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Direito Administrativo - Módulo 1

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DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Módulo 1 – Profa. Lidiane Coutinho / Prof. Giuliano 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
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OS: 0113/2/17-Gil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO 
ADMINISTRATIVO 
PARA CONCURSOS 
MÓDULO 1 
 
 
Profa. Lidiane Coutinho 
Prof. Giuliano Menezes 
 
 
 
 
OS: 0113/2/17-Gil 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Módulo 1 – Profa. Lidiane Coutinho / Prof. Giuliano 
 
 
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OS: 0113/2/17-Gil 
CONCURSO: 
 
ASSUNTO: Conceitos e Fontes do Direito Administrativo 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO- 
1. Conceito e Fontes do Direito Administrativo 
 
NOÇÕES PRELIMINARES 
 
 FUNÇÃO 
TÍPICA 
FUNÇÃO 
ATÍPICA 
PODER 
EXECUTIVO 
ADMINISTRAR ART. 62, CF. 
Lei infraconstitucional* 
PODER 
LEGISLATIVO 
LEGISLAR E 
FISCALIZAR 
ART. 52, CF 
ART. 37, XXI, CF 
PODER 
JUDICIÁRIO 
JULGAR ART 96,I, a. CF 
ART 96,I, f. CF 
 
 
 
 
 
 
- CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO: é o ramo do Direito Público que estuda as normas e princípios que regulam a 
atuação dos órgãos, entidades e agentes públicos no desempenho das atividades-fim e das atividades-meio da 
Administração Pública. 
 
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
LEI 
É a fonte primária do direito administrativo, abrangendo esta expressão desde a 
Constituição até os regulamentos executivos**. 
DOUTRINA 
É fonte secundária do direito administrativo; formam o sistema teórico de princípios 
aplicáveis ao direito positivo, é elemento construtivo da Ciência Jurídica à qual pertence a 
disciplina em causa. Influi não só na elaboração da lei como nas decisões contenciosas e 
não contenciosas. 
JURISPRUDÊNCIA 
É fonte secundária do direito administrativo; 
Traduz-se na reiteração dos julgamentos num mesmo sentido, influencia poderosamente a 
construção do Direito, e especialmente a do Direito Administrativo. Tem um caráter mais 
prático que a doutrina e a lei. Outra característica é seu nacionalismo. 
COSTUMES 
É fonte secundária do direito administrativo; 
Corresponde a prática administrativa; para Hely Lopes a praxe burocrática passa a suprir a 
lei, ou atua como elemento informativo da doutrina. 
 
* Há divergências doutrinas sobre a possibilidade ou não do Executivo desenvolver a função de julgar. 
** Há divergências doutrinárias sobre a os atos normativos serem apenas a CF as leis em sentido estrito. 
 
 
 
ESTADO 
POVO 
TERRITÓRIO 
GOVERNO 
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: 
 
- A expressão Administração Pública, em sentido formal, subjetivo ou orgânico, compreende os agentes públicos, os órgãos 
integrantes da Administração Direta e as entidades componentes da Administração Indireta. 
 
- Em sentido objetivo, material ou funcional, a Administração Pública corresponde às diversas atividades finalísticas 
exercidas pelo Estado, por meio de seus agentes, órgãos e entidades, no desempenho da função administrativa. 
 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA(EM SENTIDO SUBJETIVO E OBJETIVO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
ENTIDADES 
ÓRGÃOS 
POLÍTICAS 
 
ADMINISTRATIVAS 
- SERVIÇO PÚBLICO 
- POLÍCIA ADMINISTRATIVA 
- FOMENTO 
- INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE 
 NO DOMÍNIO ECONÔMICO 
 
 
EM SENTIDO SUBJETIVO, 
FORMAL OU ORGÂNICO 
EM SENTIDO OBJETIVO, MATERIAL 
OU FUNCIONAL 
ENTIDADES 
ÓRGÃOS 
AGENTES 
- SERVIÇO PÚBLICO 
- POLÍCIA ADMINISTRATIVA 
- FOMENTO 
 -INTERVENÇÃONA PROPRIEDADE 
 NO DOM. ECONOM. 
AGENTES PÚBLICOS 
UNIÃO 
ESTADO, DF 
MUNICÍPIO 
AUTARQUIA 
FUND. PUB. 
SOC.ECON.MISTA 
EMP. PÚBLICA 
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO SUBJETIVO: 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA –ENTIDADES, ÓRGÃOS E AGENTES PÚBLICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO OBJETIVO 
-ATUAÇÃO ADMINISTRATIVA- 
 
1) PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: é toda atividade concreta e imediata que a Administração exerce, por si ou 
por meio de terceiros, com a finalidade de satisfazer as mais variadas necessidades coletivas, sob regime exclusiva ou 
preponderantemente de Direito Público. Ex: saúde, educação, transporte, saneamento etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* DF tem estrutura anômala (que é estudada em Direito Constitucional). 
 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA DIRETA 
UNIÃO 
ESTADOS E DF 
MUNICÍPIOS 
CENTRALIZADA 
OUTORGA 
AUTARQUIAS 
FUND. PÚB 
SOC. ECON. MISTA 
EMP. PÚBLICA 
DELEGAÇÃO 
CONCESSIONÁRIAS 
PERMISSIONÁRIAS 
AUTORIZATÁRIAS 
DESCENTRALIZADA 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
DIRETA 
UNIÃO 
ESTADOS 
E DF* 
MUNICÍPIOS 
EXEC- PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA 
LEG- SENADO E CAM. DOS DEPUTADOS 
JUD- STF, STJ, TST, TSE, STM, TRF, TRT, TRE, TJDFT E CNJ. 
MPU- MPF, MPT, MPM, MPDFT E CNMP. 
DPU 
TCU 
 
EXEC- GOVERNADORIA DO ESTADO 
LEG- ASSEMBLEIA LEGISLATIVA 
JUD- TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
MPE- PROCURADORIA DE JUSTIÇA 
DPE 
TCE  (OBS.: EM 4 ESTADOS DO PAÍS(CE, PA, BA E GO) 
EXISTEM OS TRIBUNAIS DE CONTAS DOS MUNIPIOS- QUE 
É ÓRGAO ESTADUAL. 
EXEC- PREFEITURA 
LEG- CAMARA MUNICIPAL 
(OBS.: A CF/88(ART. 31, § 4º) PROIBIU A CRIAÇÃO DE TRB. 
CONTAS MUNICIPAIS, MAS ANTES DE 1988 FORAM 
CRIADOS 2 (DOIS) TRIB.CONTAS MUNIPAIS (ÓRGÃO 
MUNIPAL), EM SÃO PAULO E NO RIO DE JANEIRO. 
INDIRETA 
AUTARQUIA 
FUNDAÇÃO PUBLICA 
SOCIEDADE DE ECONOMIA 
MISTA 
EMPRESA PÚBLICA 
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2) POLÍCIA ADMINISTRATIVA: corresponde à atividade pela qual a Administração impõe limitações e 
condicionamentos ao gozo de bens e ao exercício de atividades e direitos individuais em prol do interesse coletivo . Ex: 
fiscalização, multas de trânsito, licença para dirigir, autorização para porte de arma, apreensãode bens, interdição de 
estabelecimentos etc. 
 
 
 
 
3) ATIVIDADE DE FOMENTO: consiste na atividade de incentivo à iniciativa privada de interesse público, mediante 
benefícios e privilégios fiscais, auxílios financeiros ou subvenções, financiamentos a juros facilitados, recursos orçamentários, 
entre outros instrumentos de estímulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4) INTERVENÇÃO: 
 
4.1 – NA PROPRIEDADE- consiste em atividades de intervenção na propriedade privada, mediante atos concretos 
incidentes sobre destinatários específicos. Ex.: desapropriação, servidão, ocupação temporária, tombamento, etc. 
 
4.2- NO DOMÍNIO ECONÔMICO- consiste na regulamentação e fiscalização da atividade econômica de natureza 
privada e na atuação direta do Estado no domínio econômico, dentro dos permissivos constitucionais, por meio de 
empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Princípios Gerais Características 
Legalidade 
 na atividade particular tudo o que não está proibido é permitido; na 
Administração Pública tudo o que não está permitido é proibido. O administrador 
está rigidamente preso à lei e sua atuação deve ser confrontada com a lei. 
Impessoalidade 
 o administrador deve orientar-se por critérios objetivos, não fazer distinções com 
base em critérios pessoais. Toda atividade da Adm. Pública deve ser praticada tendo 
em vista a finalidade pública. 
Moralidade 
 o dever do administrador não é apenas cumprir a lei formalmente, mas cumprir 
substancialmente, procurando sempre o melhor resultado para a administração. 
Publicidade 
 requisito de eficácia e moralidade, pois é através da divulgação oficial dos atos 
da Administração Pública que ficam assegurados o seu cumprimento, observância e 
controle. 
Eficiência 
 é a obtenção do melhor resultado com o uso racional dos meios. Atualmente, 
na Adm. Pública, a tendência é prevalência do controle de resultados sobre o 
controle de meios. 
Supremacia do Interesse Público 
 o interesse público têm SUPREMACIA sobre o interesse individual; Mas essa 
supremacia só é legítima na medida em que os interesses públicos são atendidos. 
Indisponibilidade do 
Interesse Público 
 limita a supremacia, o interesse público não pode ser livremente disposto pelo 
administrador que, necessariamente, deve atuar nos limites da lei. 
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Presunção de Legitimidade 
 os atos da Administração presumem-se legítimos, até prova em contrário 
(presunção relativa ou juris tantum – ou seja, pode ser destruída por prova 
contrária.) 
Finalidade 
 toda atuação do administrador se destina a atender o interesse público e 
garantir a observância das finalidades institucionais por parte das entidades da 
Administração Indireta. 
Autotutela 
 a autotutela se justifica para garantir à Administração: a defesa da legalidade e 
eficiência dos seus atos; nada mais é que um autocontrole SOBRE SEUS ATOS. 
Continuidade do Serviço Público 
 o serviço público destina-se a atender necessidades sociais. É com fundamento 
nesse princípio que nos contratos administrativos não se permite que seja invocada, 
pelo particular, a exceção do contrato não cumprido. Os serviços não podem parar ! 
Razoabilidade 
 os poderes concedidos à Administração devem ser exercidos na medida 
necessária ao atendimento do interesse coletivo, SEM EXAGEROS. 
 
 ESTUDO DE DIREITO ADMINISTRATIVO – ESCOLAS 
1º - Legalista, exegético, 
empírico, caótico, ou francês 
Para os seus defensores o Direito Administrativo tem por objeto a interpretação das 
normas jurídicas administrativas e atos complementares (leia-se: direito positivo). Assim, 
estruturou-se a partir da interpretação de textos legais, proporcionada pelos Tribunais 
Administrativos. 
2º - Do Poder Executivo ou 
Italiano 
Segundo seus defensores o Direito Administrativo é conjunto de princípios regentes da 
organização e das atividades do Poder Executivo, incluídas as entidades da Administração 
Indireta (autarquias e fundações, por exemplo). 
3º - Relações jurídicas 
Para seus defensores, o Direito Administrativo é responsável pelo relacionamento da 
Administração Pública com os administrados. O critério é válido, porém, não é imune de 
críticas. O que fazer com o Direito Tributário, Penal, Eleitoral, Processual, e outros, que 
mantêm relação com os administrados? Enfim, não é o Direito Administrativo o único, 
entre os ramos, a manter relação com os administrados. 
4º - Do serviço público 
Para seus defensores, o Direito Administrativo regula a instituição, a organização, e o 
funcionamento dos serviços públicos, bem como a prestação aos administrados. A 
definição do que é serviço público encontrou terreno árido, especialmente na França do 
séc. XIX, tendo tal critério contado com fortes defensores, entre eles: Leon Duguit e 
Gaston Jèze. 
5º - Teleológico 
Também chamado de finalista, segundo o qual o Direito Administrativo é um conjunto 
harmônico de princípios que disciplinam a atividade do Estado para o alcance de seus 
fins. 
6º - Residual 
Também denominado de negativista. As funções do Estado são em número de três: 
judicial, legislativa, e administrativa. Assim, o que não é judicial, não é legislativo, só pode 
ser (por sobra, residualmente) administrativo. Com outras palavras, o Direito 
Administrativo é ramo do direito público que disciplina todas as atividades estatais que 
não sejam judiciais ou legislativas. 
7º - Da Administração Pública 
De acordo com esse critério, o Direito Administrativo constitui o ramo do direito que rege 
a Administração Pública como forma de atividade; define suas pessoas administrativas, 
organização e agentes; regula, enfim, os seus direitos e obrigações, umas com as outras e 
com os particulares, por ocasião do desempenho da atividade administrativa. Hoje, é o 
mais aceito pela doutrina, utilizado por autores de peso para traçar a definição de Direito 
Administrativo. 
 
 
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LEGISLAÇÃO 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, 
o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. 
Art. 31, § 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição deempresa pública, de 
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de 
sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados 
mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com 
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da 
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do 
cumprimento das obrigações. 
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter 
educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que 
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os 
Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza 
conexos com aqueles; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99) 
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: 
I - emendas à Constituição; 
II - leis complementares; 
III - leis ordinárias; 
IV - leis delegadas; 
V - medidas provisórias; 
VI - decretos legislativos; 
VII - resoluções. 
Art. 61, § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: 
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI; 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com 
força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao 
Congresso Nacional. 
Art. 96. Compete privativamente: 
I - aos tribunais: 
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a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e 
das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos 
jurisdicionais e administrativos; 
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem 
imediatamente vinculados; 
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos 
seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua 
publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à 
administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua 
revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) (Vide Lei nº 11.417, de 2006). 
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo 
Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse 
coletivo, conforme definidos em lei. 
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas 
subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de 
serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as 
funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para 
o setor privado. 
 
 
LEI Nº 9.503/1997- CTB 
Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os seguintes órgãos e entidades: 
I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coordenador do Sistema e órgão máximo normativo e consultivo; 
II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE, 
órgãos normativos, consultivos e coordenadores; 
 III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
 IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
 V - a Polícia Rodoviária Federal; 
 VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e 
 VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações - JARI. 
(...) 
 Art. 17. Compete às JARI: 
 I - julgar os recursos interpostos pelos infratores; 
 II - solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários informações complementares 
relativas aos recursos, objetivando uma melhor análise da situação recorrida; 
 III - encaminhar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários informações sobre 
problemas observados nas autuações e apontados em recursos, e que se repitam sistematicamente. 
 
 
 
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LEI Nº 9.784/99 
Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal 
direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos 
fins da Administração. 
 § 2o Para os fins desta Lei, consideram-se: 
 I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da 
Administração indireta; 
 II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica; 
 III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão. 
 
 JURISPRUDÊNCIA- SOBRE PRINCÍPIOS 
 
1) STF- SÚMULA Nº 339 
 
NÃO CABE AO PODER JUDICIÁRIO, QUE NÃO TEM FUNÇÃO LEGISLATIVA, AUMENTAR VENCIMENTOS DE 
SERVIDORES PÚBLICOS SOB FUNDAMENTO DE ISONOMIA. 
 
2) SÚMULA VINCULANTE 37 
 
NÃO CABE AO PODER JUDICIÁRIO, QUE NÃO TEM FUNÇÃO LEGISLATIVA, AUMENTAR VENCIMENTOS DE 
SERVIDORES PÚBLICOS SOB O FUNDAMENTO DE ISONOMIA. 
 
 
3) Necessidade de Observância ao Princípio da Publicidade 
STJ - AGRESP 200701330243- AGRESP - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL - 959999 
Relator(a): NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO 
Órgão julgador: QUINTA TURMA 
Fonte: DJE DATA:11/05/2009 
 
Ementa 
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. CONCURSO PÚBLICO. AGENTE DA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DA 
BAHIA. CONVOCAÇÃO DOS CANDIDATOS HABILITADOS PARA A SEGUNDA FASE NOVE ANOS APÓS O RESULTADO. 
PRAZO DECADENCIAL CONTADO DA CIÊNCIA DO INDEFERIMENTO DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. 
PUBLICAÇÃO EXCLUSIVAMENTE NO DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO. AUSÊNCIA DE PREVISÃO NO EDITAL DO 
CONCURSO. NÃO OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA PUBLICIDADE E DA RAZOABILIDADE. RECURSO 
DESPROVIDO. 1. A fluência do prazo decadencial só se inicia na data em que o ato a ser impugnado se torna 
operante ou exequível, a dizer, capaz de produzir lesão ao direito vindicado, que, no caso em tela, deu-se com o 
indeferimento do requerimento administrativo do candidato pela Administração Pública. 2. De acordo com o 
princípioda publicidade, expressamente previsto no texto constitucional (art. 37, caput da CF), os atos da 
Administração devem ser providos da mais ampla divulgação possível a todos os administrados e, ainda com 
maior razão, aos sujeitos individualmente afetados. 3. Se não está previsto no Edital do concurso, que é a lei do 
certame, a forma como se daria a convocação dos habilitados para a realização de sua segunda etapa, referido 
ato não pode se dar exclusivamente por intermédio do Diário Oficial, que não possui o mesmo alcance que outros 
meios de comunicação, sob pena de violação ao princípio da publicidade. 4. Recurso desprovido. 
 
4) Princípio da Impessoalidade Vincula as Divulgações dos Atos de Governo 
STF- RE N. 191.668-RS 
RELATOR: MIN. MENEZES DIREITO 
 
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EMENTA 
Publicidade de atos governamentais. Princípio da impessoalidade. Art. 37, parágrafo 1º, da Constituição Federal. 
1. O caput e o parágrafo 1º do artigo 37 da Constituição Federal impedem que haja qualquer tipo de identificação 
entre a publicidade e os titulares dos cargos alcançando os partidos políticos a que pertençam. O rigor do 
dispositivo constitucional que assegura o princípio da impessoalidade vincula a publicidade ao caráter educativo, 
informativo ou de orientação social é incompatível com a menção de nomes, símbolos ou imagens, aí incluídos 
slogans, que caracterizem promoção pessoal ou de servidores públicos. A possibilidade de vinculação do 
conteúdo da divulgação com o partido político a que pertença o titular do cargo público mancha o princípio da 
impessoalidade e desnatura o caráter educativo, informativo ou de orientação que constam do comando posto 
pelo constituinte dos oitenta. 
2. Recurso extraordinário desprovido. 
 
 
 
QUESTÕES DE CONCURSOS 
 
 
1. (CESPE/CEBRASPE- 2014- TJ-SE-TITULAR DE SERV. NOTAS E DE REGISTROS- adaptada) A administração 
pública em sentido estrito restringe-se às funções políticas e administrativas exercidas pelas pessoas 
jurídicas, por órgãos e agentes públicos. 
 (  ) Certo (  ) Errado 
 
 
2. (CESPE/CEBRASPE- 2015- TCU- PROCURADOR DO MP- adaptada) O poder de polícia e os serviços públicos 
são exemplos de atividades que integram o conceito de administração pública sob o critério material. 
 (  ) Certo (  ) Errado 
 
 
3. (ESAF- 2013- MF- TODOS OS CARGOS) Considerando o conceito de administração pública e seus 
princípios, bem como as fontes do Direito Administrativo, assinale a opção correta. 
 
a) Pelo princípio da Tutela, a Administração Pública exerce o controle sobre seus próprios atos, com a 
possibilidade de anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de 
recurso ao Poder Judiciário. 
b) Pelo princípio da Tutela, a Administração Pública exerce o controle sobre seus próprios atos, com a 
possibilidade de anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de 
recurso ao Poder Judiciário. 
c) As decisões meramente administrativas que promanem dos Tribunais comuns ou especiais são 
relevantes fontes jurisprudenciais do Direito Administrativo, aplicando-se a situações já ocorridas, desde 
que benéficas à Administração Pública. 
d) Do princípio da eficiência decorre a necessidade de institutos como a suplência, a delegação e a 
substituição para preencher as funções públicas temporariamente vagas. 
e) O sentido subjetivo da expressão Administração Pública está relacionado à natureza da atividade 
exercida por seus próprios entes. 
 
 
4. (CESPE - 2014 - TC-DF - Analista de Administração Pública - Organizações) O princípio da supremacia do 
interesse público sobre o interesse privado é um dos pilares do regime jurídico administrativo e autoriza a 
administração pública a impor, mesmo sem previsão no ordenamento jurídico, restrições aos direitos dos 
particulares em caso de conflito com os interesses de toda a coletividade. 
 (  ) Certo (  ) Errado 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
| Módulo 1 – Profa. Lidiane Coutinho / Prof. Giuliano 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
12 
 
OS: 0113/2/17-Gil 
 
5. (FCC / 2014 / TCE – GO / Analista de Controle Externo – Administrativa) Um dos princípios básicos da 
Administração pública, além de consagrado explicitamente na Constituição Federal, quando trata dos 
princípios que norteiam a atuação administrativa, também consta implicitamente ao longo do texto 
constitucional, como por exemplo, quando a Carta Magna exige que o ingresso em cargo, função ou 
emprego público dependerá de concurso público, exatamente para que todos possam disputar-lhes o acesso 
em plena igualdade. Do mesmo modo, ao estabelecer que os contratos com a Administração direta e indireta 
dependerão de licitação pública que assegure igualdade de todos os concorrentes. Trata-se do princípio da 
 
a) proporcionalidade. 
b) publicidade. 
c) eficiência. 
d) motivação. 
e) impessoalidade. 
 
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