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ESTUDO DIRIGIDO 2

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE II 
COLEGIADO DE MEDICINA 
PIESC I 
 
 
ESTUDO DIRIGIDO: BLOCO II 
 
1) Qual a importância das NOB e NOAS na organização do SUS? Cite suas 
principais características. 
 
A partir das definições legais estabelecidas pela Constituição Federal de 1988 
e da Lei Orgânica de Saúde, se iniciou o processo de implantação do Sistema Único 
de Saúde (SUS), sempre de uma forma negociada com as representações dos 
Secretários Estaduais e Municipais de Saúde. 
Esse processo tem sido orientado pelas Normas Operacionais do SUS, 
instituídas por meio de portarias ministeriais. Estas normas definem as competências 
de cada esfera de governo e as condições necessárias para que Estados e municípios 
possam assumir as novas posições no processo de implantação do SUS. 
As Normas Operacionais definem critérios para que Estados e municípios 
voluntariamente se habilitem a receber repasses de recursos do Fundo Nacional de 
Saúde para seus respectivos fundos de saúde. A habilitação às condições de gestão 
definidas nas Normas Operacionais é condicionada ao cumprimento de uma série de 
requisitos e ao compromisso de assumir um conjunto de responsabilidades 
referentes à gestão do sistema de saúde. 
Desde o início do processo de implantação do SUS, foram publicadas três 
Normas Operacionais Básicas (NOB/SUS 01/91, NOB/SUS 01/93 e NOB/SUS 01/96). 
Em 2001 foi publicada a primeira Norma Operacional da Assistência a Saúde 
(NOAS/SUS 01/01) que foi revista e publicada em 2002 (NOAS/SUS 01/02). 
Embora o instrumento que formaliza as Normas seja uma portaria do Ministro 
da Saúde, o seu conteúdo é definido de forma compartilhada entre o Ministério e os 
representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e do 
Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS). No item 2 da 
NOB/SUS 01/93 relativo ao gerenciamento do processo de descentralização, foram 
criadas, como foros de negociação e deliberação, as Comissões Intergestores. No 
âmbito nacional, funciona a Comissão Intergestores Tripartite (CIT), integrada 
paritariamente por representantes do Ministério da Saúde, do CONASS e do 
CONASEMS. No âmbito estadual, funciona a Comissão Intergestores Bipartite (CIB), 
integrada paritariamente por dirigentes da Secretaria Estadual de Saúde e do órgão 
de representação dos Secretários Municipais de Saúde do Estado. 
Dessa forma, todas as decisões sobre medidas para a implantação do SUS têm 
sido sistematicamente negociadas nessas comissões após amplo processo de 
discussão. 
 
Objetivos das normas operacionais 
 Induzir e estimular mudanças; 
 Aprofundar e reorientar a implementação do SUS; 
 Definir novos objetivos estratégicos, prioridades, diretrizes, e movimentos 
táticos operacionais; 
 Regular as relações entre seus gestores; 
 Normalizar o SUS. 
 
Objetivos NOAS 
 Promover maior equidade na alocação de recursos e no acesso da população 
às ações de saúde em todos os níveis de atenção. 
 Três grupos de estratégias articuladas: I – Regionalização e Organização da 
Assistência; II – Fortalecimento da Capacidade de Gestão do SUS; III– Revisão 
de Critérios de Habilitação de Municípios e Estados. 
 
2) O Pacto pela Saúde é um acordo interfederativo articulado em três 
dimensões: o Pacto pela Vida, o Pacto em Defesa do SUS e o Pacto de 
Gestão. Cite as principais características de cada uma dessas 
dimensões. 
 
O Pacto pela Saúde é um conjunto de reformas institucionais do SUS 
pactuado entre as três esferas de gestão (União, Estados e Municípios) com o 
objetivo de promover inovações nos processos e instrumentos de gestão, visando 
alcançar maior eficiência e qualidade das respostas do Sistema Único de Saúde. Ao 
mesmo tempo, o Pacto pela Saúde redefine as responsabilidades de cada gestor em 
função das necessidades de saúde da população e na busca da equidade social. 
 
Pacto Pela Vida 
O Pacto pela Vida é o compromisso entre os gestores do SUS em torno de 
prioridades que apresentam impacto sobre a situação de saúde da população 
brasileira. 
A definição de prioridades deve ser estabelecida por meio de metas nacionais, 
estaduais, regionais ou municipais. Prioridades estaduais ou regionais podem ser 
agregadas às prioridades nacionais, conforme pactuação local. 
Os estados/regiões/municípios devem pactuar as ações necessárias para o 
alcance das metas e dos objetivos propostos. 
São seis as prioridades pactuadas: A. Saúde do Idoso; B. Controle do câncer 
do colo do útero e da mama; C. Redução da mortalidade infantil e materna; D. 
Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias, com 
ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza; E. Promoção da 
Saúde; F. Fortalecimento da Atenção Básica. 
 
Pacto em Defesa do SUS 
O Pacto em Defesa do SUS envolve ações concretas e articuladas pelas três 
instâncias federativas no sentido de reforçar o SUS como política de Estado, mais do 
que política de governos; e de defender, vigorosamente, os princípios basilares dessa 
política pública, inscritos na Constituição Federal. 
A concretização desse Pacto passa por um movimento de repolitização da 
saúde, com uma clara estratégia de mobilização social envolvendo o conjunto da 
sociedade brasileira, extrapolando os limites do setor e vinculada ao processo de 
instituição da saúde como direito de cidadania, tendo o financiamento público da 
saúde como um dos pontos centrais. 
As prioridades do Pacto em Defesa do SUS são: 
1. Implementar um projeto permanente de mobilização social com a finalidade de: 
- Mostrar a saúde como direito de cidadania e o SUS como sistema público universal 
garantidor desses direitos; 
- Alcançar, no curto prazo, a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, pelo 
Congresso Nacional; 
- Garantir, no longo prazo, o incremento dos recursos orçamentários e financeiros 
para a saúde; 
- Aprovar o orçamento do SUS, composto pelos orçamentos das três esferas de 
gestão, explicitando o compromisso de cada uma delas; 
2. Elaborar e divulgar a declaração dos direitos e deveres do exercício da cidadania 
na saúde. 
 
Pacto de Gestão 
O Pacto de Gestão estabelece as responsabilidades claras de cada ente 
federado de forma a diminuir as competências concorrentes e a tornar mais claro 
quem deve fazer o quê, contribuindo, assim, para o fortalecimento da gestão 
compartilhada e solidária do SUS. 
Esse Pacto parte de uma constatação indiscutível: o Brasil é um país 
continental e com muitas diferenças e iniquidades regionais. Mais do que definir 
diretrizes nacionais, temos que avançar na regionalização e descentralização do SUS, 
a partir de uma unidade de princípios, e uma diversidade operativa que respeite as 
singularidades regionais. 
Reitera a importância da participação e do controle social com o compromisso 
de apoio a sua qualificação. 
Explicita as diretrizes para o sistema de financiamento público tripartite: 
busca critérios de alocação equitativa dos recursos; reforça os mecanismos de 
transferência fundo a fundo entre gestores; integra em grandes blocos o 
financiamento federal e estabelece relações contratuais entre os entes federativos. 
As prioridades do Pacto de Gestão são: 
1) Definir de forma inequívoca a responsabilidade sanitária de cada instância gestora 
do SUS: federal, estadual e municipal, superando o atual processo de habilitação. 
2) Estabelecer as diretrizes para a gestão do SUS, com ênfase na Descentralização; 
Regionalização; Financiamento; Programação Pactuada e Integrada; Regulação; 
Participação e Controle Social; Planejamento; Gestãodo Trabalho e Educação na 
Saúde. 
 
3) A atenção básica ou atenção primária em saúde é conhecida como a 
"porta de entrada" dos usuários nos sistemas de saúde. Qual é o seu 
principal objetivo? Cite três dos seus principais fundamentos. 
 
A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no 
âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a 
prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de 
danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral 
que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e 
condicionantes de saúde das coletividades. É desenvolvida por meio do exercício de 
práticas de cuidado e gestão, democráticas e participativas, sob forma de trabalho 
em equipe, dirigidas a populações de territórios definidos, pelas quais assume a 
responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em 
que vivem essas populações. Utiliza tecnologias de cuidado complexas e variadas que 
devem auxiliar no manejo das demandas e necessidades de saúde de maior 
frequência e relevância em seu território, observando critérios de risco, 
vulnerabilidade, resiliência e o imperativo ético de que toda demanda, necessidade 
de saúde ou sofrimento devem ser acolhidos. 
É desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade, 
próxima da vida das pessoas. Deve ser o contato preferencial dos usuários, a 
principal porta de entrada e centro de comunicação da Rede de Atenção à Saúde. 
Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da 
continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da 
humanização, da equidade e da participação social. A atenção básica considera o 
sujeito em sua singularidade e inserção sociocultural, buscando produzir a atenção 
integral. 
A Atenção Básica tem como fundamentos e diretrizes: 
I - Ter território adstrito sobre o mesmo, de forma a permitir o planejamento, 
a programação descentralizada e o desenvolvimento de ações setoriais e 
intersetoriais com impacto na situação, nos condicionantes e nos determinantes da 
saúde das coletividades que constituem aquele território, sempre em consonância 
com o princípio da equidade; 
II - Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade 
e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada aberta e preferencial da rede 
de atenção, acolhendo os usuários e promovendo a vinculação e 
corresponsabilização pela atenção às suas necessidades de saúde. O estabelecimento 
de mecanismos que assegurem acessibilidade e acolhimento pressupõe uma lógica 
de organização e funcionamento do serviço de saúde que parte do princípio de que a 
unidade de saúde deva receber e ouvir todas as pessoas que procuram os seus 
serviços, de modo universal e sem diferenciações excludentes. O serviço de saúde 
deve se organizar para assumir sua função central de acolher, escutar e oferecer uma 
resposta positiva, capaz de resolver a grande maioria dos problemas de saúde da 
população e/ou de minorar danos e sofrimentos desta, ou ainda se responsabilizar 
pela resposta, ainda que esta seja ofertada em outros pontos de atenção da rede. A 
proximidade e a capacidade de acolhimento, vinculação, responsabilização e 
resolutividade são fundamentais para a efetivação da atenção básica como contato e 
porta de entrada preferencial da rede de atenção; 
III - Adscrever os usuários e desenvolver relações de vínculo e 
responsabilização entre as equipes e a população adscrita, garantindo a continuidade 
das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado. A adscrição dos usuários é um 
processo de vinculação de pessoas e/ou famílias e grupos a profissionais/equipes, 
com o objetivo de ser referência para o seu cuidado. O vínculo, por sua vez, consiste 
na construção de relações de afetividade e confiança entre o usuário e o trabalhador 
da saúde, permitindo o aprofundamento do processo de corresponsabilização pela 
saúde, construído ao longo do tempo, além de carregar, em si, um potencial 
terapêutico. A longitudinalidade do cuidado pressupõe a continuidade da relação 
clínica, com construção de vínculo e responsabilização entre profissionais e usuários 
ao longo do tempo e de modo permanente, acompanhando os efeitos das 
intervenções em saúde e de outros elementos na vida dos usuários, ajustando 
condutas quando necessário, evitando a perda de referências e diminuindo os riscos 
de iatrogenia decorrentes do desconhecimento das histórias de vida e da 
coordenação do cuidado; 
IV - Coordenar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integrando as 
ações programáticas e demanda espontânea; articulando as ações de promoção à 
saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação e manejo 
das diversas tecnologias de cuidado e de gestão necessárias a estes fins e à 
ampliação da autonomia dos usuários e coletividades; trabalhando de forma 
multiprofissional, interdisciplinar e em equipe; realizando a gestão do cuidado 
integral do usuário e coordenando-o no conjunto da rede de atenção. A presença de 
diferentes formações profissionais, assim como um alto grau de articulação entre os 
profissionais, é essencial, de forma que não só as ações sejam compartilhadas, mas 
também tenha lugar um processo interdisciplinar no qual progressivamente os 
núcleos de competência profissionais específicos vão enriquecendo o campo comum 
de competências, ampliando, assim, a capacidade de cuidado de toda a equipe. Essa 
organização pressupõe o deslocamento do processo de trabalho centrado em 
procedimentos, profissionais para um processo centrado no usuário, onde o cuidado 
do usuário é o imperativo ético-político que organiza a intervenção técnico-científica; 
V - Estimular a participação dos usuários como forma de ampliar sua autonomia e 
capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do 
território, no enfrentamento dos determinantes e condicionantes de saúde, na 
organização e orientação dos serviços de saúde a partir de lógicas mais centradas no 
usuário e no exercício do controle social. A Política Nacional de Atenção Básica 
considera os termos “atenção básica” e “Atenção Primária à Saúde”, nas atuais 
concepções, como termos equivalentes. Associa a ambos: os princípios e as diretrizes 
definidas neste documento. A Política Nacional de Atenção Básica tem na Saúde da 
Família sua estratégia prioritária para expansão e consolidação da atenção básica. A 
qualificação da Estratégia Saúde da Família e de outras estratégias de organização da 
atenção básica deverá seguir as diretrizes da atenção básica e do SUS, configurando 
um processo progressivo e singular que considera e inclui as especificidades 
locorregionais. 
 
4) O que é território e qual a importância da territorialização no contexto da 
Estratégia de Saúde da Família? 
 
Os territórios são, portanto, espaços e lugares, construídos socialmente. São 
muito variáveis e dinâmicos, e a sua peculiaridade mais importante é ser uma área de 
atuação, de fazer, de responsabilidade. 
O território é sempre um campo de atuação, de expressão do poder público, 
privado, governamental ou não-governamental e, sobretudo, populacional. Cada 
território tem uma determinada área, uma população e uma instância de poder. 
Um dos fundamentos da ESF é a Atenção Básica territorializada, construída 
sobre uma base territorial espacialmente delimitada e seguindo o modelo 
instrumentalizado na adstrição da clientela. Na medida em que o planejamento da 
Educação em Saúde se afasta do modelo biomédico e se adequa à reorientação dossistemas de Saúde, o conhecimento sobre o processo de territorialização torna-se 
ferramenta necessária para que a transição entre tais modelos de aprendizado 
ocorra de modo fluido e funcional, especialmente no contexto da Atenção Básica. A 
territorialização é de suma importância na APS, pois permite cadastrar e acompanhar 
a população adscrita, identificar os problemas de saúde da população, bem como 
delineá-la e caracterizá-la. Além disso, visa criar vínculo entre a equipe da ESF e os 
usuários dos serviços de saúde, favorecendo, assim, o acesso aos serviços e análise 
dos impactos das ações executadas. 
 
5) O que são os Determinantes Sociais da Saúde (DSS)? Qual sua 
importância no contexto da Estratégia de Saúde da Família? 
 
Os determinantes sociais da saúde estão relacionados às condições em que 
uma pessoa vive e trabalha. Também podem ser considerados os fatores sociais, 
econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que 
influenciam a ocorrência de problemas de saúde e fatores de risco à população, tais 
como moradia, alimentação, escolaridade, renda e emprego. 
A saúde, definida pela OMS como um estado de completo bem-estar físico, mental e 
social e não somente ausência de afecções e enfermidades, é um fator-chave para um amplo 
espectro de metas da sociedade. A abordagem dos determinantes sociais identifica a 
distribuição da saúde — medida pelo grau de desigualdade em saúde — como um 
importante indicador não só do nível de igualdade e justiça social existente numa sociedade, 
como também do seu funcionamento como um todo. Portanto, as iniquidades em saúde 
funcionam como um indicador claro do sucesso e do nível de coerência interna do conjunto 
de políticas de uma sociedade para uma série de setores. Sistemas de saúde que reduzem as 
iniquidades em saúde oferecendo um melhor desempenho e, assim, melhorando 
rapidamente as condições de saúde de grupos carentes acabarão por oferecer um 
desempenho mais eficiente também para todos os estratos sociais. 
 
6) Como a promoção e prevenção em saúde se relacionam com a vigilância 
em saúde? 
 
No campo da saúde, a vigilância está relacionada às práticas de atenção e 
promoção da saúde dos cidadãos e aos mecanismos adotados para prevenção de 
doenças. Além disso, integra diversas áreas de conhecimento e aborda diferentes 
temas, tais como política e planejamento, territorialização, epidemiologia, processo 
saúde-doença, condições de vida e situação de saúde das populações, ambiente e 
saúde e processo de trabalho. A partir daí, a vigilância se distribui entre: 
epidemiológica, ambiental, sanitária e saúde do trabalhador. 
A vigilância epidemiológica reconhece as principais doenças de notificação 
compulsória e investiga epidemias que ocorrem em territórios específicos. Além 
disso, age no controle dessas doenças específicas. 
A vigilância ambiental se dedica às interferências dos ambientes físico, 
psicológico e social na saúde. As ações neste contexto têm privilegiado, por exemplo, 
o controle da água de consumo humano, o controle de resíduos e o controle de 
vetores de transmissão de doenças – especialmente insetos e roedores. 
As ações de vigilância sanitária dirigem-se, geralmente, ao controle de bens, 
produtos e serviços que oferecem riscos à saúde da população, como alimentos, 
produtos de limpeza, cosméticos e medicamentos. Realizam também a fiscalização 
de serviços de interesse da saúde, como escolas, hospitais, clubes, academias, 
parques e centros comerciais, e ainda inspecionam os processos produtivos que 
podem pôr em riscos e causar danos ao trabalhador e ao meio ambiente. 
Já a área de saúde do trabalhador realiza estudos, ações de prevenção, 
assistência e vigilância aos agravos à saúde relacionados ao trabalho. 
 
7) Qual a importância da Epidemiologia para a saúde? Cite exemplos. 
 
A epidemiologia pode ser definida como o estudo da distribuição e dos 
determinantes de estados ou eventos relacionados à saúde em populações 
específicas, e sua aplicação na prevenção e controle dos problemas de saúde. 
A epidemiologia é uma das áreas fundamentais na elaboração das estratégias 
públicas de combate e prevenção às patologias que acometem a sociedade brasileira. 
O processo de reformulação institucional no qual o SUS tem passado nos últimos 
anos necessariamente deve dispor de estatísticas epidemiológicas que permitam a 
descentralização dos serviços e consequentemente uma abordagem mais efetiva 
junto à comunidade. 
Os dados que a epidemiologia oferece ao SUS são de extrema importância 
dentro das políticas de saúde descentralizadas, uma vez que as estatísticas locais 
permitem identificar populações e fatores de risco e combatê-los de maneira mais 
efetiva. 
Como aplicações da epidemiologia pode-se citar: o uso da epidemiologia 
objetivando informar a situação de saúde da população: frequência e distribuição; 
investigar os fatores que influenciam a situação de saúde e o impacto das 
intervenções usadas para alterar a situação de saúde; avaliar os impactos das 
propostas de prevenção, observando sua eficácia, efetividade e eficiência; identificar 
os grupos e os fatores de riscos que estão mais suscetíveis à determinadas afecções; 
realizar observações futuras, por exemplo, utilizando-se de dados como a incidência 
e a prevalência; financiar as ações de saúde pública, conforme previsto na Lei 
8080/90, onde a alocação de recursos se dará de acordo com estudos 
epidemiológicos. 
 
8) (FAUEL/2012) A Atenção Básica tem a Saúde da Família como estratégia 
prioritária para sua organização, de acordo com os preceitos do Sistema 
Único de Saúde: 
 
1 - Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de 
qualidade e resolutivos. correto 
2 - Desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a 
população adscrita garantindo a continuidade das ações de saúde e a 
longitudinalidade do cuidado. correto 
3 - Valorizar os profissionais de saúde por meio do estímulo e do 
acompanhamento constante de sua formação e capacitação. correto 
4 - Desestimular a participação popular e o controle social. incorreto 
 
São fundamentos da atenção básica: 
a) 1 e 2 apenas. 
b) 1, 2 e 3 apenas. 
c) 2, 3 e 4 apenas. 
d) 1, 2, 3 e 4. 
 
9) Em um hospital, o enfermeiro, ao analisar a frequência de ocorrência de 
novos acidentes de trabalho em um ano, está considerando uma medida 
epidemiológica de: 
 
a) Prevalência (número total de casos existentes numa determinada população e 
num determinado momento temporal; proporção de casos existentes numa 
determinada população e num determinado momento temporal). 
b) Incidência (expressa o número de casos novos de uma determinada doença durante 
um período definido, numa população sob o risco de desenvolver a doença. Devemos usar 
a incidência, e não números absolutos, para comparar a ocorrência de doenças em 
diferentes populações). 
c) Razão (relação entre duas magnitudes da mesma dimensão em que numerador 
e denominador pertencem a categorias mutuamente excludentes). 
d) Risco (probabilidade de ocorrência de um resultado desfavorável, de um dano ou 
de um fenômeno indesejado). 
e) Padronização (forma de evitar o confundimento). 
 
10) Método é entendido como a ordem em que se devem dispor os 
diferentes processos necessários para se atingir um resultado desejado; 
é a forma de proceder ao longo de um caminho, é uma forma de 
selecionar técnicas, forma de avaliar alternativas para uma ação. 
 
Em relação ao método científico, marque a única alternativa FALSA das 
citadas abaixo: 
A) Método científico é a tentativa de resolver problemas por meio de 
suposições, isto é, dehipóteses, que possam ser testadas através de 
observações ou experiências. 
B) Método científico refere-se a um aglomerado de regras básicas de como 
deve ser o procedimento a fim de produzir conhecimento dito científico. 
C) Método científico é o caminho que se deve seguir para levar à formulação 
de uma teoria científica. 
D) Método científico pode ser definido como a maneira ou o conjunto de 
regras básicas empregadas em uma investigação científica. 
E) Método científico parte da observação assistemática de fatos, 
seguido da realização de experiências, das deduções lógicas e da 
comprovação científica dos resultados obtidos.

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