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Disciplina: Sociologia Organizacional Nome: Lucas Henrique de Carvalho Pereira Matrícula: 16213110218 Pólo: Nova Iguaçu ATIVIDADE III 1- Elabore um texto apresentando quais são estas mudanças e de que forma impactaram nas relações de trabalho. Destaque também por que os autores afirmam que "a cultura organizacional tornou-se uma estratégia das empresas". O controle está relacionado a produção, resultados e investimentos financeiros. Tem relação com a estrutura de autoridade e relações de poder. Ao longo da história, o controle assumiu diferentes aspectos, muito embora sendo utilizados diversos mecanismos num mesmo período dentro das organizações, sendo alguns destes mais marcantes a cada época de sua realização. De acordo com Mintzberg (1985), os mecanismos de controle são fundamentais para que a organização alcance seus objetivos, onde propõe uma classificação fundamental na estrutura organizacional, tais como: Ajustamento mútuo – coordenação do trabalho pela comunicação informa; Supervisão direta – uma pessoa responsável pela outra; Padronização dos processos de trabalho – etapas do trabalho especificadas e/ou programadas; Padronização dos resultados - alcançado por meio de resultados do trabalho especificados; Padronização das habilidades dos trabalhadores – especificação de treinamento necessário para executar o trabalho; Supervisão tecnológica – tecnologia da informação e comunicação como forma de controle; Controle psicológico ou cultural – ampliação dos vínculos sociais do individuo com a organização. Destaca-se ainda que tal classificação pode existir de diferentes formas numa organização, podem convergir ou divergir para o alcance de seus objetivos. O controle na Sociologia clássica pode ser abordado por dois ângulos: o Marxista, onde a empresa é vista como organização ideológica central capitalista, no Weberiano as organizações são burocráticas, racionais, instrumentais e impessoais. Dentre outras épocas podemos citar também seus tipos de controle, como: criação de folhas de controle do tempo, delatores e multas (THOMPSON, 1979), a fábrica decide o tempo de trabalho e o tempo da família (PERROT, 1988), divisão de tarefas e centralização de comando (TAYLOR, 1995), tecnologia em prol da supervisão (SILVA, 2002), entre outros. Tais mudanças deram uma alavancada e impactou significativamente nas relações de trabalho, nesse contexto, a tecnologia se torna elemento central no apoio ao desenvolvimento gerencial permitindo possibilidades em termos de controle. Tornou-se possível o acompanhamento do funcionamento de toda planta produtiva, é exercida uma vigilância permanente de seus funcionários, registros e avaliações periódicas podem ser feitas individualmente. A utilização de tecnologias da informação e comunicação (celular, bip, e-mail, etc) leva o controle para fora das fabricas, não apenas o tempo de trabalho, mas também a vida cotidiana e livre dos funcionários passa a ser de interesse para organização. A participação também é um método de aumentar o vinculo do trabalhador com a organização, visando uma melhoria nos processos produtivos. A importante crescente ligada a intelectualidade e ao relacionamento interpessoal, tornam ainda mais paradoxal a relação entre controle, liberdade e resistência, pois para criar soluções, inovar, gerar satisfação para o cliente, requer-se um individuo engajado e livre. Na década de 1990, a cultura organizacional tornou um bem intangível estratégico das empresas, assim como outros bens intangíveis (capacidade de inovação, capital intelectual, etc), capaz de gerar valor e riqueza no atual capitalismo, tanto quanto os principais fatores de produção: capital, terra e trabalho. (BARBOSA, 2002). Nesse contexto, cita que empresas utilizam desse processo cultural como aliado para manutenção do consenso. Tentam por meio de símbolos, aproximar os valores dos indivíduos aos das organizações. Outra forma é a “empresa-família”, onde tratam a organização como uma grande família, onde funcionários participam para o crescimento organizacional. Nesse sentido, o “vestir a camisa” só fazem reforçar os valores culturais que o individuo tem com a instituição, mostram a modalidade flexível das organizações e ainda faz esse compartilhamento de valores culturais internalizando o controle aos funcionários, que doravante passam a reproduzir os valores da empresa e a se cobrarem buscando com afinco os objetivos estabelecidos pela organização. Referência Alves, D.A., & Oliveira, S.R. – Controle organizacional no processo capitalista de produção / SOCIOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO – Cap. 7 .pdf.
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