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NEUROANATOMIA Victória Kreling Lau –AD2020 Crânio • Neurocrânio x Esplancnocrânio: Separados por uma linha imaginária entre glabela e protuberância occipital externa; O neurocrânio é a calota craniana; O esplancnocrânio a base do crânio; Glabela Neurocrânio • O neurocrânio é composto por 8 ossos: 1. Frontal 2. Occipital 3. Etmoide 4. Esfenoide 5. Temporal (2) 6. Parietal (2) 1 1 2 6 5 2 4 44 33 66 5 5 Fontanelas • São espaços entre os ossos do crânio que ainda não sofreram ossificação • Permitem o crescimento dos ossos do crânio e facilitam a passagem do bebê pelo canal de parto As fontanelas fornecem informações sobre a hidratação dos bebês (afundam quando desidratados)! Base do Crânio • É atravessada por todas as estruturas que entram ou saem da cavidade craniana; • Dividida em três andares: anterior, médio e posterior. Andar Anterior • Limite posterior: borda posterior da asa menor do esfenoide Lâmina Crivosa do Etmoide Nervo Olfatório ou I par craniano Andar Médio • Limite anterior: borda posterior da asa menor do esfenoide • Limite posterior: borda posterior da porção petrosa do temporal Canal Óptico Nervo Óptico ou II par craniano e artéria oftálmica Fissura Orbitária Superior • Nervo Oculomotor ou III par • Nervo Troclear ou IV par • Divisão Oftálmica do Trigêmeo ou V par • Nervo Abducente ou VI par • Veia Oftálmica Forames Redondo e Oval Forame Oval Forame Redondo Ramo Mandibular do Trigêmeo ou V par Ramo Maxilar do Trigêmeo ou V par Forame Espinhoso e Canal Carotídeo Canal Carotídeo Artéria Carótida Interna Forame Espinhoso Artéria Meningea Média Andar Posterior • Seu limite anterior é a porção petrosa do temporal • O maior e mais profundo • Aloja o cerebelo e o tronco • Fechada superiormente pela tenda do cerebelo Meato Acústico Interno • Nervo Facial ou VII par • Nervo Intermédio de Wrisberg (porção sensitiva do VII) • Nervo Vestibulococlear ou VIII par • Artéria Labiríntica Forame Jugular e Canal do Hipoglosso Forame Jugular Canal do Hipoglosso Veia Jugular Nervo Glossofaríngeo ou IX par Nervo Vago ou X par Nervo Acessório ou XI par Nervo Hipoglosso ou XII par Forame Magno • Bulbo • Meninges • Artérias Vertebrais e ramos meníngeos • Raízes espinhais dos Nervos Acessórios • Plexo Venoso Vertebral Interno Antes de começar... Vocabulário! • Tracto: feixe de fibras nervosas com aproximadamente a mesma origem, função e destino • Fascículo: tracto ou a um tracto mais compacto • Lemnisco: feixe de fibras sensitivas que levam impulsos nervosos ao tálamo e tem forma de fita • Funículo: cordão que contém vários tractos ou fascículos • Decussação: formação anatômica constituída por fibras nervosas que cruzam obliquamente o plano mediano e têm aproximadamente a mesma direção • Comissura: fibras nervosas que cruzam perpendicularmente o plano mediano e têm direções opostas Meninges • Dura-Máter (paquimeninge): mais superficial; mais resistente; contém vasos e nervos responsáveis pela sensibilidade intracraniana; dois folhetos: interno e externo (aderido aos ossos do crânio) • Aracnóide: apresenta granulações aracnoideas para reabsorção de líquor; • Pia-Máter: mais interna; permanece aderida à superfície da medula e do encéfalo; acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso (amortecendo o efeito da pulsação) Espaço Subdural Espaço Subaracnoideo Líquor Artérias Cerebrais Espaço virtual; pouco líquido Espaço epidural (entre a dura e o crânio): no encéfalo abriga artérias meníngeas, na medula, é composto por gordura e pelo plexo venoso vertebral interno Pregas da Dura • Foice do cérebro (separa os hemisférios cerebrais) • Tenda do cerebelo (divide a cavidade intracraniana em supra e infratentorial) • Foice do cerebelo (entre os hemisférios cerebelares) • Diafragma da sela turca Seios da Dura • Sagital superior • Sagital inferior • Reto • Transverso • Sigmoide • Occipital Seio Reto Confluência dos Seios Seio Transverso Seio Occipital Confluência dos Seios Seio Sigmoide Seio Sagital Superior Seio Sagital Inferior São canais venosos entre os dois folhetos da dura, para onde drena o sangue venoso, que irá escoar para a Jugular Interna. Veia Jugular Interna Pregas e Seios Confluência dos Seios Cisternas • Cerebelomedular ou Magna • Pontina • Quiasmática • Perimesencefálica: quadrigeminal, ambiens e interpeduncular Medula • Inicia no forame magno e termina em L2 (geralmente) • Abaixo de L2 Cauda Equina • 2 intumescências: Cervical (plexo braquial) e Lombar (plexo lombossacro) • Raiz dorsal (sensitiva; apresenta gânglio – 1º neurônio) + ventral (motora) = nervo espinal • H medular (substância cinzenta): corno anterior (corpos dos neurônios motores), lateral (no tórax e L1 e L2; neurônios do SNA) e posterior (corpo dos neurônios sensitivos) • Canal ependimário (contínuo com o IV ventrículo caudalmente) • A substância branca é formada por fibras de três funículos: anterior, lateral e posterior (na região cervical é Grácil e Cuneiforme) • A medula é irrigada pelas Artérias Espinhais Anteriores e Posteriores, ramos das Vertebrais Muito importante saber a relação de L2 para anestesias e aplicação de medicamentos, pois deve-se SEMPRE evitar a medula (=lesão) Medula - Desenho • Sulco lateral posterior: origem da raiz sensitiva • Sulco lateral anterior: origem da raiz motora Medula - Envoltórios • Espaço Epidural: gordura epidural e plexo venoso vertebral • Dura-máter: termina no fundo de saco dural ao nível de S2. • Do limite inferior da medula até S2: cisterna lombar com a cauda equina. • Piá-máter: intimamente aderida à medula; após o término da medula continua-se como filamento terminal até se juntar ao ligamento coccígeo = sustentação • Ligamentos Denticulados: união dos folhetos de pia que revestem a medula; inseridos na aracnóide pelos processos triangulares. Ligamento Denteado Vias Vias Sensitivas • Funículo Anterior: sensibilidade exteroceptiva protopática de contato • Funículo Lateral: sensibilidade exteroceptiva protopática termoalgésica • Funículo Posterior (Grácil e Cuneiforme): sensibilidade proprioceptiva consciente e sensibilidade exteroceptiva epicrítica Os tratos grosseiros (protopáticos) cruzam na medula e no bulbo, os finos (proprioceptivos; porque são chiques e finos) e a sensibilidade exteroceptiva epicrítica (porque ela é CRÍTICA) só cruzam na decusassação das pirâmides no bulbo (eles são mais reservad0s, não cruzam em qualquer lugar..) O hemisfério cerebral controla os tratos finos (proprioceptivos e epicrítico) contra- lateral e os grosseiros ipsilateralmente Funículo Anterior • Sensibilidade exteroceptiva protopática de contato!!!! • Trato espinotalâmico anterior • Cruza na medula e na decussação • 1º neurônio no gânglio sensitivo • 2º neurônio na medula • 3º neurônio no tálamo Lesão medular leva a perda da sensibilidade de contato CONTRALATERAL do ponto da lesão para baixo, porque a via só cruzará de novo no bulbo!!!! Funículo Lateral • Sensibilidade Exteroceptiva Protopática termoalgésica • Feixe Espinocerebelar Anterior • Feixe Espinocerebelar Posterior • Trato espinotalâmico lateral!!! • Cruza na medula e na decussação • 1º neurônio no gânglio sensitivo • 2º neurônio na medula • 3º neurônio no tálamo Lesão medular leva a perda da sensibilidade termoalgésica CONTRALATERAL do ponto da lesão para baixo, porque a via só cruzará de novo no bulbo!!!! Via Proprioceptiva Inconsciente Feixe Espinocerebelar Anterior e Posterior • Feixe Espinocerebelar Anterior (cruzado): estímulos dos membros; cruza na medula; ascende pelo funículo lateral; sobe até o pedúnculo cerebelar superior, onde cruza novamente; lesão medular = perda dessa sensibilidade IPSILATERAL do local da lesão para baixo • Feixe Espinocerebelar Posterior (direto): estímulos do tronco; não cruza na medula; ascende pelo funículo lateral; penetra no cerebelo; lesão medular = perda dessa sensibilidadeIPSILATERAL do local da lesão para baixo Truque para não confudir: pensem em quem tem mais mobilidade... Muito mais fácil cruzar os braços do que o tronco!!!! Funículo Posterior –Grácil e Cuneiforme • Sensibilidade proprioceptiva consciente • Sensibilidade exteroceptiva epicrítica • Trato espinotalâmico posterior • Cruza na decussação das pirâmides no bulbo • 1º neurônio no gânglio sensitivo • 2º neurônio no bulbo • 3º neurônio no tálamo Lesão medular leva a perda da sensibilidade proprioceptiva consciente e exteroceptiva epicrítica IPSILATERAL do ponto da lesão para baixo, porque a via só cruzará no bulbo!!!! Vias Motoras Piramidais ExtrapiramidaisX Trato Corticoespinhal Lateral Funículo Lateral Cruza na decussação das pirâmides Não cruza na medula O hemisfério cerebral controla o lado oposto do corpo Trato Corticoespinhal Anterior Funículo Anterior Não cruza na decussação Cruza na medula Feixe Tectoespinhal Origem no colículo superior Estímulos visuais e movimentação da cabeça Feixe Vestibuloespinhal Origem nos núcleos vestibulares Equilíbrio e postura Feixe Rubroespinhal Origem no núcleo rubro Motricidade distal dos membros Feixe Reticuloespinhal Formação reticular do tronco encefálico Postura e equilíbrio Tronco Cerebral • Entre a medula e o diencéfalo; • 10 dos 12 pares de nervos cranianos apresentam relação com essa região • É dividido em três partes: bulbo, ponte e mesencéfalo. Bulbo • Fissura mediana anterior • Pirâmides bulbares • Olivas bulbares (grande massa de substância cinzenta) • Sulco lateral anterior: local onde emergem os nervos Glossofaríngeo ou IX par, Vago ou X par e Acessório ou XI par • Sua área posterior está dividida em fascículos grácil e cuneiforme, que são separados pelo sulco intermédio posterior. • Limita-se superiormente com a ponte pelo sulco bulbo-pontino, onde emergem os nervos Trigêmeo ou V, Abducente ou VI, Facial ou VII, Intermédio e Vestíbulo-cocclear ou VIII Bulbo • Os núcleos dos nervos cranianos presentes no bulbo recebem o nome de substância cinzenta homóloga à da medula: Núcleo ambíguo (motor dos nervos IX, X e XI) Núcleo do hipoglosso Núcleo dorsal do vago Núcleo do trato espinhal do trigêmeo (sensitivo dos nervos V, VII, IX e X; sensibilidade de quase toda a cabeça) Núcleo do trato solitário (sensitivo dos nervos VII, IX e X; gustação) Núcleos vestibulares (núcleos sensitivos do VIII nervo) Não acredito que precise saber de cor esses núcleos Bulbo • Os núcleos do tronco encefálico sem relação com os da medula, recebem o nome de substância cinzenta própria do tronco Núcleo olivar inferior (aprendizagem motora) Núcleos olivares acessórios Núcleos grácil e cuneiforme (impulsos relacionados com a propriocepção consciente, tato epicrítico e sensibilidade vibratória) • Na formação reticular do bulbo, entramos o centro respiratório, vasomotor e o centro do vômito • Fibras do fascículo longitudinal medial liga todos os núcleos motores dos nervos cranianos Não acredito que precise saber de cor esses núcleos Lesões Bulbares • Sintomas muito variados... Disfagia; Alterações na fonação (lesão no núcleo ambíguo) Alterações no movimento da língua (lesão no núcleo do hipoglosso) Paralisia Perda de sensibilidade Conhecendo os sintomas, vocês podem concluir, caso precise, os núcleos mais importantes! Ponte • Sua base apresenta estriações transversas que convergem formando o pedúnculo cerebelar médio • No limite entre a ponte e esse pedúnculo, emerge o nervo trigêmeo o V par (raiz maior = sensitiva; raiz menor = motora) • Sulco basilar na superfície ventral (aloja a artéria basilar) • No sulco medial do pedúnculo, emerge o nervo oculomotor ou III par • Formada por base (ventral) e tegmento (dorsal) • A formação reticular da ponte abriga o locus ceruleus, que contém neurônios ricos em noradrenalina e os núcleos de rafe com neurônios ricos em serotonina Base da Ponte • Íntima conexão com o neocórtex e o neocerebelo • Dois tratos: corticoespinhal (fibras motoras para a medula) e corticonuclear (fibras motoras para os núcleos motores dos nervos cranianos – facial, trigêmeo e abducente) • Fibras transversais ou pontinas ou pontocerebelares: partem do núcleo pontino; penetram no pedúnculo cerebelar médio Tegumento da Ponte • Substância cinzenta homóloga a da medula: Núcleos Coccleares (constitui o corpo trapezoide) Núcleos Vestibulares (trazem informações da orelha interna sobre posição e movimentos da cabeça) Núcleos do Facial Núcleo do Abducente (inerva o músculo reto lateral que faz a abdução do olho) Núcleos do Trigêmeo (motor – músculos mastigadores; sensitivo – estímulos relacionados à sensibilidade da cabeça) Núcleo Salivatório Inferior e Núcleo Lateral (sistema parassimpático) Não acredito que precise saber de cor esses núcleos Lesões Pontinas Alterações na sensibilidade facial e da motricidade da musculatura mastigadora (V par) Problemas com a abdução do olho (VI par) Alterações na sensibilidade ou mímica (VII par) Tontura e alterações no equilíbrio (VIII par) Conhecendo os sintomas, vocês podem concluir, caso precise, os núcleos mais importantes! Mesencéfalo • Conhecido também como Mickey • Atravessado pelo aqueduto cerebral (une o III ao IV ventrículo), que é envolto por uma espessa camada de substância cinzenta central ou periaquedutal (regulação da dor; produção de endorfina) • É dividido em teto e pedúnculo cerebelar pelo aqueduto • O pedúnculo é dividido em tegumento e base pela substância nigra (neurônios com melanina e produtores de dopamina Doença de Parkinson) • Sua formação reticular apresenta neurônios produtores de dopamina e os núcleos da rafe produzem serotonina Teto do Mesencéfalo • Apresenta os quatro colículos: Colículos Superiores (visão) Colículos Inferiores (audição) • Abaixo dos colículos emerge o nervo troclear ou IV par (único que emerge dorsalmente) Base do Pedúnculo • Formado por fibras descendentes dos tratos corticoespinhais, corticonucleares e corticopontinos Tegmento do Mesencéfalo • Substância cinzenta homóloga à da medula: Núcleo do Troclear (único nervo com fibras decussando antes de emergir e único a emergir dorsalmente) Núcleo do Oculomotor (duas partes: visceral – sistema parassimpático – e somática – inervação motora dos músculos reto superior, inferior, medial e levantador da pálpebra) • Substância cinzenta própria: Núcleo Rubro (controle da motricidade somática; motricidade voluntária da musculatura distal dos membros) Substância Nigra (neurônios produtores de dopamina e com melanina) Não acredito que precise saber de cor esses núcleos, porém conhecer a substância nigra é fundamental! Lesões Mesencefálicas • É muito importante lembrar que todas as vias ascendentes atravessam o mesencéfalo para poderem chegar ao diencéfalo • Além das vias ascendentes, cinco tratos descendentes relacionados a motricidade também atravessam o mesencéfalo Perda da sensibilidade ou paralisia (III par) Perda da consciência ou coma (formação reticular) Paralisias contra-laterais (lesão na base do pedúnculo) Nervos Cranianos e o Tronco Tronco Tronco Tronco IV Ventrículo • É a cavidade do tronco cerebral • É contínuo caudalmente com o canal central do bulbo e cefalicamente com o aqueduto cerebral • Comunica-se com o espaço subaracnoide por duas aberturas laterais (Forames de Luschka) e uma abertura medial (Forame de Magendie) • No teto do IV ventrículo, encontramos a tela corioide que forma o plexo corioide IV Ventrículo Cerebelo • É separado do lobo occipital do telencéfalo pela tenda do cerebelo • Liga-se ao bulbo e à medula pelo pedúnculo cerebelar inferior; à ponte, pelo pedúnculo cerebelar médio; ao mesencéfalo, pelo pedúnculo cerebelar superior • O vérmis é conectado com os dois hemisférios cerebelares • Apresenta uma fina camada externa de substância cinzenta e internamente o corpo medular de substância branca, queabriga quatro pares de núcleos cinzentos: fastigial, interpósito (globoso e emboliforme) e denteado • Anatomicamente dividido em dois pela fissura póstero-lateral: corpo cerebelar e lobo flóculo-nodular • O corpo cerebelar é dividido em dois pela fissura prima: lobo anterior e posterior Cerebelo Arquicerebelo Paleocerebelo Neocerebelo Lobo flóculo-nodular; núcleo fastigial; sistema vestibular; equilíbrio Lobo anterior do corpo; núcleos interpósitos; tônus muscular; movimentos automáticos Lobo posterior; núcleo denteado; movimentos complexos; planejamento e coordenação de movimentos finos • Filogeneticamente, o cerebelo é dividido em três porções: arquiocerebelo ou cerebelo vestibular, paleocerebelo ou cerebelo espinhal e neocerebelo ou cerebelo cortical Cerebelo Funções do Cerebelo • Manutenção da postura • Controle do tônus muscular • Controle dos movimentos voluntários (planejamento e correção do movimento em execução) • Aprendizagem motora • Controle de funções não-motoras Cerebelo Considerações Gerais sobre Lesões Cerebelares • Uma das principais características é que as lesões causam sintomas IPSILATERAIS • As lesões costumam ser dos hemisférios (sintomatologia relacionada à coordenação dos movimentos) ou do vérmis (sintomatologia relacionada à perda do equilíbrio, alargamento da base de sustentação, alterações na marcha e na fala) Síndromes Vestibulocerebelares • Perda da capacidade de usar informações vestibulares para o movimento do corpo • Perda do controle dos movimentos oculares durante a rotação da cabeça • Marcha com base alargada e movimentos irregulares das pernas – ataxia Síndromes Espinocerebelares • O paleocerebelo recebe informações sensoriais dos receptores proprioceptivos • Avalia o grau de contração dos músculos, a tensão nas cápsulas articulares e nos tendões • Lesões no paleocerebelo acarretam os seguintes sintomas: Reduz o tônus muscular Reduz a precisão do movimento e a extensão do movimento – Dismetria Ataxia dos membros Pode ocorrer lesões na fala Síndromes Cerebrocerebelos • Recebe informações das áreas motoras e não motoras do córtex cerebral pelo pedúnculo cerebelar médio • Lesões no neocerebelo apresentam sintomas relacionados aos movimentos: Atraso no início dos movimentos Decomposição do rechaço (deficiência da coordenação) Disdiadococinesia (dificuldade de alternar e fazer movimentos rápidos) Tremores Dismetria (execução defeituosa do movimento) Cerebelo Cerebelo Diencéfalo • Apresenta quatro partes relacionadas com o III ventrículo: Tálamo Hipotálamo Epitálamo Subtálamo Tálamo • Duas massas cinzentas volumosas de forma ovoide unidas pela aderência intertalâmica • Apresenta corpos geniculador mediais (compõem a via auditiva) e laterais ( compões a via óptica) – ME OUVE E VÊ LÁ • Superiormente é separado do telencéfalo pela cápsula interna • Sua face inferior é contínua com o subtálamo e o hipotálamo • Sua face medial forma a maior parte das paredes do III ventrículo • É um elo essencialentre os receptores sensoriais e o córtex cerebral para todas as modalidades sensoriais exceto a olfação Funções Talâmicas e Lesões • Lesões podem se manifestar através de alterações da sensibilidade como crises de dor central (irradia para o lado oposto da lesão) e ampliação de estímulo • Funções: Recebe e filtra todos os impulsos sensitivos exceto o olfatório Relaciona-se com a motricidade, com a memória (conexão com os núcleos mamilares do hipotálamo) e com o comportamento emocional (relação com área pré-frontal) Seus núcleos inespecíficos relacionam-se com a ativação do córtex Tálamo Hipotálamo • Relaciona-se principalmente com o controle da atividade visceral e com o controle do SNA e das glândulas endócrinas • Localiza-se nas paredes laterais do III ventrículo abaixo do sulco hipotalâmico • É composto pelos corpos mamilares, quiasma óptico, túber cinéreo, infundíbulo e fórnix (divide o hipotálamo em medial e lateral – relaciona-se com o sistema límbico) • Conexões hipotalâmicas: sistema límbico, área pré- frontal, viscerais, hipófise e sensoriais Funções Hipotalâmicas Controle do SNA (anterior - parassimpático; posterior – simpático) Regulação da temperatura corporal (recebe informações de termorreceptores) Regulação do comportamento emocional Regulação do equilíbrio hidrossalino e da pressão arterial (ADH) Regulação da ingestão de alimentos (hipotálamo lateral) Regulação do sistema endócrino (regulação da hipófise) Regulação do sono e da vigília Geração e regulação dos ritmos circadianos Epitálamo • É o limite posterior do III ventrículo • Seu elemento mais evidente é a glândula pineal ou epífise • Glândula Pineal: é uma glândula endócrina que produz melatonina, hormônio essencial para a regulação do ritmo circadiano; sua base anterior prende-se à comissura das habênulas e à comissura posterior Funções da melatonina: Função antigonadotrópica Sincronização do ritmo circadiano Regulação da glicemia Regulação da morte celular por apoptose Ação antioxidante Regulação do sistema imunitário III Ventrículo • É a cavidade do diencéfalo • Comunica-se com o IV ventrículo através do aqueduto cerebral e com os ventrículos laterais através dos forames interventriculares ou de Monro • O teto do ventrículo possui a tela corioide que origina os plexos corioides do III ventrículo Telencéfalo • Compreende os dois hemisférios cerebrais unidos pelo corpo caloso • Cada hemisfério é subdividido em três pólos: frontal, occipital e temporal • Muitos sulcos delimitando giros cerebrais e lobos cerebrais (frontal, temporal, parietal, occipital e região da ínsula) • Medialmente, encontramos o corpo caloso (cruzamento de fibras entre os hemisférios) o fórnix (liga-se ao hipocampo) e o septo pelúcido (separam os ventrículos laterais) • Todo o hemisfério apresenta uma camada superficial de substância cinzenta (córtex) e um centro branco (centro branco medular cerebral), que possui alguns núcleos no seu interior Telencéfalo • Principais sulcos: central ou de Rolando e lateral ou de Sylvius Telencéfalo –Classificação Filogenética Córtex Arquicórtex Paleocórtex Neocórtex Hipocampo Úncus e parte do Giro Para- campal .... Telencéfalo –Classificação Funcional Telencéfalo Telencéfalo Telencéfalo Telencéfalo – Núcleos da Base • Núcleo Caudado: relaciona-se com a motricidade • Núcleo Lentiforme: é separado do caudado pela cápsula interna; apresenta função motora; dividido em Putâmen (afinidade estrutural e funcional: caudado) e Globo Pálido • O corpo estriado é composto pelos núcleos caudado e lentiforme; neoestriado: caudado e putâmen; paleoestriado: globo pálido • Claustrum: é separado do córtex da insula pela cápsula extrema e do núcleo lentiforme pela cápsula externa Telencéfalo – Núcleos da Base Ventrículos Laterais • São revestidos por epêndima e contém líquor • Comunicam-se com o III ventrículo pelos forames interventriculares ou de Monroe • Apresentam três cornos (projeções): anterior, posterior e inferior Sistema Límbico • Sistema relacionado fundalmentalmente com regulação dos processos emocionais e do SNA • É constituído por componentes corticais (giro do cíngulo, giro parahipocampal e hipocampo) e subcorticais (corpo amigdaloide, área septal, núcleos mamilares, núcleo anterior do tálamo e núcleo das habênulas) • Conecta-se com as demais áreas do cérebro através de conexões extrínsecas (principalmente pelo hipotálamo) • Estímulos visuais, auditivos, somestésicos, olfatórios e viscerais podem atingir o sistema límbico Sistema Límbico • Córtex Cingular Anterior: relaciona-se com o processamento da emoções • Córtex Insular Anterior: relaciona-se com as emoções • Hipocampo: relaciona-se com a regulação dos processos emocionais • Área Septal: é a área do prazer; lesões bilaterais levam a “raiva septal”: hiperatividade emocional, ferocidade e raiva• Habênula: relaciona-se com a regulação dos níveis de dopamina; ativada pela não- recompensa • Amigdala: relaciona-se com a percepção comportamental que opera em nível inconsciente regulando a agressividade e o comportamento sexual Circuito de Papez • Circuito de Papez é a conexão intrínseca do sistema • Acredita-se que esteja envolvido na elaboração do processo subjetivo central da emoção e sua expressão e ao mecanismo de memória Lesões nesse circuito leva a alterações comportamentais Circuito de Papez Hipocampo Fórnix Corpo Mamilar Núcleo Anterior do Tálamo Cápsula Interna Giro Parahipocampal Giro do Cíngulo Circulação Encefálica • Quando o sistema nervoso sofre isquemias, as áreas filogeneticamente mais recentes são as primeiras a serem atingidas • A última área a sofrer lesão é o centro respiratório no bulbo • Existem poucas anastomoses entre artérias e arteríolas, por isso o SNC é muito dependente de certas artérias • Hematomas extradurais são consequências de lesões na Artéria Meningea Média • Hematomas subdurais são rupturas em veias no ponto em que entram no seio sagital superior Vascularização Arterial • A vascularização do encéfalo é dada pelas Artérias Carótidas Interna e pelas Vertebrais • Na base do crânio, essas artérias formam um polígono anastomótico, o Polígono de Willis • As Artérias Cerebrais Média e Anterior são os ramos terminais da Carótida Interna; a Média é o principal ramo da Carótida Interna • Os outros ramos de destaque da Carótida Interna são: oftálmica e corioide anterior • A Artéria Cerebral Média irriga territórios como a área motora, somestésica e o centro da fala Vascularização Arterial • As Artérias Vertebrais originam- se das Subclávias e fundem-se na altura do sulco bulbo-pontino para originar a Artéria Basilar • A Artéria Basilar termina ao bifurcar-se em Artérias Cerebrais Posteriores Direita e Esquerda • As Artérias Cerebrais Posteriores irrigam a área visual no sulco calcarino • Outros ramos importantes da Basilar: Cerebelar superior e inferior anterior e artéria do labirinto Lesões das Artérias Cerebrais Obstrução da Artéria Cerebral Anterior: leva a sintomas como paralisia e diminuição da sensibilidade no membro inferior oposto Obstrução da Artéria Cerebral Média: leva a sintomas como paralisia e diminuição da sensibilidade do lado oposto do corpo (exceto membro inferior) e graves distúrbios de linguagem Obstrução da Artéria Cerebral Posterior: leva a cegueira em uma parte do campo visual Polígono de Willis Artérias Vertebrais Artéria Basilar Artéria Cerebelar Inferior Anterior Artéria Cerebelar Superior Resumindo... Vascularização Venosa • Diferente do que ocorre na maior parte do corpo humano, as veias não acompanham as artérias do encéfalo • As veias drenam para os seios da dura e, posteriormente, para a Jugular Interna • Existem dois sistemas venosos de drenagem: superficial e profundo • O sistema venoso superficial é formado por veias que drenam o córtex e a substância branca adjacente • O sistema venoso profundo compreende veias que drenam o sangue de regiões situadas mais profundamente no cérebro; a veia mais importante é a de Galeno ou Cerebral Magna, curto tronco formado pela confluência das veias Circulação Liquórica • O líquor é um ultrafiltrado do plasma com função de nutrição e proteção do SNC • A maior parte do líquor é produzida no plexo coróide • Flui entre os ventrículos laterais, III e IV ventrículos, aqueduto de Sylvius • O líquor extravasa para o espaço subaracnóideo pelos forames de Luschka e Magendie • A reabsorção ocorre nas granulações aracnoideas Hidrocefalia: acúmulo de líquor e aumento da pressão; leva a uma dilatação dos ventrículos e compressão do tecido nervoso SNA • É o componente eferente do sistema nervoso visceral • É involuntário • O simpático apresenta ação difusa e prepara para a fuga • O parassimpático é centralizado e antagônico ao simpático • Leva estímulos até as estruturas viscerais (glândulas, músculos) • Dois neurônios participam desse sistema: pré-ganglionar (possui o corpo dentro do SNC) e pós-ganglionar • As fibras pré-ganglionares são colinérgicas (dependentes de acetilcolina) Simpático X Parassimpático BOA PROVA!!