Ptg Educação Física Licenciatur Produção Textual Grupo Portfólio

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SUMÁRIO
31	INTRODUÇÃO	�
42	DESENVOLVIMENTO	�
42.1	PARTE I – PRODUÇÃO DE TEXTO – REFLEXÃO	�
42.2	PARTE II – PRODUÇÃO DE TEXTO – AVALIAÇÃO	�
42.3	PARTE III – PESQUISA DE CAMPO – ENTREVISTA	�
63	CONCLUSÃO	�
7REFERÊNCIAS	�
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho foi proposto para uma reflexão das propostas de avaliação, estudadas durante o curso. Assim ao lermos os textos propostos, foi e será possível rever alguns conceitos sobre a avaliação do aluno nas aulas de Educação Física, bem como também a forma de planejar essas aulas a serem ministradas para os alunos.
O trabalho se dividirá em três momentos, composto de uma produção de texto com reflexões sobre os artigos disponibilizados para leitura, um segundo momento em que é solicitada a elaboração de uma proposta de avaliação mediante o conteúdo estudado e refletido na elaboração da primeira atividade. E um terceiro e ultimo momento que é uma entrevista com professores da área, para reflexão da realidade em sala de aula.
Realizada estas etapas será feita as considerações finais, com um comparativo entre o que seria ideal e ofertado pelos autores sobre avaliação, nas aulas de Educação Física, a realidade apresentada através das entrevistas, e a elaboração da proposta de avaliação.
Tudo para mostrar a importância da Educação Física como disciplina nas escolas, e como o planejar essas aulas são importantes para que não seja apenas uma aula comum, mais cheia de aprendizado e desenvolvimento dos alunos.
DESENVOLVIMENTO
Neste momento do trabalho é necessária uma reflexão sobre as questões abordadas em virtude da forma de avaliação utilizada pelos professores de Educação Física. Assim através dos textos disponibilizados para debate, é possível perceber que avaliar vai muito além de plicar uma prova. Em especial nos dias atuais, onde deve-se levar em consideração todos os fatores envoltos no aprendizado do aluno.
parte i – produção de texto – reflexão
O processo avaliativo adotado na grande maioria das escolas ainda está ligado à aferição de valores, prevalecendo os aspectos quantitativos sobre os qualitativos, o que ocasiona inquietações nas pessoas. Essas inquietações ocorrem, especialmente, naqueles que carregam consigo os estigmas decorrentes de atitudes inadequadas da prática avaliativa. (BRATIFISCHE, 2003)
De acordo com Betti e Zuliani (2002) a educação física vem somar-se à educação intelectual e à educação moral. Essa adjetivação da palavra educação demonstra uma visão ainda fragmentada do homem. O atual currículo escolar obedece aos critérios de divisão do conhecimento que impera na ciência moderna. A matemática, as ciências, as línguas, a geografia, etc. correspondem às áreas do saber científico e erudito que se desenvolveram especializada e isoladamente, com base em um modelo de ciência que também remonta há dois ou três séculos. A Educação Artística, a Educação Moral e Cívica e a Educação Física não se enquadram nesses limites e ocupam hoje um lugar incômodo na Escola, o que leva ao questionamento tanto delas próprias, como da educação escolarizada e suas finalidades.
Para Bratifische (2003) na Educação Física a avaliação é, igualmente, um diagnóstico, portanto, deve ter o intuito de detectar possíveis falhas no processo ensino aprendizagem. No decorrer deste artigo evidenciamos as mudanças que estão ocorrendo no campo da avaliação em Educação Física. Antes se pregava a ordem unida, se classificavam e rotulavam corpos como aptos ou não para servir. Estamos nos referindo à educação física militarista, uma avaliação na qual há predomínio de testes de aptidão física que, segundo estudiosos, ainda permeiam a vida de muitos profissionais e, em contrapartida, a avaliação que visualiza o aluno em sua íntegra, nos aspectos cognitivos, afetivos e psicomotores.
É possível notar que há uma pré-definição de destino na forma de avaliar, ou seja, “para que” servirá o olhar focalizado num momento específico. Na realidade, a avaliação é uma representação de uma relação social específica que atua com base numa organização ideológica complexa, na qual o jogo de interesses geralmente é estratégico e envolve interesses distintos e expectativas distintas, muitas vezes antagônicas. Essa trama de restrições é que prenuncia o processo avaliativo e generaliza as exigências e as próprias definições de excelência envolvidas. Assim, o ato de avaliar se inscreve num contexto quantitativo e qualitativo, o qual envolve aspectos técnicos e metodológicos, e, com isso, refere-se à epistemologia e à metodologia de medidas, geralmente classificatória e hierárquica. (RODRIGUES, 2003)
É tarefa de a Educação Física preparar o aluno para ser um praticante lúcido e ativo, que incorpore o esporte e os demais componentes da cultura corporal em sua vida, para deles tirar o melhor proveito possível. Tal ato implica também compreender a organização institucional da cultura corporal em nossa sociedade; é preciso prepará-lo para ser um consumidor do esporte-espetáculo, para o que deve possuir uma visão crítica do sistema esportivo profissional. A Educação Física enquanto componente curricular da Educação básica deve assumir então outra tarefa: introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas e dança, das ginásticas e práticas de aptidão física, em benefício da qualidade da vida. (BETTI E ZULIANI, 2002)
Atualmente, almeja-se que as aulas de Educação Física tenham o intuito de oportunizar o aluno a vivenciar as habilidades físicas por eio de conhecimentos que enfatizam o corpo, esportes, lutas, danças e ginástica, os quais poderão enriquecer o vocabulário motor do aluno. Dever-se-ão abordar nas aulas temas transversais que tratem da ética, saúde, meio ambiente e pluralidade cultural, os quais, possivelmente, contribuirão para o seu aprimoramento intelectual e para sua formação como cidadão. (BRATIFISCHE, 2003)
Investigações que assumem um ou outro delineamento. Apesar de alguns estudiosos não aceitarem, tem sido colocada em prática uma abordagem eclética, integrando os métodos ditos objetivos e os subjetivos. Os pressupostos que apoiam a escolha desse tipo de opção pautam-se pela complementação que as abordagens geram. Enquanto a abordagem objetiva, com seus métodos predominantemente quantitativos, limitaria os resultados e a significação dos dados obtidos, a abordagem subjetiva poderia implicar conclusões não aplicáveis às decisões mais gerais no âmbito da educação. (RODRIGUES, 2003)
Os avaliados não são máquinas, não desligam a um simples toque, e não recebem e obedecem a ordens através de um simples comando; são, por mais que muitas vezes o neguem, seres humanos. A avaliação quantitativa acaba generalizando os alunos, nos faz acreditar que todos são iguais e que o mesmo tratamento deve ser dado a todos. Por meio da relação professor/aluno se transmite o conhecimento e se privilegia a aprendizagem. Assim, o professor, além de todas as atribuições que lhe cabem, deve ser observador e ouvinte, para perceber a vivência do aluno e as experiências que ele traz à aula. Os conteúdos devem estar contextualizados e inseridos numa realidade próxima do aluno, que possibilite a aquisição de conhecimentos, o desenvolvimento de habilidades e atitudes, o enriquecimento de valores, entre outros. A avaliação de forma participativa, envolvendo professor, alunos, equipe de apoio técnico-pedagógico, propicia um diagnóstico contínuo e real. (BRATIFISCHE, 2003)
A avaliação em Educação Física tem características e dificuldades comuns aos demais componentes curriculares, mas também apresenta peculiaridades. Em primeiro lugar, a avaliação deve servir para problematizar a ação pedagógica, e não apenas para atribuir um conceito ao aluno. Estudiosos do assuntoconsideram que a avaliação implica as categorias: 1) totalidade – o processo de avaliação não deve ser isolado dos outros processos educativos; 2) mediação – existe um processo mediador entre a conduta observada do aluno e o conceito que lhe é atribuído; e 3) contradição – os processos de avaliação disponíveis são ainda pobres com relação às abordagens metodológicas mais atuais (Lüdke & Mediano, 1992, apud, Betti e Zuliani, 2002).
parte ii – produção de texto – avaliação
Diante do conteúdo estudado e apresentado através dos três textos, foi escolhido o 5º ano do Ensino Fundamental como base para avaliação da prática de atividades voltadas para ginástica aeróbica. Visando que é um esporte que é pouco incentivado nas escolas. Pois o que se realmente trabalha com os alunos são esportes como futebol, voleibol, handebol e basquete. Conteúdos que são tratados de forma superficial e posteriormente praticados pelos alunos como um passa tempo.
A Educação Física vai muito além de enrolação de aula, ela pode permitir ao aluno um contato de aprendizado social, quando a aula é bem planejada e executado pelo professor. Assim a proposta é apresentar aos alunos a teoria de ginástica aeróbica, para posterior desenvolvimento da prática. Assim também sendo possível desenvolver com os alunos uma disputa “saudável” do que foi ensinado. 
Onde a avaliação será de forma objetiva e subjetiva, apresentado nos textos de Bratifische (2003). Onde o professor pode avaliar objetivamente o comportamento do aluno durante a proposta de aula, com atividades de ginástica aeróbica levando em consideração a participação do aluno, seu desempenho em desenvolver as atividades, e como ele compreendeu o conteúdo aplicado e explicado. Mas também de forma subjetiva, levando em consideração todo o contexto em que o aluno está inserido, através da participação das aulas, do convívio com os colegas, da predisposição em participar das atividades e a sua visão em relação ao conteúdo apresentado em sala de aula.
Assim, os conteúdos devem estar contextualizados e inseridos numa realidade próxima do aluno, que possibilite a aquisição de conhecimentos, o desenvolvimento de habilidades e atitudes, o enriquecimento de valores, entre outros. A avaliação de forma participativa, envolvendo professor, alunos, equipe de apoio técnico-pedagógico, propicia um diagnóstico contínuo e real. Considerando que a avaliação significa controlar o aluno para que ele alcance comportamentos definidos como ideais, a autora abstrai que o aprender clareia-se a partir da mudança de comportamentos produzida por quem ensina. Concebendo a avaliação como ação provocativa e desafiante nas reflexões abordadas durante situações vivenciadas, o aprender é encarado como descoberta da razão das coisas e pressupõe uma reflexão conjunta de professor e aluno sobre o objeto de conhecimento. Essas considerações exprimem que há pressupostos que o delineamento da ação avaliativa compreende e comporta e podem ser, muitas vezes, identificados a partir da ação e da orientação enunciada. Com isso, pode-se observar que existem avaliações orientadas por objetivos, para tomada de decisões, para exploração de contradições, para compreensão de dada realidade, enfim, para tantas quantas forem as indagações ressaltadas.
parte iii – pesquisa de campo – entrevista
Entrevista 1:
Qual método de avaliação é utilizado durante sua aula de Educação Física?
Resposta: Depende. Às vezes é avaliado pela tua presença, pela tua participação no esporte indicado pelo professor ou por avaliações normais como provas (a minha avaliação é por meio de provas).
O método utilizado é o mesmo para as diferentes faixas etárias na instituição escolar?
Resposta: Sim, utilizo o mesmo método para as turmas.
Após aplicar o método de avaliação, você analisa os dados? Caso não analise, por que não é realizado? Caso ocorra a análise, como os dados são utilizados para pautar suas ações na elaboração da aula?
Resposta: Procuro avaliar cada aluno na sua particularidade quando esse não apresenta muito interesse pela aula, tentando levar em consideração suas limitações. Após levantar o comportamento e as notas, tento chegar a um consenso que permita ser justo com a disciplina e os alunos.
Entrevista 2:
Qual método de avaliação é utilizado durante sua aula de Educação Física?
Resposta: Avalio meus alunos pela participação e através de avaliação escrita.
O método utilizado é o mesmo para as diferentes faixas etárias na instituição escolar?
Resposta: Sim, o mesmo independente da turma.
Após aplicar o método de avaliação, você analisa os dados? Caso não analise, por que não é realizado? Caso ocorra a análise, como os dados são utilizados para pautar suas ações na elaboração da aula?
Resposta: Sim analiso os dados e procuro levar em consideração a individualidade de cada aluno e suas capacidades e limitações diante o interesse pelo proposto em aula.
CONCLUSÃO
Os processos avaliativos incluem aspectos informais e formais, concretizados em observação sistemática/assistemática e anotações sobre o interesse, participação e capacidade de cooperação do aluno, auto avaliação, trabalhos e provas escritas, testes para avaliação qualitativa e quantitativa de habilidades e capacidades físicas, resolução de situações problemáticas propostas pelo professor, elaboração e apresentação de coreografias de dança, exercícios ginásticos ou táticas de esportes coletivos, etc. Evidentemente, os instrumentos e exigências da avaliação deverão estar em sintonia com o nível de desenvolvimento dos alunos e o conteúdo efetivamente ministrado. É necessário que a avaliação inclua, ao longo do ano, várias dessas estratégias. É importante informar ao aluno quais são os momentos de avaliação formal, e quais aspectos serão avaliados e transformados em conceito.
Existem ainda muitas dúvidas referentes aos reais valores que permeiam a avaliação em Educação Física. Acreditamos que não haverá mudança significativa no processo de avaliar em Educação Física se não houver conscientização por parte dos professores, de que esta mudança se faz necessária. Cada professor tem sua filosofia e sua metodologia de trabalho, e deverá sempre ter em mente os efeitos de sua ação pedagógica, os quais lhe garantirão o retorno positivo ou negativo de suas ações, e procurar modificá-la de acordo com as situações.
REFERÊNCIAS
BETTI, Mauro; ZULIANI, Luiz Roberto. Educação Física Escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – 2002.
BRATIFISCHE, Sandra Aparecida. Avaliação em Educação Física: um desafio. Revista da educação Física/UEM. Maringá, 2003.
RODRIGUES, Gracieli Massoli. Avaliação na Educação Física Escolar: caminhos e contextos. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, 2003.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
EDUCAÇÃO FÍSICA
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO PARA EDUCAÇÃO FÍSICA
Aquidauana
2018
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO PARA EDUCAÇÃO FÍSICA
Trabalho de Educação Física apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Metodologia Científica; Medidas e Avaliação em Educação Física; Metodologia do Ensino da Natação; Fundamentos do Treinamento Desportivo; Projeto de Pesquisa em Educação Física; Seminário da Prática: Tópicos Especiais.
Orientador: Tutor Eletrônico Ana Paula Marques Moreira e Tutor de Sala Ademir Silva do Nascimento
Aquidauana
2018