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CURSO TÉCNICO 
EM DESIGN DE INTERIORES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Design de Interiores: Materiais 
 Para revestimento e criação. 
 
 
 
 
 
 
 
Profª. Arq. Maria Pilar Martins Diez Arantes 
 Profª. Mest. Aletea Hoffmeister Mattes 
 
2 3 
4 
 
 
 
 
Unidade 1. Rochas ornamentais 
1.1. Granito....................................................................................................... 
1.2. Mármore..................................................................................................... 
1.3. Variações: Mármore Composto, Marmoglass, Silestone e Quartz-Stone....... 
1.4. Pedras decorativas..................................................................................... 
1.5. Destaques: Limestone e Ônix...................................................................... 
 
 
006 
009 
012 
014 
017 
 
 
Unidade 2. Revestimentos cerâmicos 
2.1. Ladrilho cerâmico............................................................................................. 
2.2. Tijolos requeimados para pisos ........................................................................ 
2.3. Cerâmica para pisos e azulejos................................................................... 
2.4. Porcelanato................................................................................................ 
 
018 
020 
021 
029 
 
 
Unidade 3. Pastilhas para revestimento 
3.1. Pastilhas de cerâmica................................................................................. 
3.2. Pastilhas de porcelana................................................................................. 
3.3. Pastilhas de vidro....................................................................................... 
3.4. Pastilhas de materiais diversos: pedra, madeira, aço e outros......................... 
 
033 
035 
036 
039 
 
 
Unidade 4. Revestimentos cimentícios 
4.1. Ladrilho hidráulico....................................................................................... 
4.2. Cimento queimado........................................................................................ 
4.3. Blocos de concreto para piso...................................................................... 
4.4. Placas cimentícias......................................................................................... 
 
042 
045 
047 
049 
 
 
Unidade 5. Metais 
5.1. Aço comum ..................................................................................................... 
5.2. Aço inoxidável ................................................................................................ 
5.3. Aço corten................................................................................................... 
5.4. Alumínio........................................................................................................ 
5.5. Latão............................................................................................................. 
5.6. Cobre............................................................................................................. 
 
052 
056 
059 
061 
063 
064 
 
 
 
 
 
Unidade 6. Tintas, vernizes e produtos auxiliares 
6.1. Tinta acrílica .................................................................................................... 
6.2. Esmalte sintético........................................................................................... 
6.3. Tinta a óleo...................................................................................................... 
6.4. Tinta epóxi...................................................................................................... 
6.5. Tinta em spray................................................................................................... 
6.6. Verniz......................................................................................................... 
6.7. Stain........................................................................................................... 
6.8. Trabalhando com o catálogo de tintas....................................................... 
 
 
 
067 
069 
070 
072 
073 
073 
074 
075 
 
5 
Unidade 7. Gesso 
7.1. Forro de gesso simples...................................................................................... 
7.2. Forro de gesso acartonado........................................................................... 
7.3. Parede de bloco de gesso pré-moldado.......................................................... 
7.4. Parede de gesso acartonado...................................................................... 
7.5. Complementos para acabamento: poliuretano, poliestireno, PVC................ 
 
079 
081 
083 
085 
087 
 
 
Unidade 8. Madeiras e derivados 
8.1. Madeira........................................................................................................... 
8.2. Taco.................................................................................................................. 
8.3. Parquet............................................................................................................. 
8.4. Tábua corrida.................................................................................................. 
8.5. Carpete de madeira....................................................................................... 
8.6. Deck ......................................................................................................... 
8.7. Forro de madeira e lambri.............................................................................. 
8.8. Painéis de aglomerado – MDF, HDF e OSB..................................................... 
8.9. Chapas de compensado............................................................................ 
8.10. Laminado de madeira............................................................................... 
8.11. Destaques: madeira de lei, teca, madeira de demolição, bambu e madeira 
plástica...................................................................................................................... 
 
089 
089 
091 
092 
094 
095 
097 
098 
100 
101 
 
103 
 
 
Unidade 9. Laminados melamínicos 
9.1. Laminado para móveis e painéis....................................................................... 
9.2. Laminado para piso........................................................................................... 
 
105 
109 
 
 
Unidade 10. Vidro e espelho 
10.1. Vidro......................................................................................................... 
10.2. Espelho...................................................................................................... 
 
111 
115 
 
 
Unidade 11. Superfície sólida, acrílico e policarbonato 
11.1. Superfície sólida.............................................................................................. 
11.2. Acrílico........................................................................................................... 
11.3. Policarbonato.................................................................................................. 
 
119 
122 
123 
 
 
Unidade 12. Revestimentos diversos 
12.1. Granilite....................................................................................................... 
12.2. Granilha..........................................................................................................12.3. Linóleo...................................................................................................... 
12.4. Pisos vinílicos............................................................................................ 
12.5. Pisos auto-nivelantes................................................................................... 
12.6. Pisos elevados........................................................................................... 
 
125 
126 
128 
130 
132 
134 
 
 
Unidade 13. Tecidos, papéis de parede e tapetes 
13.1. Tecidos.................................................................................................... 
13.2. Papéis de parede.................................................................................... 
13.3.Tapetes/Lustres........................................................................................ 
 
136 
140 
142 
6 
 
 
UNIDADE 1 – ROCHAS ORNAMENTAIS 
 
 
 GRANITO 
 
O que é: 
Granito é uma rocha não-calcárea, constituída basicamente por três minerais: feldspato, mica e sílica na 
forma de quartzo. Pode ainda apresentar em sua composição minerais complementares. 
 
Chapa de granito Branco Nevado: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características técnicas: 
É altamente resistente ao impacto e à abrasão. O granito, em todas as suas variações, tem maior 
dureza e menor porosidade que o mármore. 
 
Infiltrações de água podem manchá-lo. 
Permite corte e polimento. 
O granito aceita diversos tipos de acabamentos em sua superfície: 
- levigado = lixado com abrasivos, até ficar liso; 
- lustrado = além de ser lixado com abrasivos, recebe produtos impermeabilizantes; 
- flameado = a superfície é queimada com maçarico; 
- apicoado = a superfície recebe batidas de ferramentas que provocam ranhuras, 
tornando-o anti-derrapante. 
 
Superfície levigada, lustrada, flameada e apicoada: 
 
 
Características estéticas: 
Como é uma rocha extraída da natureza, apresenta variações de cores, 
veios e grânulos, por isso dificilmente uma peça será igual à outra. 
Contudo, essas diferenças de aparência não significam qualidade 
inferior. 
As variações de cor e desenhos pontilhados dos diversos granitos são 
resultantes das várias composições desses minerais e da gramatura 
dos mesmos, a qual pode ser fina, média ou grossa. 
O Brasil tem centenas de tipos de granito, de diversas cores: cinza, 
verde, lilás... sendo o Granito Azul-Bahia um dos mais belos e caros. 
 
Granito Azul-Bahia, Blue Star, Capão Bonito e Verde Rastajan: 
 
As bordas (válido para granitos, mármores e suas variações): 
As bordas são lapidações feitas nas placas ou aplicadas a elas, para torná-las visualmente mais 
grossas e imponentes, imprimindo um diferencial estético. 
Além da borda reta, os acabamentos de bordas são basicamente dois, que conjugados podem derivar 
em muitos outros: 
Boleado – borda arredondada. Pode ter um nível arredondado ou mais, daí chamando-se 1, 2 ou 3 G. 
Bisotado – também conhecido como Chanfrado ou Bisotê – borda cortada em ângulo reto, podendo 
também aparecer como 1, 2 ou 3 bisotados contínuos na mesma borda. 
 
Parâmetros Estéticos com os quais se relacionam: 
 Sofisticação e Formalidade: quando lustrado, com alto brilho. Quanto mais brilhoso, mais 
sofisticado. Os desenhos elaborados também acentuam o caráter de sofisticação do produto 
final. Também são mais sofisticados e formais, os granitos de coloração mais homogênea. 
 Simplicidade e Informalidade: quando apicoado ou fosco. Quanto mais rústico, mais 
visualmente agressivo (os paralelepípedos das ruas são blocos de granitos bem rústicos!). 
 Tradicional: em geral, os granitos nos remetem às composições mais tradicionais e previsíveis. 
 
7 
 
 
 
Onde usar: 
Adequado para áreas externas e internas, seja como revestimento de pisos ou de paredes. 
 
Pode ser usado em bancadas para balcões de cozinha e lavatórios, em divisórias em banheiros... 
 
Se usado como peças de mobiliário, estantes, prateleiras, é necessário cuidar para que não fique muito 
pesado e a instalação deve ser resistente. 
 
A seguir, à esquerda, bancada de granito Preto Absoluto. À direita, parede e balcão revestidos de 
granito Às de Paus. 
 
Na foto ao lado, uma cuba de granito, cuja 
parte externa tem acabamento apicoado, e a 
parte interna e superior, lustrado: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuidados: 
Devido às variações de veios, grânulos e tonalidades, antes das peças serem instaladas é importante 
fazer uma pré-montagem, a fim de encontrar o melhor posicionamento para a harmonia das peças. 
 
Em locais como degraus, borda de piscina e rampas, é fundamental que o granito receba ranhuras, 
para tornar-se anti-derrapante, como vemos na imagem a seguir: 
 
8 
 
 
 
Se o granito claro for colocado no piso, recomenda-se 
impermeabilizar o contrapiso e utilizar cimento branco, 
para não alterar a cor da rocha. 
 
Como o granito pode manchar com infiltração de 
água, é necessário que as juntas sejam bem vedadas 
quando o material for instalado. 
 
Limpa-se apenas com pano úmido, evitando produtos 
ácidos e produto gordurosos, os quais podem 
danificar o granito. 
 
Peças apicoadas ou levigadas podem ser limpas com 
esponja, ou se forem piso, com vassoura. 
 
 
 
 MÁRMORE 
 
O que é: 
Mármore é uma rocha metamórfica, isso porque tem como origem o calcário que sofre temperaturas e 
pressões extremamente elevadas durante o processo de formação. 
 
Chapa de mármore Rosso Lepanto: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características técnicas: 
Apresenta baixa resistência ao impacto, à abrasão e à compressão. 
Tem alta porosidade, isso significa que absorve líquidos. 
Devido às características anteriores, o mármore é mais frágil e mais sucetível a manchas do que o 
granito. 
 
Permite corte e polimento. 
O mármore aceita diversos tipos de acabamento em sua superfície: 
- levigado = lixado com abrasivos, até ficar liso; 
- lustrado = além de ser lixado com abrasivos, recebe produtos impermeabilizantes; 
- flameado = a superfície é queimada com maçarico; 
- apicoado = a superfície recebe batidas de ferramentas que provocam ranhuras, 
tornando-o anti-derrapante. 
 
9 
10 
 
 
Geralmente é encontrado comercialmente em placas de espessura variável de 8 a 20 mm. Mas quando 
oferecido em placas de pequeno tamanho (30 x 30 cm até 50 x 50 cm ou um pouco mais), pode atingir 
espessura de 5 mm, o que facilita a substituição de revestimentos cerâmicos por mármore, em caso de 
reformas. 
 
 
Características estéticas: 
As variações de cores e veios se devem ao grau metamórfico pelo qual passa a rocha e pela presença 
de diferentes minerais em sua composição: calcita, dolomita, quartzo, pirita, anfibólicos, diopsidio, etc. 
Existem mármores de inúmeras cores: preto, branco, bege, amarelo, laranja, rosa, verde, azul, marrom. 
Veja a cor que precisa e procure o mármore! 
 
Mármores Nero Portoro, Verde Rastaja e Rosália: 
 
 
Em geral, para diferenciar visualmente os mármores dos granitos, observamos o desenho de sua 
superfície: a maioria dos mármores possui muitos veios (linhas claras), enquanto os granitos são mais 
pontilhados de preto. 
 
Os mármores possuem uma vantagem estética sobre os granitos: os mármores podem ter visualmente 
superfícies bem lisas, bem homogêneas, oferecendo ampla possibilidade de composição com outros 
materiais. 
 
Mármore travertino (foto abaixo) é bastante poroso, mas economicamente mais acessível. Além disso, 
sua coloração bege facilita a composição com outros materiais e cores. 
 
Parâmetros Estéticos com os quais se relacionam: 
 Sofisticação e Formalidade: quando lustrado, com alto brilho. Quanto mais brilhoso, mais 
sofisticado.Os desenhos elaborados também acentuam o caráter de sofisticação do produto 
final. Quanto mais raro, mais sofisticado. 
 Simplicidade e Informalidade: quando apicoado ou fosco. Quanto mais rústico, mais 
visualmente agressivo. 
 Tradicional: os mármores nos remetem a composições mais tradicionais e mais clássicas. 
11 
 
 
Uma composição com pedras claras e escuras, formando um quadriculado, nos remete ao clássico e 
tradicional. 
Idem às composições que 
fazem uso de “cabochons” 
(peças quadradas inseridas 
no encontro de 4 peças 
maiores, veja ao lado). 
 
 
 
 
 
 
 
Onde usar: 
Adequado para áreas internas, especialmente 
em painéis e bancadas secas. 
 
Ideal para revestimento de paredes em que a 
opção for rochas, pois é mais um pouco mais 
leve que o granito. No ambiente ao lado, toda 
área da lareira é revestida de mármore: 
 
Pode ser usado em pisos internos, mas evita- 
se em locais de tráfego intenso, visto que seu 
desgaste é maior que o do granito. 
Da mesma forma, pode ser usado em 
banheiros e lavabos, como vemos ao lado, 
porém tem maior possibilidade de manchas 
pela absorção de água. 
 
12 
 
 
Cuidados: 
Devido às variações de veios, grânulos e tonalidades, antes das peças serem instaladas, é importante 
fazer uma pré-montagem, a fim de encontrar o melhor posicionamento para a harmonia das peças. 
 
O mármore sofre com a ação das intempéries e com a poluição, podendo se desgastar muito 
rapidamente se colocado em áreas externas. 
 
Em cozinhas seu uso deve ser evitado, pois pode ser danificado por ação de gorduras e ácidos de 
vinagre, limão ou materiais de limpeza agressivos. Além disso, mármores claros mancham facilmente 
com líquidos como café e vinho. 
 
Se o mármore claro for colocado no piso, recomenda-se impermeabilizar o contrapiso e utilizar cimento 
branco, para não alterar a cor da rocha. 
 
Como o mármore pode manchar com infiltração de água, é necessário que as juntas sejam bem 
vedadas quando o material for instalado. 
 
Pode ser tratado com materiais que lhes proporcionem maior conservação e beleza, como 
impermeabilizantes. 
 
 
 
 VARIAÇÕES: produtos visualmente semelhantes ao mármore e ao granito, porém 
industrializados e com algumas características de composição um pouco diferentes. 
 
 
MÁRMORE COMPOSTO 
 
Mármore composto é obtido a partir de fragmentos de mármores, granitos, outras rochas, e outros 
elementos aglomerantes como resinas, pó de mármores e até cimento. Estes fragmentos e os 
aglomerantes são misturados, formando-se blocos enormes que são “fatiados” em placas, 
semelhantemente às placas de mármores ou granitos naturais. 
À esta mistura, pode-se adicionar ainda fragmentos de outros elementos com fins decorativos, tais 
como: madre pérola, conchas, pedras coloridas, vidro colorido, materiais brilhosos em geral. Obtendo- 
se um produto visualmente rico e “curioso” para o olhar. 
 
 
Quanto às características técnicas, deve-se ter as mesmas considerações com este produto, como as 
do mármore natural. 
 
Pode-se considerar as mesmas características estéticas que para o mármore natural, com a diferença 
quanto ao aglomerado que for inserido, por exemplo: fragmentos de vidro colorido darão à peça um 
caráter mais informal, podendo até adquirir uma estética mais infantil, propícia à decoração para 
crianças ou jovens. Fragmentos de madre pérola por sua vez, darão um caráter mais sofisticado. 
Fragmentos de materiais recicláveis variados trarão um aspecto rústico e informal. 
13 
 
 
MARMOGLASS 
Marmoglass é um produto industrializado que possui superfície e cor uniformes, brilho intenso, alta 
resistência e dureza, durabilidade, absorção nula e resistência à abrasão, a produtos ácidos e alcalinos. 
O marmoglass é desenvolvido através da microcristalização de cristais de vidro e pó de mármore. 
Pode ser utilizado em revestimentos de paredes, pisos e bancadas. 
 
SILESTONE 
Silestone é um produto industrializado, líder mundial em superfícies de quartzo. Resistente a manchas e 
riscos. Apresenta-se em várias cores, com grânulos mais ou menos aparentes. 
 
 
14 
 
 
QUARTZ-STONE 
Quartz-Stone é um produto industrializado através de tecnologia de ponta, apresenta absorção nula à 
água e possui ação antibacteriana. É composto em grande parte pelo elemento quartzo, o que lhe 
garante dureza e durabilidade. Possui desenhos modernos e grande variedade de cores, oferecendo 
elegância, alta resistência e fácil manutenção. 
 
 
 
 
 
PEDRAS DECORATIVAS 
 
O que são: 
Rochas de várias composições minerais, retiradas da natureza para comercialização. 
Alguns tipos: ardósia, basalto, arenito, miracema, quartzito, pedra ferro, são tomé... 
 
 
Características técnicas: 
Caracterizam-se por sua resistência a impactos e à abrasão. 
 
Muitas têm possibilidade de polimento. Outras, apesar de poderem ser polidas, como não são 
consideradas com visual tão sofisticado como os granitos, são usadas somente mais rústicas, como as 
miracemas. 
 
Podem ser cortadas em diferentes formatos: placas (quadradas 
ou retangulares), paralelepípedos, filetes (também conhecido 
como corte canjiquinha – retângulos finos e de comprimento e 
profundidade com pequenas variações, como na figura ao lado). 
Ou ainda em formatos personalizados, aumentando seu custo. 
 
 
 
 
 
Podem também ser comercializadas em lascas advindas de 
retalhos e em seixos naturais (na imagem ao lado, seixos de 
arenito). 
15 
 
 
Há empresas que vendem as rochas em mosaicos. Nas figuras seguintes temos mosaicos de pedra 
Miracema: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características estéticas: 
Apresentam grande variedade de texturas e cores, conforme o tipo de rocha. Há rochas em vários tons 
de cinzas, beges, marrons, amareladas, rosadas, alaranjadas (cor de ferrugem), pretas, com superfícies 
manchadas ou mais homogêneas. 
As texturas naturais são mais rústicas que os 
mármores e granitos lixados. 
 
As pedras filetadas são dispostas geralmente na 
horizontal em paredes, formando uma superfície 
irregular que cria sombras, o que confere bastante 
informação à superfície. Deve-se então cuidar com 
os demais elementos decorativos que estarão em 
seu entorno, para não carregar demais visualmente, 
ou seja, seu entorno deve ser mais neutro. No 
ambiente ao lado, parede revestida de Arenito 
filetado: 
 
 
 
 
 
 
 
As pedras decorativas podem ser usadas para 
revestir paredes internas, proporcionando um efeito 
rústico, campestre. Pelo conceito estético 
contemporâneo, devemos usar no máximo uma ou 
duas paredes assim revestidas, a fim de não 
sobrecarregar o ambiente. No espaço à direita, uma 
única parede é formada por blocos de pedra; no 
chão, a circulação é destacada por placas cercadas 
por seixos: 
16 
 
 
Onde usar: 
Uso interno e externo, considerando o tipo de pedra. O que vai determinar o uso é o quanto uma pedra 
pode acumular sujeira. Por exemplo, uma pedra muito rústica e áspera dentro de casa, vai tirar toda 
sujeira dos sapatos, deixando sempre a casa suja. 
 
Podem ser usadas como revestimento para pisos, paredes, bancadas e em jardins. 
Arenitos absorvem menos calor, sendo ideais para áreas de piscina e locais quentes. 
 
Veja o piso de uma cozinha com placas de Arenito e uma cascata estruturada com filetes de Pedra 
Ferro: 
 
 
Cuidados: 
As pedras decorativas podem ser tratadas com materiais que lhes proporcionem maior conservação e 
beleza, como vernizes e impermeabilizantes. 
 
No caso de usar em formato de filetes ou mosaicos, lembre-se que quanto mais recortes, mais 
possibilidade de acumular poeira. 
Observar cuidadosamente a espessura do material, em função do nível final do piso ou da espessura da 
parede em que as rochas serão colocadas.Nas áreas das garagens e acessos de veículos é conveniente optar por pedras decorativas de fácil 
limpeza e de tonalidade escura, tais como a ardósia, para disfarçar as manchas de pneus e óleo. 
17 
 
 
DESTAQUES 
 
LIMESTONE 
Pedra natural calcária. Material de formação calcária com grande presença na arquitetura mundial, 
apontado atualmente como tendência por arquitetos e decoradores. 
 
Possui grande variação de aplicabilidade: 
Ambientes internos: living, quartos e banheiros. Ambientes externos: revestimentos de muros e 
fachadas, bordas de piscina (não aquecem!), decks, fachadas e pisos. 
 
Limestone pode variar em cores, tons e veios. 
É esteticamente mais discreta que as demais pedras, pois sua superfície é mais neutra visualmente, e 
suas cores variam entre os beges mais marrons ou amarelados e cinzas, e seus tons. 
Comercializado em chapas de 2 cm de espessura, que podem ser cortadas no formato desejado. 
 
 
ÔNIX 
Pedra natural semi-translúcida, de alto valor decorativo por seus veios e coloração bastante intensa e 
variada. 
Ideal para ser explorada com iluminação por trás, a fim de deixar transparecer parte da luz. 
Por ser muito decorativa, deve ser usada com elementos mais neutros em seu entorno, a fim de que 
sua beleza não seja “camuflada”. 
 
18 
 
 
 
UNIDADE 2 - REVESTIMENTOS CERÂMICOS 
 
 LADRILHO CERÂMICO 
 
O que é: 
Revestimento cerâmico formado por uma mistura de materiais argilosos comprimidos, expostos a altas 
temperaturas. 
Também conhecido por “LAJOTA”. 
 
 
Características técnicas: 
Têm baixa absorção de calor. 
Sendo bem assentados e cuidados terão sua vida útil prolongada. 
Sua resistência mecânica irá variar conforme sua espessura e qualidade. 
 
 
Características estéticas: 
Textura vidrada, lisa, brilhante ou opaca, normalmente de cor avermelhada. 
Podem ser usados ao natural, encerados ou escurecidos com óleo queimado. 
Possuem diversos tamanhos e formas que permitem a criação de vários conjuntos. 
 
Parâmetros Estéticos com os quais se relacionam: 
 Simplicidade e Informalidade: são as características estéticas mais afinadas com este 
revestimento, devido ao seu aspecto de rusticidade. 
 Tradicional: em geral nos remete a composições mais tradicionais, porém isso não significa que 
não sejam criativas. 
 Associamos o ambiente que usa este revestimento ao rústico, ao campestre, ao lazer. Contudo, 
também poderá ser utilizado em ambientes com outros estilos mais sofisticados, criando 
contrastes interessantes entre linguagens estéticas. 
19 
 
 
A seguir, sala de jantar com piso revestido com ladrilhos cerâmicos de diferentes formas e tonalidades, 
criando o efeito de um grande “tapete”. Na figura da direita, ladrilhos com relevos da marca Padroeira: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Onde usar: 
São utilizados para revestimento de pisos e paredes. 
Apropriados para áreas de lazer, churrasqueiras, varandas, salas, quartos, fachadas, entradas e halls, 
calçadas de jardins, dentre outros. 
 
Cuidados: 
Nas áreas externas lava-se normalmente o piso e nas áreas internas aplica-se cera líquida. 
 
20 
 
 
 TIJOLOS REQUEIMADOS PARA PISOS 
O que são: 
Embora o nome indique queima em duas etapas, na 
verdade os tijolos passam por este processo apenas 
uma vez. Recebem este nome porque são 
escolhidos dentre aqueles que ficam mais próximos 
ao forno e com melhor queima, portanto, mais 
resistentes. 
 
 
Características técnicas: 
Maior resistência à absorção de água que os tijolos 
comuns. 
Superfície áspera antiderrapante. 
Boa resistência mecânica à compressão. 
Baixa resistência à abrasão. 
Comercializados em unidades ou milheiros. 
 
 
Características estéticas: 
Devido à baixa resistência à abrasão, logo adquire um aspecto rústico. 
Podem formar desenhos de acordo com a sua paginação. Nas próximas imagens vemos a paginação 
em linhas paralelas e a paginação em zigue-zague, também chamada de “espinha de peixe”. 
Também podem ser combinados a outros tipos de revestimento (revestimento cerâmico ou madeira, por 
exemplo). 
Como as peças são pequenas, cria-se uma “malha” visual bastante rica, devendo-se então tomar 
cuidado para não sobrecarregar de informações por cima deste piso com tapetes muito desenhados, 
por exemplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parâmetros Estéticos com os quais se 
relacionam: 
 Simplicidade e Informalidade: são as 
características estéticas mais afinadas com 
este revestimento, devido ao seu aspecto de 
rusticidade. 
 Tradicional: em geral nos remetem a 
composições mais tradicionais, porém não 
significa que não sejam criativas. 
 Associamos o ambiente que usa este 
revestimento ao rústico, ao campestre, ao 
lazer. Porém, também poderá ser utilizado 
em ambientes com outros estilos mais 
sofisticados, criando contrastes interessantes 
entre linguagens estéticas. 
21 
 
 
Onde usar: 
Indicados para pisos externos e internos (não utilizar tijolos comuns). 
 
Cuidados: 
Assentamento sobre o contrapiso ou qualquer superfície que seja impermeabilizada. 
Observar cuidadosamente o nível final do piso acabado. 
Proteção: selador e/ou resinas 100% acrílicas de base solvente (três demãos). A resina deve ser 
reaplicada de dois em dois anos para manter a aparência inicial do piso. Providenciar rigorosa limpeza 
da superfície, retirando todos os resíduos, antes de aplicar qualquer tipo de resina ou cera. 
 
 
 
 
 CERÂMICA PARA PISOS E AZULEJOS 
 
O que é: 
É um tipo de revestimento constituído de uma base cerâmica porosa ou não (tardoz ou “biscoito”), tendo 
na outra face uma camada de esmalte (vidrado) decorado ou não. 
A história dos revestimentos cerâmicos tem sua origem perdida entre o oriente (China) e oriente médio 
(Turquia). Por muitos séculos o revestimento cerâmico foi sinônimo de produto luxuoso. 
Após a IIª Guerra Mundial a produção de cerâmica apresentou um desenvolvimento industrial 
considerável, com o advento das técnicas de produção. Assim a possibilidade de produzir em escala 
industrial baixou os preços e tornou as cerâmicas acessíveis a grande parte das habitações. 
 
 
Na próxima página, à esquerda: cerâmica turca centenária com camada de esmalte ricamente 
decorada, aplicada em teto e paredes. À direita, cerâmica atual, com esmalte liso, revestindo o piso: 
22 
 
 
 
 
Características técnicas: 
Em geral tem altíssima durabilidade e é fácil de limpar. 
 
Observar sempre as características técnicas/especificações das cerâmicas nos catálogos dos 
fabricantes ou nas caixas dos produtos. Essas especificações geralmente são representadas através de 
siglas para indicar os níveis de: 
- absorção de água; 
- resistência ao gelo; 
- resistência mecânica; 
- resistência à abrasão; 
- resistência ao escorregamento; 
- resistência ao risco; 
- resistência a manchas; 
- resistência ao ataque químico. 
Vejamos cada um desses itens: 
 
ABSORÇÃO DE ÁGUA: 
Determina a porosidade da base cerâmica. 
Quanto menor a quantidade de poros na base, menor é a absorção de água. 
Os grupos de absorção de água são classificados como segue: 
 
GRUPOS ABSORÇÃO TIPO DE CERÂMICA 
RESISTÊNCIA 
MECÂNICA 
B Ia De 0 a 0,5% Porcelanato Altíssima 
B Ib De 0,5 a 3% Grés Muito alta 
B IIa De 3 a 6% Semi-grés Alta 
B IIb De 6 a 10% Semi-poroso Média 
B III Mais de 10% Poroso Baixa 
23 
 
 
Quando a cerâmica absorve água e incha, 
fica com um aspecto de rachaduras, esse 
efeito indesejado é chamado de gretagem. 
Para que isso não ocorra, a absorção de 
água deve ser baixa nas piscinas, box de 
banheiro e pias de lavabos e cozinha 
(menos de 4%) = B Ia ou B Ib. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESISTÊNCIA AO GELO: 
Está diretamente ligada àabsorção de água (que vimos anteriormente), pois o gelo provoca danos ao 
produto, devido ao seu aumento de volume quando a água se solidifica no interior dos poros da 
cerâmica. 
Quanto menor a absorção de água, maior a resistência ao gelo. 
 
Se a cerâmica não for resistente ao gelo, pode ocorrer estouramento por congelamento. Por isso, essa 
resistência deve ser observada para piscinas, terraços, tanques, pisos e fachadas nas regiões muito 
frias, onde ocorre neve ou geadas fortes. Especificar absorção menor que 3% = B Ia ou B Ib. 
 
 
RESISTÊNCIA MECÂNICA 
A absorção de água também influi diretamente na resistência mecânica. 
 
A resistência mecânica evita que a cerâmica quebre quando cargas muito pesadas forem colocadas 
sobre ela ou quendo houver muita vibração no solo. 
 
A resistência mecânica deve ser elevada nas garagens. 
 
 
 
RESISTÊNCIA À ABRASÃO OU ÍNDICE P.E.I. (PORCELAIN ENAMEL INSTITUTE) 
É a resistência da superfície esmaltada ao desgaste, causada pelo tráfego de pessoas, movimentação 
de objetos e veículos, etc... Atenção! Não confunda P.E.I. com a qualidade da cerâmica, pois este é 
apenas uma de suas características técnicas. 
 
O P.E.I. pode orientar a escolha do local onde o produto deverá ser usado. Quanto maior o P.E.I., maior 
a resistência do esmalte ao desgaste. 
 
Os grupos de resistência a abrasão são classificados como segue: 
CLASSE DE ABRASÃO 
SUPERFICIAL 
RESISTÊNCIA À 
ABRASÃO 
USOS 
P.E.I. 0 Desnecessária Uso exclusivo em paredes. 
P.E.I. 1 Baixa 
Tráfego baixo de pessoas/objetos (banheiros e 
dormitórios sem portas para o exterior). 
 
P.E.I. 2 
 
Média baixa 
Tráfego médio de pessoas/objetos 
(dependências residenciais, exceto cozinhas, 
escadas e entradas). 
P.E.I. 3 Média alta 
Tráfego médio-alto de pessoas/objetos (todas 
as dependências residenciais, inclusive terraço). 
 
 
P.E.I. 4 
 
 
Alta 
Tráfego alto de pessoas/objetos (dependências 
residenciais de tráfego intenso, locais públicos 
com tráfego moderado e áreas internas de uso 
comercial como, por exemplo: entradas de hotéis, 
lojas, show-room, etc...). 
 
P.E.I. 5 
 
Altíssima 
Tráfego altíssimo de pessoas/objetos (áreas 
públicas, internas e externas com alto tráfego 
como, por exemplo: shopping centers, aeroportos, 
etc...). 
 
Lembre-se: locais com altíssimo tráfego 
de pessoas devem receber cerâmica com 
P.E.I. 5. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESISTÊNCIA AO ESCORREGAMENTO 
Quanto maior o coeficiente de atrito da cerâmica, mais ela será resistente ao escorregamento. Locais 
como escadas, supermercados, passagens preferencias e áreas para terceira idade devem ter alto 
coeficiente de atrito, a fim de evitar ao máximo o escorregamento. 
 
O coeficiênte de atrito é medido nos pisos secos e molhados e o valor máximo é 1 (um), o que 
representaria um piso totalmente áspero e altamente resistente ao escorregamento = Classe 3. 
 
24 
25 
 
 
Um piso já é considerado antiderrapante quando seu coeficiente de atrito molhado é igual ou superior a 
0,4 = Classe 1, 2 ou 3. 
 
Os grupos de coeficiente de atrito são classificados como segue: 
 
CLASSE COEFICIENTE DE ATRITO USO 
Classe 1 Inferior a 0,4 Satisfatório para instalações normais. 
Classe 2 
Igual ou superior a 0,4 e menor 
que 0,75 
Recomendado para uso onde se requer 
resistência ao escorregamento. 
Classe 3 Igual ou superior a 0,75 
Recomendado para áreas extremas 
com aclive ou declive. 
 
As superfícies ásperas e/ou com relevo tendem a possuir alto coeficiente de atrito, enquanto que as 
superfícies lisas possuem coeficiente de atrito menor. Veja exemplos de cerâmicas com alta resistência 
ao escorregamento: 
 
 
 
RESISTÊNCIA AO RISCO (ESCALA MOHS) 
A resistência ao risco é medida pelo grau de dureza do esmalte da cerâmica através da escala 
MOHS. 
Essa escala, usada para medir a dureza de diversos materiais, varia de 1 (equivalente ao talco) a 
10 (equivalente ao diamante). 
 
É recomendado que a dureza MOHS seja, sempre que possível, igual ou maior que 4 ou 5 nas 
cerâmicas. Mas cuidado: de um modo geral, pisos que apresentam superfície brilhante são mais 
suscetíveis a riscos, mesmo que possuam P.E.I. 4 ou 5, portanto exigem maiores cuidados durante as 
fases da colocação, bem como no uso e manutenção. 
 
Atenção: A dureza MOHS da areia (quartzo) é igual a 7, o que quer dizer que a areia risca a maior parte 
das cerâmicas, devendo-se portanto proteger o piso após sua aplicação, principalmente na fase de 
obra. Nas praias, como a dureza MOHS da areia (quartzo) é 7, a cerâmica utilizada nos ambientes 
devem ter dureza MOHS superior. 
 
No caso de produtos de MOHS baixo, recomenda-se utilizar capachos ou similares na entrada dos 
ambientes, e os caminhos preferenciais podem ser protegidos por passadeiras e tapetes, que além do 
aspecto decorativo têm uma função protetora. 
 
 
RESISTÊNCIA A MANCHAS (LIMPABILIDADE) 
Essa resistência, como seu nome indica, determina a facilidade de limpeza da cerâmica. 
Está relacionada com a ausência de porosidade na superfície (no esmalte). São cinco as classes de 
limpabilidade: 
 
. 
26 
 
 
CLASSE DE 
LIMPABILIDADE CARACTERÍSTICAS 
Classe 1 Impossibilidade de remoção da mancha. 
Classe 2 
Removível com produto de limpeza especial (ácido 
clorídrico ou acetona). 
Classe 3 
Removível com produto de limpeza forte (água 
sanitária ou ácido muriático diluído). 
Classe 4 
Removível com produto de limpeza fraco (detergentes 
convencionais). 
Classe 5 Máxima facilidade de remoção (água). 
 
 
 
Limpabilidade deve ser observada nas 
cerâmicas de cozinhas e é obrigatória para 
hospitais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESISTÊNCIA AO ATAQUE QUÍMICO: 
É a capacidade que a superfície da peça cerâmica possui de não alterar sua aparência quando 
submetida a determinados produtos químicos padronizados como: suco de tomate, limão, laranja, 
vinagre e detergentes alcalinos. 
 
Resistência química é fundamental em pias de cozinha e laboratórios. 
São 3 as classes de resistência ao ataque químico: 
CLASSES DE RESISTÊNCIA AO ATAQUE DE 
PRODUTOS QUÍMICOS DOMÉSTICOS E DE PISCINA 
Resistência química elevada = GA* 
Resistência química média = GB* 
Resistência química baixa = GC* 
*Glazed (esmaltado em inglês) + A, B ou C 
 
 
Características estéticas: 
Permitem grande versatilidade na decoração! 
 
Podemos classificar as cerâmicas esteticamente de acordo com: 
27 
 
 
- Tamanhos = quanto menores as peças, mais rejuntes e mais linhas, criando uma “malha visual” que 
confere bastante informação ao ambiente. No sentido oposto, quanto maiores as peças, menos rejuntes 
e mais plana fica a superfície, ficando assim mais neutra em relação às linhas da paginação. 
- Estampas = lisas ou estampadas. Vão se enquadrar dentro de um dos 3 grandes grupos estilísticos 
(clássicas, modernas ou específicas). Além disso, podem ainda ter acabamento de: brilho, acetinado ou 
fosco. 
- Cores = existem todas as cores e tons possíveis disponíveis em cerâmicas. Depende da fábrica e da 
coleção. 
 
O assentamento das cerâmicas quadradas e retangulares pode ser feito com as peças paralelas em 
relação à arquitetura (como nas fotos abaixo), ou em diagonal. 
No assentamento em diagonal há maior dinamismo (ou peso visual), uma vez que as linhas do rejunte 
formam uma malhar diagonal (e as linhas em diagonal são mais dinâmicas e pesadas visualmente). 
Isto não é bom ou ruim por si só. Deve-se considerar sempre as características de todo o ambiente ao 
optar entre o assentamento paralelo ou diagonal. Por exemplo: se em um ambiente já há muita 
informação visual, deve-se procurar então assentar a cerâmica no sentido paralelo, para que o piso 
fiquemais neutro. 
 
Na foto à esquerda, azulejos Eliane, em peças de tamanho menor e estampado. Na foto da direita, 
azulejos Portobello, em peças de tamanho maior e lisas: 
 
 
Parâmetros Estéticos com os quais se relacionam: 
 Sofisticação e Formalidade: características das cerâmicas com acabamentos prateados ou dourados, 
brilhosas, lisas, bem polidas, estampas clássicas ou modernas bem elaboradas e acabadas. 
 Simplicidade e Informalidade: enquadram-se assim as cerâmicas rústicas, e as lisas acetinadas ou 
foscas. Também podem se enquadrar aqui as temáticas (decoradas com peixes, talheres, etc) 
dependendo do tipo de acabamento (brilho ou fosco) e do material que as compõem. 
 Tradicional: geralmente as cerâmicas com acabamentos de efeitos marmorizados, imitando granito ou 
outras pedras naturais são tradicionais. Também se enquadram aqui as cerâmicas com efeito de 
“pintadas a mão” estilo português ou outras étnicas ou temáticas. 
 Vanguarda: as cerâmicas com efeitos especiais como ilusão de ótica em relevo, materiais de alta 
tecnologia, metalizados, e cortes diferenciados ainda não comuns. 
28 
 
 
Abaixo, à esquerda, imagem da cerâmica da Solarium, de aspecto simples e informal. À direita, imagem 
das peças da Buschinelli, cujos relevos podem ser considerados vanguarda em cerâmica. 
Onde usar: 
As cerâmicas são extremamente versáteis, podendo ser usadas em pisos, paredes, teto, móveis, 
objetos decorativos. Basta respeitar suas características técnicas. 
 
 
Cuidados: 
Extra ou tipo “A”: peças com melhor qualidade. 
Comercial: peças de boa qualidade. Observar informações da caixa, pois o tamanho nominal nem 
sempre corresponde ao tamanho real. 
Refugo: peças com grande variação tonal, dimensional, e pode haver outros defeitos. 
 
Recomenda-se comprar 10% a mais que a área a ser revestida, visto a necessidade de recortes, 
emendas e quebras. O que determina isto é o tipo de desenho ou direção que será assentada a 
cerâmica (paginação), além das características do espaço físico (se o ambiente tiver um formato 
irregular, com muitos recortes, exigirá mais peças cerâmicas cortadas, aumentando assim a 
possibilidade de quebras durante a execução, e desperdício). 
 
Usar argamassa colante industralizada de qualidade para fixação eficaz (há específicas para áreas 
especiais: saunas, piscinas, estufas, etc). 
 
O rejuntamento é necessário, pois funciona como impermeabilizante do substrato; como junta de 
dilatação, separando uma placa cerâmica da outra. 
Há rejuntamento de diversas cores no mercado. Há um tipo de rejuntamento para cada tipo de uso 
(interior, exterior, áreas molhadas). 
argamassa 
rejuntamento 
29 
 
 
 PORCELANATO 
 
O que é: 
Revestimento cerâmico originário da Europa (Itália e Espanha). Começou a ganhar destaque no Brasil 
no começo da década de 90. 
É uma variação da cerâmica esmaltada para pisos e paredes, porém fabricado com tecnologia 
avançada, apresentando características técnicas bastante superiores. 
O porcelanato (ou grês porcelanato) é um produto resultante da chamada monoqueima grês (queima 
numa única etapa da base e esmalte, juntos) e da alta densidade estrutural da base. 
 
Nas figuras a seguir: porcelanato branco liso, aplicado em parede e piso; porcelanato cinza com leves 
ondulações aplicado no piso; mais abaixo, peça de porcelanato estampado da coleção Vivere, da 
Portinari. 
 
 
 
 
Características técnicas: 
Sua resistência permite uma qualidade superior aos demais pisos cerâmicos e às pedras naturais. 
O porcelanato tem absorção de água muito pequena (0,05 %), não acumula sujeira, sendo de fácil 
limpeza. 
 
Produto da alta resistência mecânica e durabilidade. 
Elevada resistência química. 
Alta resistência ao choque térmico. 
30 
 
 
Resiste a manchas e não perde o brilho, desde que seguidas as recomendações de utilização, 
assentamento e manutenção. 
 
Coeficiente de dilatação mínimo. 
 
 
Características estéticas: 
O porcelanato pode apresentar-se com acabamento polido, com aspecto espelhado, além do esmaltado 
e do natural. Muitas pessoas se enganam achando que porcelanato é necessariamente uma cerâmica 
lisa e brilhante! Não, porcelanato pode ser liso, ou com relevos, com ranhuras... Pode imitar o aspecto 
das pedras naturais, madeira e outros materiais. 
 
Um grande diferencial do porcelanato está no fato dele permitir juntas muito finas (2mm ou até “junta 
seca” – 0mm), criando um visual plano e contínuo, atribuindo bastante neutralidade ao ambiente. 
 
A seguir, porcelanatos imitando madeira (na imagem mais abaixo, linha Ecowood da Portobello): 
 
Parâmetros Estéticos com os quais se relacionam: 
 Sofisticação e Formalidade: características associadas às peças grandes com acabamento em brilho, 
lisas bem polidas, estampas clássicas ou modernas bem elaboradas e acabadas. 
 Simplicidade e Informalidade: enquadram-se assim as peças rústicas, e as lisas acetinadas ou foscas. 
Também podem se enquadrar as temáticas (decoradas com peixes, talheres, madeira, etc) dependendo 
do tipo de acabamento (brilho ou fosco). 
 Tradicional: também há porcelanatos estampados com acabamentos de efeitos marmorizados, imitando 
granito ou outras pedras naturais. 
 Vanguarda: os porcelanatos lisos de alto brilho, com rejuntamento menor possível nos remeterá a 
propostas mais vanguardistas. 
31 
 
 
 
 
 
Onde usar: 
Pode ser aplicado tanto como revestimento de piso como de paredes; em locais internos e externos. 
Também pode ser utilizado em 
bancadas. 
 
Por praticamente não absorver água, 
é recomendado para clínicas que têm 
a necessidade de constante limpeza e 
higienização. 
Na figura ao lado, linha inspirada nos 
tecidos em composê, da Decortiles. Abaixo 
à esquerda, trabalhada com estampa em 
relevos, linha Luxor, da Porto Ferreira. À 
direita, porcelanato liso de alto brilho. 
32 
 
 
Cuidados: 
As peças claras podem manchar com líquidos coloridos (vinho, cremes, etc). 
As peças escuras refletem muito, portanto deve-se cuidar com o uso em locais onde mulheres transitam 
de saias! 
As peças polidas de alto brilho tornam-se extremamente escorregadias. Há peças antiderrapantes 
adequadas. 
O assentamento deve iniciar pela entrada principal, para que tenha peças inteiras e não recortadas. 
 
33 
 
 
 UNIDADE 3 - PASTILHAS PARA REVESTIMENTO 
 
 
PASTILHAS DE CERÂMICA 
 
O que são: 
São pequenas peças de revestimento constituídas por material cerâmico. Geralmente quadradas ou 
hexagonais, mas podem apresentar outros formatos. 
 
 
 
Características técnicas: 
As pastilhas cerâmicas apresentam características 
próprias, como diferentes níveis de resistência à 
gretagem ou ao choque térmico, por exemplo. 
 
Sua escolha requer os mesmos cuidados de 
especificação de qualquer revestimento cerâmico 
(conforme Unidade 2, item 2.3). 
 
Possuem medidas individuais a partir de 2,5 x 2,5 cm 
e são unidas por papel ou pontos de cola de PVC, 
formando placas com aproximadamente 30 x 30 cm 
de superfície. 
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Características estéticas: 
As pastilhas cerâmicas formam uma “malha visual” que deve ser 
considerada como informação importante na determinação do peso 
visual do ambiente. Ou seja, o quadriculado formado pelas pequenas 
peças gera bastante informação. 
 
Em relação aos aspectos estéticos, as pastilhas podem abranger uma 
grande variedade de elementos visuais: 
 
- Texturas: as texturas lisas são as mais comuns - pastilhas brilhosas, acetinadas ou foscas. Mas há 
texturas não lisas: rugosas, ásperas, apicoadas. Para esta categoria de não lisas podemos citar as 
pastilhas com acabamento propositalmente irregular na superfície, com efeito rústico (modelo abaixo, à 
esquerda: pastilhas Nina Martinelli).- Cores: todas as cores e seus tons são encontrados em pastilhas cerâmicas. Lembrando que pode-se 
utilizar o rejuntamento da mesma cor da pastilha, ou outra cor (geralmente uma cor neutra: bege, 
branco, cinza ou preto). Ao usar a mesma cor, obtém-se uma superfície mais homogênea e discreta 
(com menos informação). Ao contrastar com a cor do rejunte, destaca-se mais a “malha visual”. Isto não 
tem problema se o restante do ambiente não estiver muito pesado visualmente. 
Ainda sobre as cores, vale lembrar que elas são encontradas nos 3 tipos básicos de tons: saturados 
(cores vivas), luminosos (tons pastéis), rebaixados (tons acinzentados/ escurecidos). 
 
- Desenhos/estampas: há pastilhas decoradas, tanto com desenhos nivelados (planos), quanto com 
desenhos em relevo ou baixo relevo (modelo abaixo, à direita). Lembrar sempre que cada desenho 
reflete um estilo. 
 
- Formatos: os mais comuns são os quadrados e retangulares; depois há os hexagonais e também os 
de formas orgânicas. 
 
 
 
 
Quanto aos parâmetros estéticos observamos: 
 
- Formalidade ou Informalidade – diretamente relacionado ao seu tom: quanto mais saturada, mais 
informal. E quanto mais rebaixado o tom, mais formal. 
 
- Sofisticado ou Simples – relaciona-se com o tipo de acabamento: texturas rústicas remetem à 
simplicidade. Texturas brilhosas, acetinadas e foscas são mais sofisticadas. 
 
- Tradicional ou Vanguarda – as pastilhas cerâmicas nos remetem mais ao tradicional, quanto mais 
rebaixado for o tom, e mais comum for o acabamento. O uso de mosaicos formados por pastilhas de 
diferentes tamanhos, ou com desenhos personalizados, pode criar um visual de vanguarda. 
 
35 
 
 
Onde usar: 
As pastilhas são bastante versáteis: podem ser usadas em paredes, pisos, bancadas, no teto, em 
móveis e até na criação de objetos decorativos. 
 
 
Cuidados: 
O uso de pastilhas em bancada 
pode deixar manchada a 
superfície, pois há o excesso de 
rejuntes e este pode absorver 
sujeiras se não for 
impermeabilizado. 
 
Existem rejuntes especiais para 
pastilhas cerâmicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PASTILHAS DE PORCELANA 
 
O que são: 
São pequenas peças de revestimento, geralmente quadradas ou hexagonais, mas podem ter outros 
formatos. São peças porcelanizadas e esmaltadas. 
 
 
36 
 
 
Características técnicas: 
Espessura média = 7,0 mm. 
Dimensões médias = 5 x 5 cm ou 5 x 10 cm. 
 
Absorção de água = máximo de 0, 5%. 
Baixa resistência à abrasão, P.E.I. = 0 (zero). 
Razoável resistência química. 
 
Características estéticas: 
Visualmente, as pastilhas de porcelana não se 
diferenciam muito das cerâmicas. 
Desta forma, podem-se ter as mesmas 
considerações para este produto, que para as 
pastilhas cerâmicas citadas no item 3.1. 
 
Onde usar: 
Não devem ser utilizadas no revestimento de 
pisos, visto que riscam com mais facilidade. 
 
Utilização em revestimentos de paredes 
e piscinas. 
 
 
Cuidados: 
Apresentam diferentes tonalidades de cor em 
um mesmo lote. 
 
 
 
 
 
 
 PASTILHAS DE VIDRO 
 
O que são: 
São pequenas peças de revestimento constituídas por vidro e areia. Geralmente quadradas, 
retangulares (modelo abaixo, à esquerda, da marca Gyotoku) ou hexagonais. Mas há empresas que 
investem em formatos mais irregulares. 
37 
 
 
Características técnicas: 
São resistentes a produtos químicos, como ácidos e substâncias alcalinas. 
Não retém sujeira. 
 
Baixa absorção de água = 0,05%. 
Boa resistência ao choque térmico. 
Alta resistência ao gelo. 
 
Alto isolamento térmico. 
 
Escala MOHS = 4,0 (resistência ao risco / semelhante à maioria das cerâmicas). 
Vida útil indefinida. 
 
Características estéticas: 
Apresentam diversas cores e tonalidades. 
 
Também podem ser decoradas com desenhos 
figurativos ou abstratos, e nas placas podem ser 
adicionadas pastilhas de outros materiais, criando 
um contraste muito criativo. 
Ao lado, modelo da empresa Ateliê do Vidro: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alguns modelos apresentam irregularidades propositais em suas superfícies. Aliás, este é o grande 
diferencial entre as pastilhas. 
- Há pastilhas que possuem as bordas irregulares e a superfície aparente também levemente irregular, 
porém a coloração é transparente e límpida – proporciona um aspecto mais informal e simples. 
- Há pastilhas que possuem as bordas regulares lisas, superfície lisa, porém sua massa vítrea possui 
característica de ser fosca e não translúcida – proporciona um aspecto estético mais informal e simples 
também. 
 
A figura ao lado apresenta placa de pastilhas de 
vidro com superfície levemente irrregular, bordas 
regulares e massa vítrea fosca: 
38 
 
 
- Um terceiro grupo apresenta as pastilhas com 
bordas regulares, lisas, superfície lisa e 
brilhante, com massa vítrea bastante 
transparente – esteticamente são as mais 
sofisticadas, neutras, e podem ser consideradas 
até mais formais. 
 
As pastilhas de vidro podem ser encomendadas 
em diversas composições em relação à sua cor 
e podem formar desenhos. 
O cliente pode encomendar placas mescladas 
de diferentes cores e tons, ou ainda criar seu 
próprio desenho usando as cores e tons 
disponíveis. 
Alguns desenhos bastante elaborados podem 
também ser compostos pelas pastilhas. Nesse caso elas vêm em placas numeradas para facilitar a 
instalação. 
 
 
Onde usar: 
Existe especificação diferenciada para uso em piso ou parede; observe as especificações da 
caixa/catálogo. 
Podem também ser usadas no teto, em móveis, bancadas ou objetos. 
 
Painéis formando imagens surpreendentes, compostos por pastilhas de vidro da empresa espanhola 
Glassdecor: 
 
39 
 
 
Cuidados: 
As pastilhas com bordas irregulares requerem mais cautela 
com o seu uso, pois podem se tornar cortantes quando 
colocadas no piso. 
Outro aspecto a se considerar é o excesso de rejunte que é 
exigido, expondo a superfície a manchas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PASTILHAS DE MATERIAIS DIVERSOS: mármore, granito, madeira e 
outros 
 
O que são: 
Pastilhas de materiais diversos, com objetivo de criar-se um mosaico, ou mesmo placas uniformes do 
material. 
Podemos citar vários materiais com os quais podem ser feitas pastilhas, e apresentadas em placas para 
instalação, podendo ainda ser mescladas entre si: 
- Mármore 
- Granito 
- Pedras comuns (principalmente seixos rolados) 
- Madeira 
- Madre Pérola 
- Porcelanato 
- Lascas de sementes diversas (como babaçu, por exemplo) 
- Casca de côco 
- Aço inoxidável 
- Cerâmica Fotoluminescente 
 
 
Características técnicas: 
As características técnicas de cada material devem ser avaliadas de acordo com a resistência natural 
do mesmo, sendo vários deles abordados neste curso em itens específicos. Por exemplo, para saber a 
resistência e aplicabilidade de uma pastilha feita de mármore, volte ao item do curso onde é abordado o 
material “mármore” e estude suas características. 
 
Alguns materiais especiais requerem mais atenção: madre pérola, madeira e lascas de sementes só 
podem ser usadas em paredes. 
 
As pastilhas de cerâmica fotoluminescente são materiais que armazenam a luz natural ou artificial que 
incide sobre o mesmo, liberando esta luz quando o ambiente fica escuro. Desta forma, obtém-se o 
fascinante efeito luminoso da superfície onde o produto está aplicado. 
40 
 
 
Características estéticas: 
Pastilhas de mármore e granito - tendem a ser mais sofisticadas e formais. Isto dependerá também do 
acabamento da superfície: quanto mais rústico, mais informal; quanto mais polido e brilhoso, mais 
formal e sofisticado. 
 
Pastilhas de pedras comuns - têm aspecto mais 
informal e dinâmico, principalmente quando são de 
diferentes tamanhos, corese tons. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pastilhas de madeira - remetem ao rústico. Mas dependendo da 
textura poderão ser mais sofisticadas ou simples. Há pastilhas 
elaboradas com madeira de reflorestamento, que trazem o 
conceito de sustentabilidade, com excelente estética. 
 
 
 
 
Pastilhas de madre pérola – remetem ao sofisticado. 
Além disso, sua aparência com nuances coloridas 
iridiscente traz mais informação, devendo então não 
ser usada em locais onde já há muita informação 
visual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pastilhas de porcelanato – o nível de formalidade ou sofisticação do produto estará diretamente ligado 
ao acabamento de borda, de superfície e à cor. 
 
Pastilhas de lascas de sementes diversas – têm um aspecto rústico, 
informal e com a atual idéia de sustentabilidade. Geralmente são 
produtos que geram bastante informação visual. 
41 
 
 
 
 
 
 
Pastilhas de casca de côco – têm aspecto rústico e 
também trazem a mensagem de sustentabilidade. 
Geram bastante informação visual, quanto mais 
irregular for a superfície da pastilha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pastilhas de aço inoxidável – podem ser obtidas em tamanhos maiores (20 x 20 cm, por exemplo). Em 
relação ao aspecto estético, nos remetem à modernidade, podendo, dependendo da composição como 
um todo, fazer o ambiente parecer futurista. As pastilhas de aço inox podem ter acabamento de alto 
brilho, polido, escovado ou até com relevo: 
 
 
 
Pastilhas de cerâmica fotoluminescente – quando ficam iluminadas no escuro adquirem um aspecto 
high tech, futurista, como podemos observar abaixo, nas imagens da banheira revestida com pastilhas 
da empresa Lucedentro (www.lucedentro.com). Merecem estar em destaque, sem muita informação no 
entorno. 
 
42 
 
 
UNIDADE 4- REVESTIMENTOS CIMENTÍCIOS 
 
 
 LADRILHO HIDRÁULICO 
 
O que é: 
É um tipo de revestimento cimentício de espessura maior que 15mm. 
 
Sua fabricação é artesanal e parte de uma forma de ferro onde são colocados os moldes dos desenhos 
a serem reproduzidos. Dentro destes moldes é despejada uma mistura composta por pó de mármore, 
cimento branco e óxido de ferro, sendo que é este último quem determina as cores da peça. 
 
Recebeu o nome de ladrilho hidráulico pelo fato de ser apenas imerso em água na etapa final de sua 
fabricação, dispensando o processo da queima, utilizado nos materiais cerâmicos comuns. 
 
Veja parte do processo de produção de um ladrilho hidráulico da Fábrica de Mosaicos (fonte: 
www.fabricademosaicos.com.br) 
 
 
 
Características técnicas: 
Tamanhos mais comuns: 20x20cm ou 15x15cm. 
Existem peças de formato menor, e de formato retangular para permitir diversas composições de 
desenhos na paginação. 
Sendo bem confeccionados e assentados terão validade indeterminada. 
43 
 
 
Características estéticas: 
O ladrilho hidráulico sempre tem um aspecto de rusticidade proporcionada pelo próprio cimento. 
 
Geralmente são oferecidos em desenhos em diagonal, florais e geométricos. Alguns ladrilhos 
hidráulicos são produzidos sob encomenda. 
O aspecto mais clássico ou moderno dependerá do tipo de desenho. 
Este material tem aspecto mais tradicional, porém seu uso em conjunto com outros materiais 
inovadores e modernos poderá resultar em composições absolutamente modernas! 
Na imagem abaixo, à esquerda, a composição com peças variadas não é nada tradicional. Na imagem 
à direita, a escolha da bancada e cuba de linhas retas, proporcionou ao lavabo um aspecto moderno, 
mesmo com o uso de ladrilhos no piso. 
 
 
Versátil, o ladrilho hidráulico se adapta aos mais diversos 
estilos, conservando em pesados blocos uma suavidade 
que remete aos tempos coloniais, quando a mão-de-obra 
para a confecção de revestimentos era essencialmente 
artesanal. 
 
Podem ser aplicados junto a outros materiais – granito, 
cimento queimado, madeira (como na imagem ao lado) - em 
diversificadas composições de paginação. 
 
 
 
44 
 
 
Onde usar: 
Podem revestir pisos e paredes, além disso, podem ser usados como detalhe decorativo de móveis 
(mesas, painéis, bancadas). 
Mesclando-se diferentes padronagens, pode-se criar um mosaico visualmente muito rico! Porém, 
sempre prestando atenção ao entorno, para que não fique muito carregado visualmente e venha a 
desvalorizar o trabalho. 
 
 
 
Nas imagens: ladrilho hidráulico aplicado em mesa de 
centro; ladrilho hidráulico revestindo parede; e antigo piso 
de ladrilho do Museu da Imagem e do Som de Campinas 
(foto: Manéco Silva - www.imagemart.com.br): 
 
 
 
 
 
Cuidados: 
Fixação por profissional competente, especialmente em paredes, devido ao seu peso. 
 
Precisam receber um acabamento de selador ou impermeabilizante após aplicação, para que não 
ocorram manchas quando usados. 
45 
 
 
 CIMENTO QUEIMADO 
 
O que é: 
Revestimento cimentício preparado em obra. Após a execução convencional do contra-piso, procede-se 
desempenando-se a superfície com uma mistura composta por cimento em pó, pó de mármore, aditivos 
e água. 
A expressão “queimar” significa “alisar/desempenar”. 
 
Atualmente existem empresas que já comercializam a mistura pronta para cimento queimado. Mas ele 
pode ser também feito na obra (como na sequência de imagens a seguir): 
 
 
Características técnicas: 
É uma solução econômica e rápida para revestimento de pisos. 
Apresenta alta resistência mecânica, porém deve ser uma das últimas etapas da obra a ser realizada. 
O cimento queimado é lavável facilmente com água. 
Uma variação do cimento queimado tradicional é o “cimento polimérico”, que se diferencia na sua 
composição a fim de atender a projetos que exigem mais resistência mecânica do piso. Este geralmente 
é oferecido numa cartela menor de cores, prevalecendo as cores neutras. 
 
 
Características estéticas: 
O cimento queimado geralmente apresentará algumas pequenas fissuras da espessura de fios de 
cabelo, o que lhe confere ainda mais naturalidade e rusticidade. Estas características são vistas na 
imagem abaixo (o cimento queimado foi aplicado somente na parede atrás da bancada da pia, criando 
uma delimitação visual). 
 
46 
 
 
Optando-se por usar a junta plástica de dilatação, 
deve-se decidir também em qual sentido serão 
dispostas: se em diagonal ou paralelamente em 
relação às paredes. Em diagonal há maior 
dinamismo na composição, e em paralelo maior 
neutralidade. 
No ambiente ao lado as juntas de dilatação foram 
colocadas paralelas às paredes: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os produtos prontos apresentam uma grande gama de cores: branco, 
preto, vermelho, verde, violeta, marrom, etc. 
 
Pode ser aplicado associado a outros tipos de revestimentos: madeira, 
cerâmicas, porcelanato, pastilhas, ladrilhos hidráulicos, mármores, 
granitos, pedras decorativas, etc... 
 
 
 
 
Abaixo, cimento queimado “estampado”, 
da Transparent House: 
 
 
 
Onde usar: 
Piso, paredes e em detalhes decorativos em móveis. 
Aplicação residencial ou comercial. 
47 
 
 
Cuidados: 
Pode gerar problemas com reparos e reformas, pela dificuldade de atingir cor e tonalidade originais. 
Podem ocorrer craquelamentos e manchas com o uso do piso, no decorrer do tempo. 
Necessita contrapiso bem nivelado e ligeiramente rugoso. 
 
Fazer ensaio de coloração e tonalidade para ver se o resultado final atinge a cor desejada. 
 
Deve receber proteção final de resina acrílica para revestimentos cimentícios (promove 
impermeabilização do piso, maior resistência e maior vida útil) ou cera para pisos cimentícios. 
 
É recomendável utilização de “juntas de dilatação” a cada área de 1,50 x 1,50 m para evitar trincas no 
piso. Estas juntas podem ser especiais para este fim (de borracha, comercializadas emmetro, com 
largura de 3 ou 4 mm), ou podem ser usados outros materiais concomitantes formando paginação, 
assim substituindo a junta plástica. 
 
 
 
 
 
 BLOCOS DE CONCRETO PARA PISOS 
 
O que são: 
São revestimentos compostos por blocos, constituídos por concreto (não-armado). 
 
Considerado um “piso ecológico” porque dispensa argamassa de rejuntamento, e assim não 
impermeabiliza a camada superficial do solo, permitindo a drenagem das chuvas. 
 
 
48 
 
 
Características técnicas: 
Espessuras variam a partir de 4 cm. 
Podem ter bordas bisotadas, para facilitar o escoamento de 
água e para segurança. 
 
Altíssima resistência à compressão (a partir de 25 MPA ou 250 
Kgf / cm²). 
Resistentes ao ataque de derivados de petróleo. 
Elevada vida útil. 
Permite reparos rápidos e de boa qualidade. 
Dispensa contrapisos. 
 
Assentamento sobre areia, brita ou argamassa (respeitando-se 
as espessuras de camadas para cada tipo de solo). 
 
Pisos intertravados: seu formato permite que se encaixem de 
maneira a não deslizarem. 
 
 
Características estéticas: 
Diversos tamanhos e formas. 
Podem ser coloridos. 
Tradicionalmente são produtos brutos e rústicos. 
Contudo, há exceções, como as peças com acabamento mais definido e formas inovadoras, criadas por 
Renata Rubim para a empresa Solarium (página seguinte): 
 
 
Há opções de blocos em concreto estampado: sistema de impressão que acrescenta desenhos e 
estampas ao concreto, imitando outros materiais como pedras decorativas ou cerâmicas rústicas, como 
nos exemplos a seguir: 
 
49 
 
 
Há opção em formatos vazados para 
crescimento de grama no interior, permitindo 
criativas composições em jardins: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Onde usar: 
Amplamente utilizados em calçadas, terraços, 
jardins, entradas residenciais, bordas de 
piscinas e garagens, dentre outros ambientes. 
 
 
Cuidados: 
Dispensam mão-de-obra especializada para seu 
assentamento. 
 
 
 
 
 
 
 PLACAS CIMENTÍCIAS 
 
O que são: 
Placas compostas basicamente por cimento, além de outros componentes aglomerantes e pigmentos 
para dar colorido. 
 
Na imagem mais à direita, 
placa cimentícia com 
relevo, da Castelatto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características técnicas: 
O uso em paredes ou piso, uso interno e externo, é determinado pelas características físicas e 
mecânicas da peça, que variam conforme cada fornecedor. Portanto é necessário consulta antes da 
escolha e compra do material. 
50 
 
 
Comercializado em peças prontas: placas ou réguas. 
Há produtos antiderrapantes. 
Há produtos especialmente produzidos para áreas de piscina por terem característica atérmica (não 
esquentam, não absorvem calor). 
 
Algumas empresas comercializam uma linha de placas “drenantes” – piso com porosidade que mantém 
a infiltração da água, aplicado diretamente sobre o chão, evitando poças e áreas de alagamento. 
Mantém a área permeável. 
 
 
Características estéticas: 
Os revestimentos cimentícios podem simular alguns materiais, tais como assoalho de madeira e 
madeira de demolição, e também podem ter o aspecto mais natural do cimento, como um cimento 
queimado (porém fornecido em placas). 
 
Nas imagens seguintes, em formato de réguas, imitando madeira, piso da Castelatto e da Solarium: 
 
 
Em geral, o aspecto dos pisos cimentíceos nos remete ao rústico e tradicional. A estética do produto 
estará relacionada ao tipo de acabamento do mesmo. Por exemplo, réguas que imitam madeira de 
demolição vão conferir um aspecto rústico, assim como as placas que simulam cimento queimado. 
 
Há peças teladas e pigmentadas, formando mosaicos de cimento que resultam em belos desenhos e 
efeitos em relevo. 
 
 
Onde usar: 
Uso interno e externo. 
Adequado para paredes e 
pisos, decks, piscinas. 
Sempre observando a 
especificação técnica para 
cada produto. 
51 
 
 
 
Cuidados: 
Necessitam de aplicação de produtos específicos 
para pisos cimentícios (hidrofugantes, ceras, etc) 
para proteção, evitando manchas. 
52 
 
 
UNIDADE 5 - METAIS 
 
 AÇO COMUM 
 
O que é: 
Liga metálica (combinação de dois ou mais metais) 
composta por diversos minerais: cobre, manganês, 
vanádio, nióbio, fósforo, cromo, níquel, ferro e carbono. 
Sua composição de carbono dá ao aço maior 
resistência e maior aplicabilidade em várias áreas. 
É popularmente chamado de “ferro”. 
 
 
Características técnicas: 
Alta resistência mecânica. 
 
Apresenta-se, beneficiado, sob a forma de: 
 Chapas (m²): lisas, com ou sem furos, em diversos formatos e espessuras (imagem abaixo, à 
esquerda); 
 Perfis (barras / ml ou Kg) - em diversos formatos, tamanhos e bitolas (imagem à direita): 
- Cilíndrico - maciço ou vazado; 
- “L” ou cantoneira - reta ou “chata”; 
- “T” - reto ou “chato”; 
- “U” - reto ou “chato”; 
- “Z” - reto ou “chato”; 
- Quadrado - maciço ou vazado; 
- Retangular - maciço ou vazado. 
 
 
 
 
O aço pode passar pela galvanoplastia. Galvanoplastia é o conjunto de processos eletrolíticos que 
permitem depositar sobre um objeto metálico, uma camada de outro metal com função estética ou 
protetora (contra corrosão). Veja o exemplo de galvanoplastia nas peças a seguir: 
53 
 
 
 
 
Características estéticas: 
Pode receber diversos acabamentos de superfície: cromagem, latonagem, douramento, niquelagem, 
banho de cobre, ou pintura (eletrostática, epóxi, automotiva, com esmalte, com tinta a óleo, etc...). 
Abaixo, chapas de aço coloridas, da CSN Steelcolors; à direita, cadeira Deliciosa em aço pintado, criada 
por Fernando Jaeger: 
 
 
Quanto ao tipo de pintura, o efeito estético 
vai variar conforme a cor e o tom 
escolhido e ao desenho criado com o ferro 
(aço comum). Veja a mesa Baralho, 
criada por Maurício Arruda, as “cartas” 
são na verdade placas de aço pintadas: 
54 
 
 
A cromagem (ao lado) e a niquelagem conferem aspecto prateado 
com brilho ao aço, ficando sofisticado e moderno, como na 
cadeira Miss Lacy, criada pelo designer Philippe Starck: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A latonagem dá ao aço comum aspecto mais amarelado, semelhantemente ao douramento. Por remeter 
ao ouro, a estética fica sofisticada e tradicional, e normalmente relacionada ao móvel clássico. 
 
O banho de cobre deixa o aço com aspecto vermelho-alaranjado. Remete-nos ao tradicional e ao 
clássico. 
 
Em todos estes acabamentos com outros metais (cromo, níquel, latão e cobre), pode ser dado o efeito 
de “envelhecimento” à superfície, deixando o metal manchado, escurecido em certas partes, a fim de 
parecer antigo. 
 
As chapas de aço podem ser usadas para criar peças inovadoras. Há uma variedade impressionante de 
tipos de chapas em relação aos desenhos vazados. A surpreendente poltrona Veryround (abaixo, à 
direita), criada por Louise Campbell é criada a partir de recortes vazados em placas de aço. Quando 
assim utilizadas, nos remetem a ambientes mais futuristas e/ou inovadores. 
 
 
 
O aço usado para móveis pode ser trabalhado em qualquer estilo. Por exemplo, uma cama de ferro 
pode ter design clássico cheio de arabescos e elementos ornamentais típicos, ou um design super 
moderno, em linhas retas futuristas. O aço permite trabalhos variados e criativos. Projete e execute! 
Veja alguns exemplos: cama de aço com banho de platina, da empresa Valente. À direita, poltrona com 
pés de aço, da Rochebobois. 
 
 
Quando usado em móveis e objetos, o ferro pode ser associado com outros materiais e adquirir todas 
as linguagens estéticas. Por exemplo, mesas de estrutura de ferro cromado, com tampo de madeira de 
demolição: o contraste do ferro com a madeira bruta, por exemplo, pode criar um design inovador,vanguardista. O liso e brilhoso do ferro x o rústico da madeira... 
 
As serralherias artísticas trabalham com a execução de móveis, escadas, esculturas e painéis 
decorativos de ferro. As boas serralherias farão móveis de ferro onde as emendas entre as peças 
fiquem imperceptíveis (atenção a isto!!). 
 
Porém deve-se sempre levar em consideração que o aço torna o ambiente mais frio (psicologicamente 
e tatilmente), portanto, isso precisa ser compensado com cores em outras superfícies, ou materiais que 
remetam ao calor (carpetes e tapetes, tecidos, madeiras). 
 
 
 
 
 
Onde usar: 
Há multiplos usos! Portas, portões, painéis, janelas, móveis, luminárias, castiçais, suportes de 
prateleiras, pés de mesas, patas de sofás, puxadores, elementos decorativos diversos, escadas (como 
a da próxima foto), corrimãos, mezaninos, etc... 
 
55 
 
 
 
Como chapas, podem revestir paredes, cabeceiras de cama, teto, chão. E ainda serem criados móveis. 
Como perfis também podem ornamentar paredes e tetos, fazer móveis e objetos. 
 
 
Cuidados: 
O aço comum para ser moldado necessita ser aquecido (ferro forjado) isso implica em aumento do 
custo. Os demais podem ser curvados “a frio”. 
 
 
 
 
 AÇO INOXIDÁVEL 
 
O que é: 
Composto de liga metálica de aço, com elevada quantidade de cromo (aproximadamente 12%). 
Além do cromo, a adição a esta liga metálica do produto molibdênio aumenta ainda mais a resistência 
do produto. 
 
Características técnicas: 
É oferecido beneficiado de várias formas: 
 Chapas (m²): lisas, com ou sem furos, em diversos formatos e espessuras; as chapas podem ser 
polidas ou escovadas. 
 Perfis (barras / ml ou Kg) - em diversos formatos, tamanhos e bitolas: 
56 
57 
 
 
- Cilíndrico - maciço ou vazado; 
- “L” ou cantoneira - reta ou “chata”; 
- “T” - reto ou “chato”; 
- “U” - reto ou “chato”; 
- “Z” - reto ou “chato”; 
- Quadrado - maciço ou vazado; 
- Retangular - maciço ou vazado. 
 
Suporta altas e baixas temperaturas, por isso pode 
ser colocado em cantoneiras de lareira, por exemplo. 
 
Alta resistência mecânica. 
Baixa resistência ao risco. 
Não sofre oxidação, devido à camada de cromo que o 
reveste, porém teme materiais abrasivos. 
 
 
Características estéticas: 
O aço inox pode ser usado na decoração, de inúmeras formas. Desde a produção de objetos 
decorativos, até o uso de chapas e perfis, revestindo paredes, móveis e criando-se mobiliário utilitário 
com design super inovador. Veja este ofurô de aço inox: 
 
Uma variação muito interessante é o aço inox 
colorido: processo eletroquímico industrial de 
deposição de óxidos em camadas sobre a chapa 
de aço. Apresenta múltiplas possibilidades de 
cores, das quais vemos duas ao lado: 
 
 
 
 
 
 
 
O aço inox nos remete a uma linguagem moderna, podendo até ter características futuristas, 
principalmente quando associada com iluminação de tecnologia de ponta. 
58 
 
 
O aço inox não deve ser pintado (exceto no sistema industrial acima citado, onde não há pintura e sim 
pigmentação da massa). Deve ser usado ao natural, mas pode receber tratamento de superfície como: 
- Polimento de alto brilho – quase como um espelho, bem refletivo, liso. Remete-nos ao moderno, 
futurista e bastante sofisticado. A superfície fica marcada pelo contato com as mãos. 
- Polimento fosco – liso, porém sem o brilho refletivo. Excelente solução para áreas onde as pessoas 
encostam muito (encontramos muito em elevadores!). Sofisticado. 
- Escovado – pode ser escovado num só sentido, ou em movimentos circulares e movimentos 
irregulares, criando desenhos abstratos. Isto confere mais informação e dinamismo à superfície. 
 
 
O aço inox também é oferecido em chapas perfuradas, com desenhos variados. É importante prestar 
atenção na linguagem estética de cada desenho da chapa, pois pode remeter a desenhos clássicos, 
abstratos ou formas geométricas modernas. 
 
 
Onde usar: 
Portas, portões, janelas, móveis, luminárias, suportes de 
prateleiras, papeleiras, pés de mesas, puxadores, bancadas 
de cozinhas, elementos decorativos diversos, dentre outros 
tantos. 
Recomendado para locais onde há alta salinidade. 
 
Nas próximas imagens: porta com destaque para o grande 
puxador em inox; cabine de banho Pretty Jet; mesa com 
detalhe e pés em aço inox, da Érca. 
59 
 
 
 
 
 
Cuidados: 
A superfície polida fica marcada pelo contato com as mãos. Cuidar então com o local de uso para não 
exigir limpeza constante. 
Custo maior que o do aço comum devido à dificuldade do manuseio (mão de obra especializada) e 
preço da matéria-prima. 
 
 
 
 
 
 AÇO CORTEN 
O que é: 
Aço patinável, que contem produtos que 
melhoram suas qualidades anticorrosivas 
devido à camada de óxido que se forma em 
sua superfície e que protege contra os 
agentes corrosivos do ambiente. 
Sua cor é alaranjada, como vemos na 
imensa escultura do artista Richard Serra: 
 
 
 
 
 
 
Características técnicas: 
Fornecido em chapas. 
Possui resistência mecânica muito maior que o aço comum. 
Alta resistência à corrosão atmosférica. 
Dispensa pintura. 
60 
 
 
Características estéticas: 
O diferencial estético deste tipo de aço é 
justamente a camada de pátina que se forma na 
superfície, ficando áspera, alaranjada, de aspecto 
bastante rústico, porém absolutamente moderno. 
Na decoração, irá conferir um aspecto bastante 
vanguardista! 
 
 
 
 
As chapas podem ser cortadas impecavelmente, 
gerando desenhos vazados criativos, figurativos 
ou abstratos. Veja um exemplo de painés de aço 
corten vazados nas laterias da entrada ao lado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Onde usar: 
Para uso interno e externo. 
Estrutura de escadas, móveis e objetos decorativos. 
Como painéis esculturais “recortados”, formando desenhos variados. 
 
O aço corten foi usado em grande quantidade na decoração do Hotel Teatro, na cidade do Porto 
(Portugal). Na página seguinte, à esquerda, um dos espaços de hall, onde bancada e parede são 
revestidas de aço corten. À direita, suíte de hóspedes com uma grande placa de aço corten partindo do 
teto e descendo até os criados-mudos. 
61 
 
 
 
 
 
Cuidados: 
A superfície patinada não é para ser removida. Esta característica é a que lhe confere resistência maior. 
Portanto, é importante que a pessoa conheça e toque numa superfície de aço corten para ver se suas 
características realmente lhe agradam. 
 
 
 
 
 ALUMÍNIO 
 
O que é: 
Metal abundante na natureza, que pode ser 
beneficiado para uso na indústria, no design, na 
decoração. Quando fundido, pode formar ligas 
metálicas mais resistentes, conservando ainda as 
características positivas do alumínio. 
 
 
 
Características técnicas: 
Praticamente não sofre oxidação. 
Resistência mecânica menor que a do aço. 
Material de baixo peso. 
 
Custo menor que o do aço inox. 
 
Apresenta-se beneficiado, sob a forma de chapas e perfis 
em diferentes tamanhos, espessuras e bitolas 
(comercialização semelhante a do aço comum). 
As chapas podem ser lisas ou texturadas (veja ao lado): 
62 
 
 
 
Características estéticas: 
O alumínio é prateado, o que remete a uma linguagem 
mais moderna, como vemos na cadeira de balanço criada 
pela designer Gareth Neal: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O alumínio pode passar pela anodização: processo que lhe imprime cores diferentes (preto, bronze, 
etc), conferindo maior resistência às intempéries. 
 
O alumínio também pode receber pintura eletrostática: cobre o material com uma camada de tinta por 
agregação elétrica, em inúmeras opções de cores. O alumínio aceita pintura comum, desde que 
aplicada sobre fundo-base para pintura de metais. 
 
 
Onde usar: 
Suas chapasperfuradas ou com relevos podem ser usadas de forma muito criativa revestindo paredes, 
piso e teto, conferindo um aspecto futurista, principalmente quando instalado com efeitos de luz. 
 
Podem ser usados em móveis, luminárias, portas, 
portões, janelas, esquadrias em geral, suportes de 
prateleiras, pés de mesas, puxadores, elementos 
decorativos diversos, etc... 
 
Ao lado imagem de um quadro decorativo com recortes 
de alumínio. Na próxima página, banco e mesa de 
estrutura de alumínio, criados pelo designer Sérgio 
Fahrer. 
63 
 
 
 
 
Cuidados: 
Teme substâncias alcalinas: cimento, cal e derivados como as argamassas. Em situações de 
construção e reforma, as peças de alumínio devem ser protegidas por plásticos ou películas aderentes. 
 
 
 
 
 LATÃO 
 
O que é: 
É uma liga metálica formada por zinco e cobre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características técnicas: 
O latão é um material duro e maleável ao mesmo tempo, tendo um campo de aplicação bastante vasto. 
Encontra-se para vender em forma de bobina, chapas, cantoneiras, tubos, arames, barra chata e barras 
redondas, quadradas e sextavadas. Ou apenas como recobrimento de peças de ferro. 
 
É mais pesado que o ferro. 
 
 
Características estéticas: 
De coloração amarelada. 
Pode ser tratado com efeito envelhecido. 
 
Sua coloração amarela lembra o ouro, indicando assim sofisticação e nobreza. Também nos remete a 
projetos mais tradicionais. 
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Onde usar: 
Muito utilizado para confecção de móveis e detalhes de acabamento. Em dobradiças, fechos, 
fechaduras, puxadores, metais sanitários, torneiras, chuveiros, registros, papeleiras, porta-toalhas, etc... 
 
Banco Oito e banco Diamante, feitos em latão, criados pelo designer Fernando Akasaka. 
 
Cuidados: 
O latão é muito utilizado como revestimento de perfis de aço comum. Portanto, o cuidado maior deve-se 
na limpeza destas peças, evitando usar produtos abrasivos que possam retirar a camada de latão e 
danificar a beleza da peça. 
 
 
 
 
 COBRE 
 
O que é: 
O cobre é um elemento químico de símbolo Cu 
(do latim cuprum). 
À temperatura ambiente, o cobre encontra-se 
no estado sólido. Classificado como metal de 
transição, é um dos metais mais importantes 
industrialmente. 
 
É um material dúctil, maleável e bom condutor 
de eletricidade. 
65 
 
 
O cobre é utilizado atualmente para a produção de materiais condutores de eletricidade (fios e cabos) e 
em ligas metálicas como latão e bronze. 
 
 
Características técnicas: 
Comercializado em chapas (m² ou kg), barras e fios (bobinas). 
Material bastante maleável. 
Boa resistência à corrosão. 
Razoável resistência mecânica. 
 
 
Características estéticas: 
O cobre confere um aspecto estético sofisticado quando polido. 
 
De cor levemente avermelhada, pode tornar-se esverdeada (figura abaixo, à direita) através de um 
processo natural chamado “pátina” - formada por um carbonato básico, que protege o metal, quando 
exposto ao oxigênio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Onde usar: 
Design de interiores - O cobre é utilizado com freqüência em 
revestimentos de interiores, tetos, paredes. Na imagem ao lado, vemos 
um banheiro cujas paredes e teto foram revestidos com placas de cobre 
extremamente patinado, chegando a uma coloração esverdeada intensa 
(projeto da N.Didini). 
 
 
Design - O cobre é usado com singular propriedade no design de peças 
ornamentais, equipamentos e utensílios domésticos, bem como em 
esculturas. Sua durabilidade, coloração e formas contribuem para a 
valorização do ambiente. 
 
66 
 
 
Revestimento de coberturas – usado em coberturas planas, inclinadas, curvas, cúpulas e domos. 
 
Revestimentos de fachadas – valoriza a arquitetura das fachadas dos edifícios pela textura, coloração e 
adaptação às mais variadas formas adotadas. 
 
Calhas e condutores de águas pluviais - as calhas e condutores de águas pluviais das coberturas de 
edifícios devem ter grande duração e resistência à corrosão. Por isso o cobre é uma opção correta, com 
bom resultado técnico-estético. As possibilidades de desenho das calhas são inúmeras, permitindo uma 
integração harmoniosa com as edificações, adaptando-se a qualquer arquitetura. 
 
 
Cuidados: 
Normalmente, não necessita de acabamento final. 
O cuidado deve-se somente no sistema de limpeza, para que, quando bem polido, não venha a 
apresentar riscos. 
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UNIDADE 6 - TINTAS, VERNIZES E PRODUTOS AUXILIARES 
 
 
 TINTA ACRÍLICA 
O que é: 
Tinta composta por emulsão acrílica à base de água. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características técnicas: 
Permite a remoção da sujeira depositada em sua superfície (de modo mais fácil do que a tinta látex – 
PVA). 
 
É mais resistente que a tinta látex – PVA. 
 
Nesta categoria, enquadram-se também as tintas emborrachadas: impermeabilizantes e elásticas, que 
acompanham a dilatação e retração da argamassa, cobrem pequenas fissuras de até 2mm de 
profundidade causadas por retração da argamassa. 
 
Na linguagem específica referente ao volume, usa-se a terminologia padrão: 
Lata (lt) = 18 litros 
Galão (gl) = 3,6 litros 
Quarto de galão (ou apenas “um quarto) = 0,9 litro 
Há ainda outras possibilidades de recipientes e volumes conforme diversificação das empresas. 
 
As tintas PVA (Polimerização de Acetato de Vinila) também são à base d’água, e se diferenciam das 
acrílicas porque só devem ser usadas em ambientes internos, superfícies de alvenaria sem qualquer 
tipo de umidade, e não permitem muita limpeza. Ou sejam, são tintas mais econômicas devido à sua 
composição, mas para um uso específico onde não se exige muita durabilidade e resistência. 
 
 
Características estéticas: 
Cores e tonalidades: possuem cores originais (“de fábrica”), ou decorrentes de combinações e misturas 
(sistemas tintométricos). 
 
Se observarmos bem um catálogo de tintas (imagem da próxima página), veremos que as matizes 
oferecidas são aquelas do círculo das cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e violeta. E ainda 
as cores: preto, branco, marrom e cinza. As demais variações são apenas TONS destas cores. O 
especificador deve se concentrar em qual cor deseja, e em seguida pensar qual TOM (se saturado, 
luminoso ou acinzentado) é o apropriado para criar o efeito estético desejado. 
68 
 
 
 
 
As indústrias de tintas hoje proporcionam diversos efeitos decorativos com as tintas e um sistema 
especial de aplicação das mesmas, simulando texturas e materiais diversos. Alguns exemplos: 
- pátina; 
- madeira; 
- mármore; 
- bambu; 
- concreto; 
- metais; 
- tecidos (jeans, seda, camurça, algodão...); 
- tintas magnetizadas para adesão de ímãs... 
O aspecto estético está diretamente ligado ao efeito realizado: quanto mais texturizado, mais rústico. 
Quanto mais brilhoso, mais sofisticado. Quanto mais irregular a textura, mais informal. 
 
As cores interferem diretamente no efeito de formalidade ou informalidade, e também no quanto será 
mais sofisticado ou simples o efeito final. 
 
As tintas acrílicas lisas (as que não imitam texturas) são oferecidas em opção de brilho, semi-brilho (ou 
acetinado) ou fosca. 
 
Onde usar: 
Pintura de superfícies internas e externas. 
Reveste reboco, massa corrida, fibrocimento, concreto, gesso, pisos cimentícios, tijolos, etc... Cada qual 
com sua especificação de fábrica. 
 
Cuidados: 
Ressalta as imperfeições da superfície pintada, quanto maior for o brilho da tinta. 
Tintas com a especificação “para fachadas” têm maior elasticidade e durabilidade. 
 
Produtos auxiliares: 
 
 Líquido selador: de base vinílica ou acrílica, possui grande poder selante, 
ótima aderência aos mais diferentes substratos. Indicado para uniformizar a 
absorção eselar paredes de reboco de areia grossa ou média, massa corrida 
e blocos de concreto, em ambientes internos e externos, pintados pela 
primeira vez. Produto incolor. 
69 
 
 
 Fundo preparador: de base acrílica, indicado para reforçar, uniformizar e 
selar a absorção em paredes internas e externas. Em paredes pulverulentas 
(gesso, reboco fraco, “descascamento”), possui alto poder de penetração 
atuando como fixador e agregador de partículas soltas, proporcionando uma 
melhor aderência do acabamento/tinta (pode ser aplicado antes da cura total 
do substrato). Produto incolor. 
 
 
 
 Líquido para brilho: de base vinílica, possui boa impermeabilidade e ótima 
aderência. Confere brilho, resistência e proporciona maior facilidade de 
limpeza. Pode ser aplicado sobre tinta látex ou acrílica, proporcionando efeito 
brilhante, ou utilizado como regulador de brilho quando misturado, 
gradualmente, às mesmas tintas na última demão. Para ambientes externos e 
internos. Produto incolor. 
 
 
 
 Massa corrida (PVA ou acrílica): indicada para uniformizar, nivelar e corrigir 
pequenas imperfeições em ambientes internos e externos de alvenaria, concreto 
e paredes em geral. Confere melhor aspecto às paredes. 
 
 
 
 
 Revestimento texturizado: revestimento composto por emulsão acrílica de elevada consistência e 
resistência. Permite disfarçar as imperfeições da superfície, bem como obter efeitos decorativos 
diversos em alto e baixo relevo. Indicado para superfícies externas e internas de alvenaria revestida, 
blocos de concreto e gesso, paredes de gesso acartonado, dentre outros substratos, dispensando- 
se o uso de massa corrida na sua aplicação. 
 
 
DICA: comercialmente encontram-se tintas, texturas, vernizes e produtos auxiliares industrializados 
com aditivos antifúngicos, com hidro-repelentes, com filtro solar, com poliuretano, com silicone, dentre 
outros, visando melhores performances. 
 
 
 
 
 ESMALTE SINTÉTICO 
O que é: 
Base de resina alquídica (óleo vegetal), silicone e pigmentos. 
 
 
Características técnicas: 
Alta resistência às intempéries. 
Possui ótima secagem e excelente acabamento. 
Sua fórmula siliconada proporciona uma textura mais lisa que a da tinta a óleo. 
 
Há também os esmaltes à base d’água, ideais para quem possui alergia ao odor que o tradicional 
sempre exala. 
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Características estéticas: 
Os esmaltes sintéticos são oferecidos em vasta gama de tons e cores. 
Além disso, também podem vir nas opções de brilho, acetinado ou fosco. 
 
Os esmaltes oferecem excelente cobertura e formam uma película que esteticamente ajuda no disfarce 
de imperfeições. 
 
 
 
Onde usar: 
Para superfícies internas e externas. 
 
Revestem alvenaria, madeira, azulejos, ferro, alumínio e metais 
galvanizados. Há também, esmaltes específicos para materiais 
cerâmicos não vitrificados como tijolos e telhas. 
 
 
Cuidados: 
As tintas esmalte e a óleo possuem odor característico um pouco mais acentuado, que deve ser evitado 
por pessoas alérgicas. 
 
Para retoques costumam deixar mais marcas, devido à película que formam. 
 
 
 
 
 TINTA A ÓLEO 
O que é: 
Base de óleo vegetal e pigmentos orgânicos. 
 
 
 
 
 
Características técnicas: 
Ótima resistência a intempéries. 
Os esmaltes sintéticos e as tintas a óleo são diluídos em aguarrás e podem ser aplicados com o auxílio 
de pistolas de ar comprimido (diluição de 20 a 30%). 
 
 
Características estéticas: 
Apresenta altíssimo brilho. 
As suas características estéticas variam conforme a cor e o tom. 
 
 
Onde usar: 
Para superfícies internas e externas. 
 
Sobre madeiras, metais e eventualmente paredes e tetos. 
 
 
Cuidados: 
A aplicação deve ser cuidadosa para que a superfície não fique marcada, e a secagem é demorada. 
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Produtos auxiliares: 
 
 Massa para madeira: resina acrílica modificada corrige pequenas 
imperfeições na madeira a ser pintada, de uso interno e externo. 
 
 
 
 
 
 
 Selador para madeira: resina sintética a base de nitrocelulose. Tem a função de 
preparar o substrato para receber pintura, garantindo melhor desempenho, 
evitando defeitos como formação de bolhas, falta de aderência, perda de brilho, 
etc... Indicado para selar e uniformizar móveis de madeira, portas, janelas, 
telhados e superfícies de madeira em geral, em ambientes interiores e exteriores. 
 
 
 
 
 
 
 
 Fundo branco: resina alquídica a base de óleo vegetal (específica para 
madeira ou para metais - anticorrosivo). Indicado para primeira pintura em 
superfícies externas e internas. É de fácil aplicação e lixamento, tem 
grande poder selante e boa aderência. Melhora o rendimento e a qualidade 
do acabamento dos esmaltes. 
 
 
 
 Fundo para metais ferrosos: fundo sintético anticorrosivo (laranja fosco), à base 
de resina alquídica, de fácil aplicação, rápida secagem, boa lixabilidade, excelente 
rendimento e aderência ao substrato. 
 
 
 
 
 Primer: fundo preparador para primeira pintura em geral. Reduz o número de 
demãos e promove melhor fixação da tinta a ser aplicada, em superfícies de difícil 
aderência. Composto por poliuretano ou acrílico é mais utilizado na pintura de 
chapas metálicas, vidros e plásticos. 
 
 
 
 
 
 Aguarrás: solvente destilado de petróleo indicado para a diluição de esmaltes 
sintéticos, tintas a óleo e vernizes. Também é indicado para a limpeza de 
equipamentos de pintura utilizados com tais produtos. 
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 Thinner: composto por hidrocarbonetos aromáticos, acetatos e álcoóis. Indicado 
para limpeza em geral de máquinas, equipamentos de pinturas e peças 
industriais, limpeza profissional de pisos de cerâmica e assoalhos de madeira. 
Produto líquido, incolor, inflamável, tóxico, com odor característico forte, de rápida 
evaporação e com vapores invisíveis. Também é indicado para diluição de tintas 
sintéticas e primers. 
 
 
 
 
 TINTA EPÓXI 
 
O que é: 
Esmalte catalisável à base de resina epóxi. 
Formuladas à base de dois componentes: 
componente A (a resina) e componente B (o catalisador ou 
“endurecedor”). 
 
 
 
 
Características técnicas: 
Apresenta excelente resistência mecânica, à umidade e à abrasão, com ótima aderência. 
 
As películas de epóxi formadas são extremamente resistentes a impactos e aos agentes químicos em 
geral, bem como a temperaturas de até 120ºC. 
 
São facilmente laváveis. 
 
 
Características estéticas: 
Disponíveis em diversas cores. 
As suas características estéticas variam conforme a cor e o tom. 
O aspecto final parece emborrachado e liso. É importante testar antes de usar para conhecer seu efeito 
visual. 
 
 
Onde usar: 
Indicadas para pinturas internas e externas de reboco, concreto, cerâmicas, pisos em geral, superfícies 
metálicas e madeira. 
Indicadas para superfícies expostas a um alto grau de umidade. Excelentes para uso em banheiros! 
São usadas também para pintura de azulejos. 
 
Cuidados: 
Aplicação sobre concreto e alvenaria: regularização da superfície + 
massa corrida epóxi e/ou fundo branco epóxi + duas demãos de 
esmalte epóxi (para cerâmicas e paredes). 
 
Aplicação sobre metais: limpeza (jato de areia ou lixamento mecânico) 
+ massa corrida epóxi + aplicar uma ou duas demãos de esmalte epóxi 
(especial para metais). 
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 TINTA EM SPRAY 
 
O que é: 
Tinta composta por resinas industrializadas (acrílicas e epóxi, dentre outras) contida em tubo de metal 
sob pressão, pronta para o uso. 
 
 
Características técnicas: 
Como resultado da aplicação, obtém-se uma superfície lisa e uniforme, sem 
marcas de pincel ou rolo. 
 
 
Características estéticas: 
As suas características estéticas variam conforme a cor e o tom. 
 
 
Onde usar:As tintas em spray podem ser aplicadas sobre quase todos os tipos de 
materiais, como madeira, gesso, vime, metal, papel, cerâmica, porcelana, 
espuma de poliuretano e alguns tipos de plásticos (todos com tratamento 
prévio do substrato – vide recomendação do fabricante). 
 
 
Cuidados: 
O maior cuidado deve ser em relação à proteção do entorno que será pintado, para que não haja 
vaporização e manchas nas superfícies circunvizinhas. 
 
 
 
 
 VERNIZ 
 
O que é: 
Composição básica: emulsão acrílica, óleos vegetais e aditivos. 
 
 
 
 
 
Características técnicas: 
Possui excelente resistência à alcalinidade, à ação da maresia e 
às intempéries, além de ótima impermeabilidade. 
De aspecto leitoso, é diluível em água ou aguarrás. 
A qualidade da película que forma ao secar proporciona facilidade de limpeza à superfície. 
 
 
Características estéticas: 
Quando seco forma uma película brilhante e 
resistente sobre a superfície aplicada. 
 
Há os vernizes coloridos que tingem a madeira, 
deixando seus veios aparentes. Veja ao lado, 
três cores de verniz aplicadas sobre o mesmo 
tipo de madeira: 
74 
 
 
Onde usar: 
Em interiores e exteriores (especial e mais resistente). 
Indicado para dar proteção e acabamento às estruturas de madeira, às paredes externas e internas de 
concreto, às pedras decorativas, aos tijolos aparentes, dentre outras possibilidades de uso. 
Há verniz específico para pisos, alvenaria sem reboco e metais (inclusive com filtro solar). 
Pode ser aplicado também sobre a tinta látex, caso se deseje um acabamento semibrilhante. 
Comercialmente, encontra-se também o verniz poliuretânico (PU), produto de ótima performance, forma 
uma camada resistente sobre a superfície (realçando os veios da madeira), promovendo maior 
resistência, proteção e durabilidade. 
 
 
Cuidados: 
Os cuidados devem ser em relação à preparação da superfície, conforme orientação técnica do 
fabricante. 
 
Além disso, recomenda-se aplicá-los somente em dias secos, evitando dias chuvosos e muito úmidos, 
para não prejudicar a secagem e impregnação da superfície. 
 
 
 
 
 STAIN 
O que é: 
Impregnante para uso exclusivo em madeiras, 
composto por resina alquídica. 
 
 
 
 
 
 
 
Características técnicas: 
Tipo de produto que não forma película na superfície da madeira, porém é hidrorrepelente (a água não 
o penetra). 
 
Não “descasca” por não formar película. 
 
Diferente dos vernizes tradicionais, o stain penetra na madeira, evitando assim rachaduras, trincas e a 
formação de bolhas no acabamento. Por este motivo sua formulação é menos viscosa. 
 
Possui resistência aos raios solares e propriedades antifúngicas, protegendo a madeira contra o 
envelhecimento precoce, o desbotamento e a deterioração. 
 
 
Características estéticas: 
Possui acabamento transparente ou opaco e também opção em cores. Ex: Stain Osmocolor®, 
Suvinil®Stain impregnante, etc. 
 
 
Onde usar: 
Indicado para superfícies externas e internas. 
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Adequado para portas, portões, janelas, decks de piscina, casas e fachadas de madeira, esquadrias, 
lambris, forros, móveis e demais estruturas de madeira. 
 
 
Cuidados: 
Não deve ser aplicado sobre superfícies que já foram pintados, excetos se estas foram bem lixadas e 
toda tinta anterior removida. 
 
Recomenda-se aplicá-los somente em dias secos, evitando dias chuvosos e muito úmidos, para não 
prejudicar a secagem e impregnação da superfície. 
 
 
Produtos para remoção de tintas e vernizes: 
 
Há vários produtos para remover qualquer tipo de tinta aplicada a 
superfícies. 
São removedores líquidos à base de solventes ativos, indicados para a 
remoção da película seca de tintas a óleo, esmaltes e vernizes, e para 
limpeza de ferramentas, máquinas e peças em geral. 
 
Exemplos de removedores de tintas: Removedor Gel Coral Dulux®, 
Removedor de Tintas Coral®, Super Removedor Renner®, etc... 
 
 
 
 TRABALHANDO COM O CATÁLOGO DE TINTAS 
 
 As tintas são comercializadas em latas (lt) de 18,0 litros, em galões 
(gl) de 3,6 litros, em quartos de galão com 0,9 litros, ou em outros 
recipientes/volumes de acordo com o fabricante de cada produto. 
 
 Verifique o tamanho da parede ou do ambiente para calcular a 
quantidade de tinta a ser comprada. Considere o rendimento 
indicado na embalagem e a quantidade de demãos necessárias. 
Normalmente utilizam-se de 2 a 3 demãos de tinta em uma pintura. 
 
 
 Para consulta e escolha de tintas e cores, existem catálogos, atlas 
de cores, amostras em cartões, dentre outros sistemas de auxílio. 
 
 No caso das tintas, há a possibilidade de criação de cores personalizadas (que não se encontram nos 
catálogos originais), através de máquinas misturadoras especiais (sistemas tintométricos). 
 
 Também existe o espectrofotômetro: um aparelho que lê e decodifica a cor de uma amostra, seja em 
tecido, papel ou outro material. Posteriormente, o sistema reproduz a cor da tinta desejada, no mesmo 
tom. 
 
 
Diferenças de tonalidade entre o catálogo de tintas e a tinta aplicada, devem-se a alguns fatores: 
 
1) A quantidade de superfície recoberta na obra/móvel é superior a da amostra do catálogo, por isso, o 
impacto da cor da superfície real será sempre maior do que o impacto ao olhar a amostra. 
 
2) A iluminação do ambiente pintado, normalmente, é diferente daquela do local onde se escolheu a 
amostra. 
76 
 
 
3) A luminosidade externa é superior a interna e por isso “abre” as tonalidades. Assim, se você estiver 
em um ambiente interno ao escolher uma cor para ambiente externo, escolha sempre um “tom 
abaixo” (mais fechado, mais escuro) daquele que deseja. 
 
4) O tipo de acabamento da tinta, fosco, acetinado, brilho ou alto-brilho, por exemplo, influencia na 
reflexão da luz, portanto na percepção da tonalidade. 
 
5) Para evitar erros: realizar um painel - teste antes da pintura definitiva, numa área mínima de 1 m². 
 
 
 
DICAS E CONSIDERAÇÕES: 
 
 Certificar-se de qual efeito se deseja causar ao ambiente (luminosidade, dinâmica, tranquilidade, 
formalidade, informalidade, redução, ampliação, etc...). 
 
 Avaliar se o móvel tem características ou formas que valorizem a técnica e a cor que se deseja 
utilizar. 
 
 Pintar um ambiente na ordem correta otimizará o tempo e economizará recursos. Começar pelo teto, 
depois paredes, portas, janelas e finalmente, pintar o rodapé. 
 
 Aguardar o tempo mínimo recomendado, que está descrito na embalagem ou no boletim técnico da 
tinta, para efetuar aplicação da demão subseqüente. 
 
 Para colocar objetos em evidência: pintar a parede de fundo com uma cor que faça contraste com 
os mesmos. Para objetos serem neutralizados: pintar a cor da parede ao fundo num tom que se 
assemelhe ao do objeto a ser escondido. Observe esses efeitos nas imagens abaixo: 
 
 
 Para rebaixar o teto: pintar o teto em tons mais escuros do que os da parede. Para elevar o teto: 
aplicar no teto cores mais claras do que as usadas nas paredes. Veja: 
 
77 
 
 
 Para aumentar a largura de corredores: as extremidades dos corredores (fundos) e o teto devem ser 
pintados com cores mais escuras do que as das paredes. Compare as duas imagens: 
 
 
 Para alongar paredes: usar tom mais claro na parte de cima da parede e pintar a parte de baixo com 
tom mais escuro. Para encurtar paredes: aplicar tom mais escuro na parte de cima da parede e 
pintar a parte de baixo com tom mais claro. 
 
 
 
 Para alongar ambientes quadrados: pintar com uma cor mais escura duas paredes, uma de frente 
para a outra. 
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 Para encurtar ambientes retangulares: aplicar uma cor mais escura nas paredes menores. 
 
 
 
 
79 
 
 
UNIDADE 7- GESSOFORRO DE GESSO SIMPLES 
 
O que é: 
Sistema de revestimento de lajes e 
telhados (parte inferior) com a finalidade 
principal de rebaixar o pé-direito criando 
um espaço para passagem de fios, 
embutimento de luminárias e para criar 
efeitos estéticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Composto por placas de 0,60 x 0,60 m e faixas laterais de até 1 m de largura, suspensas por tirantes 
metálicos presos diretamente no teto ou laje 
As placas possuem encaixe do tipo macho – 
fêmea, são rejuntadas e unidas com uma 
pasta de gesso. 
 
 
 
 
 
Características técnicas: 
Resiste ao fogo. 
 
Auxilia no isolamento termoacústico. 
Peso aproximado do conjunto: 15 Kg / m². 
Baixa resistência mecânica. 
Comercializado em m². 
 
Necessita, obrigatoriamente, de proteção com selador e pintura. 
placa de gesso 
encaixe macho-fêmea 
tirante metálico 
 
 
Características estéticas: 
Promovem distribuição de pontos de luz e de refrigeração através do rebaixamento do teto, evitando a 
visualização do fundo da laje, vigas, tubulações e telhados. 
Aceita qualquer tipo de pintura, sendo as acrílicas as mais recomendadas. 
As placas podem ser lisas ou decoradas em alto e baixo relevo. 
No encontro das placas do teto com a parede, deixa-se um afastamento de 2 a 3 cm, denominado 
“negativo”, que tem por finalidade proporcionar um melhor acabamento, e também para que não 
ocorram trincas no gesso (pois as paredes costumam sofrer pequenas trepidações). 
 
Conta com diversos acessórios prontos, também de gesso, como sancas, colunas, frisos, rodatetos e 
rodameios dentre outros. 
Abaixo vemos molduras para acabamento. E também um florão para colocação no teto, como 
acabamento para receber lustres e pendentes. 
 
 
 
 
Onde usar: 
Adequado apenas para espaços internos. 
O rebaixamento em gesso só deve ser usado em áreas onde não haja umidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vemos muito seu uso em banheiros. Porém o gesso só vai ficar com bom aspecto se o banheiro for 
muito bem ventilado, caso contrário a umidade advinda do uso do chuveiro provocará mofo no material. 
E mesmo se tratando de um banheiro bem ventilado, a pintura deverá ser continuamente retocada. 
 
80 
 
 
 
 
 
81 
 
 
Cuidados: 
Utilizar mão-de-obra especializada. 
Promove muito entulho e sujeira na obra, 
como vemos na imagem ao lado, por 
isso, cuidado com a sequência 
construtiva! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FORRO DE GESSO ACARTONADO 
 
O que é: 
Formado por placas (0,60 x 1,20 m) de gesso acartonado. Essas placas são constituídas por miolo de 
gesso e aditivos, envoltos por cartão duplex especial (imagem abaixo, à esquerda), com estruturas de 
aço galvanizado (à direita): 
 
 
Características técnicas: 
Resistência ao fogo, aos fungos e a insetos. 
Praticidade e velocidade de execução. 
Comercializado em m², apresenta baixo peso (12 Kg/m²), portanto é ideal para inclusão de divisões em 
apartamentos. 
 
Boa resistência mecânica devido aos reforços estruturais metálicos. 
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Bom isolamento termoacústico, possuindo materiais 
especiais para cada necessidade. 
 
Baixo desperdício de material, não gera entulho de obra, 
como vemos ao lado: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características estéticas: 
Aceita qualquer tipo de acabamento (tinta, papel de parede, cerâmica, etc... 
Tratando-se de chapas, o aspecto estético fica por conta do desenho criado: se plano reto ou em curva. 
E também é definida a estética pelo revestimento que a placa receberá. 
 
Veja alguns exemplos abaixo e na próxima página: 
 
 
 
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Onde usar: 
Permite uma grande variação de uso, devido às opções de placas específicas para áreas secas, 
molhadas, externas e internas. 
 
 
Cuidados: 
Montagem: placas encaixadas/parafusadas a perfis metálicos presos ao teto original por aço 
galvanizado, de modo removível ou não. 
 
 
 
 PAREDE DE BLOCO DE GESSO PRÉ-MOLDADO 
 
O que é: 
Parede formada por blocos pré-moldados de gesso especial, 
fabricado por processo de moldagem, apresentando acabamento 
perfeito nas suas superfícies. Assim, os blocos se encaixam 
perfeitamente e, após a montagem da parede, obtém-se uma 
superfície plana e pronta para receber o acabamento. 
 
 
 
Características técnicas: 
Os blocos apresentam duas faces planas. 
Têm espessura de 7cm, 7,6cm ou 10cm. 
Há blocos de gesso vazados internamento, e há os maciços. 
 
Os blocos vazados possuem dutos internos, e os maciços são compactos. Os blocos vazados são 
utilizados quando se deseja diminuir o peso das paredes, ou melhorar o isolamento acústico, enquanto 
os blocos maciços permitem construir paredes com maior altura. 
84 
 
 
Quando possível, utilizando blocos vazados, os 
dutos elétricos e hidráulicos devem ser colocados 
no interior dos alvéolos. 
O fechamento dos sulcos resultantes dos cortes, 
e o acabamento ou fechamento das áreas onde 
foram colocados dutos ou eletrodutos, deve ser 
preenchido e acabado com cola ou gesso. 
 
 
Características estéticas: 
A estética estará relacionada ao revestimento que a superfície receberá. 
Uma grande vantagem deste sistema construtivo é a pequena espessura final da parede, ganhando-se 
muito em área útil. 
 
 
Onde usar: 
Existem blocos especialmente criados para fechamento de áreas secas e molhadas. 
Nas próximas imagens, detalhe das etapas de construção de uma parede e de uma estante de blocos 
de gesso pré-moldado. 
 
 
 
 
Na imagem ao lado, os blocos de gesso mais finos, 
foram usados de revestimento, de forma a criar 
relevos: 
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Cuidados: 
A especificação correta dos blocos para cada tipo de área resultará em melhor resultado final. 
Quando as paredes forem executadas com blocos maciços, o corte para inserção dos dutos deve ser 
realizado com máquina específica para esse trabalho. Deve-se tomar cuidado, para que o corte não 
coincida com a região de rejunte entre os blocos. 
 
 
 
 
 PAREDE DE GESSO ACARTONADO 
 
O que é: 
As paredes de gesso acartonado são 
elementos divisores de ambientes, 
compostos por placas de gesso, pré- 
fabricadas a partir da gipsita natural com 
miolo de gesso e aditivos, envoltos por 
cartão duplex especial. 
 
Possuem estruturas de aço galvanizado 
como montantes e guias, responsáveis 
pela fixação das placas. 
 
Classificados como elementos dos 
sistemas de construção a seco (também 
conhecida como “Dry Wall”), bem como os 
outros materiais que serão estudados a 
seguir. 
 
 
Características técnicas: 
Resistência ao fogo, aos fungos e a insetos. 
Facilidade e velocidade de execução. 
Baixo desperdício de material e não gera entulho de obra. 
Pode ser instalado em áreas úmidas. 
Ganho de área útil (menores espessuras que as das paredes 
convencionais). 
Baixo peso (25 kg/m²). 
Bom isolamento térmico (o espaço interno entre paredes permite a 
colocação de lã mineral). 
Bom isolamento acústico, de acordo com os enchimentos no 
espaço interno. 
Boa resistência mecânica (possuem reforços estruturais 
metálicos), podendo suportar bancadas, quadros, etc, utilizando-se 
o sistema de fixação especial para cada tipo de produto. 
 
 
Características estéticas: 
Tratando-se de chapas, o aspecto estético fica por conta do 
desenho criado: se reto ou em curva. 
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Com planos lisos e sem juntas aparentes, as paredes em gesso acartonado podem receber qualquer 
tipo de acabamento: pintura, papel de parede, azulejo, mármore, etc... Assim, a estética é definida pelo 
revestimento que a placa receberá. 
 
 
Onde usar: 
Existem placas especialmente criadas para fechamento (área com face para exterior),e para divisões 
internas secas e molhadas. 
 
Ao lado, a imagem de uma estrutura bem simples, 
subdividindo um espaço interno. Na sequência, vemos um 
ambiente no qual a parede de gesso acartonado foi 
trabalhada com nichos para luz e o forro foi rebaixado com 
gesso acartonado. 
 
 
87 
 
 
xi ou em alumínio). 
Cuidados: 
Necessita de mão-de-obra especializada. 
 
 
 COMPLEMENTOS PARA ACABAMENTOS 
 
POLIURETANO 
Resina sintética, derivada do petróleo. 
Utilização e comercialização: molduras, sancas, guarnições, apliques, almofadas para portas e janelas, 
colunas, e placas para execução de forro de teto ou de paredes (imagens na página seguinte). 
Aceitam pintura com tinta esmalte e à base d’água. 
 
POLIESTIRENO 
Também conhecida pela marca famosa “ISOPOR”. 
Utilização e comercialização: moldura, sancas, guarnições, apliques – APENAS PARA ÁREAS ALTAS 
(teto) fora do alcance das mãos, por ser frágil e facilmente inflamável. 
 
Também existem forros modulares constituídos por placas de isopor, encaixadas em sistema de 
suspensão de perfis “T”, leves e invertidos (em aço - com pintura epó 
 
Antialérgicos. 
Promovem isolamento térmico eficiente. 
Material extremamente leve. 
Aceitam somente pintura à base d’água. 
88 
 
 
PVC 
Policloreto de vinila; a sigla PVC vem do inglês (Poly Vinyl Chloride), é um plástico não totalmente 
derivado do petróleo, pois também contém cloro. 
Apresentado em lâminas ou placas. 
Alternativa para substituir o forro tradicional de lambri. 
Facilidade de transporte e montagem devido à leveza do material. 
Boa resistência mecânica. 
Fácil limpeza. 
Superfície resistente a contaminações. 
Garante isolamento elétrico, térmico e acústico. 
Resistente a ataques químicos diversos. 
Não propaga chamas. 
 
 
 
Aqui uma placa de PVC com relevo, da Forrorama: 
89 
 
 
 
UNIDADE 8 - MADEIRA e DERIVADOS 
 MADEIRAS 
O que são: 
São as diversas possibilidades de execução de revestimentos e 
acabamentos, com a utilização de madeira e de seus derivados. 
 
Os revestimentos e acabamentos em madeira podem ser 
aplicados tanto nos pisos, quanto nas paredes (como na imagem 
ao lado), e nos tetos, de acordo com as características técnicas 
dos materiais utilizados. 
 
Também podem ser usados na produção de móveis e peças 
decorativas. 
 
 
Características técnicas 
Variáveis resistências mecânicas, de acordo com o tipo de 
madeira. 
Necessitam de secagem prévia para não haver empenamento – 
isto é feito industrialmente. 
Temem umidade, portanto necessitam de impermeabilizantes ou 
vernizes. 
Podem receber tratamento anti-insetos. 
Os produtos de madeira maciça podem ser produzidos a partir de madeiras autoclavadas (pinus ou 
eucalipto – processo industrial para substituição da seiva por substância conservante), apresentando 
elevada durabilidade e preço inferior ao da madeira de lei. 
 
 
A seguir, informações mais detalhadas sobre as madeiras e seus derivados, em suas várias 
formas de utilização. 
 
 
 
 TACO 
 
O que é: 
Pequena tábua maciça e retilínea de madeira usada no assoalho, ora disposta regularmente com peças 
retangulares que se encaixam, ora com tabuinhas de formatos e cores diferentes, produzindo 
decorativas figuras geométricas (estrelas, gregas, etc). 
90 
 
 
Características técnicas: 
Comercializadas em unidades ou m². 
Espessuras em torno de 15 mm. 
São assentados com argamassa de cimento e areia (e arrematadas com pregos) ou colados (com 
adesivo específico) no contra piso. 
Acabamento: raspagem (nivelamento), seguida por aplicação de selador para madeira, verniz, synteko® 
(resina poliuretânica) ou cera. 
 
 
Características estéticas: 
Muito utilizado a partir da década de 1930, com ênfase nas de 60 e 70; hoje remete esteticamente a 
uma linguagem mais “retrô”. 
 
Uma vez lixado, o taco pode ser pigmentado, colorido, e depois envernizado para manter as 
características. 
 
Podem formar desenhos e apresentam cores e tamanhos diversos, tornando assim o ambiente mais 
dinâmico. Observe nas imagens seguintes, a paginação em linhas retas e a paginação em zigue-zague, 
também chamada de “espinha de peixe”. 
Sempre lembrando: uma vez formado desenhos no piso, deve-se deixá-lo à mostra, não cobrindo com 
tapetes ou móveis que prejudiquem sua compreensão, pois senão teremos uma confusão visual, ao 
invés de uma decoração. 
 
As sensações estéticas-psicológicas a que estão associados os revestimentos de madeira são: calor, 
aconchego, acolhimento. Remetem-nos a um ambiente mais familiar e tradicional. 
O nível de sofisticação deste revestimento é diretamente relacionado à qualidade do assentamento, à 
qualidade do acabamento e aos desenhos. 
 
 
Onde usar: 
Revestimento destinado a pisos internos, mas, devido à criatividade de alguns profissionais, pode 
também ser usado em painéis. 
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Cuidados: 
Contra-piso bem nivelado e totalmente seco. 
Manutenção rápida quando houver descolagem para não haver risco de tropeços pelas pessoas. 
 
 
 PARQUET 
 
O que é: 
Placa formada por conjunto de tacos unidos, de madeira resistente. 
As placas são pré-montadas, unidas por papel no verso, assim, têm desenhos pré-estabelecidos, 
formando quadrados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características técnicas: 
Espessura média: de 8 a 10 mm. 
Peso: de 5 a 7,5 kg/m². 
Acabamento: raspagem (nivelamento), seguida por aplicação de selador para madeira, verniz, synteko® 
(resina poliuretânica) ou cera. 
 
 
Características estéticas: 
O parquet com desenhos elaborados pode lembrar marchetaria ampliada. 
Como os tipos de madeira podem variar bastante em relação à tonalidade, pode-se obter resultados de 
pisos mais suaves, ou mais pesados visualmente (sendo os mais escuros, mais pesados). 
 
O piso de parquet também pode ser ebanizado = tingimento feito 
com um pigmento preto, levando o piso a um escurecimento radical. 
Também pode ser colorido, desta forma, pode-se compor desenhos 
criativos e dinâmicos no ambiente. A cor usada será muito 
importante na definição estética do ambiente, uma vez que a área 
física do piso é muito ampla e influencia muito a decoração. 
Veja ao lado um piso de parquet ebanizado e na próxima página o 
parquet colorido da Hardwood Floor: 
92 
 
 
 
 
As sensações estéticas-psicológicas a que estão associados os revestimentos de madeira são: calor, 
aconchego, acolhimento. Remetem-nos a ambiente mais familiar e tradicional. 
O nível de sofisticação deste revestimento é diretamente relacionado à qualidade do assentamento, à 
qualidade do acabamento e aos desenhos. 
 
 
 
Onde usar: 
Revestimento destinado a pisos internos, mas, devido à 
criatividade de alguns profissionais, pode também ser usado 
em painéis. 
Observe ao lado o belíssimo piso em tacos com desenho 
personalizado, do Museu da Imagem e do Som de 
Campinas (foto: Manéco Silva - www.imagemart.com.br): 
 
 
Cuidados: 
Assentamento com cola específica em contrapiso bem 
nivelado e totalmente seco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TÁBUA CORRIDA 
 
O que é: 
Tábua de madeira, de maior ou menor largura, resistente e aplainada, instalada sobre barrotes ou 
granzepes (pregadas) ou direto no contrapiso (coladas). 
Atualmente, também se tem usado tábua corrida para revestimento de fachadas e paredes internas! 
93 
 
 
Também conhecido como assoalho de madeira. 
Madeira comercializada em m2 ou em tábuas (dúzias). 
 
Espessura média: 20 mm. Mas muitas empresas comercializam hoje menores espessuras, a fim de 
facilitar a substituição de outros revestimentos como as cerâmicas. 
 
Acabamento: raspagem (nivelamento), seguida por aplicação de selador para madeira, verniz, synteko® 
(resina poliuretânica) ou cera.Características estéticas: 
Existem várias tonalidades, de acordo com o tipo de madeira, e elas também podem ser pigmentadas. 
De acordo com a direção da colocação das réguas, pode-se dar a ilusão de ampliação do ambiente 
naquele sentido da colocação, o que é importante em ambientes pequenos. 
 
As sensações estéticas-psicológicas a que estão associados os revestimentos de madeira são: calor, 
aconchego, acolhimento. Remete-nos a ambiente mais familiar e tradicional. 
 
As tábuas corridas sempre foram associadas a residências e a estabelecimentos, em geral, mais 
nobres. Conferem elegância e pompa quando a superfície está lixada e envernizada com brilho. 
O nível de sofisticação deste revestimento é diretamente relacionado à qualidade do assentamento, do 
lixamento e do acabamento com verniz de alto brilho. 
 
Na sequência, piso de tábua corrida do Museu da Imagem e do Som de Campinas (fotos: Manéco Silva 
- www.imagemart.com.br): 
 
 
Características técnicas: 
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Onde usar: 
Ambientes internos. 
 
 
Cuidados: 
Vida útil: cerca de 70 anos, em função da umidade (que o deteriora) e da possibilidade de raspagem 
(que o restaura). 
Deve receber verniz para aumentar tempo de vida útil e boa aparência. 
 
 
 
 
 CARPETE DE MADEIRA 
 
O que é: 
Revestimento formado por chapas de madeira com base em MDF ou HDF e com capa (cobertura mais 
externa aparente, na qual se pisa) de madeira 
natural (justamente neste ponto diferenciam-se 
dos “laminados de madeira” – ver item 8.10). 
Por fim recebem uma camada de filme protetor 
(verniz resistente), em sua face superior. 
 
 
 
 
 
Características técnicas: 
Comercializado em m2. 
 
Podem ser colados (espessuras de 2,5 a 4 mm) direto ao contrapiso ou encaixados no sistema macho - 
fêmea (7 mm) sobre manta poliuretânica. 
 
São mais frágeis do que a tábua corrida, devido à fina película de madeira da superfície. O que pode 
gerar mais arranhões e marcas. 
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Características estéticas: 
O carpete de madeira tem um efeito semelhante à tábua corrida, no tocante ao aspecto natural da 
madeira. 
Encontrado também em várias tonalidades, conforme a espécie da madeira. 
 
Onde usar: 
Pisos internos. 
 
Cuidados: 
Não resiste à água! A limpeza é somente com pano úmido bem torcido. 
São pisos que geram ruídos no caminhar. 
 
 
 DECK 
 
O que é: 
Placa composta por réguas/tábuas de madeira resistente, dispostas transversalmente em intervalos, 
sobre caibros-base, presos ou não ao contrapiso. 
O termo “deck” é usado para se referir a este revestimento de madeira (ou que simula madeira, como 
plástico, por exemplo) para áreas externas. 
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Características técnicas: 
Quando instalado em áreas externas, é preciso verificar a drenagem existente, de modo a permitir a 
rápida saída da água sob o deck. 
 
Algumas espécies de madeira muito utilizadas: Ipê, Cumaru, Garapeira, Pinus Autoclavado, 
Massaranduba, Itaúba, Angelim, Tatajuba, Peroba. Além disso, há também deck de Bambu. 
 
O melhor revestimento para o deck é o stain (Unidade 6, item 6.7), por ser hidrorrepelente e não formar 
película, evitando escorregões e facilitando a manutenção. 
 
Características estéticas: 
O revestimento também permite desenhos 
criativos, a partir da disposição das réguas ou 
peças em sentidos diferentes. 
 
 
 
 
 
 
Onde usar: 
Utilizados em áreas externas como varandas, 
piscinas (madeira ipê), praias ou jardins de 
inverno, podendo provocar desníveis 
propositais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuidados: 
Manutenção frequente para 
evitar o desgaste da madeira, 
usando-se a proteção 
adequada (stain, 
impermeabilizantes, etc). 
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 FORRO DE MADEIRA E LAMBRI 
O que é: 
Conjunto de réguas de madeira maciça, encaixadas no sistema 
macho-fêmea. 
Também disponível em placas que são fixadas por intermédio de 
uma estrutura transversal de caibros de madeira ou, quando usados 
em paredes, podem ser pregados diretamente nela. 
 
Quando aplicado ao teto, chamasse forro de madeira. Quando 
aplicado às paredes, chama-se lambri. 
 
 
Características técnicas: 
Existem em várias qualidades de madeira, podendo então variar suas características de tonalidade e 
resistência. 
 
A espessura das réguas, placas e chapas varia de 6 a 35 mm. 
 
 
Características estéticas: 
As réguas de madeira criam linhas que precisam ser consideradas na estética do ambiente. Pode-se 
colocar as réguas no sentido horizontal, vertical ou diagonal em relação ao piso (quando aplicado em 
paredes) ou em relação às paredes (quando aplicado no teto). 
 
Os lambris podem ser pintados, deixados na cor da madeira, ou ainda revestidos de papel de parede ou 
até tecido. 
 
Ao se aplicar somente em parte da parede – geralmente até a altura de 1,10 m em média, deve-se 
prever um acabamento (arremate) no final, e usar o rodapé da mesma qualidade e cor. 
Nos tetos, também é necessário um acabamento no encontro com as paredes. 
Estes acabamentos são filetes da própria madeira, com o mesmo tratamento de pintura (ou verniz, etc), 
para finalizar a área revestida com boa estética, e geralmente são mais espessos. 
 
Os lambris, quando usados em placas lisas, podem receber aplicação de filetes, formando quadros, que 
se denomina pela palavra francesa “boiserie” (significa “marcenaria”). Este trabalho remete fortemente 
ao estilo clássico. 
98 
 
 
Tetos e paredes. 
Cuidados: 
Onde usar: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sendo usado na parede, o maior cuidado deve-se à qualidade de acabamento, pois é visualmente 
bastante aparente. Deve-se sempre proteger a madeira (com impermeabilizante, stain, verniz ou tinta). 
 
 
 
 PAINÉIS DE AGLOMERADO – MDF, HDF, OSB 
O que são: 
Chapas compostas por partículas de madeira, com 
adição de cola e submetidas a processo de prensa. 
Dependendo do processo de fabricação e do tamanho 
das partículas de madeira, as chapas aglomeradas 
podem ter diferentes níveis de resistência. 
 
Características técnicas: 
MDF / HDF (Medium / High Density Fiberboard): 
Chapa fabricada a partir da aglutinação de fibras de 
madeira (pinus) com resinas sintéticas e ação conjunta de alta temperatura e pressão. 
Possui consistência e algumas características mecânicas que se aproximam às da madeira maciça. 
A maioria de seus parâmetros físicos de resistência são superiores aos da madeira compensada. 
99 
 
 
OSB (Oriented Strand Board): 
É composto pela aglomeração de camadas de lascas (também conhecidas como “cavacos”) e 
fragmentos de madeira reflorestada unidas por cola sob a ação de alta temperatura e pressão. Possui 
uma boa resistência mecânica com bom isolamento térmoacústico. 
 
AGLOMERADO DE BAIXA DENSIDADE: 
Chapas fabricadas também a partir da aglutinação de fibras de madeira, porém com menos densidade e 
resistência que o MDF e HDF. 
 
 
Características estéticas: 
O MDF e HDF aceitam acabamentos como verniz, pinturas em geral, revestimentos com papéis 
decorativos, lâminas de madeira, laminado melamínico. 
Por terem superfície muito plana, são ideais para pinturas laqueadas. 
Geralmente são matérias primas para confecção de móveis e painéis que ainda serão revestidos. Mas 
pela sua estética onde a superfície é bem homogênea, muitas vezes são deixados aparentes, 
recebendo apenas selador. 
 
O OSB tem uma estética bem característica, devido às lascas de madeira que criam uma textura visual 
rica, não se revestindo estes painéis quando usados em mobiliário, mas deixando-os aparentes apenas 
com aplicação de vernizes adequados. 
 
Aglomerados de baixa densidade devem sempre ser revestidos de laminados melamínicos para 
aumentar sua resistência. Portanto, adquiremo aspecto estético destes. 
 
Nas imagens abaixo: painel de MDF laqueado na cor violeta e mesa Cecília, feita em OSB pelos 
designers Irmãos Campana: 
 
 
 
Onde usar: 
Produção de móveis. 
Painéis para revestimento de paredes e teto. 
100 
 
 
Cuidados: 
Como todo produto derivado da madeira, teme umidade. 
Não aceitam pregos comuns. Devem ser usados os específicos meios para junção das peças. 
 
 
 
 
 CHAPAS DE COMPENSADO 
O que são: 
As chapas de compensado são compostas de três ou mais 
camadas de placas madeira natural. 
As fibras de cada camada correm sempre em direções alternadas, 
“compensando” os esforços de dilatação e retração que a madeira 
natural geralmente sofre e evitando o empenamento. 
 
 
Características técnicas: 
Existem várias espessuras. 
Chapas finas de compensado apresentam vantagens sobre as 
demais madeiras industrializadas porque são maleáveis e podem- 
se curvar. 
 
Existem chapas de compensado cuja última camada, a capa, pode ser de lâmina de madeira nobre, já 
pronta para receber o verniz, economizando tempo do marceneiro, que não precisa ainda laminá-la, e 
tendo a vantagem de sua adesão ter sido feita industrialmente e ser mais resistente ao descolamento. 
 
Há compensados já pintados ou com a superfície preparada para receber pintura, ou ainda, recobertos 
com laminados plásticos (estes ficam bem em peças como prateleiras e tampos). 
 
Abaixo: móvel em etapa de produção e à direita, cadeira de compensado (fonte: www.danish- 
forniture.com). 
 
 
Características estéticas: 
A estética do compensado é definida pelo acabamento que receberá: laminagem de madeira, laminado 
melamínico, pintura, papel de parede, tecido, etc. 
101 
 
 
Onde usar: 
Produção de móveis. 
Painéis. 
 
 
Cuidados: 
Teme umidade. 
Deve ser especificada a espessura correta para a devida resistência mecânica ao uso proposto. 
 
 
 
 
 LAMINADO DE MADEIRA 
 
O que é: 
É uma “fatia” de madeira bastante fina, usada para revestir chapas de compensado, MDF ou 
aglomerado. 
Essa lâmina adquire desenhos e texturas naturais da espécie vegetal de que é feita. 
Veja a fina espessura da lâmina e sua aplicação em chapas de MDF: 
Características técnicas: 
Há dois tipos de laminados de madeira: 
- natural: a lâmina é realmente uma fatia de uma árvore, adquirindo suas características de desenho 
natural; 
- processada (também conhecida como “pré-composta”): lâmina industrializada, produzida a partir de 
resíduos ou de outras lâminas de madeira natural, novamente fatiadas, formando-se novas lâminas. 
 
Há também no mercado as lâminas de madeira auto-adesivas, de fácil aplicação. Servem para 
trabalhos mais simples como reformas de móveis e aceitam qualquer tipo de verniz. 
 
 
Características estéticas: 
Como toda madeira, o laminado possui inúmeras possibilidades de tons de marrom, e ainda de 
desenhos, formados pelos veios naturais da madeira. 
Atualmente são comercializada lâminas de árvores nativas e exóticas (estas, importadas), obtendo-se 
uma enorme variedade de tons e desenhos naturais. 
 
O laminado de madeira processada pode ser tingido e estampado com desenhos imitando “rádica” ou 
“linheiro”. A rádica é o nome que se dá à lâmina de madeira que é obtida da parte da árvore mais 
próxima da raiz, adquirindo assim um desenho orgânico bem dinâmico e variado. Linheiro é o desenho 
que possui vários traços paralelos. 
102 
 
 
O efeito estético final dependerá dos desenhos formados, do tipo de acabamento (tipo de verniz e tipo 
de brilho) e do tom da madeira. 
 
O laminado de madeira também permite a execução de MARCHETARIA. A marchetaria é um tipo de 
arte e técnica que consiste em criar desenhos na superfície plana de um móvel ou objeto por meio de 
lâminas de madeira ou outro material (marfim, metal, osso, madrepérola, etc). Baseia-se no recorte das 
lâminas que são coladas numa base (no caso madeira maciça, compensado, MDF ou aglomerado 
comum), e depois protegidas por selador ou verniz, como vemos abaixo. 
 
 
 
Onde usar: 
Para revestimento de chapas de derivados da madeira, como vemos no piso e na mesa a seguir: 
 
 
Cuidados: 
Por se tratar de uma superfície bastante fina, pode lascar ao sofrer impacto. Portanto, para maior 
durabilidade, os vernizes poliuretânicos (P.U.) são ideais devido à resistente camada que formam sobre 
a lâmina. 
103 
 
 
 DESTAQUES: madeira de lei, teca, madeira de demolição, bambu e 
madeira plástica 
 
MADEIRA DE LEI 
O termo “madeira de lei” provém do fato de que, na época do Brasil Império, certas madeiras resistentes 
eram reservadas pelo rei de Portugal para a construção de navios, e sua derrubada era proibida por lei. 
Exemplos de madeira de lei: jacarandá, carvalho, nogueira, imbuia, canela. 
 
 
MADEIRA TECA 
Teca, cujo nome científico é Tectona Grandis, é uma espécie de 
árvore de grande porte que produz madeira nobre, resistente e 
versátil. Nativa de países como Índia, Miamar, Tailândia e Laos. 
São produzidos industrialmente painéis prontos de madeira teca 
através da junção de pequenos pedaços de madeiras maciça 
(lamelas) com cola especial. Padrão A/B onde a face é perfeita e a 
contraface apresenta pequenas imperfeições e baixo relevo, 
recomendado para uso interno, livre de intempéries. 
A teca é usada em móveis de alto luxo, marcenaria em geral, para 
produção de tampos de mesa e armários, prateleiras, gabinetes, 
objetos decorativos, revestimento de paredes, pisos, janelas, portas, 
esquadrias, etc. 
 
 
MADEIRA DE DEMOLIÇÃO 
Atualmente muito na moda em virtude da grande preocupação mundial com a preservação das florestas 
e dos recursos naturais em geral. 
O termo “madeira de demolição” foi cunhado pelo fato de que são reaproveitadas madeiras de 
edificações demolidas. Estas madeiras geralmente estavam revestindo pisos (como tábua corrida), 
escadas, janelas, portas, forros, e foram recolhidas e reaproveitadas, podendo ter o mesmo uso 
anterior, ou adquirir novo uso. 
Por exemplo, uma porta de madeira poderá servir como cabeceira de cama se colocada na horizontal. A 
qualquer madeira de demolição, poderá ser dado um uso criativo! 
 
A madeira de demolição, para que fique assim caracterizada, deve manter suas características naturais 
mais próximas possível do estado em que se encontrava antes da reutilização (ou seja, com ranhuras, 
alguns pequenos estragos, marcas de pregos, etc), apenas 
sendo reparada nos pontos onde há real necessidade para 
não inviabilizar o uso. 
 
Esteticamente, a madeira de demolição traz a mensagem 
de sustentabilidade com aspecto de rusticidade. 
 
Atenção! Infelizmente, hoje temos muitas pessoas que 
estão tomando madeiras maciças novas e danificando-as 
para que se assemelhem à madeira de demolição. Isto, 
porém, tira todo conceito ecológico que a verdadeira 
madeira de demolição traz consigo. 
 
 
Na primeira imagem desta Unidade de Estudo (item 8.1), o 
painel colocado atrás da TV foi feito com madeira de 
demolição, assim como a cabeceira da cama ao lado 
(projeto de Cris Negreira). 
104 
 
 
BAMBU 
É uma planta de crescimento rápido e facilmente renovável, isto faz com que o bambu seja um dos 
recursos naturais mais renováveis e abundantes do planeta. Em vista disto, o uso do bambu como 
material de revestimento, decoração e até construção, é considerado ecologicamente correto, por ser 
uma solução de auto-sustentabilidade. 
Além disso, sua taxa de absorção de carbono é altíssima, tornando-o uma excelente opção para 
renovação do ar. 
 
Uma vez processado, o bambu é mais durável que outras opções de madeiras atualmente utilizadas, 
tais como o eucalipto tratado, e é mais duro do que a 
madeira jatobá. 
É um produto que resiste a cupins, brocas e outras pragas. 
 
Como revestimento,o bambu é transformado em réguas 
para uso no piso ou paredes, com encaixe macho-fêmea, e 
também como réguas para uso como “deck”. 
Algumas empresas proporcionam opções com aspecto de 
textura de demolição nas réguas de bambu. 
Também há rodapé de bambu para acabamento. 
 
 
MADEIRA PLÁSTICA 
Revestimento plástico que imita o padrão de algumas madeiras (eucalipto, massaranduba, etc), e 
processado de forma a ser usado como assoalho ou deck, em revestimento de piso, em paredes ou 
outro uso criativo que se desejar. 
Pode ser usado em exterior e interiores: pisos, paredes, decks, mobiliário, gazebos, pergolados, 
indústria náutica, etc. 
105 
 
 
 
UNIDADE 9 - LAMINADO MELAMÍNICO 
 
 
 LAMINADO PARA MÓVEIS e PAINÉIS 
 
O que é: 
Material resultante da combinação de folhas de celulose e resinas fenólicas, submetidas à altíssima 
pressão e temperatura, resultando em material resistente, utilizado principalmente em revestimentos. 
Também conhecido pelo nome de um dos fabricantes deste tipo de produto: Fórmica®. 
 
Amostras de diferentes padrões, cores e marcas de laminados: 
 
Características técnicas: 
Comercializado no formato de placas de diversos tamanhos (ex: 1,25 x 3,08 m) com espessuras de 0,2 
a 3 mm e também em bobinas e réguas (para pisos), podendo ainda ter dimensões fabricadas sob 
encomenda. 
Os laminados estruturais podem ter até 20 mm de espessura. 
 
 
Antiderrapante, isolante térmico, impermeável, antialérgico e não retém sujeira. 
Resistente ao impacto, à luz solar, às altas temperaturas (fogo retardante), ao desgaste, às manchas, a 
fungos, insetos e a riscos. 
Sensível a sapóleo, aguarrás, querosene, thinner, varsol, cera, ácidos e esponjas abrasivas. 
106 
 
 
Sistema Postforming: laminado melamínico que, quando aquecido por aparelho especial, pode ser 
aplicado em superfícies curvas. Observe as imagens a seguir; à esquerda, placa de laminado com 
sistema postforming; na imagem à direita, estante laminada da Benedixt: 
 
 
 
 
 
É um produto “acabado”, dispensando cuidados finais (como pintura, por exemplo) e pode ser aplicado 
sobre reboco, revestimento de madeira, gesso acartonado, metal e cerâmica, dentre outros inúmeros 
materiais. 
 
A qualidade dos laminados pode variar conforme o fabricante. 
 
 
Características estéticas: 
 
Os laminados podem ter diversas texturas, o que vai influenciar diretamente na estética final do produto: 
alto brilho, liso fosco, texturizado imitando produtos naturais, alto relevo com desenhos... 
 
As padronagens podem ser lisas (cores saturadas, neutras, luminosas, acinzentadas), estampadas ou 
imitação de madeiras, tecidos, fibras naturais, granito, metais, translúcidos, etc. 
 
Atualmente, há possibilidade de fazer “encomenda” de padronagens a algumas fábricas, possibilitando 
assim acabamentos exclusivos, através da escolha da imagem que será 
reproduzida no laminado. 
 
Na imagem ao lado, armário com laminado de imagem floral, criado por 
Adriana Barra. Na página seguinte, cadeiras com parte de trás do 
encosto revestida em laminado listrado: 
107 
 
 
 
 
 
Há laminados que imitam metais: aço escovado, latão, cobre. São 
uma alternativa interessante para substituir o metal real, exigindo 
menos manutenção, com aspecto muito real. Veja ao lado, 
parede revestida com laminado com brilho metalizado: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O laminado translúcido diferencia-se do tradicional porque não 
possui a camada opaca de HDF de base, ficando somente a 
melanina. Desta forma, pode ser aplicado em portas de correr, 
frente de gavetas, divisórias e forros. Quando utilizada 
iluminação por trás, produz belo efeito pela sua translucidez, 
como na bancada, moldura do espelho e rebaixamento de teto, 
no lavabo à direita. 
 
 
108 
 
 
Onde usar: 
Muito conhecido por ser usado em móveis, bancadas e na confecção de peças de design. 
 
Há chapas especiais (com espessura média de 1,3 mm) criadas para revestimento de paredes de 
alvenaria, drywall e também sobre azulejos ou cerâmica. Imagine a praticidade de substituição daquele 
azulejo já tão desgastado, sem quebra-quebra! 
 
Há chapas de laminado com maior espessura (20 mm) e revestidos nas duas faces, especialmente 
criados para confecção de painéis, pois permitem ser autoportantes. Ideais para confecção de portas, 
divisórias, displays, stands e tampos em geral. 
 
Laminados padrão “lousa” são especiais para escrita com giz. Tanto em escolas, escritórios, quanto em 
quartos infantis e brinquedotecas, são resistentes a este uso e podem ser aplicados diretamente na 
parede. 
Os laminados de alta resistência podem ser utilizados em até carrocerias de ônibus e trens. 
Abaixo, à esquerda, laminado preto revestindo a estante Arcádia, da Desmobília. 
À direita, laminado liso revestindo mesas e cadeiras e laminado com imagem, criando um painel de 
parede. 
 
Cuidados: 
A superfície a ser revestida deve apresentar-se perfeitamente limpa e plana. 
 
Colagem: devem ser usados adesivos específicos de acordo com o tipo de revestimento e seu uso (ex: 
laminados melamínicos específicos para pisos, ou para metais, ou para móveis, etc...). 
 
Nas paredes, prever juntas de dilatação de 1,3 mm (o laminado melamínico aceita rejunte próprio). 
Não deve receber água em excesso. 
109 
 
 
 LAMINADO PARA PISO 
 
O que é: 
Pavimento decorativo para aplicação em interior, que recebe capa 
de laminado melamínico em sua superfície e possui miolo em 
compensado resistente ou HDF (vide Unidade 8, item 8.7). 
Também conhecido como “laminado de madeira para piso”, por 
causa das padronagens que são oferecidas, imitando muito bem a 
madeira natural. 
 
 
Características técnicas: 
Dimensões: atualmente há grande opção de largura das 
réguas, desde as estreitas que imitam “deck”, até as mais 
largas que simulam a tradicional “tábua corrida”. 
Espessuras - de 7 a 9 mm (comercializados em m²). 
 
As réguas são encaixadas e coladas entre si, colocadas 
sobre manta especial colada sobre o contrapiso (cimento, 
cerâmica, madeira, piso vinílico, etc...). 
 
Resistentes ao desgaste, à luz solar, à queimaduras de 
cigarro, ao tráfego pesado. 
Podem receber tratamento antialérgico. 
 
Pisos de rápida instalação, disponíveis em diversos tamanhos e cores (vide fabricantes). 
 
 
Características estéticas: 
Os inúmeros padrões oferecidos atualmente permitem uma vasta classificação estética deste material. 
 
Por terem padronagens imitando madeira, proporcionam a sensação de acolhimento e calor. 
Há padronagens que simulam a textura mais rústica da madeira, com baixo relevo semelhante aos 
veios naturais. Nesse caso, quanto mais fosca for a superfície e quanto maior for o aspecto natural de 
madeira, mais remete à rusticidade. 
 
Há padronagens que simulam réguas bem estreitas desencontradas, criando um efeito bastante 
dinâmico no piso, o que requer atenção para não usar materiais muito rebuscados no entorno, pois com 
mais neutralidade em volta o piso será mais valorizado. 
 
110 
 
 
Onde usar: 
Em ambientes internos, residenciais, comerciais, hotéis, lojas, etc. 
Basta respeitar a especificação do fabricante, pois há um tipo para cada exigência de atividade. 
Atualmente também se encontram padrões para uso em áreas molhadas como cozinhas e banheiros. 
 
Cuidados: 
A grande maioria dos pisos laminados não deve receber água, devendo ser limpa apenas com pano 
úmido ou produto específico. 
Há laminados especiais para cozinhas e banheiros, estes são mais resistentes à água. 
 
Este tipo de piso gera ruídos no caminhar com sapatos. Há mantas que podem ser colocadas sob o 
piso para redução do som, mas mesmo assim ainda há algum ruído ao caminhar. 
111UNIDADE 10 - VIDROS e ESPELHOS 
 
 VIDRO 
 
O que é: 
O vidro é uma substância inorgânica, homogênea e amorfa, obtida através do resfriamento de uma 
massa em fusão. Suas principais características são a transparência/ translucidez, a dureza e a 
capacidade de reciclagem total. 
 
Podem ser subdivididos em dois grupos principais: 
 
Vidros planos: os chamados vidros planos, fabricados em chapas, são consumidos principalmente 
pela construção civil, seguida pela indústria automobilística e moveleira, depois na produção de 
espelhos e um pequeno percentual para múltiplas outras aplicações. Vários setores vêm aumentando 
seu consumo de vidro, como a indústria moveleira e o dos eletrodomésticos da chamada linha branca, 
como fogões, geladeiras, microondas e etc. 
 
Ao lado, uso do vidro plano na parte frontal da 
gaveta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vidros impressos: os vidros impressos são vidros planos translúcidos, incolores ou coloridos. As 
impressões podem agregar uma textura quando os 
vidros estão saindo do forno. Têm larga aplicação na 
construção civil, eletrodomésticos, móveis, decoração 
e utensílios domésticos. Atualmente, existe uma 
grande gama de cores, imagens, estampas, texturas... 
algumas mais transparentes, outras mais translúcidas, 
que proporcionam bem-estar, aconchego e privacidade 
aos ambientes. 
 
 
Veja o uso do vidro impresso vermelho liso como 
painel e na página seguinte o vidro incolor texturado 
como divisória (www.vidrosubv.com.br – acesso em 
03/12/2011): 
112 
 
 
 
 
 
Características técnicas: 
Resistência mecânica: é definida em função da espessura e do tipo de vidro. 
Peso médio: 2,5 Kg/m²/mm. 
Resistência à abrasão: é 16 vezes mais resistente à abrasão do que o granito. 
Suporta elevado esforço de compressão. 
Baixa resistência à flexão (exceto o vidro temperado). 
 
Os vidros possuem várias espessuras: de 2 mm a 19 mm (geralmente “arredonda-se” na fala para 20 
mm). Espessuras maiores podem ser obtidas através do sistema de vidro laminado (somatório de 
chapas, gerando novas espessuras finais). 
 
- Tipos: 
 
 Recozido ou comum: obtido apenas pela fusão de seus componentes, gerando chapas 
simples. 
 
 Temperado: submetido à alta temperatura e brusco resfriamento, o que implica em aumento de 
resistência e de segurança no caso de fragmentação; resiste a altas temperaturas. Adquire 
também maior resistência ao impacto horizontal, assim é adequado ao uso em portas, pois em 
caso de impacto, tem mais resistência à flexão que o vidro comum. 
 
 Laminado: composto por duas ou mais chapas de vidro, intercaladas por uma ou mais películas 
plásticas (polivinil butiral – PVB), oferecendo segurança ao usuário, proteção ao ambiente e 
isolamento termo-acústico. 
 
Estas películas podem ser coloridas 
(obtendo-se assim vidros com 
aspecto colorido), estampadas 
(criando-se vidros com desenhos) 
ou metalizadas (o que faz o vidro 
refletivo). Também se enquadram 
aqui os vidros com tecido entre as 
lâminas, criando efeitos incríveis. 
 
É considerado um vidro de 
segurança. É com esta tecnologia 
que são confeccionados os vidros 
para carros blindados. 
113 
 
 
 
 Aramado: possui uma malha de metal no interior do 
vidro, o que implica em segurança no caso de 
fragmentação, sendo ainda antichamas. É considerado 
um vidro de segurança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Refletivo: possui película de PVB metálica reflexiva no 
caso de vidro laminado; ou tratamento no próprio vidro 
para efeito refletivo. Muito usado em fachadas de prédios, 
como na foto ao lado. 
 
 
 
 
 
 
 Decorativos (também chamados de vidros fantasia): vidros comuns confeccionados para que 
sua superfície tenha função decorativa, distorcendo a passagem de luz. Os mais comuns são: 
coloridos, canelados, martelados, jateados e serigrafados. 
 Vidro autolimpante: possui uma camada auto-limpante que impede as partículas sólidas de 
aderirem à superfície e atrai a água da chuva, formando uma espécie de “capa” que corre e 
retira a sujeira (fonte: http://www.cebrace.com.br/v2/produtos-aplicacoes/produtos/10). 
 
 Vidros especiais: possuem características específicas: altíssima resistência, controle termo- 
acústico avançado, proteção e segurança residencial, etc. Podem ser enquadrados nesta 
categoria, os vidros duplos com colchão de ar (ou gás) entre as chapas, utilizados na confecção 
de esquadrias acústicas. 
 
 
Características estéticas: 
Podemos sistematizar o raciocínio sobre a estética dos vidros em dois aspectos: 
 
1) Design – o que se pode obter com produto final utilizando-se o vidro. Este aspecto é muito vasto, e 
abrange todas as possíveis variações estilísticas e de referencias estéticos. Por exemplo, pode-se obter 
guarda-corpo, móveis, escadas, objetos, etc. Quando utilizados em chapas, podem ser curvados (com 
algumas limitações de raios). Pode-se obter produtos com design clássico ou moderno, formal ou 
informal, tradicional ou vanguardista. 
114 
 
 
2) Efeito visual do vidro – as texturas dos vidros impressos, bem como as cores escolhidas, podem 
remeter a um visual mais “retrô” (principalmente no caso dos canelados, martelados e boreal, inclusive 
os coloridos destes tipos) ou visual mais vanguardista (como os vidros planos coloridos e os refletivos). 
 
Quanto às bordas: 
Os vidros usados na forma de chapas em bancadas, tampos de mesas, divisórias ou móveis, devem ter 
suas bordas trabalhadas através de: chanfrado leve, bisotado (podendo ter de 1 a 3 camadas 
dependendo da espessura do vidro) ou boleado (podendo ter de 1 a 3 camadas – G, 2G, 3G, 
dependendo da espessura do vidro). 
 
As bordas bisotadas (ao lado) e as boleadas remetem ao clássico, e 
aumentam a sofisticação do produto. 
 
 
 
 
Bordas boleadas G, 2G e 3G: 
 
 
 
 
 
 
 
O chanfrado leve, que 
consiste apenas na lixação das bordas para que não fiquem cortantes, dão um efeito final mais 
moderno: 
 
 
Cristal Negro: cristal de massa homogênea na coloração negra absoluta. Para uso em móveis, 
divisórias e bancadas. Cria um efeito de máxima sofisticação e beleza. Disponível em espessuras até 
19 mm. 
Mesa de centro com tampo de cristal negro: 
 
 
 
 
115 
 
 
Onde usar: 
Móveis (portas, prateleiras, frentes de gavetas, móveis inteiros de vidro...), bancadas, box, esquadrias, 
divisórias, espelhos, escadas, guarda-corpo, coberturas, etc. 
 
Cuidados: 
Na divisão de ambientes, os vidros deverão 
ser colocados por mão-de-obra 
especializada, respeitando-se as condições 
estruturais do ambiente e as especificações 
técnicas de cada fabricante. 
 
Os vidros temperados não resistem ao 
choque nas extremidades (nas pontas) por 
isso, cuidado no transporte e manuseio. 
 
Normalmente necessitam de apoio 
constituído por madeira, aço, ferro, alumínio 
ou borracha, e de elementos de fixação 
eficientes. 
 
 
 
 
 ESPELHO 
O que é: 
Superfície de vidro comum ou vidro cristal, com uma das faces que recebe 
pintura metalizada para fins de refletir a imagem projetada. 
Atualmente quase a totalidade dos espelhos é produzida com vidro cristal 
(pode-se também chamar apenas “cristal”). 
 
 
O espelho ao lado é da coleção Giglio, criação dos designers Carlesi e 
Giannessi. 
116 
 
 
Características técnicas: 
A diferença entre o vidro comum e o vidro cristal é que este último apresenta maior qualidade de 
transparência, brilho, dispersão da luz e densidade, devido à presença do óxido de chumbo (Pb3O4). 
Para um espelho, a qualidade da reflexão da imagem é muito importante, e isto é obtido através do 
cristal. 
 
Geralmente produzidos nas espessuras de 2 mm a 15 mm, dependendo do fabricante. 
 
 
Características estéticas: 
Os espelhos são produtos imbatíveispara uso na decoração como elemento para ampliar os ambientes. 
Podem ser utilizados revestindo paredes inteiras, ou parcialmente, criando efeito de duplicação da 
imagem. 
Os espelhos assim utilizados podem ser aplicados cortados, formando mosaicos, ou em chapas 
inteiras, aumentando a ilusão de amplitude. 
 
 
No ambiente ao lado, o 
espelho do teto proporciona a 
ampliaçao vertical do espaço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao lado, os espelhos das 
paredes (ao fundo, perto da 
persiana), ampliam a sala 
horizontalmente e na 
profundidade. 
117 
 
 
No exemplo ao lado, a 
parede toda revestida com 
espelho, amplia a sala de 
forma geral, pois dá a 
sensação visual de 
duplicação do espaço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os espelhos usados na forma de chapas em bancadas, tampos de mesas, divisórias ou móveis, devem 
ter suas bordas trabalhadas através de: chanfrado leve, bisotado (podendo ter de 1 a 3 camadas 
dependendo da espessura do espelho) ou boleado (podendo ter de 1 a 3 camadas – G, 2G, 3G, 
dependendo da espessura do espelho). 
 
As mesas de centro de espelho exigem maior atenção ao se dispor objetos sobre elas. Lembre-se de 
que vão duplicar a imagem dos objetos, portanto podem tornar mais difícil a distribuição destes, e pode 
ficar “pesado” visualmente. 
 
 
Onde usar: 
Tampos de mesas, móveis, revestimento de paredes e tetos, frente de gavetas, objetos decorativos, 
etc. Abaixo, estante-cabideiro da Novo, com recortes de espelho em forma de borboletas. 
 
 
Na próxima página a estante Paesaggi Italiani criada com espelhos vermelhos por Massimo Morozzi. 
E o espelho Miraggio, formado por vários pedaços de espelhos verdes, criado pelos Irmãos Campana. 
118 
 
 
 
 
 
Cuidados: 
Os espelhos temem umidade. 
Inevitavelmente os colocamos em banheiros, que são locais geralmente úmidos. O estrago pode ser 
retardado através da colocação do espelho com leve distanciamento da parede através dos afastadores 
metálicos, evitando o acúmulo de vapor d’água atrás do espelho. 
119 
 
 
 
UNIDADE 11- SUPERFÍCIE SÓLIDA, ACRÍLICO e POLICARBONATO 
 
 SUPERFÍCIE SÓLIDA 
 
O que é: 
Superfície sólida inventada pela DuPont em 1963 que recebeu o nome de Corian®. 
É um material de múltiplas funções, maciço, compacto e homogêneo, composto por 2/3 de alumina 
(mineral natural), 1/3 de metacrilato de metila (acrílico PMA) e pigmentos. 
 
Há também Magicstone®, Staron®, Higmax®... que são superfícies sólidas com características muito 
semelhantes ao Corian, porém fabricados por outras empresas. 
 
Comercializados em peças feitas em média escala ou sob encomenda através de empresas 
processadoras, que executam todo tipo de trabalho neste material com mão de obra especializada. 
O produto pode ser curvado, texturizado, recortado e emendado, sem juntas aparentes, criando uma 
superfície lisa e contínua. 
 
 
Bancadas com pia, feitas em Corian: 
 
 
 
Características técnicas: 
Facilmente reparável (moldável), resistente a manchas, atóxico e não retém odores, nem gorduras. 
Resistente a impactos e a intempéries, mais do que granito e outras rochas. 
Pequenos cortes e arranhões são removíveis com lixamento e polimento (cera e lustra-móveis). Outros 
danos também podem ser reparados sem a necessidade de remoção ou troca da peça. 
 
Instalação prática: pode ser aplicado sobre azulejos ou gesso acartonado, dentre outros tipos de 
superfícies (com uma preparação prévia da superfície original e utilização de adesivo próprio). 
 
É sete vezes mais leve que o granito. 
120 
 
 
Pode ser termomoldado adquirindo formas diferenciadas, como vemos na estante personalizada, nas 
imagens a seguir. As emendas, imperceptíveis, dão à peça aspecto monolítico. 
 
 
Características estéticas: 
Em diversas texturas e cores (com acabamento opaco, semi-brilho ou brilhante), o produto apresenta 
em suas versões lisas, um aspecto vanguardista e sofisticado. 
 
A cor escolhida irá influenciar bastante no aspecto de formalidade ou informalidade do produto final. 
Algumas das diversas cores oferecidas: 
 
De acordo com o design criado poderá tornar-se futurista e bastante inovador, uma vez que o produto 
permite que sejam moldadas peças de todo tipo de formas, linhas e desenhos. 
121 
 
 
A Corian lançou a versão translúcida, que 
permite a passagem de luz quando 
iluminada por trás, criando um inovador 
efeito nas peças ou placas aplicadas. 
O ambiente à direita, tem as paredes 
revestidas com o material translúcido, 
“desenhado” em duas espessuras, de forma 
que a luz colocada atrás evidencia o 
desenho nas partes mais finas (criação do 
designer Karim Rashid para a DuPont). 
 
 
 
Onde usar: 
Versátil e resistente, todo tipo de projeto de design poderá ser elaborado em Corian: desde cubas e 
balcões para cozinha, lavatórios e revestimento para banheiros, até móveis e luminárias. 
É também amplamente utilizado como superfície asséptica no revestimento de paredes e bancadas, em 
hospitais, laboratórios, hotéis, cafés e restaurantes. 
 
Tem sito muito utilizado na criação de peças com design inovador, tendo em vista sua versatilidade para 
moldagem, permitindo formas e curvas inusitadas. 
 
Veja mais dois ambientes criados por Karim Rashid para a DuPont. Os espaços foram produzidos 
inteiramente com Corian: piso, paredes, teto, mobiliário, luminárias... 
122 
 
 
Cuidados: 
Teme apenas o contato constante com temperaturas muito altas (superiores a 170ºC), as quais podem 
alterar a cor original. Mesmo assim, o material pode ser restaurado. 
 
 
 
 ACRÍLICO 
O que é: 
Formado por metacrilato de metila, é um polímero (muitas 
moléculas/grande massa) também conhecido como Lucite, 
Plexiglass, Perspex ou simplesmente acrílico. É uma substância 
sintética polimorfa (assume diversas formas) e transparente (acima 
de 90%). 
 
Acrilato: material que se assemelha ao acrílico, porém utilizado, 
basicamente, na composição de móveis. 
 
 
Características técnicas: 
Resistência mecânica inferior a do policarbonato e superior a do 
vidro. 
É atenuador acústico e de radiação solar. 
Peso específico igual ao policarbonato e metade do vidro. 
Vida útil de aproximadamente 25 anos. 
 
 
Características estéticas: 
Os acrílicos, por sua versatilidade, podem assumir forma 
de produtos dos mais diferentes estilos: peças com 
design clássico, moderno, retrô, futurista. Porém, 
independente do estilo, sempre nos remeterá ao retrô 
(uma vez que foi muito utilizado nas décadas de 50 e 60), 
ou ao futurista, quando assume formas inusitadas, 
principalmente associadas à iluminação de tecnologia de 
ponta. 
 
As inúmeras possibilidades de cores também colaboram 
para a estética final dos produtos. Sendo as cores 
fosforescentes as mais associadas à modernidade. 
 
É possível obter-se texturas foscas ou brilhosas nos 
acrílicos. 
 
Ao lado, divisórias e porta em acrílico colorido brilhoso. 
 
 
 
 
 
Onde usar: 
Aparece como produtos sob medida, ou não, em utensílios domésticos, mobiliários, divisórias, 
luminárias, equipamentos industriais e comerciais, painéis, rebaixamento de tetos, clarabóias, janelas e 
portas, dentre outras inúmeras utilizações. 
123 
 
 
 
Nestas imagens, cadeira totalmente em 
acrílico e o abajur da Bleunature que tem 
como base um paralelepíppedo de 
acrílico com pedras em seu interior: 
 
 
Cuidados: 
Baixa resistência à abrasão. 
Sensível ao ataque químico (ácidos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 POLICARBONATO 
 
O que é: 
O policarbonato é um material termoplástico (perde rigidez ao ser 
aquecido e ganha resistência quando resfriado) derivado do petróleo, 
podendo ser facilmente moldado à alta temperatura ou “afrio”. 
 
 
 
 
 
 
Características técnicas: 
É um material de alta transparência (89% - facilita a iluminação natural), e pode apresentar proteção 
contra raios ultravioleta. 
 
Tem alta resistência a impactos: em média 250 vezes superior à do vidro e 30 vezes maior que a do 
acrílico! 
 
Material auto-extinguível (não propaga a chama). 
 
Também se fabricam telhas transparentes em 
policarbonato (com cores e formatos diversos): 
 
 
 
Características estéticas: 
Suas características são similares as dos acrílicos. 
Os policarbonatos podem assumir forma de produtos dos mais diferentes estilos: peças com design 
clássico, moderno, retrô, futurista. Porém, independente do estilo, sempre nos remeterá ao retrô (uma 
vez que foi muito utilizado nas décadas de 50 e 60) ou ao futurista, quando assume formas inusitadas, 
principalmente associadas à iluminação de tecnologia de ponta. 
124 
 
 
As inúmeras possibilidades de cores também colaboram para a estética final dos produtos. Sendo as 
cores fosforescentes as mais associadas à modernidade. 
 
É possível obter-se texturas foscas ou brilhosas nas chapas de policarbonato. 
No uso em coberturas, há o policarbonato em chapa lisa ou em chapa alveolar. 
Onde usar: 
Em coberturas para áreas externas e internas como gazebos, jardins de inverno, garagens, estufas e 
piscinas (imagem abaixo). 
Produção de móveis e objetos. 
Painéis decorativos, com vasta possibilidade, de acordo com a criatividade do artista, designer, 
decorador ou arquiteto. 
 
Cadeira Ero, de Phillipe Starck, em policarbonato com base de metal. E cadeira Frilly, de Patricia 
Urquiola, toda em policarbonato: 
Cuidados: 
Apresenta sensibilidade à abrasão: risca facilmente. Para áreas que exigem limpeza constante, 
recomenda-se a colocação de uma película antiabrasiva. 
125 
 
 
 
UNIDADE 12. REVESTIMENTOS DIVERSOS 
 
 GRANILITE 
 
O que é: 
Tipo de revestimento compacto para pisos e paredes composto por cimento (comum ou branco 
estrutural), areia, pequenos fragmentos (granas) de quartzo, alguns tipos de calcário, basalto, mármore, 
granito (origem do nome do material) ou outros tipos de rochas, corante, adesivo tipo “Bianco”, água e 
impermeabilizantes. 
 
 
Características técnicas: 
Pode ser encontrado em placas prontas para a aplicação, ou em misturas ensacadas para usinagem na 
obra. 
 
Alta resistência mecânica, por isso é muito usado em escadas, corredores e locais de grande trânsito de 
pessoas. 
 
Exige o uso de juntas de dilatação plásticas ou metálicas. 
O processo de aplicação é demorado, quando usinado na obra: pode demorar até 10 dias. 
 
Deve receber polimento e enceramento, ou aplicação de resinas especiais impermeabilizantes. 
Longa vida útil. 
 
 
Características estéticas: 
É um material tradicional, nos remetendo a uma linguagem mais 
“retrô”, pois foi largamente utilizado nas décadas entre 1960 e 1970 no 
Brasil. 
Porém, quando utilizado com outros materiais como madeira, pedra, 
cimento queimado, pode adquirir um visual criativo e mais moderno. 
 
A superfície fica lisa, nivelada, pois o revestimento é polido. 
De perto podemos perceber as diferentes cores dos fragmentos de 
rocha, mas, olhando como um todo se percebe apenas a nuance 
proporcionada pela variação das cores das granas. 
 
Existem várias cores, como o preto da escada ao lado, projeto de 
Marcelo Rosenbaum. 
126 
 
 
 
 Onde usar: 
Apropriado para exteriores (ocorrência mais comum) e interiores. 
Utilização residencial e comercial. 
Reveste pisos e paredes. Abaixo, parede revestida com granilite Crystalli da Catelatto. 
 
Cuidados: 
Necessita de mão-de-obra especializada. 
 
Dificuldades com retoques e reformas, pois se percebe onde foram feitos. 
 
A aplicação do revestimento demanda muito tempo (uma semana para secar) e cuidados especiais 
(neste período deve ser molhado três vezes ao dia). 
 
Assentamento sobre contrapiso bem nivelado. 
 
 
 
 
 GRANILHA 
 
O que é: 
Revestimento de constituição semelhante ao granilite. Diferencia-se pelo tamanho das granas, 
normalmente maiores, e por sua forma ligeiramente arredondada. 
Fulget: constituído por grandes partículas de granito lavado aparente. 
127 
 
 
Características técnicas: 
Usinado na própria obra. 
Podem ser encontradas misturas ensacadas de granilhas semiprontas para a aplicação. 
Longa vida útil. 
Alta resistência mecânica. 
 
Exige o uso de juntas de dilatação plásticas ou metálicas a cada 1,20 m. 
 
Pode receber cuidadoso jateamento de água, permitindo com que as granas fiquem mais aparentes, na 
superfície. 
 
 
Características estéticas: 
É também um material tradicional, nos remetendo a uma linguagem mais “retrô”, pois foi largamente 
utilizado nas décadas entre 1960 e 1970 no Brasil. 
Porém, quando utilizado com outros materiais como madeira, pedra, cimento queimado, pode adquirir 
um visual criativo e mais moderno. 
 
De perto, podemos perceber as diferentes cores dos fragmentos de rocha, mas olhando como um todo, 
a superfície fica homogênea, havendo apenas a nuance proporcionada pela variação das granas. 
Existem várias cores. 
 
Possui textura acentuada devido às granas, pois não é lixado, tendo assim uma aparência rústica. 
 
 
Onde usar: 
Apropriado para exteriores (ocorrência mais comum) e 
interiores. 
Reveste paredes e pisos, sendo bastante usado em muros. 
Utilização residencial e comercial. 
 
Ao lado, prédio parcialmente revestido com granilha 
marrom-alaranjada. 
 
 
Cuidados: 
Necessita de mão-de-obra especializada. 
 
Dificuldades com retoques e reformas, pois percebe- 
se onde foram feitos. 
 
Assentamento sobre contrapiso bem nivelado. 
 
Pode acumular sujeira se as granas ficarem muito 
proeminentes. Por isso não é recomendado para 
bancadas de áreas úmidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 LINÓLEO 
 
O que é: 
Revestimento natural para interiores, composto por fibras de juta, cortiça, serragem de madeira, resinas 
naturais, óleo de linhaça e pigmentos. Devido à sua composição é biodegradável e é considerado 
ecologicamente correto. 
Piso com mais de um século de existência. 
 
 
 
Características técnicas: 
Comercialização: geralmente em mantas (rolos) com 2m de 
largura (variando conforme fabricante), com espessuras em 
torno de 2,5 mm. 
 
Promove atenuação acústica. 
Conduz pouco calor. 
É impermeável e leve (2,8 Kg / m² em média). 
É resistente ao desgaste natural e à abrasão. 
Resistência a óleos, azeites, graxas minerais e ao fogo 
(incluindo queimaduras de cigarro). 
 
É antiderrapante e dissipa eficazmente a eletricidade 
estática. 
128 
129 
 
 
Pode ser bacteriostático. 
Facilidade de manutenção. 
Não agride o meio ambiente em sua produção. 
Possui longa durabilidade. 
 
Características estéticas: 
Possibilidade de diversos desenhos, padronagens e cores. 
 
Pode-se também criar desenhos através da variação das cores, sem que haja qualquer percepção de 
emendas – o piso fica totalmente nivelado. As possibilidades de desenhos são inúmeras! 
 
Atualmente são oferecidas 
opções com textura 
imitando couro de animais 
(crocodilo, gado). Ao lado, 
linóleo da Forbo, com 
aspecto visual de couro. 
 
 
 
 
 
Em geral agregam um aspecto moderno ao ambiente. 
 
 
Onde usar: 
Utilizado em interiores de residências, comércio, indústria, hospitais, escolas, creches, etc... 
 
 
Cuidados: 
Contrapiso plano, firme, limpo e totalmente seco antes e durante a instalação. 
130 
 
 
Contrapisos em contato direto com o solo devem ser tratados com impermeabilizante, evitando a 
umidade ascendente. 
As mantas devem ser coladas no substrato com adesivo específico(cola PVA + cimento + água) para 
pisos de linóleo. 
 
As juntas entre as mantas devem ser soldadas à quente com um cordão de solda especial, a fim de 
garantir um acabamento uniforme, higiênico e impermeável. 
 
Em contato direto com o sol as cores podem se alterar. 
 
 
 
 
 PISOS VINÍLICOS 
 
O que são: 
São revestimentos para pisos, compostos por material à base de policloreto de vinila (PVC). Mas a 
criatividade do profissional pode levar o produto para paredes e até o teto, não havendo tecnicamente 
nenhum empecilho para isto. 
 
Mais conhecido pelo nome de um dos pisos 
vinílicos mais populares: Paviflex® (da 
Fademac). 
Atualmente existem várias marcas que 
disponibilizam estes revestimentos com 
diversas características estéticas e técnicas 
adequadas para cada tipo de exigência 
mecânica do ambiente (baixo, médio ou alto 
tráfego). 
 
 
Características técnicas: 
Diversas espessuras: tráfego leve (1,6 mm), tráfego médio (2,0 mm) e tráfego intenso (3,2 mm). 
 
Rolos de 2 m de largura, com comprimento variando de 15 a 25 m e espessuras diversas: de 1,2 até 3,5 
mm. 
Placas (geralmente de 30x30 cm ou 60x60 cm) ou réguas. 
 
Rápida instalação. 
Assentamento: usadas comumente colas de base asfáltica ou de resina acrílica, para ambientes secos, 
ou colas à base de policloropreno (chamadas de Neoprene®) para ambientes sujeitos a umidade. No 
sistema de réguas, as peças são encaixadas, dispensando o uso de cola! 
 
Dissipam eficazmente a eletricidade estática e possuem propriedades antiderrapantes. 
Apresentam propriedades de isolamento termoacústico. 
Podem chegar até a décadas de uso, mas algumas propriedades variam de acordo com o modelo e 
fabricante. 
 
Algumas marcas de pisos vinílicos: Decorflex®, Pavifloor®, Paviflex®, Sarlon Mousse® (todos os 
anteriores da Fademac), Smargad®, Absolute®, Vulcapiso®. 
131 
Centro de Artes e Design – www.artesedesign.com.br 
 
Características estéticas: 
Imitam outros revestimentos como madeira, cerâmica, pedras decorativas, dentre outros e também 
podem ser encontrados nas mais diversas cores e padronagens (desenhos figurativos temáticos, 
desenhos clássicos e arabescos, etc). 
 
Pela possibilidade muito grande de se compor vários desenhos diferentes, o aspecto mais formal ou 
informal, mais sofisticado ou mais simples vai, depender do desenho escolhido. 
 
Uma grande vantagem dos pisos vinílicos é a ausência de emendas visíveis. Mesmo em desenhos mais 
complexos, o visual plano encanta. 
 
Nas imagens seguintes, pisos vinilicos da Fedemac: 
 
 
 
Onde usar: 
Apenas para revestimento interno. 
Uma dica é usá-lo em residências nos dormitórios, escritórios e sala de TV. Bom para a acústica, 
térmicos e agradáveis de pisar descalço! 
 
Utilizados amplamente em residências, escritórios, estabelecimentos comerciais, academias, 
aeroportos, indústrias eletro-eletrônicas, hospitais, salas de cirurgia e de anestesia, salas de 
computadores, laboratórios químicos e em outras áreas que contenham elementos explosivos e onde a 
eletricidade estática constitui perigo. 
 
Cuidados: 
Ressecam quando recebem luz solar continuamente. 
Não devem receber água em excesso. 
Sujeitos a riscos (cuidado com móveis pesados). 
 
Aplicados sobre o contra-piso ou outro revestimento pré-existente (apenas no caso de alguns modelos). 
 
 
 
 
 
 
 PISOS AUTO-NIVELANTES 
 
O que são: 
São pisos elaborados através de sistemas especiais para nivelamento e acabamento, com a utilização 
de substâncias pastosas: resinas epóxi ou poliuretânicas. 
Pisos monolíticos (que formam um bloco único, sem emendas). 
 
 
Características técnicas: 
Apresentam um aspecto monolítico liso e brilhante após a cura (endurecimento). Produto não tóxico 
após sua cura. 
 
Espessuras: variam de 2 a 6 mm. 
 
Excelente resistência mecânica e química após sete dias de cura (resistentes a ácidos, álcalis, sais, 
solventes, etc). 
 
Altíssima resistência à compressão: aproximadamente 1.000 Kgf / cm². 
 
Resistem a variações de temperatura: de -30º C até + 100º C. 
132 
133 
 
 
Resistentes à abrasão. 
 
Podem ser utilizados em áreas molhadas, pois a absorção de água é de apenas 0,04%. 
Fácil limpeza e manutenção. 
 
Características estéticas: 
Apresentam diversas cores e tonalidades (vide catálogos/fabricantes) e podem ter textura 
antiderrapante. 
 
Pela possibilidade muito grande de se compor vários desenhos diferentes, o aspecto mais formal ou 
informal, mais sofisticado ou mais simples vai depender do tema escolhido para o desenho. 
 
De uma forma geral, este tipo de revestimento imprime um aspecto mais moderno, podendo, 
dependendo do desenho e cores, parecer futurista! 
 
 
Onde usar 
Áreas comerciais, residenciais e industriais, 
laboratórios, depósitos, galpões, áreas com 
tráfego intenso e pesado, cozinhas industriais e 
postos de gasolina, dentre outros locais. 
 
 
Cuidados: 
Reparar todas as possíveis fissuras existentes 
no contra piso. Além disso, a aplicação requer 
contrapiso muito bem nivelado e seco, ou o 
revestimento evidenciará as imperfeições do 
substrato. 
 
Aplicar selador de porosidade e “primer” no 
substrato. 
 
Verificar a garantia com o fornecedor, pois 
algumas marcas não são resistentes ao risco. 
134 
 
 
 PISOS ELEVADOS 
 
O que são: 
São sistemas de execução de pisos constituídos geralmente por placas de metal (em geral de aço), 
com enchimento de concreto leve (celular), aparafusadas sobre pedestais de alta resistência, fixados no 
contra piso ou no piso original do ambiente. 
 
A parte superior do piso pode ser revestida de vários materiais. 
 
Os pedestais que deixam as placas afastadas do piso têm o objetivo de permitir a passagem de fios e 
tubulações sob eles. Por isso, é muito utilizado em empresas de informática e bancos. 
 
Existem também pisos elevados constituídos por aço e madeira, apenas madeira, policarbonato e 
concreto dentre outros materiais. 
 
 
 
 
 
pedestal 
Placa de metal com 
enchimento de 
concreto celular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características técnicas: 
Travamento e alta estabilidade. 
 
Permitem a passagem de cabos e dutos diversos sob o piso. 
 
Permitem a colocação de instalações e pontos elétricos, hidráulicos, telefônicos, de lógica e de 
climatização, sobre as placas. 
 
Climatização: grelhas lineares e grelhas arredondadas para difusão do ar podem ser colocadas no lugar 
de algumas placas. 
 
Facilitam o acesso às instalações para 
eventuais manutenções. 
 
Permitem regulagem de altura do piso (de 7 
cm até 1,20 m). 
 
Permitem execução de degraus e rampas 
(facilidade de acesso aos ambientes). 
 
Proporcionam flexibilidade de lay out. 
Podem ser reutilizados em outros locais. 
Longa vida útil. 
135 
 
 
Peso variável. Ex: de 30 a 45 Kg/m² no caso de concreto e aço. 
Modulação variável. Ex: placas de 60 x 60 cm no caso concreto e aço. 
Resistência à compressão: varia de acordo com os materiais constituintes do sistema (atinge valores 
superiores a 1.000 Kg/m²). 
 
 
Características estéticas: 
As superfícies dos pisos elevados podem ser revestidas com diversos materiais como carpetes, 
laminados, cerâmicas, granitos, mármores, madeiras e pisos vinílicos dentre outros. 
Cada material utilizado no revestimento irá traduzir os aspectos estéticos próprios, uma vez que o 
sistema de piso elevado é apenas um suporte. 
 
 
Onde usar: 
Tecnicamente pode ser usado em qualquer 
ambiente interno. Porém é mais procurado 
para uso em empresas de informática e em 
estabelecimentos bancários, devido às 
constantes mudanças de lay out a que são 
submetidas estas empresas. 
 
 
 
 
 
Cuidados: 
O ambiente tem seu pédireito reduzido. 
Cuidar para não ficar muito baixo. 
136 
 
 
UNIDADE 13. TECIDOS, PAPÉIS DE PAREDE E TAPETES 
 
 TECIDOS 
 
O que são: 
Tramas de fibras entrelaçadas utilizadas no estofamento ou confecção de produtos de decoração 
(cortinas, almofadas, colchas, etc) e na moda. 
 
 
Características técnicas: 
1. Caimento do tecido: maleabilidade, o quanto o tipo de tecido vai se adequar ao modelo que lhe é 
proposto nos estofados ou nas cortinas. O encorpamento do tecido, ou seja, a quantidade de fibras 
usadas, faz com que o mesmo tenha determinado caimento. Quanto mais fibras (abaixo à esquerda), 
mais encorpados são os tecidos. Quanto menos fibras (abaixo à direita), mais leves são. Em relação ao 
caimento então, temos tecidos pesados (ou, muito encorpados), tecidos médios e tecidos leves. 
 
 
2. Resistência: diz respeito à flexibilidade do tecido e também à quantidade de fibras. Um mesmo tecido 
de algodão, se for leve, não será muito resistente. Mas se for bastante encorpado (pesado) terá 
resistência. Este fator é imprescindível de ser observado na escolha de tecidos para sofás e demais 
móveis de assento. 
 
3. Tipo de tingimento: os tecidos podem ser tecidos com 
fios já tingidos, gerando peças que tem coloração 
uniforme de ambos os lados; ou podem ser estampados 
(observamos isto olhando o avesso, que conterá apenas 
borrões que vazam do lado direito do tecido 
estampado). 
O tipo de tingimento é imprescindível para a 
durabilidade da estampa do tecido, pois para usos mais 
intensos e contínuos, os de fios tingidos devem ser 
escolhidos, a fim de que a coloração se mantenha 
uniforme por mais tempo. Os tecidos tingidos após 
tecimento geralmente são mais baratos e excelente opção para almofadas, pequenos detalhes e 
objetos de decoração. 
137 
 
 
Algo muito importante, é que o sol é um agente implacável sobre os pigmentos. Qualquer tecido quando 
exposto ao sol sofrerá algum tipo de dano. Os tecidos náuticos são mais resistentes, mas a textura, o 
“toque”, não os torna agradáveis para os interiores onde se privilegia o conforto. 
 
4. Composição dos fios: de uma forma geral podem ser divididos em fibras naturais, fibras sintéticas e 
mistas (mistura de naturais e sintéticas). As fibras sintéticas são sempre usadas em tecidos náuticos e 
para exterior em geral. As naturais, somente para interiores, são mais suaves ao toque e mais 
“térmicas”, principalmente o algodão, pois se tornam frescas no verão e quentinhas no inverno, mas 
quanto a isto, o tipo de tecido também influencia, pois um tecido veludo 100% algodão será quente em 
qualquer estação do ano. 
5. 
Características estéticas: 
O aspecto relacionado à estética própria do tecido define sua “personalidade”. A estética do tecido deve 
ser escolhida de acordo com os referenciais dos “Parâmetros Básicos de Preferências Estéticas” que 
norteiam o perfil do usuário do ambiente. A partir daí escolhe-se o estilo do tecido. Os tecidos exercem 
grande influência no estilo do ambiente como um todo, portanto merecem atenção e cuidado na 
escolha, pois estão presentes nos móveis estofados, no piso e até nas paredes e teto. 
 
 
Estilo do tecido: o estilo está diretamente ligado ao tipo de tecido e à sua estampa, e eventualmente 
também à sua textura (à forma de tecimento). Existem tecidos que tem uma linguagem estética própria 
e até nome próprio. O mesmo para alguns tipos de estampas. 
Existem tecidos do grande grupo dos Estilos Clássicos, dos Modernos, dos Específicos. E também do 
mega-grupo dos Contemporâneos, que agrega estilos e misturas de estilos nos tecidos.Vejamos de 
forma mais detalhada nos parágrafos seguintes. 
 
Tecidos de estilos clássicos: 
Tipos de tecidos considerados clássicos pelas suas fibras ou sistema de tecimento: veludo, linho, seda, 
gorgurão, bordado inglês, buclê, brocado, gobelin, cetim, chenille, crepe, damasco ou adamascado, 
jacquard, matelassê, musseline, shantung, tafetá, toile-de-jouy, voile, piquet. 
Estampas clássicas: xadrezes e listras regulares e uniformes, florais precisos, cashemere, gravataria, 
arabescos. 
 
Na página seguinte, exemplos de estampas clássicas, da esquerda para direita: floral com arabescos, 
floral, listrado, toile-de-jouy, veludo, xadrez, cashemere, arabesco floral, gravataria, e uma série de 
desenhos de estampas diversas com desenhos simétricos bem regulares, tais como folhagens, 
medalhões, arranjos florais, listras, florões. 
138 
 
 
 
 
 
Tecidos de estilos modernos: 
Jeans, sarja, brim, ultrassuede, camurça natural ou sintética, couro (não é tecido, mas é usado como 
tal); courino ou couríssimo (imitações de couro), chita ou chitão (data de antes do descobrimento do 
Brasil, originário da Índia, mas seu aspecto colorido é algo considerado moderno), lona, lonita, 
microfibra (o tipo de fibra dá nome ao tecido), tecidos vinílicos, emborrachados, metalizados. 
 
Estampas modernas: podem ser as estampas clássicas estilizadas ou esboçadas, geométricos, op art, 
pop art... 
Exemplos de estampas modernas: listra, xadrez, florais estilizados e retrôs geométricos. 
 
 
À direita, exemplos de tecidos e estampas 
modernas em almofadas: geométricas, floral 
estilizada e listras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À direita, poltrona e tecido retrô. 
139 
 
 
Tecidos de estilos específicos: 
Rústicos: linhão, seda rústica, misturas de tecidos com fibras rústicas como rami ou junco, juta. 
Os tecidos considerados rústicos estão relacionados com fibras naturais, mas também podem adquirir 
aspecto de rusticidade devido à sua trama, quando esta for irregular. 
 
 
A rusticidade é uma característica de tecidos tramados com fios irregulares, provocando desníveis 
propositais na trama. A rusticidade também pode estar presente no acabamento “envelhecido” de 
tecidos, o que torna suas cores mais pálidas, com aspecto desbotado proposital. 
 
 
 
Étnicos: tecidos com estampas de peles como zebra, onça, leopardo e tigre. Estampas típicas 
(folclóricas) de povos como: japoneses, russos, africanos, balinezes, espanhóis, portugueses, indianos. 
Em geral, o estilo dos tecidos étnicos está ligado à estampa típica de determinada nação. 
Exemplos de estampas étnicas: zebra, onça, estampas africanas e estamparia indiana. 
 
 
 
Temáticos: ligados totalmente à estampa. São tecidos com desenhos de temas específicos, que podem 
variar imensamente, deste temas mais tradicionais até os infantis, passando por reproduções de obras 
de arte e pinturas figurativas personalizadas. 
Exemplos de estampas temáticas. 
 
140 
 
 
Onde usar: 
Há tecidos especiais para exterior, que podem receber até chuva. Há tecidos para uso náutico, que 
suportam a água salgada, iodo e intempéries severas. Estes são tecidos quase todos sintéticos, com 
tecnologia de tingimento de última geração. 
E há também os tecidos exclusivos para interiores, que também necessitam de observação quanto ao 
uso e que tem as seguintes subdivisões: 
- uso intenso = sofás e poltronas; 
- uso médio = cadeiras e pufes; 
- uso leve = almofadas e mantas. 
Cuidados: 
O sol é implacável. Somente os tecidos para exterior é que têm resistência mais elevada ao sol. Todo 
outro tipo de tecido quando exposto ao sol irá desbotar. 
Também se deve observar a questão do tipo de tingimento, escolhendo os estampados apenas para 
áreas de pouco uso, ou para os complementos (almofadas, colchas, etc). 
Outro cuidado é quanto à resistência do tecido: para cada exigência de uso, há um tipo de tecido, como 
vimos anteriormente. 
 
 
 PAPÉIS DE PAREDE 
 
O que são: 
Revestimentos que têm por base papel (celulose), usado na decoração de interiores. 
 
O primeiro registro sobre a utilização do papel de parede ocorreu na China. Nos séculos XVI e XVII o 
material começa a ser utilizado peloseuropeus para decorar parte das paredes, substituindo telas e 
tapeçarias. No Brasil, no início do século XX ocorreu um pequeno consumo deste produto através das 
importações, cujo custo era muito alto. 
Só por volta de 1960, com a modernização dos processos de produção e redução dos custos, a 
produção e o consumo do papel de parede se ampliou em todo o mundo! 
141 
 
 
Características técnicas: 
Vendidos em rolos de cerca de 52 cm de largura (podendo variar para mais, conforme o fabricante), e 
10 metros de comprimento. 
As faixas são vendidas também em rolos. 
 
Existem os papéis que são apenas impermeabilizados na sua parte aparente, sendo menos resistentes 
e não suportando pano úmido em limpeza. 
 
E há os papéis totalmente vinilizados, mais resistentes, suportando bem a limpeza com pano úmido, 
ideais para quartos infantis, e locais de muito manuseio. 
 
 
Características estéticas: 
A principal característica estética dos papéis de parede é em relação à estampa. E estas se subdividem 
nos 3 grandes grupos estilísticos: 
 Clássicos 
 Modernos 
 Específicos 
 
Papéis com estampas clássicas em cores atuais: 
 
 
Papéis com estampas modernas: 
 
 
O tamanho da estampa do papel de parede influenciará na estética do ambiente, assim como suas 
características de desenho (linhas retas, ou linhas curvas, cores, texturas, etc). 
As imagens de exemplos de tecidos apresentados no item 3.1 também valem para o estudo dos papéis 
de parede. 
142 
 
 
Onde usar: 
Utilize o papel de parede apenas nos ambientes secos e em paredes internas, pois as paredes que 
fazem limite com o exterior geralmente retém mais umidade. 
Podem ser aplicados a paredes, tetos ou móveis. 
 
 
Cuidados: 
Locais sujeitos à umidade podem danificar o material. 
Papéis vinílicos podem ser facilmente limpos com pano úmido e devem ser usados principalmente em 
ambientes com grande movimentação de pessoas e no quarto de crianças. 
 
Caso seja necessário retirar o papel por causa de defeitos ou simples vontade de mudar a decoração, 
ele pode ser retirado com pano úmido. Contudo, atenção: papéis de alta qualidade não danificam a 
parede ao serem retirados, mas, papéis de baixa qualidade podem descascar a pintura existente na 
parede. 
 
 
 
 TAPETES 
 
O que são: 
Produtos para revestimento feito de fibras tecidas e entremeadas que formam peças soltas (tapetes) ou 
rolos (carpetes). 
 
 
Características técnicas: 
1. Tráfego: tráfego é a referência ao tipo de uso de um material, condicionado à frequência de uso, carga 
sobre o mesmo, e tipo de material que passará por ele. Existem três classificações básicas para o 
tráfego de tapetes: 
- baixo: uso em locais de pouco tráfego, por exemplo, dormitório e closet; 
- médio: uso em locais de tráfego moderado, por exemplo, sala de estar e jantar, escritório particular; 
- intenso: uso em locais de grande movimentação e de grande exigência de limpeza, como corredores, 
estabelecimentos comerciais. 
143 
 
 
2. Processo de produção: divide-se entre artesanal e industrializado. Os 
tapetes artesanais podem ser confeccionados com vários tipos de fibras: 
lã, algodão, seda, fibras naturais (sisal, taboa, etc), couro, pêlos, e fibras 
sintéticas. Os tapetes artesanais são mais indicados para baixo e médio 
tráfego, devendo-se ainda avaliar outros aspectos em relação à sua 
resistência (que é condicionada aos materiais usados, por exemplo, 
tapetes de pura seda só podem ser usados em locais de mínimo tráfego, 
como em um dormitório). 
A ferramenta principal utilizada pelo tecelão é o tear. Teares são 
estruturas de madeira ou ferro na qual são fixados os fios da base do 
tapete (também chamados fios da urdidura) e nos quais os fios que darão 
forma ao tapete serão entrelaçados, nodados ou entremeados. 
 
Os tapetes industrializados são tecidos por máquinas. Existem duas 
formas principais de tecimento que dão corpo ao tapete: 
- sistema tufting: onde o tapete possui uma base sobre a qual as fibras 
são tramadas; 
- sistema de agulhados: uma manta de fibras entrelaçadas e compactadas 
e unidas por meio de resinas (também conhecida por “forração” – são 
tapetes mais econômicos, porém hoje já dispomos desta versão econômica em excelente qualidade e 
estética!). 
 
 
3. Resiliência: trata da flexibilidade da fibra, da sua capacidade de voltar à posição original após ser 
pisada ou amassada. Em locais de alto tráfego, a resiliência é um fator importante. 
 
 
4. Tipos de tingimento: os tapetes industrializados são 
todos tingidos com tintas sintéticas, enquanto os 
artesanais podem adotar os dois tipos de pigmentos: os 
naturais (muito menos resistentes ao desbotamento) e os 
sintéticos. 
O sol, apesar de maravilhoso e indispensável para a vida, 
é implacável com as superfícies tingidas, tanto tapetes 
artesanais quanto industrializados estão sujeitos ao 
desbotamento, se forem expostos com muita frequência aos raios solares. 
 
 
5. Composição dos fios: os tapetes podem ser confeccionados com fibras naturais: algodão, seda, juta, 
rami, sisal, seagrass, palha de arroz, folha de bananeira, pelos de animais e lã; e também podem ser 
feitos de fibras sintéticas, como o nylon e o polipropileno. 
 
 
6. Sistemas de tecimento: o tecimento de um tapete industrializado varia com basicamente quatro 
possibilidades, criando resultados de texturas, aparência e tráfego. 
São eles: 
- Buclê (também conhecido por Loop): no qual as laçadas feitas 
na base não são cortadas. Este processo é muito usado em 
tapetes para áreas de alto tráfego. Veja a imagem ao lado: 
144 
 
 
- Pelo cortado ou nodado: neste processo, a fibra passa pela base e é cortada em uma altura 
predeterminada. A altura do tapete está relacionada diretamente ao tráfego: quanto mais alto, menor o 
tráfego. A seguir, dois modelos: 
 
- Sistema misto: composto pelos dois anteriores citados. 
 
- Tecimento liso: as fibras são continuamente passadas pela base, sem serem cortadas, dando ao 
tapete um aspecto mais liso. 
 
Para os tapetes artesanais, o sistema de teares simples a complexos, gera principalmente tapetes lisos. 
Neste sistema liso também se enquadram os tapete artesanais orientais tipo Kilin. Também são 
considerados como tecimento liso, os tapetes bordados, que geram os tradicionais tipos de tapetes: 
Arraiolos, Fantasia Espanhola, Colonial Brasileiro e Ponto de Cruz. 
 
Tapele Kilin e detalhe de um tapete Arraiolo: 
 
 
Características estéticas: 
O estilo do tapete está diretamente ligado ao tipo de fibra usada e à sua estampa, e eventualmente à 
sua textura (à forma de tecimento). 
Existem tapetes do grande grupo dos Estilos Clássicos, dos Modernos e dos Específicos. 
 
Tapetes clássicos: 
Os tapetes clássicos caracterizam-se, em grau de importância, primeiro pela estampa. Os tapetes com 
florais, ramalhetes bem definidos, arabescos presentes nos tapetes orientais (principalmente nos 
iranianos) e nos franceses antigos (como o Aubusson e o Savonerie), são tapetes pesados visualmente 
pois agregam desenhos complexos e coloridos. 
 
Algumas fibras usadas nos tapetes, mesmo que eles não tenham desenhos, podem dar-lhes 
característica clássica, por exemplo o uso de veludo, linho, seda, chenille. 
Algumas técnicas usadas principalmente nos tapetes artesanais também nos remetem ao visual 
clássico: bordados, brocados, gobelin, adamascado. 
145 
 
 
Abaixo, à esquerda, tapete francês Savonerie. Observe os desenhos: flores, ramalhetes, arabescos na 
moldura – características marcantes clássicas. O Savonerie é um tapete nodado. 
Abaixo, à direita, tapete francês Aubusson. Além dos desenhos típicos clássicos, possuem um 
medalhão central e cores mais suaves, em tons pastéis. O Aubusson é um tapete de tecimento liso. 
 
 
Os tapetesorientais podem ser encontrados nas mais diversas cores, estampas e tamanhos. Abaixo, os 
dois primeiros da esquerda têm um medalhão central, muito comum entre os tapetes iranianos; os dois 
à direita possuem o seu campo (o meio que é delimitado pela moldura/borda) em desenho repetido. 
Estas estampas são consideradas clássicas para os tapetes. 
 
 
 
Tapetes modernos: 
A principal característica está na estampa. 
Estampas minimalistas, abstratas ou mesmo os lisos definem bem a estética moderna do tapete. O tipo 
de material utilizado também é importante. Há tapetes de fibras oriundas de processamento de garrafas 
pet recicladas e outros materiais de reaproveitamento como tiras de tecido de elastano, fios de malha, 
etc. 
Alguns tecidos quando aplicados nos tapetes, sejam nas bordas, ou em todo ele, também ressaltam o 
estilo moderno: jeans, sarja, brim, camurça natural ou sintética, couro, courino ou couríssimo (imitações 
de couro), chita ou chitão, lona, lonita, tecidos vinílicos, emborrachados, metalizados. 
Dentre os tapetes orientais, os do tipo “Gabeh” tendem ao minimalismo, portanto adquirem caráter de 
modernidade, mesmo sendo de tradicionais tribos nômades! 
 
Exemplos de tapetes modernos, dentre eles algumas estampas “retrô”: 
 
146 
 
 
Também há os tapetes modernos por seu acabamento ou materiais. Alguns deles misturam materiais 
de diferentes estilos, por exemplo, materiais rústicos como fibras naturais usadas com couro liso; tapete 
de couro cortado em quadrados, formando um patchwork; tapetes de sisal, com formas geométricas: 
 
 
 
Tapetes de estilos específicos: 
Rústicos: linhão, seda rústica, misturas de tecidos com fibras rústicas. 
Os tapetes considerados rústicos estão relacionados com fibras naturais, mas também podem adquirir 
aspecto de rusticidade devido à sua trama, quando esta for irregular. 
Algumas fibras mais conhecidas no uso de tapetes: rami, junco, sisal, bambu, taboa, juta, algodão. 
 
 
 
Étnicos: caracterizam-se basicamente pelas estampas de peles como zebra, onça, leopardo e tigre. 
Estampas típicas (folclóricas) de povos como: japoneses, russos, africanos, balinezes, espanhóis, 
portugueses, indianos. Assim como nos tecidos, o estilo dos tapetes étnicos está mais ligado à estampa 
típica de determinada nação. 
Também entram nesta categoria de estilo étnico, os tapetes orientais com estampas “tribais”. Estas 
estampas são características de tribos da região do oriente médio, ou tribos indígenas diversas. 
 
 
Temáticos: ligados à estampa ou à forma. Podem ser reproduções de obras de arte, pinturas figurativas 
personalizadas, temas diversos. Além disto, o tapete pode ter um recorte específico: formato de flor, 
formato de coração, formato de algum nome, etc. 
 
147 
 
 
O tamanho da estampa também influenciará na estética do ambiente, assim como suas características 
de desenho (linhas retas, ou linhas curvas, cores, texturas, etc). 
 
Onde usar: 
Os tapetes de fibras plásticas podem ser 
usados no exterior. 
Os de fibras sintéticas e naturais somente em 
interiores. 
Tapetes muito valiosos (como os orientais, 
Aubusson, Savonerie...) podem ir para a 
parede, como um painel! 
 
Nos ambientes ao lado, os tapetes da marca 
O.A.T. foram para a parede! O tapete amarelo 
com contorno de espelho clássico possui 
aplicação de cristais. 
 
 
Cuidados: 
A manutenção do tapete (limpeza) é importante para prolongar sua vida útil. 
O cuidado com a especificação correta de tráfego também manterá a beleza do tapete por mais tempo.

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