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INTRODUÇÃO
 O objetivo principal do presente trabalho é construir elementos que possam contribuir para uma sistematização conceitual sobre a tecnologia e sua relação com a educação tecnológica. Apresentamos inicialmente os pressupostos filosóficos fundamentais que orientam nossa análise desta temática, na qual se relacionam as categorias trabalho, educação, ciência e tecnologia. Muitas são as ocorrências de experiências que configuram a Educação de Jovens e Adultos (EJA), dentre elas, desigualdade de oportunidades, negação do direito à educação-formação, jornadas duplas ou triplas de trabalho e luta pela afirmação do direito à construção de uma educação apropriada aos diferentes segmentos a quem a EJA destina-se. Nessas colocações, aparentemente comuns, mas feitas a partir da observação acerca da pluralidade de cenários de atuação como escolas, empresas, associações, igrejas, canteiros de obra, acampamentos e assentamentos rurais, encontramos elementos que nos ajudam a compreender como os educadores da EJA veem-se. Tem o objetivo de percorrer caminhos trilhados pela Educação de Jovens e Adultos, retratando características dos alunos e, concomitantemente, trazendo para reflexão o elo que se constrói entre aluno-sociedade e aluno-professor. Aponta, ainda, dificuldades de encaminhamentos metodológicos a serem superadas em benefício da socialização do conhecimento com o objetivo de contribuir para o exercício de cidadania do jovem e do adulto. A abordagem partiu de uma pesquisa bibliográfica e da própria experiência docente do autor nessa modalidade de ensino. A intenção é trazer elementos para a reflexão acerca da postura docente diante de um segmento da população que direta ou indiretamente foi marginalizada da escola no decorrer da história da educação brasileira. 
 A partir das considerações desenvolvidas é possível constatar que muito já foi conquistado pela EJA, no entanto, há ainda mais a buscar, há paradigmas a serem rompidos e desafios a serem suplantados, visando um único objetivo: educação de qualidade e significativa para todos os cidadãos brasileiros.
DESENVOLVIMENTO 
 
 A educação de jovens e adultos deve ser constantemente uma educação de qualidade e multicultural que desenvolva a aprendizagem, integração e interação na diversidade cultural desenvolvendo assim as relações Inter e intrapessoal. O jovem e o adulto esperam e querem ver resultados imediatos das suas habilidades e competências, para resgatarem a sua autoestima, pois a sua “ignorância” que muitas vezes os tornam leigos perante as informações e inovações levá-los a sentirem ansiedade, angústia e ao mesmo tempo “complexo de inferioridade” perante o contexto social. Em síntese, trata-se de restituir a tecnologia aos contextos sociais e culturais nos quais é produzida e apropriada historicamente. Nesse sentido, a partir do pressuposto da existência de uma sociedade histórica e concretamente determinada, em que as relações sociais capitalistas detêm a hegemonia na atualidade - porém, sem considerar tais relações como naturais, eternas, ou isentas de contradições e de movimentos de resistência e de construção de novas hegemonias no seio da hegemonia existente e em contradição com ela é que podemos avançar na discussão sobre a conceituação de tecnologia e de sua produção, apropriação e inter-relação com os processos de transformação social. 
 E, nesse processo, considerar as perspectivas, limites e possibilidades da tecnologia e da educação tecnológica na construção de uma nova ordem social, não como determinismo tecnológico, mas como possibilidade histórica, utopia construída a partir da ação dos sujeitos sociais. Testemunhamos o surgimento diferentes avanços da tecnologia em nosso cotidiano. Facilidades de comunicação e informação advindas dos avanços tecnológicos traduzem-se em mudanças irreversíveis nos comportamentos, atingindo todas as camadas sociais. Novas formas de pensar, de agir e de relacionar-se comunicativamente são introduzidas como hábitos corriqueiros. Atualmente, não é necessário muito esforço para se perceber essas mudanças que têm como base ciência e técnica. 
 Diversas publicações, livros, debates, filmes, programas de TV, rádio etc. têm registrado o avanço tecnológico dos dez últimos anos. Esse avanço atinge a sociedade, imprimindo grande velocidade às transformações dos instrumentos de comunicação e trabalho. Nesse sentido, a educação apresenta-se como principal componente, tornando-se essencial para que os indivíduos estejam preparados para lidar com o novo, criar e assegurar seu espaço de liberdade e autonomia, sem ficar à margem. O que se espera é um novo perfil de formação do docente da EJA. Instala-se o desafio de que ele assuma uma postura de facilitador do processo de busca de conhecimento. Essa realidade tem refletido a necessidade de providências de recursos para o processo de ensino como o uso de Tecnologias da Informação e Comunicação. Percebe-se que o ensino bancário já não tem mais espaço para a educação do futuro, para a preparação do cidadão, que é urgente ao presente.
 Ao professor de EJA urge a necessidade de ampliação do acesso às informações. Castells (1999) traz algumas advertências, sobre a necessidade de se levar a sério as mudanças consequentes das transformações tecnológicas e econômicas que fazem com que a relação dos indivíduos como o da própria sociedade passe por alterações bastante consideráveis. Ele ressalta o papel dos movimentos sociais e políticos no debate sobre a “era da informação”. Chama a atenção para o desafio de uma educação no mundo cada vez mais multicultural, onde os avanços tecnológicos superam abruptamente as reais condições do cotidiano da sala de aula. A EJA é um desafio, uma vez que as iniciativas para formação do educador nessa modalidade de ensino, no âmbito das universidades, ainda são reduzidas. De acordo com Delors (2001) é preciso que haja prioridade no aumento do investimento na área de educação em todos os países, mas em especial nos países que estão em fase de desenvolvimento, como é o caso do Brasil. Este investimento permitirá que haja condições dos indivíduos lutarem contra o desemprego, a exclusão social, desigualdade e diminuição dos conflitos étnicos ou religiosos. De acordo com Gadotti e Romão (2001, p. 81) “a formação é uma prática de conhecimento e todo conhecimento nasce de uma pergunta”, ou seja, é a partir dos questionamentos que se podem encontrar os passos para caracterizar-se o perfil do docente da EJA. Na atualidade, pode-se ver que o docente da EJA está cercado de questionamentos ainda sem respostas, mas isso não impede que exista uma ação inicial para responder às diferentes indagações. A Educação de Jovens e Adultos pode modelar a identidade do cidadão e dar um significado à sua vida.
 A educação ao longo da vida implica repensar o conteúdo que reflita certos fatores, como idade, igualdade entre os sexos, necessidades especiais, idioma, cultura e disparidades econômicas. De acordo com (Fernández, 1995). A concepção de mundo de uma pessoa que regressa aos estudos na idade adulta, muitas vezes após anos afastados da escola ou mesmo daquele adulto que está começando agora sua trajetória escolar, é bem peculiar. São pessoas que já formaram sua visão de mundo pelas experiências vividas e que têm suas crenças e valores já constituídos. Além disso, os alunos jovens e adultos, ao contrário das demais modalidades de ensino, são tipos humanos diversos, com seus traços de vida, origens, idades, vivências profissionais, históricos escolares, ritmos e estruturas de aprendizagem diferenciadas. Entretanto, na medida em que o educador busca se apropriar dos processos e formas de inserção das TICsna sua prática de ensino aprende a lidar com a diversidade, com a abrangência e a rapidez de acesso às informações, bem como com novas possibilidades de comunicação e interação. Dessa forma, perceberá alternativas para propiciar novas formas de aprender, ensinar e produzir conhecimentos constantemente, uma vez que o uso dos recursos tecnológicos permite sistematizações, mediações e interações continuam essenciais para desenvolver múltiplas aprendizagens na EJA. 
 A sociedade que se configura exige que a educação prepare o aluno para enfrentar novas situações a cada dia. Assim, deixa de ser sinônimo de transferência de informações e adquire caráter de renovação constante (SERAFIM e SOUZA, 2011). Neste contexto, a escola deve ser considerada como parte integrante desta cultura digital, portanto capaz de articular com a população global através das tecnologias digitais de informação e comunicação e mídias digitais (ALMEIDA e SILVA, 2011). A sociedade atual precisa de indivíduos capacitados para conviver com pessoas de diferentes culturas, neste contexto a escola tem o papel de formar indivíduos preparados para lidar com as diferenças (LIMA, et al., 2012). Vivemos hoje em uma sociedade marcada pela presença das tecnologias digitais de informação e comunicação, as pessoas estão cada vez mais dependentes destes recursos. É preciso conhecer e utilizar adequadamente estas ferramentas para ser considerado participante da atual cultura. Esta pode ser definida como cultura digital, na qual diversos recursos são utilizados em favor da comunicação e da sobrevivência. A ciência e a tecnologia da comunicação produzem invenções cada vez mais sofisticadas e presentes nas nossas vidas. Portanto uma escola que vise gerar movimento na educação não poderia furtar-se à inclusão dessas tecnologias. Esta inserção é justificável pela sua forte presença no nosso cotidiano, tornando-se necessária a sua utilização pelas mudanças significativas que traz ao ambiente escolar. Elas interferem no nosso aprendizado, processos cognitivos, apreensões e percepções do mundo, vindo dessa forma a dinamizar o ensino e promover a aprendizagem tanto de alunos como de professores. A fundamentação teórica que apoia este ponto de vista pressupõe uma interação ativa do aluno com a tecnologia para construir seu conhecimento. Neste caso, a tecnologia atua como um dos componentes deste processo e não como foco, elemento principal. Sob esta ótica teórica, a integração da tecnologia no processo educativo é vista como um processo ativo, construtivo, onde o aluno gerencia estrategicamente os recursos disponíveis para criar novo conhecimento, mediante extração de informações do meio ambiente e as integrando com os conhecimentos já incorporados ao seu saber. É preciso também considerar o contexto pedagógico, social e as maneiras como as tecnologias são integradas a eles, porque elas podem ter um grande impacto na maneira como as pessoas pensam e aprendem, podendo inclusive não interferir no processo de aprendizagem.
CONCLUSÃO
 Evidenciou-se a necessidade da formação do professor da EJA ante os desafios da sociedade do conhecimento. A reflexão permitiu-nos tecer considerações em relação às alterações ocorridas a partir dos avanços tecnológicos que invadem o cotidiano. Os docentes de EJA devem estar preparados para lidar com esses avanços. Devem estar atentos aos acontecimentos veiculados através da internet, bem como orientar os alunos a fazer uma reflexão crítica dos conteúdos expostos pelos meios de comunicação. Ciência, tecnologia e trabalho constituem dimensões interdependentes das relações sociais, sendo, portanto fundamentais para a produção e organização da sociedade. Tendo como referencial essa concepção de interdependência e interação dessas dimensões como relações sociais, em especial, a concepção de tecnologia daí derivada se contrapõe ao determinismo científico-tecnológico fundamentado na concepção instrumental de tecnologia. Ao contrário, a perspectiva de interação entre ciência, tecnologia e trabalho que dá base para a concepção relacional da tecnologia situa a tecnologia no conjunto das demais relações sociais e a compreende em suas múltiplas dimensões, considerando a diversidade dos contextos históricos, culturais, sociais, econômicos e políticos em que são desenvolvidas e apropriadas as diversas tecnologias. Portanto, a questão da conceituação da tecnologia e de sua produção, implementação e impactos deve ser abordada a partir das relações sociais de produção, ou seja, a partir dos sujeitos dessas relações ou, mais precisamente, das classes sociais posto que a relação da tecnologia com as classes sociais é profundamente desigual sob a hegemonia das relações capitalistas, considerando-se as desiguais formas de acesso e propriedade de condições materiais e intelectuais nessa sociedade. Nesse sentido, é importante recorrer a Marcuse (1979) que resgata a concepção e importância da tecnologia como produção social e como patrimônio da humanidade na produção da vida e na extensão das possibilidades e potencialidades do homem. Para Marcuse (1979), o progresso técnico, a ciência e a tecnologia são necessidades e produções objetivas tanto para o capital quanto para o trabalho, tanto para o processo de dominação quanto para a possibilidade de emancipação.
 REFERENCIAS
BARTHES, Roland. A Câmara Clara, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000. 
BEIRED, José Luis Bendicho. Sob o Signo da Nova Ordem: Intelectuais autoritários no Brasil e na Argentina. São Paulo: Loyola, 1999. 
BOLCHINI, Pierre. In: Capital y Tecnologia: manuscritos de 1861-1863 al cuidado de Piero Bolchini, México, D. F.: Terra Nova, 1980. 
BRASIL. Decreto n. 5.154, de 23 de junho de 2004. Regulamenta a Lei 9.394/96, 
Brasília, 2004. BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelecem as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Brasília, 1996.
MARCUSE., H. La angustia de prometeo (25 tesis sobre técnica y sociedad). In: El Viejo Topo, n. 37,1979, Barcelona.
LIMA FILHO, Domingos Leite. Breve ensaio sobre as virtudes da virtualidade: elementos para uma crítica ao conceito de sociedade da informação. In: QUELUZ, Gilson Leandro (org.). Tecnologia e sociedade: (im) possibilidades. Torre de Papel, Curitiba, 2003.
Freire, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 32. Ed. São Paulo: Cortez.1996
Sistema de Ensino Presencial Conectado
PEDAGOGIA
EDILEUZA DOS SANTOS JESUS
 
 A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS:
 QUESTÕES E DESAFIOS A SEREM SUPERADOS
Jaru
2015
 EDILEUZA DOS SANTOS JESUS
 A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: 
 QUESTÕES E DESAFIOS A SEREM SUPERADOS
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Trabalho apresentado à disciplina Trabalho Interdisciplinar Individual da Universidade Norte do Paraná – UNOPAR.
Disciplinas: Educação De Jovens E Adultos, Língua Brasileira De Sinais, Processos Escolares De Inclusão, Projeto De Ensino Em Educação, Seminário III.
 Profs.: Juliana Fogaça, Sandra Cristina Malzinoti, Marizete Cristina Bonafini, Vilze Vidotti, Andriea De Freitas Zompero,Bernadete De Lourdes Strang,Cyntia Simioni Okçana Battini.�
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Tutor de Sala: Lucilanges Regis de Paula
Tutor Eletrônico: Jane Ester da Silva Bazoni
Jaru
2015

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