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CAPÍTULO 63 PROPULSÃO E MISTURA DOS ALIMENTOS NO TRATO ALIMENTAR

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CAPÍTULO 63 PROPULSÃO E MISTURA DOS 
ALIMENTOS NO TRATO ALIMENTAR 
1. INGESTÃO DE ALIMENTOS 
1.1. MASTIGAÇÃO 
1.2. DEGLUTIÇÃO 
1.2.1. Estágio voluntário da deglutição 
1.2.2. Estágio faríngeo da deglutição 
1.2.3. Iniciação nervosa do estágio faríngeo da deglutição 
1.2.4. Efeito do estágio faríngeo da deglutição sobre a 
respiração 
1.2.5. Estágio esofágico da deglutição 
1.2.6. Relaxamento receptivo do estômago 
1.2.7. Função do esfíncter esofágico inferior (esfíncter 
gastroesofágico) 
1.2.8. Prevenção adicional do refluxo esofágico por mecanismo 
semelhante à válvula da porção distal do esôfago 
 
 
2. FUNÇÕES MOTORAS DO ESTÔMAGO 
2.1. A FUNÇÃO DE ARMAZENAMENTO DO ESTÔMAGO 
2.2. MISTURA E PROPULSÃO DO ALIMENTO NO 
ESTÔMAGO – O RITMO ELÉTRICO BÁSICO DA PAREDE 
GÁSTRICA 
2.2.1. Quimo 
2.2.2. Contrações da fome 
2.3. ESVAZIAMENTO DO ESTÔMAGO 
2.3.1. Contrações peristálticas antrais intensas durante o 
esvaziamento estomacal – “bomba pilórica” 
2.3.2. O papel do piloro no controle do esvaziamento gástrico 
2.4. REGULAÇÃO DO ESVAZIAMENTO GÁSTRICO 
2.4.1. Fatores gástricos que promovem o esvaziamento 
2.4.2. Efeito do volume alimentar gástrico no esvaziamento 
2.4.2.1. Efeito do hormônio gastrina sobre o esvaziamento 
2.4.3. Fatores duodenais poderosos na inibição do esvaziamento 
gástrico 
2.4.3.1. Efeito inibitório dos reflexos nervosos 
enterogástricos de origem duodenal 
2.4.3.2. O feedback hormonal do duodeno inibe o 
esvaziamento gástrico – o papel das gorduras e do 
hormônio colecistocinina 
2.4.4. Resumo do controle do esvaziamento gástrico 
 
 
3. MOVIMENTOS DO INTESTINO DELGADO 
3.1. CONTRAÇÕES DE MISTURA (CONTRAÇÕES DE 
SEGMENTAÇÃO) 
3.2. MOVIMENTOS PROPULSIVOS 
3.2.1. Peristalse no intestino delgado 
3.2.2. Controle do peristaltismo por sinais nervosos e 
hormonais 
3.2.3. Efeito propulsivo dos movimentos de segmentação 
3.2.4. Surto peristáltico 
3.3. FUNÇÃO VÁVULA ILEOCECAL 
3.3.1. Controle por feedback do esfíncter ileocecal 
 
4. MOVIMENTOS DO CÓLON 
4.1. MOVIMENTOS DE MISTURA – “HAUSTRAÇÕES” 
4.2. MOVIMENTOS PROPULSIVOS – “MOVIMENTOS DE 
MASSA” 
4.3. INICIAÇÃO DE MOVIMENTOS DE MASSA POR 
REFLEXOS GASTROCÓLICOS E DUODENOCÓLICOS 
4.4. DEFECAÇÃO 
4.4.1. REFLEXOS DA DEFECAÇÃO 
 
5. OUTROS REFLEXOS AUTÔNOMOS QUE AFETAM A 
ATIVIDADE INTESTINAL 
1. INGESTÃO DE ALIMENTOS 
1.1. MASTIGAÇÃO 
Os incisivos cortam e os molares trituram; os músculos da 
mandíbula tem força de 25 kg nos incisivos e 91 kg nos molares. 
A maioria dos músculos da mandíbula é inervada pelo ramo motor 
do quinto nervo craniano e o processo de mastigação (movimentos 
rítmicos) é controlado por núcleos no tronco encefálico (estimulo de 
centros reticulares específicos, no centro do paladar). 
Grande parte do processo é realizada pelo reflexo da mastigação. 
 
 
A mastigação é importante para a digestão da celulose. As enzimas 
só agem na superfície das partículas dos alimentos. A trituração 
aumenta a área de superfície, previne escoriação do TGI e facilita o 
transporte de alimentos. 
1.2. DEGLUTIÇÃO 
Dividida em: 
1) Estágio voluntário: inicia o processo de deglutição 
2) Estágio faríngeo: involuntário, passagem do alimento da faringe 
para o esôfago. 
3) Estágio esofágico: involuntário, da faringe até o estômago. 
 
1.2.1. ESTÁGIO VOLUNTÁRIO DA DEGLUTIÇÃO 
Quando o alimento está pronto para ser digerido, ele é 
comprimido e empurrado para cima e para trás, pela força da língua, 
contra o palato mole, voluntariamente. 
 
1.2.2. ESTÁGIO FARÍNGEO DA DEGLUTIÇÃO 
Quando o alimento atinge a parte posterior da cavidade bucal e 
da faringe, ocorre o estímulo de áreas de receptores epiteliais da 
deglutição, nos pilares tonsilares, e seus impulsos passam para o 
INIBIÇÃO 
REFLEXA DOS 
MÚSCULOS 
DA 
MASTIGAÇÃO 
MANDIBULA 
SE ABAIXA 
REFLEXO DE 
ESTIRAMENT
O DOS 
MUSCULOS 
MANDIBULAR
ES 
CONTRAÇÃO 
REFLEXA - 
ELEVAÇÃO DA 
MADIBULA 
1. 
COMPRESSÃO 
DO BOLO 
ALIMENTAR 
NAS PAREDES 
DA CAVIDADE 
ORAL 
tronco encefálico, onde se iniciam contrações musculares faríngeas 
automáticas. 
a) O palato mole é empurrado para cima e fecha a cavidade 
nasal, evitando o refluxo. 
b) As pregas palatofaríngeas formam uma fenda que só 
permite a passagem de alimento bem triturado (ação 
seletiva) e tem duração de um segundo 
c) As cordas vocais da laringe se aproximam e a laringe e 
puxada para cima pelos músculos do pescoço, a epiglote se 
move para trás e impede que o alimento entre no nariz e na 
traqueia. A epiglote evita que o alimento chegue às cordas 
vocais. 
d) O movimento para cima da laringe também puxa e dilata a 
abertura do esôfago. Ao mesmo tempo, o esfíncter 
esofágico superior (esfíncter faringoesofágico) se relaxa e 
o alimento se move livre e facilmente da faringe posterior 
para o esôfago posterior. Entre as deglutições, ele 
permanece firmemente contraído, evitando a entrada de ar 
pela respiração. 
e) Toda a parede muscular superior se contrai e progride para 
baixo, nas partes medial e inferior da faringe, o que 
impulsiona o alimento por peristaltismo para o esôfago. 
 
1.2.3. INICIAÇÃO NERVOSA DO ESTÁGIO 
FARÍNGEO DA DEGLUTIÇÃO 
Os impulsos nos pilares tonsilares são transmitidos pelas 
porções sensoriais dos nervos trigêmeo e glossofaríngeo para o 
bulbo. Os estágios sucessivos são desencadeados em sequência 
ordenada por áreas neuronais da substancia reticular do bulbo e 
das porções inferiores da ponte (centro da deglutição). Os 
impulsos motores para a faringe e para a parte superior do esôfago 
são transmitidos pelo 5º, 9º, 10º e 12º nervos cranianos e alguns 
nervos cervicais superiores. O estágio faríngeo da deglutição é um 
ato reflexo iniciado pelo movimento voluntário do alimento contra a 
parte posterior da boca o que excita os receptores sensoriais da 
faringe o que inicia a parte involuntária do reflexo da deglutição. 
TRAQUEIA SE 
FECHA 
ESOFAGO SE 
ABRE 
ONDA 
PERISTÁLTICA 
RÁPIDA 
1.2.4. EFEITO DO ESTÁGIO FARÍNGEO DA 
DEGLUTIÇÃO SOBRE A RESPIRAÇÃO 
O centro da deglutição inibe o centro respiratório do bulbo, 
interrompendo a respiração em qualquer ponto do ciclo para permitir 
a deglutição. Isso leva um tempo muito curto dentro dos seis 
segundos de duração do estágio faríngeo da deglutição. 
1.2.5. ESTÁGIO ESOFÁGICO DA DEGLUTIÇÃO 
Função primária é conduzir o alimento da faringe ate o 
estomago. 
Normalmente apresenta dois tipos de movimentos 
peristálticos: peristaltismo primário e peristaltismo secundário. O 
primário é a continuação da onda peristáltica que começa na faringe 
e se prolonga até o esôfago (estágio faríngeo da deglutição). Essa 
onda leva de 8 a 10 segundos ate o estomago. O secundário provém 
da própria distensão do esôfago e começa a agir quando o primário 
não dá conta de mover todo o alimento para o estômago. 
A musculatura da porção inferior da faringe e da parte superior 
do esôfago é composta por musculo estriado. 
1.2.6. RELAXAMENTO RECEPTIVO DO ESTÔMAGO 
Quando a onda peristáltica se aproxima do estomago, uma 
onda de relaxamento até o duodeno antecede a chegada do alimento 
e, assim, ele recebe o alimento. 
1.2.7. FUNÇÃO DO ESFÍNCTER ESOFÁGICO 
INFERIOR (ESFÍNCTER GASTROESOFÁGICO) 
Em condições normais, permanece contraído tonicamente, 
ajudando a evitar o refluxo das secreções ácidas, em contraste com a 
porção media do esôfago que permanece relaxada. Ele relaxa 
receptivamente, como o estomago, a frente da onda peristáltica, para 
permitir a passagem do alimento. Quando ele não relaxa de forma 
satisfatória,é chamado de acalasia. 
1.2.8. PREVENÇÃO ADICIONAL DO REFLUXO 
ESOFÁGICO POR MECANISMO SEMELHANTE À 
VÁLVULA DA PORÇÃO DISTAL DO ESÔFAGO 
Quando ocorre o aumento da pressão intra-abdominal, o 
esôfago se projeta em direção ao estomago, assim os conteúdos 
gástricos não são empurrados de volta; esse mecanismo somado ao 
esfíncter gastroesofágico protege a mucosa esofágica contra 
abrasoes. 
2. FUNÇÕES MOTORAS DO ESTÔMAGO 
Estão ligadas a armazenar, misturar com secreções gástricas até que o 
bolo vire uma mistura semilíquida chamada quimo e esvaziar lentamente 
para garantir uma melhor digestão e absorção. 
 
2.1. A FUNÇÃO DE ARMAZENAMENTO DO 
ESTÔMAGO 
À medida que o alimento entra no estômago, formam-se círculos 
concêntricos na sua porção mais cranial (primeiros dois terços do 
corpo). Quando o alimento distende o estomago, o reflexo vagovagal 
(do estomago para o tronco encefálico e depois de volta para o 
estomago) relaxa a musculatura, permitindo um enchimento de até 1,5 
L; até esse momento, a pressão estomacal permanece baixa. 
2.2. MISTURA E PROPULSÃO DO ALIMENTO 
NO ESTÔMAGO – O RITMO ELÉTRICO 
BÁSICO DA PAREDE GÁSTRICA 
Os sucos digestivos são produzidos por glândulas gástricas. 
Enquanto o alimento estiver no estomago, ondas constritivas baixas ou 
ondas de mistura se deslocam em direção ao antro a cada 15-20 
segundos e são geradas pelo ritmo elétrico básico da parede (ondas 
elétricas lentas espontâneas); conforme se direcionam ao antro, formam 
anéis constritivos que forçam o conteúdo antral e vão ganhando 
intensidade gerando um potente potencial de ação peristáltica, 
forçando o conteúdo para o piloro. A abertura do piloro e muito 
pequena e permanece na maior parte do tempo contraída, permitindo a 
passagem de uma pequena quantidade de alimento para o duodeno a 
cada onda peristáltica. Assim, grande parte do conteúdo antral retorna 
para o corpo, tanto pelo anel constritivo quanto pela ação de ejeção 
retrógrada, sendo esse conjunto chamado de retropulsão, um 
mecanismo de mistura importante no estomago. 
2.2.1. QUIMO 
É a mistura que passa para o duodeno. Sua consistência e 
semilíquida a pastosa. 
2.2.2. CONTRAÇÕES DA FOME 
São contrações peristálticas rítmicas que ocorrem quando o 
estomago permanece vazio por varias horas e em pessoas jovens, 
sadias e com níveis de glicose abaixo do normal. Manifestam-se 
com dor epigástrica chamada de pontadas de fome. 
2.3. ESVAZIAMENTO DO ESTÔMAGO 
É promovido por intensas contrações peristálticas no antro e é 
reduzido por vários graus de resistência a passagem do quimo pelo 
piloro. 
2.3.1. CONTRAÇÕES PERISTÁLTICAS ANTRAIS 
INTENSAS DURANTE O ESVAZIAMENTO 
ESTOMACAL – “BOMBA PILÓRICA” 
As contrações rítmicas fracas servem para misturar o alimento 
e as constrições peristálticas fortes formam anéis que impulsionam o 
alimento em direção caudal para causar o esvaziamento gástrico, 
sendo chamada de “bomba pilórica”. Quando o tônus pilórico é 
normal, cada intensa onda peristáltica força alguns mililitros de 
quimo para o duodeno. Assim, elas causam mistura e bombeamento. 
 
2.3.2. O PAPEL DO PILORO NO CONTROLE DO 
ESVAZIAMENTO GÁSTRICO 
A abertura distal do estomago é o piloro. A espessura da 
parede muscular é maior que no antro e permanece em leve 
contração tônica quase o tempo todo, por isso chama-se de esfíncter 
pilórico, que apenas permite a passagem de alimento quase liquido 
para o duodeno. 
2.4. REGULAÇÃO DO ESVAZIAMENTO 
GÁSTRICO 
A velocidade/intensidade com que o estomago e esvaziado 
depende de sinais do próprio estomago e do duodeno, sendo deste 
ultimo mais potentes, equilibrando a intensidade da chegada do quimo 
ao intestino delgado para favorecer a digestão e a absorção. 
2.4.1. FATORES GÁSTRICOS QUE PROMOVEM O 
ESVAZIAMENTO 
2.4.1.1. Efeito do Volume Alimentar Gástrico no 
Esvaziamento 
Maior volume de alimento, maior esvaziamento gástrico. 
A maior dilatação da parede gástrica desencadeia reflexos 
mioentéricos locais que acentuam a bomba pilórica e, ao mesmo 
tempo, inibem o piloro (relaxamento). 
2.4.1.2. Efeito do Hormônio Gastrina sobre o 
Esvaziamento 
Liberada pela mucosa antral, a gastrina é secretada, 
principalmente, na digestão da carne. Ela exerce efeito sobre a 
secreção do suco ácido e parece intensificar a bomba pilórica, 
logo, promove o esvaziamento gástrico. 
 
2.4.2. FATORES DUODENAIS PODEROSOS NA 
INIBIÇÃO DO ESVAZIAMENTO GÁSTRICO 
2.4.2.1. Efeito Inibitório dos Reflexos Nervosos 
Enterogástricos de Origem Duodenal 
Quando o quimo entra no duodeno, são desencadeados 
múltiplos reflexos nervosos originados da parede duodenal. Eles 
voltam para o estomago e retardam ou interrompem o 
esvaziamento gástrico se o volume de quimo no duodeno for 
excessivo. Esses reflexos são mediados por 3 vias... 
1) Duodeno  Estômago, via SNE 
2) Nervos extrínsecosgânglios simpáticos pré-
vertebraisfibras nervosas simpáticas inibidoras do 
estomago 
3) Nervos vagostronco encefálicoinibição dos sinais 
excitatórios normais no estomago pelos ramos eferentes dos 
vagos. 
... E exercem 2 efeitos: 
1) Inibem a bomba pilórica 
2) Aumentam o tônus do esfíncter pilórico 
Fatores no duodeno que desencadeiam reflexos 
inibidores enterogástricos são: 
a) Grau de distensão do duodeno 
b) Irritação da mucosa duodenal 
c) O grau de acidez do quimo 
d) O grau de osmolalidade do quimo 
e) Presença de determinados produtos de degradação 
 
2.4.2.2. O Feedback Hormonal do Duodeno Inibe o 
Esvaziamento Gástrico – O Papel das Gorduras e 
do Hormônio Colecistocinina 
O estimulo para liberação hormonal pelo TGI superior 
provém, principalmente, da presença de gorduras, as quais se 
ligam a “receptores” que provocam a liberação de diversos 
hormônios pelo epitélio duodenal e jejunal. Vão pelo sangue ate 
o estomago e inibem a bomba pilórica e aumentam a força de 
contração do esfíncter pilórico. A digestão de gorduras e mais 
lenta e precisa desse retardo. 
O hormônio mais potente parece ser a colecistocinina 
(CCK) liberado pela mucosa do jejuno; bloqueia o aumento da 
motilidade causada pela gastrina. Outros inibidores parecem ser 
a secretina (mucosa duodenal) e o peptídeo inibidor gástrico 
(GIP) ou peptídeo insulinotrópico dependente de glicose 
(estimula a secreção de insulina) 
Em resumo, os hormônios, especialmente a CCK, 
inibem o esvaziamento gástrico, quando muito quimo ácido ou 
gorduroso chega ao duodeno. 
 
2.4.3. RESUMO DO CONTROLE DO ESVAZIAMENTO 
GÁSTRICO 
O esvaziamento do estomago é moderado pelo grau de seu 
enchimento e pelo efeito excitatório da gastrina sobre o 
peristaltismo. O controle mais importante do esvaziamento, 
provavelmente, provenha de feedback inibitório do duodeno 
(reflexos enterogástricos ou ação hormonal). Esse feedback provém 
de quando já existe muito quimo no ID ou o quimo e 
excessivamente acido, muito proteico ou gorduroso, hipo ou 
hipertônico ou irritativo. Logo, o esvaziamento gástrico e moderado 
ate o ponto que o ID consiga processar esse conteúdo do quimo. 
3. MOVIMENTOS DO INTESTINO DELGADO 
Os movimentos podem ser divididos em: contrações de mistura e 
contrações propulsivas. É uma distinção artificial porque ambos podem 
exercer ambas as funções. 
3.1. CONTRAÇÕES DE MISTURA 
(CONTRAÇÕES DE SEGMENTAÇÃO) 
Quando o quimo distende a parede intestinal, ocorrem contrações 
concêntricas localizadas, as quais causam segmentação do ID. 
 
Essas contrações dividem o quimo duas a três vezes por minuto, 
promovendo mistura com as secreções ao longo do ID. A frequência 
máxima dessas contrações é determinadapelas ondas elétricas lentas 
(não ultrapassam 12 por minuto no duodeno/jejuno – no íleo, chega até 9 
por minuto). 
O fármaco atropina inibe a atividade excitatória do SNE, logo, 
deixa essas contrações mais fracas, as quais não são efetivas sem o plexo 
nervoso mioentérico. 
3.2. MOVIMENTOS PROPULSIVOS 
3.2.1. PERISTALSE NO INTESTINO DELGADO 
As ondas peristálticas impulsionam o quimo pelo ID. Ocorrem 
em qualquer ponto e correm em direção ao ânus com velocidade de 
até 0,5-2,0 cm/s, mais rápidas no intestino proximal do que no distal. 
O movimento resultante ao longo do ID é de 1 cm/s, sendo 
necessárias 3-5 horas para o quimo sair do piloro e chegar à válvula 
ileocecal. 
3.2.2. CONTROLE DO PERISTALTISMO POR SINAIS 
NERVOSOS E HORMONAIS 
A atividade peristáltica e muito intensa após uma refeição, 
devido à distensão da parede duodenal, mas também, existe o efeito 
do reflexo gastroentérico causado pela distensão estomacal, o qual e 
conduzido pelo plexo mioentérico da parede do estomago ate o ID. 
Além dos sinais elétricos, sinais hormonais afetam o peristaltismo, 
por meio da gastrina, da CCK, da insulina, da motilina e da 
serotonina, as quais intensificam a motilidade intestinal. Por outro 
lado, a secretina e o glucagon inibem essa motilidade. 
A função da peristalse não se limita a direcionar o quimo para 
a válvula ileocecal, mas também serve para distribuir esse quimo ao 
longo do intestino, sendo intensificado quando entra alimento no 
duodeno. Quando atinge a válvula ileocecal, o quimo fica retido, 
esperando a próxima refeição e nesse momento o reflexo gastroileal 
intensifica o peristaltismo no íleo e fora o quimo remanescente a 
passar pela válvula ileocecal para o ceco do IG. 
3.2.3. EFEITO PROPULSIVO DOS MOVIMENTOS DE 
SEGMENTAÇÃO 
Os movimentos de segmentação percorrem cerca de 1 cm/s e 
contribuem para impulsionar o alimento ao longo do intestino. 
3.2.4. SURTO PERISTÁLTICO 
Ocorre quando há irritação intensa da mucosa intestinal, em 
casos graves de diarreia infecciosa, causando peristalse rápida e 
intensa. As contrações percorrem longos trajetos em pouco tempo, 
varrendo rapidamente os conteúdos para o IG, aliviando o ID do 
conteúdo irritativo e da distensão excessiva. 
3.3. FUNÇÃO VÁVULA ILEOCECAL 
Sua função principal é evitar o refluxo do conteúdo fecal do cólon 
para o ID. Ela se projeta para o lúmen do ceco e é fechada quando a 
pressão cecal aumenta e empurra o conteúdo contra a válvula. No íleo 
existe o esfíncter ileocecal, normalmente permanece contraído e retarda 
o esvaziamento ileocecal. Entretanto, imediatamente após uma refeição, 
o reflexo gastroileal intensifica o peristaltismo no íleo, empurrando o 
conteúdo do íleo no ceco. A resistência ao esvaziamento aumenta o 
tempo de absorção do quimo. Normalmente, apenas 1,5-2 L de quimo e 
esvaziado no ceco por dia. 
 
3.3.1. CONTROLE POR FEEDBACK DO ESFÍNCTER 
ILEOCECAL 
Contração do esfíncter íleo cecal e intensidade do peristaltismo 
no íleo terminal sao controlados por reflexos provenientes do ceco. 
Quando este se distende ou quando esta irritado (apendicite), inibe o 
peristaltismo ileal e contrai o esfíncter, retardando o esvaziamento. 
Controle exercido pelo plexo mioentérico e por gânglios simpáticos 
pré-vertebrais. 
4. MOVIMENTOS DO CÓLON 
Funções: absorção de água e eletrólitos do quimo pra formar fezes 
solidas (metade proximal) e armazenar material fecal até sua expulsão 
(metade distal). Podem ser divididos em movimentos de mistura e de 
propulsão. 
 
4.1. MOVIMENTOS DE MISTURA – 
“HAUSTRAÇÕES” 
São comparáveis aos movimentos (constrições circulares) de 
segmentação no ID. Eles constringem o lúmen do IG ate quase a oclui-
lo. Ao mesmo tempo, as tênias cólicas (três faixas de musculo 
longitudinal) se contraem. Isso faz com que as regiões, onde não esta 
ocorrendo essa estimulação, se inflem e recebam o nome de 
haustrações. Apenas 80-200 ml de fezes são expelidos todos os dias. 
Contribuem para a propulsão do conteúdo colônico quando se movem 
lentamente em direção ao anus, durante contração do ceco e do cólon 
ascendente. 
4.2. MOVIMENTOS PROPULSIVOS – 
“MOVIMENTOS DE MASSA” 
Grande parte da propulsão no ceco e no cólon ascendente resulta de 
contrações haustrais lentas, mas persistentes. Do ceco ao sigmóide, 
movimentos de massa podem assumir papel propulsivo. E um tipo 
modificado de peristaltismo, ocorrendo pela seguinte sequencia de 
eventos: 
 
Ocorre uma 
distensão do cólon 
transverso, o que 
leva a formaçao de 
um anel 
constritivo 
No cólon distal, à 
frente do anel, as 
haustraçoes 
desaparecem e o 
segmento se contrai 
como unidade. 
Impulsionamento do 
material fecal 
adiante. para o cólon 
descendente. 
A série de 
movimentos se 
mantém por 10-30 
minutos. 
Cessam para 
retornar meio dia 
depois. 
Quando tiverem 
forçado a massa de 
fezes para o reto, 
surge a vontade de 
defecar. 
4.3. INICIAÇÃO DE MOVIMENTOS DE 
MASSA POR REFLEXOS GASTROCÓLICOS E 
DUODENOCÓLICOS 
O aparecimento dos movimentos de massa após as refeições e 
facilitado pelos reflexo gastrocólico e duodenocólicos originados da 
distensão. A irritação do cólon também pode originar esses movimentos 
persistentemente o tempo todo (colite ulcerativa). 
4.4. DEFECAÇÃO 
A maior parte do tempo, o reto está vazio, porque o esfíncter 
funcional, entre o cólon sigmoide e o reto, é relativamente fraco. 
Quando os movimentos de massa forçam as fezes para o reto, 
imediatamente surge a vontade de defecar e os esfíncteres anais 
relaxam. Porem, a passagem desse material pelo anus é evitada pela 
constrição tônica dos: 
1) Esfíncter anal interno  espesso musculo liso 
2) Esfíncter anal externo  musculo estriado voluntario, circunda o 
interno e se estende distalmente a ele. Controlado pelo nervo 
pudendo (sistema nervoso somático), havendo consciência e 
voluntariedade no seu relaxamento e subconsciência na sua 
contração. 
4.4.1. REFLEXOS DA DEFECAÇÃO 
Reflexo intrínseco (SNE local na parede do reto) 
 
Além desse reflexo, é necessário o reflexo de defecação 
parassimpático, que envolve os segmentos sacros da medula 
espinhal. Fibras nervosas aferentes levam informação de 
distensão ate a medula a qual envia resposta pelas fibras nervosas 
parassimpáticas dos nervos pélvicos e , assim, ocorre a 
intensificação do processo de defecação. 
Sinais de defecação que entram na medula iniciam outros 
efeitos como inspiração profunda, fechamento da glote e contração 
dos músculos abdominais. Esses reflexos iniciados voluntariamente 
quase nunca são tão efetivos quanto os naturais, por isso, quem inibe 
seus reflexos naturais constantemente tem grave constipação. 
 
5. OUTROS REFLEXOS AUTÔNOMOS QUE 
AFETAM A ATIVIDADE INTESTINAL 
Além dos reflexos gastrocólicos, duodenocólicos, gastroileais, 
enterogástricos e de defecação, existem os reflexos peritoneointestinal, 
renointestinal e vesicointestinal, os quais inibem os movimentos intestinais, 
em casos de irritação nos locais eu descrevem os reflexos. 
Fezes no reto - 
distensão 
Sinais aferentes 
- plexo 
mioentérico 
Ondas 
peristálticas no 
cólon 
descendente, 
sigmóide e reto 
 
Esfíncter anal 
interno relaxa 
Esfíncter anal 
externo 
relaxado 
consciente e 
voluntariamente 
DEFECAÇÃO

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