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Tronco encefálico O tronco encefálico está localizado entre a medula espinal e o diencéfalo, situando-se anteriormente ao cerebelo. O tronco encefálico se divide em bulbo, inferiormente; mesencéfalo, superiormente; e ponte, situada entre ambos É constituído por corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas que, por sua vez, se agrupam em feixes denominados tratos, fascículos ou lemniscos. Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 estabelecem conexão no tronco encefálico. Nervo olfatório, I sensitivo; conduz impulsos olfatórios. Nervo óptico, II sensitivo; conduz impulsos visuais. Bulbo Situado entre a decussação das pirâmides e a margem inferior da ponte, forma a transição entre a medula espinal e o cérebro. É importante observar seus limites (superior e inferior), os sulcos e principais acidentes anatômicos. Pedúnculo cerebelar inferior: estrutura que conecta o bulbo ao cerebelo permitindo a passagem de fibras que formam tratos aferentes e eferentes. Também conecta a medula espinal ao cerebelo. 4 Decussação das pirâmides: localizada na parte inferior do bulbo constitui a principal estrutura anatômica no controle voluntário de metade do corpo pelo hemisfério cerebral oposto. Neste ponto, cerca de 75 a 90% das fibras corticospinais na pirâmide decussam para o lado oposto e formam o trato corticospinal lateral. O restante das fibras corticospinais descem ipsilateralmente para formar o trato corticospinal anterior. Núcleos de nervos cranianos no bulbo: vestibulococlear [NC VIII], glossofaríngeo [NC IX], vago [NC X], acessório [NC XI] e hipoglosso [NC XII]. Nervo vestíbulo-coclear, VIII Sensitivo: parte vestibular; conduz impulsos relacionados com o equilíbrio; parte coclear; conduz impulsos relacionados com a audição. Nervo glossofaríngeo, IX Função: Misto Sensitivo: gustação no 1/3 posterior da língua; inervação do 1/3 posterior da língua, faringe, úvula, tonsilas, tuba auditiva, seio e corpo carotídeos; inerva parte do pavilhão auditivo e do meato acústico externo; fibras parassimpáticas terminam no gânglio ótico e dele saem fibras do nervo aurículo-temporal que inerva a glândula parótida; Motor: inerva o músculo constrictor da faringe e o músculo estilofaríngeo. Nervo vago, X Função: misto Sensitivo: gustação na epiglote; inervação de parte da faringe, laringe, traquéia, esôfago e vísceras torácicas e abdominais; inervação de parte do pavilhão auditivo e do meato acústico externo; inervação parassimpática das vísceras e abdominais; Motor: inervação de músculos da faringe e da laringe. Nervo acessório, XI Motor: une-se ao vago; inerva os músculos da laringe através do nervo laríngeo recorrente e as vísceras torácicas juntamente com fibras vagais; inerva os músculos esternocleidomastóideo e trapézio. Nervo hipoglosso, XII Motor: inerva a musculatura extrínseca e intrínseca da língua Funções o bulbo com seus núcleos e feixes nervosos possui áreas relacionadas com o controle cardiovascular, com a função respiratória, com o espirro, com a deglutição, com o vômito e com o bocejo. Ponte É a parte do tronco encefálico interposta entre o bulbo e o mesencéfalo. É importante observar seus limites (superior e inferior), o sulco basilar (e sua relação com a artéria basilar) e o pedúnculo cerebelar médio (estrutura que conecta a ponte ao cerebelo). Núcleos de nervos cranianos na ponte: trigêmeo [NC V], abducente [NC VI], facial [NC VII] e vestibulococlear [NC VIII]. Nervo trigêmeo, V Função: misto Sensitivo: responsável pela sensibilidade somática de grande parte da cabeça; conduz impulsos exteroceptivos (temperatura, dor, pressão e tato) e propiceptivos. Motor: inerva os músculos da mastigação, milo-hióide e o digástrico. Nervo abducente, VI Motor: inerva o músculo reto lateral Nervo facial, VII Sensitivo: gustação nos 2/3 anteriores da língua; inerva a parte posterior das fossas nasais e face superior do palato mole; inerva parte do pavilhão auditivo e do meato acústico externo; inervação pré-ganglionar das glândulas submandibular, sublingual e lacrimal; Motor: inervação dos músculos da mímica, estilo-hióideo e ventre posterior do digástrico. Nervo vestíbulo-coclear, VIII Sensitivo: parte vestibular; conduz impulsos relacionados com o equilíbrio; parte coclear; conduz impulsos relacionados com a audição. Mesencéfalo É a porção mais superior do tronco encefálico e está situado entre a ponte, inferiormente, e o diencéfalo, superiormente. É atravessado pelo aqueduto do mesencéfalo que liga o terceiro ventrículo ao quarto ventrículo. Pode ser dividido em duas partes: o teto do mesencéfalo e o pedúnculo cerebral. O pedúnculo cerebral divide-se ainda em tegmento do mesencéfalo e base do mesencéfalo. Na base do mesencéfalo, existe uma área pigmentada por melanina chamada de substância negra. A população neuronal da substância negra consiste em neurônios pigmentados (duas vezes mais) e não pigmentados. O neurotransmissor dos neurônios pigmentados é a dopamina, muito importante para a normalidade das funções motoras. Os neurônios não pigmentados são colinérgicos. No teto do mesencéfalo encontram-se os colículos superiores, relacionados com a visão e os colículos inferiores, relacionados com a audição. O pedúnculo cerebelar superior é a estrutura através da qual, o mesencéfalo mantém conexão com o cerebelo. Núcleos de nervos cranianos no mesencéfalo: oculomotor [NC III] e troclear [NC IV]. Nervo oculomotor, III motor; inerva os músculos levantador da pálpebra, reto superior, reto inferior, reto medial, oblíquo inferior (somíticos), ciliar e esfíncter da pupila (lisos). Nervo troclear, IV motor; inerva o músculo oblíquo superior. Quarto ventrículo É a cavidade do rombencéfalo, que possui uma forma losânica e está situada posteriormente ao bulbo e a ponte e anteriormente ao cerebelo. Comunica-se inferiormente com o canal central da medula e superiormente, comunica-se com o terceiro ventrículo através do aqueduto do mesencéfalo. O quarto ventrículo se comunica com o espaço subaracnoideo através das aberturas laterais e da abertura mediana Formação reticular É um emaranhado de núcleos e fibras nervosas que ocupa a parte central do tronco encefálico. Embora pertencendo basicamente ao tronco encefálico, estende-se um pouco ao diencéfalo, superiormente, e aos níveis mais altos da medula, ocupando uma pequena área do funículo lateral, inferiormente. A formação reticular tem uma estrutura que não corresponde exatamente à substância branca ou cinzenta, sendo, de certo modo, intermediária entre elas. A formação reticular estabelece conexões com o cérebro, o cerebelo, com a medula espinal e com núcleos de nervos cranianos. Dentre as funções atribuídas à formação reticular, as principais são: o controle da atividade elétrica cortical – regulação do sono e vigília, controle eferente da sensibilidade somática, controle da motricidade somática, controle da parte autônoma do sistema nervoso, controle neuroendócrino e integração de reflexos (controle da respiração e controle vasomotor).
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