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Resumo de Direito Penal I Av2

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Resumo Penal – AV2
Dolo: é a vontade de concretizar as características do crime. 
Tipos de dolo: 
a) Dolo Direto: quando o agente prevê um resultado, dirigindo sua conduta na busca de realizá-lo.
b) Dolo Indireto: pode ser alternativo (o agente prevê e quer um ou outro dos resultados possíveis da sua conduta) e eventual (a intenção do agente se dirige a um resultado, porém ele aceita outro também previsto e consequente da sua conduta).
Culpa: quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
Tipos de culpa:
a) Culpa Consciente: com previsão, o sujeito prevê o resultado, porém espera que não se efetive.
b) Culpa Inconsciente: sem previsão, o sujeito não prevê o resultado (que era previsível), por isso não pode esperar que se efetive.
c) Culpa Própria: o agente não quer e não assume o risco de produzir o resultado.
d) Culpa Imprópria: o agente, por erro evitável fantasia certa situação de fato, supondo estar agindo acobertado por uma excludente de ilicitude e em razão disso provoca intencionalmente um resultado ilícito. 
Elementos do Crime Culposo: 
a) Conduta voluntária: Está relacionada à ação.
b) Violação do dever de cuidado: Imprudência, negligência e imperícia.
c) Resultado naturalístico involuntário: Não haverá crime culposo se não ocorrer o resultado lesivo a um bem jurídico.
d) Nexo causal: É a relação de causa e efeito entre a conduta perigosa e o resultado indesejado.
e) Tipicidade: Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
f) Previsibilidade: É a possibilidade de conhecer o perigo que a sua conduta gera para determinado bem jurídico.
g) Ausência de previsão: é necessário que o agente não tenha previsto o resultado ou, tendo-o previsto, tenha acreditado sinceramente que não iria produzi-lo.
Excludentes de Ilicitude (Art. 23, CP) 
Não há crime quando o fato é praticado em:
Estado de necessidade;
Legítima defesa;
Exercício regular de um direito;
Estrito cumprimento de um dever legal.
1. Estado de necessidade (art.24): Ação contra bem jurídico alheio que pressupõe um conflito de interesses lícitos que não podia ser evitado de outra forma. São requisitos do estado de necessidade:
a) perigo atual, isto é, presente.
b) ameaça a direito próprio ou alheio.
c) conhecimento da ação justificante: o sujeito tem a plena consciência da existência do perigo.
d) não provocação da situação de perigo: aquele que por sua vontade produz o perigo não poderá agir em estado de necessidade.
e) inexigibilidade de sacrifício do interesse ameaçado: haverá estado de necessidade sempre que o comportamento do agente diante do perigo visa evitar mal maior (sacrificando direito de igual ou menos interesse que o protegido)
f) inevitabilidade do comportamento lesivo: o comportamento lesivo a bem jurídico alheio deve ser o único meio seguro para salvar direito próprio ou de terceiro. 
g) inexistência do dever legal de enfrentar o perigo: enquanto o perigo comportar enfrentamento, aquele que tem o dever de enfrentá-lo (bombeiro, policial) não pode alegar estado de necessidade, pois tratam-se de agentes garantidores (art. 13 §2, letras a, b e c). 
Espécies de estado de necessidade:
a) estado de necessidade próprio: quando se protege bem jurídico próprio.
b) estado de necessidade de terceiro: quando se protege bem jurídico alheio.
c) estado de necessidade real: é aquele definido no art. 24, CP onde a situação de perigo existe.
d) estado de necessidade putativo: o agente imagina situação de perigo inexistente (perigo imaginário). 
e) estado de necessidade agressivo: sujeito que age em necessidade se volta contra outra coisa, diversa daquela que originou o perigo, ou contra terceiro inocente.
f) estado de necessidade defensivo: sujeito que age em necessidade sacrifica bem jurídico do próprio causador do perigo.
2. Legítima defesa (art. 25): Trata-se de uma reação contra uma agressão injusta, independente dela ser evitável ou não. São requisitos da legítima defesa:
a) agressão injusta: conduta humana que lesa ou expõe a perigo bens jurídicos mediante a ação ou omissão independente da consciência da ilicitude por parte do agressor.
b) agressão atual ou iminente: agressão atual é presente, já a iminente é a que está prestes a ocorrer. (Não se admite legítima defesa contra agressão passada ou futura).
c) uso moderado dos meios necessários: entende-se o uso do meio menos lesivo dentre os meios à disposição, e ainda deverá ser utilizado de forma moderada (sem excessos). 
d) proteção de direito próprio ou de outrem: admite-se legítima defesa no resguardo de qualquer bem jurídico próprio ou alheio: vida, patrimônio, honra etc. 
e) conhecimento da ação de fato justificante (elemento subjetivo): o agente deve ter total conhecimento da existência da situação justificante para que seja acobertado por ela.
A ausência de qualquer dos requisitos acima exclui a legítima defesa.
3. Exercício regular de direito: é uma espécie de excludente de ilicitude onde quem atua de acordo com uma ordem jurídica, não pratica ato em desacordo com a lei. Exemplo: o lutador de boxe que desfere socos no rosto de seu oponente não responde pelas lesões causadas, desde que siga as regras estipuladas para a prática do esporte.
4. Estrito cumprimento do dever legal: a própria lei obriga um agente público a realizar condutas, dando-lhe poder até de praticar fatos típicos para executar o ato legal. (Ex. Oficial de justiça que executa ordem de despejo). Assim como as demais excludentes de ilicitude, o indivíduo que age em estrito cumprimento do dever legal deve ter conhecimento que está praticando um fato de um dever imposto pela lei, caso contrário, o ato é ilícito. 
A embriaguez (Art. 28, CP). Classificação quanto à origem:
 Não acidental: quando a pessoa se coloca no estado de embriaguez de forma consciente.
A) Pré-ordenada: o agente se embriaga para cometer o crime. (SITUAÇÃO AGRAVANTE) 
B) Voluntária: o sujeito tem vontade de se embriagar. (NÃO EXCLUI A IMPUTUBILIDADE)
C) Culposa: o agente não tem a intenção, mas se embriaga. (NÃO EXCLUI A IMPUTABILIDADE) 
Acidental: ocorre quando o agente fica embriagado em razão de caso fortuito ou força maior. (OCORRE A ISENÇÃO DA PENA).
A) Caso fortuito: o agente ignora o caráter inebriante da substância que ingere. 
B) Força maior: o agente é obrigado a ingerir a substância.
A isenção de pena ocorre apenas se o agente seja privado completamente da capacidade de entender o que está fazendo.
Teoria do Erro: 
a) Erro de tipo (art. 20, CP): É a falsa percepção da realidade, o indivíduo não tem plena consciência do que está fazendo, imagina estar praticando uma conduta lícita, quando na verdade se trata de uma conduta ilícita. (Ex. Um aluno, ao final da aula, coloca em sua pasta um livro de um colega, pensando ser o seu).
b) Erro de proibição (art. 21, CP): O agente sabe exatamente o que está fazendo, percebe toda a situação; porém desconhece que a lei proíbe sua conduta. Pensa que age de forma correta, quando, na verdade, sua conduta é errada, e proibida pelo ordenamento penal. (O erro de proibição exclui a culpabilidade, por inexistência de potencial conhecimento de ilicitude.) 
Crime formal e material
a) Formal: caracteriza pela produção de um resultado naturalístico, ou seja, é necessária a ocorrência de um resultado para sua consumação, caso contrário, tem-se apenas uma tentativa. (Exemplo: No homicídio, a morte da pessoa é o resultado naturalístico previsto no tipo penal). 
b) Material: quando o delito está consumado no momento da prática da ação, independentemente do resultado (Exemplo: Na extorsão mediante sequestro, o crime ocorre no momento que a pessoa é sequestrada, independente do recebimento do resgate). 
Crime Impossível: É aquele que, pela ineficácia total do meio empregado (Ex. usar um alfinete ou palito de dente para matar uma pessoa adulta) ou pela impropriedade absoluta do objeto material(Ex. matar um cadáver) é impossível de se consumar. 
Crime Preterdoloso (art. 19, CP): É uma espécie de crime agravado pelo resultado, no qual o agente pratica uma conduta anterior dolosa, e dela decorre um resultado posterior culposo. Há dolo no fato antecedente e culpa no consequente. (Ex. um sujeito pretendia praticar um roubo (dolo), porém, por erro ao manusear a arma, acaba atirando e matando a vítima (culpa)).
Crime Putativo (ou imaginário): dá-se quando o agente imagina que a conduta por ele praticada constitui crime, mas em verdade constitui uma conduta atípica, ou seja, não há punição para o ato praticado.
As espécies de tentativa:
a) Tentativa perfeita: ocorre quando o agente esgota todos os meios que estavam à sua disposição para a execução do crime, mas, ainda assim, a infração não se consuma por circunstâncias alheias à sua vontade. É o chamado "crime falho".
b) Tentativa imperfeita: o agente, por circunstâncias alheias à sua vontade, não consegue prosseguir na execução do crime.
c) Tentativa branca ou incruenta: a vítima não é atingida, nem vem a sofrer ferimentos.
d) Tentativa cruenta e vermelha: é o oposto da tentativa branca. Aqui, o agente consegue atingir o objeto material.
e) Tentativa abandonada ou qualificada: é sinônimo de desistência voluntária e arrependimento eficaz, situações em que o agente tinha condições de consumar o crime, mas prefere não fazê-lo.
f) Tentativa inadequada ou inidônea: nada mais é do que o instituto do crime impossível, a conduta do agente não é apta a provocar a consumação do crime.
A classificação doutrinária do Crime de omissão de socorro (art. 135, CP):
“Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo de vida; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública.” 
Trata-se de um crime: 
Crime omissivo próprio e instantâneo – consumando com a simples abstenção da conduta devida no instante em que o sujeito omite a prestação de socorro;
Crime de perigo – pois se visar dano será alterada a tipificação da conduta;
Crime comum – pode ser praticado por qualquer pessoa;
Doloso – não havendo a previsão da modalidade culposa.
Crime de infanticídio (art. 123, CP).
“Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após. Pena - detenção, de dois a seis anos.”

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