam servindo como prova. 
Ex: interceptação telefonica - so interessa se for feita antes do processo, pq ainda nao houve o ctd, visto que este é um meio oculto de investigação, sem o cara saber. A interceptação telefonica é uma medida cautelar, sendo considerada como prova (cautelar). 
Ex: para Romulo, delação premiada nao é medida cautelar, nao é prova irrepetivel, nao é prova antecipada.Ps: Medida cautelar se decreta quando ha fumus boni iuris + periculum libertatis. 
Ps²: Hoje, o juiz que ouviu antecipadamente a testemunha é o juiz prevento, nos termos do art. 83. Logo, se nao for distribuido para ele, acarretará em nulidade relativa, vide sum 706 do STF. 
Ps³: Na fase investigatoria, é preciso de um juiz, pq nessa fase ha algumas medidas invasivas que precisam da atuação jurisdicional, como o caso da interceptação telefônica. 
3) Relatório: O IPol tem sua fase final o relatorio, que é um historico digitado que o delegado faz a respeito do inquerito. 
3.1) Inexistencia de juizo de valor no relatorio: o relatorio, o delegado n faz juizo de valor sobre o fato, ou seja, o delegado nao precisa declarar a qualificaçao juridica do fato, pois isso é atribuiçao do MP na denuncia. 
3.2) Importancia do Relatorio: O relatorio, quando é bem feito, é algo mto importante e ajuda mto o MP. Tudo que foi importante no inquerito deve ser colocado, resumidamente, no relatorio. Dizer quais sao as conclusoes ao que chegou as provas tecnicas. 
3.3) Peculiaridade da Lei 11343 = Intenção de limitação da arbitrariedade policial: A lei 11343, atraves do art. 52, I, traz uma peculiaridade. Nesse inciso I, a lei teve a intençao de acabar com a situaçao de que a policia diga quem é ou nao traficante. Assim sendo, essa lei disse que nesses casos, o delegado deverá fundamentar o relatorio, fazendo tb a classificação do crime (dando a qualificaçao juridica do crime). 
Havia arbitrariedade, pois o delegado simplesmente relatava o fato e diz que era trafico de drogas (art. 33) e nao uso de drogas (art. 28), contudo, atualmente o delegado tem que dizer que tendo em vista o local, a substancia do produto, as circunstancias que se desenvolveu a ação criminosa, a conduta, a qualificaçao e antecedentes do agente etc.. Em suma, esse inciso foi feito para limitar essa arbitrariedade policial, mas na prática nao mudou nada. 
Resumo: Diante do exposto, vimos que o Relatorio, na lei de Drogas, deve ser fundamentado, mostrando o pqê indiciou o cara como traficante. 
4) Prazo
4.1) Regra geral: O prazo para terminar o inquerito quando o sujeito tiver preso é de 5 dias e 15 dias se o sujeito tiver solto
4.2) Maneiras de se contar o prazo no DPP
4.2.1) Exclusão do primeiro dia: A mais comum, por se tratar de prazo processual, está no art. 798, que é a que exclui o primeiro dia e começa a contar no proximo dia util. 
4.2.2) Inclusão do primeiro dia: A segunda maneira é que sempre que tratar-se de prazos materiais do direito penal (prescrição, decadencia etc.) conta-se na forma do art. 10 do CP, que inclui o primeiro dia, o que é melhor para o réu. 
4.3) Indiciado preso = Conta-se o primeiro dia: Quando se trata de indiciado preso, em virtude dele estar preso, em virtude do princ do favor libertatis, se o indiciado tiver preso, para diminuir a possibilidade dele ficar mais tempo preso, os 5 dias serao contados na forma do art. 10 do CP, ou seja, se o sujeito tá preso, o prazo conta-se incluindo o primeiro dia. 
Desse modo, apos os 5 dias, se o inquerito nao tiver ja no MP, relaxar-se-á a prisao ilegal. Se se tratasse de indiciado solto, começaria a contar do proximo dia util e será 15 dias. 
4.4) Hipóteses de prazos diferentes: Existem alguns crimes cujo prazo é diferente. 
4.4.1) Dos crimes contra a Economia Popular = Prazo de 10 dias, vide Art. 10§1º da Lei 1521
4.4.2) Dos crimes na Lei de Drogas = Prazo de 30 dias se tiver preso, 90 dias se tiver solto, vide art. 51 da Lei 11343
4.4.3) Dos Inqueritos atribuidos à PFed = Prazo de 15 dias se o indiciado tiver preso, podendo ser prorrogado por mais 15, vide art. 66 da Lei 5010
4.4.4) Dos Inqueritos Militares = Prazo de 20 dias se for indiciado preso, e 40 dias se for indiciado solto, podendo este ultimo prazo ser prorrogado por mais 20, vide art. 20 e §1º do Dec 1002
Vide art. 798,§1º do CPP

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