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CAPÍTULO 3 - ROCHAS ÍGNEAS

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ROCHAS ÍGNEAS 
 
I INTRODUÇÃO 
 A parte sólida da terra, que é acessível às nossas observações, é denominada 
Crosta Terrestre. Esta é constituída por massas grandes e pequenas, distintas entre 
si, mas que se reduzem a um número limitado de tipos que são conhecidos como 
rochas. 
 Uma rocha pode ser constituída por um único mineral – monominerálicas: 
calcário, por exemplo, ou vários minerais – poliminerálicas: granito, sendo o último o 
mais comum. Existem, todavia, rochas que fogem aos exemplos acima porquanto são 
constituídas de material vítreo, amorfo e de composição variada, que resultam de um 
rápido resfriamento – lavas vulcânicas. Outra exceção é fornecida pelas rochas de 
natureza biológica, como o carvão, que tem composição orgânica. 
 Rocha, portanto, pode ser definida como sendo um agregado natural de 
minerais, material vítreo ou orgânico, que forma uma parte essencial da Crosta 
Terrestre, e tem características químicas e mineralógicas específicas, distintas dos 
agregados mineralógicos adjacentes. 
 Minerais ainda não consolidados, tais como argila, areia e cascalho, são 
melhor designados de sedimentos1 ou de solo2. Os solos são sempre rasos e formam 
um manto que recobre as rochas da Crosta Terrestre, originados pela alteração 
superficial das rochas do substrato. O conhecimento dos solos tem importância 
especial para a agricultura, sendo estudado através da pedologia e edafologia. 
II CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS 
 Petrologia é o estudo geral das rochas, envolvendo a sua constituição, modo 
de ocorrência, distribuição e origem. Petrografia é a parte que se ocupa do estudo 
descritivo dos tipos de rocha. Na petrografia são utilizados métodos macro e 
microscópicos. Petrogênese é a parte da petrologia que se ocupa da origem das 
rochas. 
 De acordo com a sua origem ou gênese, as rochas podem ser classificadas em 
3 grandes grupos: Rochas Ígneas ou Magmáticas, Rochas Sedimentares e Rochas 
Metamórficas. As rochas de origem ígnea constituem cerca de 95% do volume total da 
 
1
 se já sofreram algum tipo de transporte pelo vento, água, gelo, etc... 
2
 se ainda não sofreram transporte. 
Crosta3, enquanto que as rochas sedimentares, apesar de contribuírem com 5% do 
volume, cobrem 75% da superfície terrestre. 
As rochas terrestres não constituem massas estáticas. Elas fazem parte de um 
planeta cheio de dinâmica – variações de temperatura e pressão, abalos sísmicos e 
movimentos tectônicos. Da mesma forma, as atividades de intemperismo causam 
constantes alterações sobre as rochas expostas. 
As rochas superficiais da Terra sofrem constante intemperismo, e lentamente 
reduzem-se em fragmentos, incluindo tanto os detritos sólidos da rocha original como 
os novos minerais formados durante o intemperismo. Os agentes de transporte 
redistribuem o material fragmentado sobre a superfície, depositando-o como 
sedimentos, que se transformam em rochas sedimentares. Estas, por aumento de 
pressão e temperatura geram as rochas metamórficas. Aumentando a pressão e a 
temperatura até determinado ponto, ocorrerá fusão parcial e novamente a 
possibilidade de formação de rocha ígnea, dando-se início a um novo ciclo. 
Ciclo da Rochas 
 
Foto 1 – Esquematização do ciclo da rochas. 
 
 
 
3
 Mas ocupam apenas 25% da sua superfície. 
Ocorrência das Rochas na Litosfera 
 
 
 
Foto 2 – Gráficos para demonstração de Volume e Área. 
 
III CONCEITO DE MAGMA 
 Magma é uma massa fundida, ou semi-fundida, que se origina no interior da 
Crosta Terrestre, constituído por uma solução de silicatos, mantido líquido por uma 
temperatura extremamente elevada – milhares de °C. O magma contém geralmente 
um alto teor de vapor d’água e outros gases, além de alguns cristais já solidificados. 
Esta heterogeneidade de estados físicos se deve aos diferentes pontos de fusão dos 
constituintes magmáticos. 
 fase gasosa: vapor d’água, HCl, HF, H2SO4, etc; 
 fase sólida: minerais formados à grandes profundidades – intratelúricos. 
 
 Os magmas apresentam composições diferentes dependendo da sua 
localização no interior da Terra, de sua origem, e geram pela sua solidificação um 
conjunto de rochas com composições similares, complementares ou interligados. A 
composição dos magmas irá refletir, obviamente, na composição mineral das rochas 
deles provenientes. 
 A teoria da Cristalização Fracionada do Magma nos diz que um único tipo de 
magma, através da diferenciação magmática, originaria as várias rochas. Se o 
resfriamento lento é interrompido – resfriamento rápido – haveria, por exemplo, 
zonações em plagioclásios. 
Estágios de consolidação do magma: 
1. Magmático ou Ortomagmático (1200–1700C): formam-se os principais minerais, 
cristalizando toda parte não volátil4; 
 
4
 Sobram líquidos e voláteis. 
95% 
5% 
Relação segundo Volume 
Rochas Ígneas
Rochas Sedimentares
25% 
75% 
Relação segundo a Área 
2. Pegmatítico e Pneumatolítico (600–500C e 500–400C): o vapor a alta 
temperatura tem o poder de dissolução muito grande. 
 Pegmatítico: fases carregam consigo fragmentos de rocha e dissolve outras 
substâncias que penetram em fraturas, etc. 
 Pneumatolítico: fluídos e gases, reagem com a rocha, formado no estado 
ortomagmático5. 
3. Hidrotermal (400–100C): sobra a parte mais solúvel do magma, precipitando ao 
longo de fraturas, formação de quartzo. 
4. Sulfatada (<100C): sobram gases sulfatados, formando sulfetos e sulfatos. 
 
IV CONCEITO DE ROCHA ÍGNEA 
 Rochas ígneas são aquelas produzidas pelo resfriamento e solidificação do 
magma. A palavra ígnea significa que a fluidez do magma é devido a alta temperatura. 
As rochas ígneas são também consideradas como sendo primárias, pelo fato de se 
originarem por resfriamento e consolidação de um magma, podendo posteriormente 
derivar em rochas sedimentares e metamórficas. 
 É comum no vulcão em atividade o extravasamento do magma, que recebe o 
nome de lava ao atingir a superfície terrestre. Entretanto, nem sempre o magma atinge 
a superfície, esfriando-se em profundidade e transformando-se em rocha. A diferença 
entre o magma e a lava está em que a última é desprovida dos constituintes voláteis, 
os quais se perdem na atmosfera. A grosso modo, magmas cristalizados a grandes 
profundidades solidificam-se lentamente formando cristais bem desenvolvidos, 
enquanto os extrudidos na superfície originam rochas de granulação fina ou mesmo 
vítrea sem cristais desenvolvidos. 
Fundamentalmente as rochas ígneas se caracterizam por: 
1. Ausência de fósseis: é insuficiente para provar que a rocha é ígnea, mas ajuda. 
Essa ausência é motivada pelas elevadas temperaturas a que estão submetidas às 
rochas ígneas, temperaturas estas capazes de carbonizarem qualquer matéria 
orgânica presente; 
2. Composição: a presença de vidro indica sempre uma rocha de origem ígnea. A 
abundância de feldspato, desde que não ocorram estruturas tipicamente sedimentares 
ou metamórficas, pode ser considerada diagnóstica; 
3. Textura: é o conjunto de caracteres que resultam do grau de cristalização, da 
forma, do tamanho e de maneira pela qual os cristais estão arranjados na rocha. É a 
 
5
 Reage também com a rocha encaixante. 
feição ou o aspecto da rocha. Um estudo completo da textura só pode ser feito ao 
microscópio; 
4. Estrutura: é o conjunto de caracteres que se exprime descontinuidade ou 
variações na textura. 
 
V VULCANISMO 
 É o conjunto de fenômenos que provocama saída de material magmático à 
superfície terrestre. 
 Tipos de vulcanismo: 
1. Vulcanismo de Fissura: é o tipo que propicia o extravasamento de material 
magmático na superfície através de amplas fraturas na Crosta Terrestre, denominados 
GEOCLASES. Este tipo de vulcanismo foi muito importante no passado geológico, 
superando de muito o vulcanismo de erupção central – Mesozóico. Atualmente só se 
verifica este tipo na Islândia – Mar do Norte. O maior derrame já estabelecido foi na 
Bacia do Paraná. Este último ocupou extensão de aproximadamente 1.200.000 Km², 
envolvendo espessuras consideráveis de rochas basálticas – básicas, que definem 
uma possibilidade de ordem econômica – Cretáceo. 
 
2. Vulcanismo de Erupção Central: é aquele no qual a saída à superfície do 
material magmático se dá através de um conduto, com seção aproximadamente 
circular. Pode ocorrer fraturas em torno do vulcão devido a grandes explosões, 
inclusive atingindo a câmara magmática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aparelho vulcânico 
 
Foto 3 – Aparelho Vulcânico Fonte 
http://www.cientic.com/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=199:vulcanologia 
&catid=20:diversidade-na-biosfera&Itemid=87 
 
São produtos vulcânicos: 
 Lavas: é material magmático que perde seus constituintes voláteis na superfície. 
Pode ser em blocos (aa), cordadas (pahoehoe) ou almofadadas (pillow lavas). 
 Gases: é constituído pelos materiais voláteis. Os principais são H2
6, CO2, N2, S2, 
ou SO2. 
 Materiais Piroclásticos ou Ejetóricos: fragmentos lançados de material rochoso o 
mais variado. Bombas ou blocos (>5 cm), lapili (2 mm<<5 cm), areia vulcânica (0,05 
mm<<2 mm) e cinza vulcânica (<0.05 mm). 
 
6
 Vapor – 80-95% – sendo juvenil ou proveniente do magma, e água meteórica, vulcões inativos. 
 
Foto 4 – Tipos de lavas. Fonte http://www.volcano.si.edu/education/tpgallery.cfm?category=Lava%20Flows 
 
VI PLUTONISMO 
 É o conjunto de fenômenos magmáticos que provocam a intrusão de massas 
ígneas no interior da Crosta Terrestre, segundo os tipos a seguir: 
1 Plutões Concordantes: localizam-se paralelamente em relação à 
estratificação ou à xistosidade das rochas encaixantes. 
 Sill: tem forma tabular e dimensões variáveis. 
 Lacólito: tem forma lenticular – lente, com base plana e topo convexo. É dado pela 
consolidação de magmas muito viscosos. 
 Lopólito: tem forma lenticular, convexo inferiormente e côncavo na sua parte 
superior. 
 
Foto 5 - Alguns tipos de estruturas de rochas ígneas plutônicas ou intrusivas. 
 
2 Plutões Discordantes: independem da estrutura da rocha encaixante. Os 
corpos magmáticos cortam discordantemente a estratificação ou a xistosidade. 
 Batólito: tem forma irregular, constituído de material ácido, que ocupa as raízes das 
regiões montanhosas, possuindo superfícies laterais delimitantes que divergem no 
sentido das regiões gradativamente mais profundas, não apresentando por isso 
terminação basal no sentido mais geral. 
Batólito  > que 100 km² 
 Stock: igual ao batólito, com exceção da respectiva envergadura – ou apófise. 
Stock  até 100 km² 
 Chaminé (Neck): tem forma aproximadamente cilíndrica, que corresponde a 
antigos condutos alimentadores de vulcões. 
 Dique: tem forma tabular, e secciona a estrutura da rocha encaixante. 
 
 
 
 Foto 6 – Aparelho Vulcânico Fonte http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/rochas/rochas-4.php 
 
Foto 7 – Dique e Sill em afloramento localizado no arquipélogo de Santorini. Fonte 
http://www.decadevolcano.net/photos/keywords/dikes.htm 
 
 
VII CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS ÍGNEAS 
 São vários os critérios que se pode adotar para a classificação das rochas 
ígneas. Petrograficamente, podem ser classificadas de acordo com sua gênese, 
textura, composição química. 
 
VII.1 Quanto à gênese 
1. Rochas Plutônicas: que se formam pela consolidação do magma em profundidade. 
O resfriamento ocorre de forma lenta, dando possibilidade dos cristais se 
desenvolverem sucessivamente, formando uma rocha com minerais de tamanhos 
aproximadamente semelhantes – equigranular. 
2. Rochas Hipoabissais: que se formam pela consolidação do magma que não atingiu 
a superfície. O resfriamento rápido, não brusco, dá a rocha cristais de tamanho 
absoluto menor que nas plutônicas, enquanto que a granulação final da rocha será 
mais fina. 
3. Rochas Extrusivas ou Vulcânicas: formadas pelo magma que atingiu a superfície. 
Ao atingir a superfície a lava se consolida rapidamente7 dando como resultado uma 
rocha com aspecto em que se observam cristais maiores, bem desenvolvidos e 
formados – fenocristais, imersos em uma massa vítrea ou de granulação fina que 
foi consolidada rapidamente. Em certos casos, dá-se o desprendimento de gases 
contidos na lava sob a forma de bolhas, que podem ser retidas com a consolidação 
 
7
 Brusca mudança de temperatura. 
resultando em um aspecto vesicular ou esponjoso. O exemplo típico é dado pela 
pedra-pome. 
 
 Do que foi observado acima, as rochas ígneas apresentam diversos aspectos 
granulométricos que foram originados em função da diferença de local de cristalização 
das mesmas. A este aspecto granulométrico denominamos de textura da rocha. A 
textura é, pois, o elemento de identificação disponível para dizermos que uma rocha é 
plutônica, hipoabissal ou vulcânica. 
 
VII.2 Quanto à sua Textura 
 As rochas sedimentares são geralmente estratificadas, isto é, revelam uma 
série de planos paralelos – estratos – que se separam uns dos outros por sua textura 
ou composição. A estrutura das rochas metamórficas geralmente é xistosa, isto é, 
revela também uma série de planos resultantes do paralelismo na orientação dos 
constituintes tabulares e prismáticos. 
 Nas rochas ígneas, entretanto, não existem direções privilegiadas, seu aspecto 
é sempre o mesmo. Quando a rocha se apresenta com esse atributo – falta de 
orientação, e que é característico das rochas ígneas, dizemos que ela é maciça. 
 Para fins macroscópicos dividiremos as rochas ígneas, de conformidade com 
sua textura em: 
Textura Fanerítica – caracteriza-se por cristais visíveis à vista desarmada e de 
tamanho aproximadamente uniforme. As rochas faneríticas podem ser plutônicas, 
hipoabissais ou, mais raramente vulcânicas. A textura típica das rochas plutônicas é a 
equigranular, com todos os cristais de tamanho similar. Os granitos são rochas 
plutônicas ácidas com textura tipicamente fanerítica equigranular. As rochas 
faneríticas, em que os cristais possuem tamanhos visivelmente diferentes, isto é, 
fenocristais maiores em meio a uma massa de granulação mais fina, são chamados 
inequigranulares ou porfiróides. Se a massa é fanerítica, denominam-se porfiríticas. Se 
a massa intersticial é afanítica, chama-se pórfiras. O importante é que essa feição 
indica uma cristalização mais precoce para os fenocristais que para o material 
intersticial, como é mais típico acontecer nas rochas hipoabissais. 
 
Textura Afanítica – própria das rochas nas quais não podemos distinguir cristais 
individualizados à vista desarmada. É necessário o uso do microscópio. Pela 
determinação de uma série de constantes óticas, pode-se reconhecer seus minerais e 
identificar a rocha. 
 
Textura Vítrea – quando a rocha é formada por vidro natural. Nessas rochas, através 
do microscópio verifica-se a existência de matéria homogênea e amorfa, semelhante 
ao vidro. 
 
Textura Vesicular – quando a rocha apresenta cavidades devido a bolhas de gás. 
As texturas afanítica, vítrea evesicular, são características das rochas vulcânicas 
subitamente solidificadas na superfície. Também típica da rocha vulcânica, mas não 
específica, é a textura de fluxo caracterizada pelo alinhamento subparalelo dos 
cristais. 
 
Foto 8 – onde: 
A) Textura fanerítica equigranular – granito, rochas plutônicas; 
B) Textura fanerítica inequigranular porfirítica – rochas hipoabissais; 
C) Textura fanerítica inequigranular pórfira – rochas vulcânicas; 
D) Textura amigdalóide – vesicular preenchida em rocha vulcânica. 
 
 
Foto 9 – Basalto Vesicular, Islândia. Fonte http://www.redes-
cepalcala.org/ciencias1/geologia/islandia/geologia.islandia_cono.spatter.eldborg.htm 
 
VII.3 Quanto à composição química 
Rochas Ácidas – caracterizadas pela presença de quartzo e grande quantidade de 
feldspato. Possuem cores claras. Peso específico em torno de 2,7. Teor de sílica muito 
elevado (SiO2>65%). 
Ex.: Granito, Riolito 
Rochas Subácidas ou Neutras – são os tipos intermediários entre ácida e básica. Teor 
de sílica em torno de 60% e baixa porcentagem de quartzo (0 a 5%). 
Ex.: Sienito, Traquito, Diorito, Andesito. 
Rochas Básicas – geralmente não apresentam quartzo. São de cor escura. Ricas em 
silicatos ferromagnesianos. Cerca de 50% de SiO2 e peso específico em torno de 3,0. 
Ex.: Gabro, Basalto 
Rochas Ultrabásicas – contém menos de 45% de SiO2. A carência de sílica reflete a 
ausência de feldspatos. Presente somente silicatos ferromagnesianos. São muito 
escuras e pesadas. 
Ex.: Peridotito, Piroxenito 
 
VII.4 Minerais Máficos e Félsicos 
Minerais Máficos (Mg+Fe) – são os minerais escuros tais como micas, piroxênios, 
anfibólios, etc. 
Minerais Félsicos (feldspato+Sílica) – são os minerais claros tais como quartzo, 
feldspatos alcalinos, plagioclásios, etc. 
Pelo Bromofórmio: 
Félsicos (minerais leves)  d < 2,83 
Máficos (minerais pesados)  d  2.83 
Índice M – teor em máficos (%) 
Tabela 1 – Nomenclatura de acordo com o teor em máficos. 
Índice M (%) Rochas 
M < 35 Leucocráticas 
35  M < 65 Mesocráticas 
65  M < 90 Melanocráticas 
M  90 Ultramáficas 
 
VII.5 Quanto à sua Composição Mineralógica 
Classificação de Rochas Ígneas Plutônicas 
(modificado de Streckeisen,1976 e LeMaitre, 1989 in Hibbard,M.J. 1995) 
Quartzo
Feldspato Alcalino Plagioclásio
1
2
3a 3b 3c 3d 3e
4a 4b 4c 4d 4e
85
60
20
 5
5a 5b 5c 5d 5e
10 35 65 90
1 - Quartzolito (Silexito)
2 - Granitóide enriquecido emquartzo
3a - Feldspato alcalino granito
3b - Sienogranito
3c - Monzogranito
3d - Granodiorito
3e - Tonalito
4a - Feldspato alcalino quartzo sienito
4b - Quartzo sienito
4c - Quartzo monzonito
4d - Quartzo monzodiorito ou Quartzo monzogabro
4e - Monzodiorito ou Monzogabro
5a - Feldspato alcalino sienito
5b - Sienito
5c - Monzonito
5d - Quartzo diorito ou Quartzo gabro
5e - Diorito ou Gabro
 
Foto 10 – Diagrama QAP ( Streckeisen) para classificação de rochas ígneas. 
 
VIII PRINCIPAIS ROCHAS ÍGNEAS 
Tabela 2 – Características de algumas das principais rochas ígneas. 
 
VIII.1 Rochas Plutônicas 
1. Granito – é a rocha ígnea mais comum que se conhece. Contém Feldspatos, 
Quartzo e Mica como minerais importantes, ocorrendo Zirconita, Turmalina, Apatita, 
Rutilo, como minerais acessórios. Os granitos possuem textura fanerítica maciça. 
Entretanto o Ortoclásio pode constituir fenocristais, caso em que denominamos de 
granito porfirítico. Os fenocristais geralmente aparecem com o contorno cristalino bem 
nítido, podendo alcançar alguns centímetros de aresta. A densidade dos granitos vai 
de 2,7 a 2,75. 
 
Foto 11 - Granito 
2. Sienitos – cor de cinza até branco, podendo mostrar tons azulados. Predomina 
o Feldspato Alcalino, contendo ainda Biotita, Anfibólio ou Piroxênio. É Leucocrático e 
equigranular, sendo a granulação entre milimétrica e centimétrica. Pode conter 
Nefelina. 
3. Dioritos – são rochas compostas de Hornblenda e Feldspato, não sendo comum 
a Biotita. A Hornblenda é geralmente preta ou verde escura e, como é abundante 
nestas rochas, tem cor sempre mais escura do que os granitos. 
4. Gabros – são rochas constituídas essencialmente por Plagioclásios e minerais 
ferromagnesianos em abundância. Os ferromagnesianos mais comuns são a Augita e 
a Hornblenda, que ocorrem juntos ou separados, freqüentemente com alguma biotita 
e, em certos casos, com Olivina mais ou menos abundante. A textura é granular, muito 
embora o alongamento dos feldspatos possa dar uma falsa impressão de textura 
porfirítica. Os Gabros podem ter grande importância econômica, pois os seus silicatos 
podem estar intimamente ligados ou misturados com óxidos de ferro ou com sulfetos, 
o que dá lugar a verdadeiras jazidas de minério de ferro ou de minerais sulfurados – Ni 
e Cu. É facilmente confundido com o Diabásio, que geralmente possui granulometria 
milimétrica e, com o gabro8. 
 
8
  milimétrica. 
5. Peridotito – é uma rocha melanocrática, constituída essencialmente de Olivina, 
contendo freqüentemente magnetita. Textura granular, cor preta, às vezes 
esverdeada. 
 
VIII.2 Rochas Hipoabissais 
1. Granito-Pórfiro, Sienito-Pórfiro e Diorito-Pórfiro – estas rochas possuem as 
composições mineralógicas de suas respectivas rochas plutônicas, porém de textura 
porfirítica9. Sua cor é cinza-rósea ou avermelhada – para os dois primeiros – e cinza 
escuro, às vezes esverdeada – diorito-pórfiro. 
2. Diabásio – constitui-se essencialmente de Piroxênios e Plagioclásios cálcicos – 
labradorita. É o equivalente hipoabissal do basalto, de coloração preta ou esverdeada. 
Ocorre geralmente como diques, intrudindo ou cortando perpendicularmente as rochas 
preexistentes. 
 
III.3 Rochas Extrusivas ou Vulcânicas 
1. Basaltos – estes incluem todas as lavas com 45 a 55% de sílica. São rochas 
ígneas afaníticas de cor muito escura: verde, cinza, negra com tonalidades arrochadas 
ou pretas. São totalmente opacos. Sua granulação pode ser apenas discernível com a 
lupa ou, ao contrário, totalmente indiscernível, caso em que a rocha tem um aspecto 
homogêneo e sem brilho. 
 
Foto 12 – Basalto 
 
9
 Massa granular fina com fenocristais. 
2. Riolito – é o equivalente extrusivo do granito em composição química. Sua 
textura é porfirítica, podendo mostrar certo arranjo orientado como conseqüência do 
movimento da lava. 
3. Obsidiana – vidro vulcânico acinzentado a preto de fratura conchoidal, brilho 
vítreo e translúcido nos cantos. Possui composição química similar ao Riolito. Ás 
vezes vesicular com bolhas bem individualizadas, passando a um tipo semelhante a 
uma espuma endurecida, tão grande é a quantidade de poros – Pedra-Pome. 
4. Traquito e Fonolito – cor cinza ou esverdeada, leucocrática a mesocrático. Na 
massa fundamental afanítica cinzenta ou esverdeada havendo cristais prismáticos de 
Feldspatos e às vezes Biotita, Piroxênio ou Anfibólio. 
5. Andesito – cinza escuro ou verde escuro, e mesocrático. Na matriz ocorrem 
fenocristais de Feldspato e Anfibólio ou Piroxênio. 
6. Cinzas Vulcânicas – são materiais não coerentes, lançados pelos vulcões. As 
partículas de maior tamanho, lançadas pelos vulcões, podem soldar-se intimamente e 
estreitamente, constituindo uma brecha ou conglomerado vulcânico. 
 
IX UTILIDADES 
 
IX.1 Elementos Químicos 
 Cu e Mo – as intrusões granítico-granodioríticas, são os principais depósitos de Cu 
pórfiro. Aparecem ao longo de fraturas em granitos, granodioritos até tonalitos. 
Também como sulfatos e sulfetos: Pirita, Calcopirita, Lazurita, Goethitae 
Malaquita. 
 Sn – só em rochas ácidas, sendo bastante comum em graisen e pegmatitos, 
associado com Li, Be e W. 
 Mo – disseminado ao longo de fraturas, preferencialmente em granitos. 
 Au – aparece em apófises, nas zonas externas de corpos graníticos ou filões com 
Quartzo – hidrotermais. 
IX.2 Ocorrência por rochas 
 Sienitos Nefelínicos – as variedades leucocráticas são fonte de Nefelina para a 
composição de cerâmicas. Por vezes, apresentam ocorrências importantes de 
Pirocloro, minerais de Colômbio e Tântalo. 
 Dioritos – Au, Cu e Ni associados, como acessórios. 
 Peridotitos e rochas relacionadas – Asbesto, Cromita, Magnesita, Ni, Pt e 
Diamante. 
 Gabro – muito importante, normalmente c/Cromita, Pt, Zn, Magnetita, Ilmenita, Cu, 
Ni, Pirita, Calcopirita e Au. 
 Basalto e Diabásio – eventualmente podem conter concentrações de Cu nativo e 
Mn (dendrites), ou aparecer na forma de sulfetos. Pt, Ag e Zn podem aparecer. 
 Andesito – Cu em fraturas, sendo pós-magmático. Au pode aparecer, sendo 
discutível a sua origem. 
 
IX.3 Material para construção civil e ornamentação 
BIBLIOGRAFIA 
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