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AULA 4 Modelos Assistenciais 21 03 17

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POLÍTICAS DE SAÚDE 
NO BRASIL 
 
Conceitos fundamentais e modelos assistenciais 
Prof.ª Msc. Mônica Cristina Castro 
SISTEMA DE SAÚDE 
(CARVALHO; MARTIN; CORDONI JR, 2001) 
• Sanitarismo Campanhista - início do Séc. XX a 1945: 
Combate às doenças que prejudicavam a exportação de café. 
• Período de Transição - 1945 a 1960 
Industrialização  diagnóstico e terapêutica  dicotomia entre 
área preventiva e curativa. 
 
• Modelo Médico Assistencial Privativista - 1960 ao início déc. 80 
Expansão da rede hospitalar e contratação de serviços privados   
população sem assistência de saúde 
• Modelo Plural – SUS 
 
 Déc. 80 Reforma Sanitária  Atenção Primária à Saúde 
 1986 - 8ª Conferência Nacional de Saúde 
• Desigualdade no acesso aos serviços de saúde 
• Inadequação dos serviços às necessidades da população 
• Qualidade insatisfatória dos serviços oferecidos 
• Ausência de integralidade das ações 
 
 
MODELO PLURAL - SUS 
 
 
1988 - Constituição Brasileira –- nova política de saúde 
 
• 1990 – Leis Orgânicas da Saúde 
Lei 8080 – condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, 
organização e funcionamento dos serviços 
Lei 8142 – participação da comunidade e transferência de recursos financeiros 
 1996 – 10ª Conferência Nacional de Saúde – SUS: construindo um modelo 
de atenção para a qualidade de vida 
 
• 2000 – 11ª Conferência Nacional de Saúde – Modelos de atenção voltados para 
a qualidade, efetividade, equidade e necessidades prioritárias de saúde 
 
 Rouquayrol; Almeida Filho, 2003 
 
MODELO ASSISTENCIAL 
Combinação de tecnologias utilizadas pela organização dos 
serviços de saúde em determinados espaços-populações, incluindo 
ações sobre o ambiente, grupos populacionais, equipamentos 
comunitários e usuários de diferentes unidades prestadoras de 
serviço de saúde. Modo de intervenção em saúde. 
Paim, 2003 
Modo como são produzidas ações de saúde e maneira como os 
serviços de saúde e o Estado se organizam para produzi-las e 
distribuí-las. 
Campos et al., 1989 
MODELO MÉDICO-ASSISTENCIAL 
PRIVATISTA 
Mais conhecido e prestigiado 
Dominante no Brasil 
Demanda espontânea 
Procura ao serviço de saúde por doença 
Quem ‘não tem doença’ não é alcançado pelo sistema de saúde 
Caráter curativo 
Não tem atendimento integral à comunidade 
Não tem compromisso com o impacto sobre o nível de saúde da população 
Alocação de recursos segundo a demanda desordenada 
Usado no setor privado e público 
Rouquayrol; Almeida Filho, 2003 
MODELO ASSISTENCIAL SANITARISTA 
Saúde Pública Tradicional 
Ação sobre certos agravos ou grupos em risco 
Campanhas (vacinação, combate a dengue) e Programas Especiais (controle 
da tuberculose, hanseníase, saúde da criança, saúde da mulher) 
É centralizador 
Adotado nas instituições públicas de saúde 
Não contempla a totalidade da situação de saúde 
Não enfatiza a integralidade da atenção 
Rouquayrol; Almeida Filho, 2003 
 
MODELOS ASSISTENCIAIS ALTERNATIVOS 
Integralidade da atenção e impacto sobre os problemas de saúde 
Acesso universal e igualitário às ações e serviços 
Rede regionalizada e hierarquizada 
Descentralização 
Atendimento integral 
Participação comunitária 
Considera as necessidades de saúde da população 
Proporciona reorientação da demanda 
Caracteriza o distrito sanitário 
Rouquayrol; Almeida Filho, 2003 
 
MODELOS ASSISTENCIAIS 
Adaptado de Rozenfeld, 2000 
MODELO SUJEITO OBJETO MEIOS DE 
TRABALHO 
FORMAS DE 
ORGANIZAÇÃO 
MÉDICO-
ASSISTENCIAL 
PRIVATISTA 
Médico 
-especialização 
-complementariedade 
-Doença 
-Doentes (clínica e 
cirurgia) 
 
Tecnologia médica 
(indivíduo) 
-Rede de serviços de 
saúde 
-Hospital 
 
SANITARISTA 
 
Médico Sanitarista 
-auxiliares 
-Modos de 
transmissão 
-Fatores de risco 
 
 
Tecnologia sanitária 
-Campanhas Sanitárias 
-Programas especiais 
-Sistema de Vigilância 
Epidemiológica e 
Sanitária 
 
 
ASSISTENCIAIS 
ALTERNATIVOS 
 
 
 
Equipe de Saúde 
População (cidadãos) 
Danos, riscos, 
necessidades e 
determinantes dos 
modos de vida e 
saúde (condições de 
vida e trabalho) 
Tecnologias de 
comunicação social, 
de planejamento e 
programação local 
situcional e 
tecnologias médico-
sanitárias 
Políticas públicas 
saudáveis 
-ações intersetoriais 
-intervenções específicas 
(promoção, prevenção e 
recuperação) 
-operações sobre 
problemas e grupos 
populacionais 
 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
• Modelo curativo de assistência 
 
• conceito de saúde mais abrangente 
 
• modelo de atenção integral à saúde 
promoção, proteção e recuperação 
 
Perfil epidemiológico da comunidade e infra- estrutura dos 
serviços 
 
LEITURA RECOMENDADA 
• ROUQUAYROL, Maria Zélia; ALMEIDA FILHO, 
Naomar de. Epidemiologia & Saúde. Modelos de 
atenção e vigilância da saúde. 6 ed. Rio de Janeiro: 
MEDSI, 2003. 
 
• CECÍLIO, Luiz Carlos de Oliveira. Modelos tecno-
assistenciais em saúde: da pirâmide ao círculo, uma 
possibilidade a ser explorada. Cad. Saúde Públ., Rio 
de Janeiro, 13(3): 469-478, jul-set, 1997.

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