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MÓDULO 1 Direito civil

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MÓDULO 1.
 Noções Introdutórias ao Direito Civil.
Conceito de Direito.
A expressão direito vem do latim directum, que significa conforme o que é reto, o que está conforme a norma. Direito é o que não se afasta da regra.
Direito é termo plurívoco, com diversos significados. É polissêmico, podendo significar lei, ciência, justiça, faculdade, apenas para citarmos os mais importantes.
Ubi societas, ibi ius. Ubi ius, ibi societas.
Como ciência social, depende da sociedade, posto que o homem isolado não precisaria de regras que limitassem a sua conduta, salvo normas de preservação ambiental, que cada pessoa deve resguardar para a proteção da humanidade.
É o convívio social que enseja normas que limitam a liberdade de cada um, em favor da convivência humana e pacífica.
Por outro lado, se o direito depende da sociedade, há reciprocidade, posto que a sociedade não pode ser imaginada sem caos se não houver normas que regulamentem o convívio.
Da sanção:
As normas são cumpridas porque o seu descumprimento enseja a aplicação de penalidade, a chamada sanção.
O temor de sofrer a sanção, e não propriamente a sua aplicabilidade, a cada pessoa, leva ao cumprimento das normas.
O Estado, no direito moderno, é responsável pela aplicação da sanção. Antigamente, a sanção partia do próprio ofendido, ou de sua família, que podia se vingar do ofensor.
_______________//____________
Normas jurídicas e não jurídicas
As normas jurídicas, que hoje integram o ordenamento jurídico, em vigor em virtude da atuação do Estado, precipuamente pela atividade da Função Legislativa, possuem eficácia maior, porque a sanção é aplicada também pelo Estado.
Outras normas, de etiqueta, educação, pertencente estritamente ao campo moral, não jurídica, também podem acarretar consequências pelo descumprimento, mas a sanção parte do próprio grupo social, como a marginalização de pessoas com vício em entorpecentes. A sanção é a mera reprovação por parte do grupo social.
Normas passam a ser jurídicas quando incorporadas ao direito, por causa de sua importância. O respeito à faixa do pedestre era uma norma do campo moral que por sua relevância social passou a ser jurídica, com sanção aplicável pelo Poder Público.
__________________//_______________
Juspositivismo e jusnaturalismo.
O direito positivo e direito natural são duas posições filosóficas que explicam e justificam o direito.
O direito resultante da elaboração legislativa é dito positivado. São as normas em vigor, que devem ser cumpridas sob pena de sanção.
Normas éticas, que orientam o comportamento dos indivíduos, mas não possuem sanção provinda do Poder Público são normas costumeiras, ou de ordem moral. Trata-se do direito natural.
Todas as normas são de moral, mas só as de sanção imposta pelo Estado são normas de direito. As normas de direito são as que o Poder Público considera imprescindíveis para a vida da sociedade.
O legislador, inspirado pelo direito natural, achou conveniente atribuir força coercitiva a certas condutas, impondo sanção à sua desobediência.
---xxx---
Do Direito:
Direito como lei é o conjunto de normas de comportamento na sociedade, estabelecida por uma organização com poder soberano e imposta coativamente à observância de todos.
Direito Objetivo e Direito Subjetivo:
Direito Objetivo: conjunto de normas que a todos vincula, pois o cumprimento é obrigatório, sob pena de sanção. Chama-se “norma agendi”.
Direito Subjetivo: é o direito como faculdade, prerrogativa do indivíduo, decorrente da norma, ou “facultas agendi”. Trata-se da opção do indivíduo de invocar a norma a seu favor.
Ex.: A CF garante o direito de imagem (direito objetivo). O indivíduo que sofre violação em sua imagem pode invocar tal norma para defender o seu interesse (direito subjetivo).
---xxx---
Direito Público e Direito Privado
Tanto o direito público como o direito privado interessam para a sociedade. As normas de direito de família, estabelecidas no Código Civil, são de interesse público. O cumprimento contratual pode interessar diretamente ao credor, mas indiretamente atender ao interesse social para a segurança jurídica, a estabilidade, a saudável e necessária circulação dos bens.
É por isso que a distinção entre direito público e direito privado não deve seguir por esse critério (o do interesse privado e do interesse particular).
A diferença é que o direito público traz normas de conduta que disciplinam a atuação de pessoa jurídica de direito público, como o direito tributário, o direito constitucional, o direito processual civil, o direito processual penal ou trabalhista, o direito administrativo e o direito internacional público.
O direito privado rege a conduta de pessoa física ou de pessoa jurídica de direito privado. É o caso do direito civil, do direito empresarial, do direito material do trabalho, do direito internacional privado.
São exemplos de sub-ramos do direito público:
-Direito Constitucional, que organiza o Estado.
-Direito Administrativo, que disciplina a atividade do Estado e a hierarquia dos seus órgãos, das relações com seus funcionários etc..
-Direito Processual, que trata da distribuição da justiça.
-Direito Penal, que visa à repressão dos delitos.
O Direito Privado já foi sinônimo de direito civil. Hoje, como ocorre em outras ciências, como na medicina, em função do aumento do conhecimento, da necessidade de especialização, temos vários sub-ramos de direito privado.
O atual Código Civil (Lei nº 10.406, de 10-1-2002) reúne direito civil e empresarial, quando trata no livro II da Parte Especial do Direito de Empresa, tratando de contratos de direito empresarial, como comissão, agência e distribuição, corretagem e transporte.
São exemplos de sub-ramo de direito privado:
-Direito Empresarial, que trata do regime jurídico aplicável a empresas e das relações entre empresários, ou entre estes e seus clientes (regras concernentes a falência, registro etc.).
-Direito do trabalho, que cuida da relação empregado e empregador, objeto da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
---xxx---
CONCEITO DE DIREITO CIVIL.
O Direito Civil surge quando o homem passa a viver em sociedade (cf. Roberto Senise Lisboa, Manual de Direito Civil – Teoria Geral do Direito Civil, 5ª ed., Ed. Saraiva, p. 59). Conforme esse autor:
“A expressão ius civile, originária do direito romano, designava a normatização que cada povo constituía para si próprio. Representava um sistema de coordenação e domínio” (idem; ibidem).
Hoje o direito internacional impacta a forma como cada Estado soberano disciplina a conduta de seu povo, dentro do seu território.
O Direito Civil, principal sub-ramo do Direito Privado, é o conjunto de normas que regulamentam a conduta das pessoas físicas e das pessoas jurídicas de direito privado no que concerne às obrigações, contratos, direitos reais, direito de família e direito de sucessão. Engloba a responsabilidade civil decorrente de violação de lei, contrato ou dever social.
O primeiro Código Civil brasileiro foi o de 1916.
Antes do CC/1916, vigoravam no Brasil as leis portuguesas, quais sejam: Ordenações Afonsinas (elaboradas com normas que datam de 1212), Ordenações Manuelinas (1521), Ordenações Filipinas (1603) e a Lei da “Boa Razão” (1769).
As fontes dessas legislações, que inspiraram o C.C. brasileiro de 1916 foram:
1º- Direito Romano
2º- Direito Canônico
O Código Napoleônico de 1804 e o Código alemão de 1836 também influenciaram o Código Civil brasileiro de 1916.
Obs.:após a Independência, a lei de 20/10/1823 determinou que continuasse a vigorar a legislação do Reino. A peça maior e estrutural da legislação do Reino eram as Ordenações Filipinas, acrescidas de leis posteriores, que vigeu no Brasil até revogação (em 31.12.1916) pelo art. 1807 do C.C. Vigeu mais que em Portugal, onde o Cód. de 1867 a revogou. 
Em 1899, Clóvis Bevilácqua apresentou o projeto do C.C. brasileiro, que quinze anos depois se converteu em C.C. e foi promulgado em 1º de janeiro de 1916 e entrou em vigor em 1º de janeiro de 1917.
____________//_________O Código Civil brasileiro de 1916:
Possuía duas partes: geral e especial. É antecedido pela então chamada LICC (Lei de Introdução ao Código Civil, lei sobre leis, para todos os ramos do direito, não só para o direito civil).
Do art. 7º em diante, a LICC trata da aplicação da lei em caso de conflito entre ordenamentos de mais de um Estado soberano, definindo as normas do direito internacional privado. O texto da LICC foi reformulado aos 4/ 9/ 1942, pelo dec.–lei nº 4.657.
A parte geral contém preceitos aplicáveis à parte especial e se divide em três livros:
Livro I – das pessoas (sujeitos de direito).
Livro II – dos bens (objeto do direito)
Livro III – dos fatos jurídicos (das relações jurídicas).
A parte especial divide-se em quatro livros:
I- Direito de Família
II- Direito das Coisas
III- Direito das Obrigações
IV- Direito das Sucessões
O C.C./1916 ao ser revogado já se encontrava em muitos aspectos ultrapassado, posto que refletisse os costumes do século XIX (foi feito no final do séc. XIX, embora tenha entrado em vigor aos 16/1/1917, início do séc. XX).
O C.C. refletia os interesses de sociedade conservadora, cujos valores foram muito modificados e nem se comparam aos da sociedade contemporânea, mais complexa e menos preconceituosa.
Houve várias tentativas de reforma do C.C./1916, mas venceu a corrente que preferiu revogá-lo por inteiro.
Muitas leis já foram alteradas durante a vigência do C.C./1916, por exemplo pelo ECA, pela Lei nº 4.121/1962 (chamada de Estatuto da Mulher Casada), pela Lei nº 6.515/1977 (a Lei do Divórcio), só para citarmos algumas.
---xxx---
Da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB - novo nome da antiga “Lei de Introdução ao Código Civil”, cf. Lei nº 12.376, de 30.12.2010).
A Lei, chamada originariamente de Lei de Introdução ao Código Civil – LICC, é uma “Lei sobre leis”.
Trata-se do Decreto-Lei nº 4.657/4.9.42, que revogou a primitiva LICC, que entrou em vigor junto com o CC/1916.
O objeto da LICC é a própria lei. Trata-se de regras gerais de aplicação das normas jurídicas.
Aqui está a disciplina acerca da vigência da lei e de sua revogação, da impossibilidade de se alegar a ignorância da lei, da aplicação da lei e de suas lacunas, da interpretação da lei e de sua eficácia no tempo e no espaço.
Lei – conceito:
É uma regra geral que emana de autoridade competente, sendo portanto imposta, coativamente , à obediência de todos.
---xxx---
Classificação da lei
Há muitas classificações.
Quanto à sua força obrigatória, as leis se distinguem em cogentes, de ordem pública, que não podem ser alteradas por convenção entre as partes, por atender ao interesse geral, e regras dispositivas (ou supletivas, ou interpretativas, de ordem privada, facultativas), que não estão diretamente ligadas ao interesse da sociedade, e que por isso podem ser derrogadas por convenção entre as partes. Tais normas suprem a vontade das partes em caso de silêncio. Exemplo de norma cogente: direito do parente de exigir alimento. A regra interessa à sociedade – é importante que o indivíduo tenha alimento. Já a norma supletiva é por exemplo aquela que determina o regime de bens no casamento, de comunhão parcial de bens, caso não haja pacto nupcial ou regime obrigatório distinto.
Outro exemplo de norma supletiva: o local de pagamento da obrigação é o domicílio do devedor, mas as partes podem convencionar que o local de pagamento é o domicílio do credor.
__________________//__________________
Fonte da lei:
Poder Legislativo. Mas na confecção da lei também colabora o Poder Executivo, que sanciona (aprova) ou veta o projeto de lei.
A publicação torna a lei de conhecimento da sociedade.
Da vigência da lei: art. 1º da Lei de Introdução.
A lei começa a vigorar salvo disposição em contrário 45 dias após a publicação oficial. O intervalo entre a publicação da lei e a sua entrada em vigor chama-se “VACATIO LEGIS” ou vacância.
Validade, vigência e eficácia têm conceitos bastante distintos no direito. Uma lei válida por já ter sido promulgada e publicada, pode não estar em vigor, posto que temos a vacância. E ainda que já esteja em vigor, pode não ser respeitada, distanciando-se do fato social, caindo em desuso. Neste caso, é válida e vigente, mas não possui eficácia.
Ocorre que a maioria das leis traz em seu texto a data em que passará a viger. Em geral, está escrito que a lei passa a viger na data de sua publicação.
E pode-se conceder mais tempo para adaptação, fazendo constar que o período de espera é maior. Ex.: CC/1916, publicado em 1º/ 1/ 1916, passou a viger em 1º/ 1/ 1917.
Até quando vigora a lei:
- lei temporária (CPMF/ incentivo fiscal): ex.: Lei do inquilinato de 28/ 12/ 1952 – nº 1.300, traz o tempo de vigência no seu texto (no ex. a lei iria vigorar da data de sua publicação até 31/ 12/ 1952 – art. 22). O legislador queria regular relação jurídica transitória, por causa da crise nas habitações.
- lei sem termo fixo de duração (a maioria): é feita para viger por tempo indeterminado, e só perde sua eficácia se outra posterior a revogar.
Art. 1º, §1º. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia 3 (três) meses depois de oficialmente publicada.
E se antes de entrar em vigor ocorrer nova publicação por causa de texto corrigido, o prazo começa sempre da nova publicação (art. 1º, §3º). As correções a texto de lei já em vigor são consideradas lei nova (§4º do art. 1º).
_______________//______________
Da revogação da lei (art. 2º, Lei de Introdução).
Dissemos que a lei sem termo fixo de duração (não temporária) irá viger por tempo indeterminado, e só perde sua eficácia se outra posterior a modificar ou revogar (art. 2º, caput da Lei de Introdução).
Uma lei só se revoga por outra lei. E há hierarquia entre as leis (em ordem hierárquica: CF; lei complementar; lei ordinária; portarias). Uma lei não pode ser revogada por outra hierarquicamente inferior.
Três hipóteses em que a lei posterior revoga a anterior (§1º do art. 2º):
1- a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare;
2- quando for com ela incompatível;
3- ao regular inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
Lei geral não revoga lei especial porque não trata da mesma matéria, não é necessariamente incompatível.
Da repristinação: é o fenômeno de recuperação de lei já revogada, pela revogação da lei que a modificou, ou a revogou. Não ocorre no direito brasileiro a repristinação automática, nos termos do §3º do art. 2º da Lei de Introdução. A lei revogada só volta a ter validade e vigência caso haja disposição expressa nesse sentido:
“§3º. Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência”.
____________________//______________
Do conhecimento da lei (art. 3º da Lei de Introdução):
Publicada a lei e passada a vacância, a lei entra em vigor e vincula a todos, por sua força coercitiva. Ninguém pode fugir de cumpri-la, ainda que ignore a sua existência. A presunção absoluta é de que todos conhecem a lei.
É uma ficção jurídica que visa a segurança jurídica, uma inverdade, visto que as leis se multiplicam de tal forma que nem os profissionais as conhecem em sua totalidade. Mas a presunção, que vem do direito romano, é uma imposição da ordem jurídica, sem a qual a vida em sociedade seria impossível. Se não houvesse a obrigatoriedade, qualquer um se furtaria de cumprir a lei, sob pretexto de ignorá-la. E a estrutura da sociedade depende do império da ordem jurídica.
Então, como a lei pretende a todos vincular e de todos exigir obediência, presume-se que cada um a conheça, não aceitando a alegação de sua ignorância. Isto conforme art. 3º da Lei de Introdução.
---xxx---
Questões:
O que é direito positivo?
R.: Norma de direito vigente, com sanção formulada pelo Poder Público.
Diferenciar direito objetivo e direito subjetivo.
R.: Direito objetivo: norma que se dirige a todos, que regula a ação humana – “norma agendi”.
Direito subjetivo: “Facultas agendi”, prerrogativa,faculdade decorrente da norma, que pode ser invocada pelo particular em defesa do seu interesse.
Questões sugeridas para reflexão e estudo:
1. Diferencie Direito Público e Direito Privado.
2. Distinguir norma cogente de norma dispositiva (citar exemplos).
R.: Cogente: não pode ser descumprida por convenção entre as partes (ex.: alimentos). Dispositiva, ou supletiva, supre a vontade das partes em caso de silêncio dessas. As partes podem dispor ao contrário (ex.: local de pagamento é o domicílio do devedor – as partes podem designar o domicílio do credor).
3. O que se entende por “VACATIO LEGIS”? Como ocorre?
R.: Intervalo entre a publicação da lei e sua entrada em vigor. É de 45 dias se no texto da lei não houver disposição em contrário.
4. Explicar lei temporária e lei sem termo fixo de duração.
R.: A 1ª vigora no tempo previsto em seu texto. A 2ª vigora até a sua modificação ou revogação por outra lei (não hierarquicamente inferior).
5. Quais as hipóteses de revogação de uma lei? Explicar (cada uma).
R.: 1ª: quando a lei posterior declara expressamente a revogação da lei anterior.
2ª: quando a lei posterior for incompatível com a lei anterior.
3ª: quando a lei posterior regular inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior (art. 2º, §1º, Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro).
---xxx---
As fontes do direito. Aplicação da lei diante das lacunas do ordenamento jurídico (art. 4º da Lei de Introdução).
Para dirimir os conflitos sociais, resolver os casos concretos, o juiz procura na sistemática do direito a lei que deve ser aplicada. É função do Estado, exercida através do Poder Judiciário.
A função consiste em transferir para um caso concreto a decisão que se encontra na regra abstrata.
Regra em abstrato – premissa maior de um silogismo (sistema lógico).
Temos:
Regra geral (premissa maior)
Caso concreto (premissa menor)
Conclusão.
Não havendo lei, o juiz não se pode recusar a decidir, sob pena de conturbar a ordem social. O Estado deve solucionar o conflito entre os particulares.
Lei omissa, “lacuna da lei” é reconhecida pelo legislador: “Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito” (art. 4º da Lei de Introdução).
Em função de desenvolvimento, científico e tecnológico, o legislador nunca pode prever todos os casos concretos. Nem seria conveniente uma lei tão detalhista, que engessasse a atuação do magistrado diante de cada caso concreto.
Novos meios de transporte, novas técnicas de reprodução humana assistida, a internet e outros instrumentos trouxeram a necessidade de novas regras.
Analogia: quando o juiz aplica a casos semelhantes as soluções oferecidas pelo legislador a casos análogos. Se a lei regula de certo modo determinada relação jurídica, então deve regular do mesmo modo relação jurídica semelhante.
UBI EADEM RATIO, IDEM JUS – onde houver a mesma razão, o mesmo deve ser o direito.
Ex.: acidentes em transportes de bondes elétricos – aplicava-se a lei relativa à responsabilidade civil nas estradas de ferro.
Costume: uso reiterado de certa prática em uma sociedade. Ex.: fixação da taxa (comissão) de corretagem, que varia de acordo com o local. Foi assim com o cheque pré-datado, que no começo era admitido por causa do costume.
Costume na omissão da lei (praeter legem) e contra a lei (contra legem):
Ex.: quando se aceita testemunha para provar compra e venda de gado, envolvendo valor alto, superior ao décuplo do salário mínimo, em Barretos – SP, adota-se costume contrário ao art. 227 do CC/2002. O mesmo ocorre quando a jurisprudência admite prova testemunhal para o comodato, quando tem por objeto coisa de valor superior ao prescrito no mesmo dispositivo.
-princípios gerais de direito (lei alienígena – art. 1.409, CC italiano – cessão de contrato): normas extraídas de ordenamentos jurídicos de outro Estados, e princípios do senso comum. Conforme Roberto Senise Lisboa: “Princípios gerais do direito são parâmetros inspiradores das normas jurídicas positivadas, que podem até suprir a falta de norma ou contribuir para o seu melhor entendimento”. (In Manual de Direito Civil –Teoria Geral do Direito Civil, 5ª ed. Ed. Saraiva, p. 28). O autor cita entre outros os seguintes princípios: viver honestamente, não lesar o próximo, dar a cada um o que é seu.
____________//_________
Da interpretação da lei
A norma jurídica nem sempre é clara, e sempre deve ser interpretada para que saibamos se é aplicável ou não ao caso concreto. A norma às vezes é obscura, e às vezes tem conceitos amplos (vagos, de textura aberta). Ex.: bem-comum, negligência, boa-fé.
É preciso observarmos a regra com cuidado para obtermos o seu verdadeiro sentido. Ex.: art. 153, § 8º da Emenda Constitucional de 1969 – trazia possibilidade de censura em caso da proteção da “moral” e dos “bons costumes”. Dentro desses conceitos o administrador incluía tudo o que ia contra ele. E abusava ao impor censura. É preciso delimitar o que é “imoral” e “bons costumes”. E atualmente – o que é “liberdade”? Até que ponto vai?
Precisar o conteúdo exato da norma é interpretar. A interpretação, quanto à fonte, é doutrinária, jurisprudencial ou autêntica (do legislador).
A interpretação, quanto ao meio, é:
-tradicional, para alcançar a vontade (intenção) do legislador.
-literal ou gramatical, para saber o sentido exato de cada vocábulo, examinando-se a pontuação, tentando estabelecer o que a regra determina.
- sistemática, que leva em conta o sistema, confronta os dispositivos, analisa em que título se situa o artigo, o plano da lei.
-lógica, que aplica ao direito regras da natureza, como a interpretação a contrario sensu, ou a que determina que “quem pode mais, pode menos”: O devedor que pode pagar dia 10, pode pagar dia 9, dia 8 etc.
-histórica, que considera o contexto social em que a lei foi elaborada, como a época ditatorial em que se criou a hoje revogada Lei de Imprensa, em 1967. Cuida de examinar os trabalhos que precederam a promulgação da lei, das discussões para a elaboração da lei, dos anseios que veio a lei satisfazer, das necessidades à época em que foi feita a lei.
Ex.: Lei de imprensa – 5.250/ 67, art. 52 – permitia limitação da indenização por dano moral. Na época, não era vigente a CF/ 88, que assegura hoje ampla proteção contra os danos morais. Por isso, interpretou-se que a CF/88 não havia recepcionado o texto do art. 52.
Interpretação conforme a vontade do legislador é menos importante que a interpretação que atende aos fins sociais a que se dirige a norma, e às exigências do bem comum (art. 5º, Lei de Introdução).
A finalidade da norma é o mais relevante na interpretação (estudo do telos, do fim a que se destina, que é dirimir os conflitos sociais).
Essa forma de interpretação, chamada teleológica (que visa o “fim”, a “finalidade”), é a que importa, porque a lei disciplina relações que se estendem no tempo e que o legislador nem conhecia ou nem previa. É preciso ver qual a finalidade da lei, qual o problema a ser resolvido.
O art. 5º determina que ao aplicar a lei o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
________________//_________________
Da eficácia da lei no tempo. Art. 6º da Lei de Introdução.
A lei nova é melhor para a sociedade, presume-se. Trata-se de presunção relativa.
A lei gera efeitos a partir do momento em que entra em vigor , mas: tais efeitos podem atuar sobre fatos anteriores. Pode a lei retroagir, ou seja, gerar efeitos sobre relação que se consumou antes da sua vigência.
Certas vezes, fatos continuam no tempo e são apanhados por lei nova, que revoga a anterior. A lei que regeu a feitura de certo fato pode ser revogada por lei nova.
CF/ 88 – permite a retroatividade, excluindo (da retroatividade) certas espécies de atos – coisa julgada, ato jurídico perfeito e direito adquirido.
CF/ 88 – art. 5º, XXXVI.
O casamento anterior ao CC/02 pode sofrer alteração quanto ao regime de bens, o que não era permitido sob a vigência do CC anterior,de 1916, ou mesmo se desfazer extrajudicialmente, no cartório de notas, o que não era permitido quando da sua celebração. Trata-se da retroatividade.
Supõe-se que a lei nova seja melhor que a anterior, por isso houve a inovação, e a aplicação da nova lei deve ocorrer desde logo. A lei nova atende a um interesse social, então deve retroagir.
Em caso de interesse social, benefício para as partes, a lei retroage. Ex.: lei que veda o divórcio, ou que o permite, ou que traga novo impedimento matrimonial, ou, no direito penal, que diminui ou extingue a pena a que foi condenado certo indivíduo.
Só não pode retroagir se desrespeitar o ato jurídico perfeito (já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou), o direito adquirido (aquele que já pode ser exercido, ou sujeito a termo ou a condição) e a coisa julgada (decisão judicial de que já não caiba recurso).
__________________//___________
Da eficácia da lei no espaço.
Trata-se de questão de soberania e seus elementos: povo, poder e território. Internamente, a soberania é o poder estabelecer as leis dentro de seu território, para o cumprimento obrigatório pelo povo.
É o poder do Estado sobre o povo, através de leis obrigatórias, a serem cumpridas dentro do seu território. Então: “leges non valent ultra territorium”.
Ocorre que tal preceito não é absoluto. As normas de um país podem ter eficácia fora de seu território.
Às vezes é conveniente atribuir eficácia a normas estrangeiras dentro das fronteiras de um país, quando se trata de regulares relações entre estrangeiros ali localizados. Trata-se de transigência recíproca, entre os países, que não fere (ou diminui) a soberania (porque é o próprio país soberano que permite, em alguns casos, que a lei estrangeira tenha eficácia dentro do seu território).
Ex.: Art. 8º, caput da Lei de Introdução: para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados. Art. 9º, caput da Lei de Introdução – regem as obrigações as leis do país em que se constituírem.
Tais problemas, de eficácia da lei no espaço, são tratados pelo direito internacional privado, que resolve os conflitos, aplicando-se os art. 7º e s. da Lei de Introdução.
O Direito Internacional Privado é o conjunto de princípios que determina os limites no espaço da competência legislativa dos Estados, quando têm de aplicá-las às relações jurídicas que podem ser submetidas a mais de uma legislação.
MÓDULO 2
Das pessoas naturais
Personalidade Jurídica
1. Introdução
O ser humano, em sociedade, encontra-se em processo de interação com o seu semelhante, ou seja, sendo parte de relações sociais. As relações sociais, quando disciplinadas pelas normas jurídicas, transformam-se em relações jurídicas. A relação jurídica é, pois, a relação social tutelada pelo Direito.
Os elementos da relação jurídica são: sujeitos (ativo e passivo), bem jurídico e vínculo jurídico.
Sujeitos de relações jurídicas são as pessoas naturais (seres humanos) e as pessoas jurídicas (entes a que a lei empresta personalidade jurídica para que possam ser sujeitos de direito e obrigações).
Bens jurídicos – são as coisas materiais ou imateriais que podem ser objeto de uma relação jurídica.
O fato propulsor do vínculo jurídico ou fato jurídico – é um fato social, que é um acontecimento, dependente ou independente da vontade humana, previsto na norma como fato jurídico, capaz de criar, modificar ou extinguir direitos.
2. O que é pessoa na acepção jurídica?
É todo ente físico (natural) ou jurídico (moral) suscetível de direitos e deveres.
3. E pessoa natural?
Pessoa Natural é o ser humano, nascido com vida, considerado como sujeito de direitos e deveres – art. 1º, CC.
4. Personalidade Jurídica da Pessoa Natural
O Código Civil distingue a personalidade jurídica da pessoa natural em:
4.1. Personalidade Jurídica Objetiva – (art. 2º)
É a aptidão genérica que todo ser humano tem, pelo simples fato de ter nascido com vida, para ser sujeito de direitos e deveres na vida civil.
Reza o art. 2º que a personalidade civil da pessoa começa no nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Assim, o nascituro, que tem diversos direitos salvaguardados pela lei, não tem personalidade jurídica, uma vez que esta pressupõe o nascimento com vida (expulsão natural ou artificial do ventre materno).
Para adquirir personalidade jurídica não basta nascer, tem que viver (nem que seja um milésimo de segundo).
No ordenamento jurídico brasileiro a vida não precisa ser viável. Se o ser nascente respirar apenas uma vez já adquire personalidade jurídica. Se o ser nascente não apresentar forma humana também é pessoa e possui personalidade jurídica.
Quem é o nascituro?
É o embrião ou feto, ou seja, o ser humano já gerado, mas que ainda está por nascer.
Exemplos de regras que visam proteger o nascituro no Código Civil:
Art. 1609, parágrafo único – Reconhecimento de filho havido fora do casamento.
Art. 1779 – Curatela do nascituro.
Art. 542 – Doação feita ao nascituro.
Art. 1799, I – Sucessão testamentária do nascituro (pode ser beneficiário em testamento).
4.2. Personalidade Jurídica Subjetiva (art. 11 ao art. 21)
Direitos da Personalidade
Para satisfazer suas necessidades nas relações sociais, o ser humano adquire direitos e assume obrigações, sendo, pois, sujeito ativo e passivo de relações jurídicas de ordem econômica. 
Contudo, além dos direitos patrimoniais, a pessoa natural tem direitos da personalidade, os quais se ligam a ela de maneira perpétua.
Os direitos da personalidade são os direitos subjetivos da pessoa natural defender o que lhe é próprio, ou seja, a sua integridade física (vida, alimentos, próprio corpo vivo ou morto, corpo alheio vivo ou morto, partes separadas do corpo vivo ou morto); sua integridade intelectual (liberdade de pensamento, autoria artística, científica ou literária) e sua integridade moral (honra, identidade pessoal, familiar e social, privacidade, intimidade).
Assim a personalidade jurídica subjetiva é composta dos direitos da personalidade, isto é, o conjunto de caracteres próprios e exclusivos do ser humano. A personalidade jurídica subjetiva não é um direito que a lei concede. É direito inato e, portanto, natural do ser humano, protegido pela Lei. 
Saliente-se que a enumeração constante do Capítulo II, do Título I, da Parte Geral, do Código Civil não é taxativa (numerus clausus), mas tão somente exemplificativa.
a) Características - art. 11 – são intransmissíveis e irrenunciáveis.
Doutrina: Os direitos da personalidade são intransmissíveis, irrenunciáveis, ilimitados, indisponíveis, impenhoráveis, imprescritíveis, extrapatrimoniais e vitalícios.
Ressalte-se que a indisponibilidade dos direitos da personalidade é relativa. Exemplos: disponibilidade da imagem dos modelos, mediante remuneração; doação de órgãos ou tecidos com finalidade terapêutica ou científica (art. 13. par. único).
b) Classificação
b.1. Direito à integridade física – art.13, 14 e 15 c.c. Lei n. 9434/97- Transplante de Órgãos.
b.2. Direito à integridade intelectual – liberdade de pensamento, autoria científica, artística e literária.
b.3. Direito à integridade moral – liberdade civil, política e religiosa; direito à identidade (art.16, 17, 18 e 19); direito à imagem (art. 20) etc.
c) Limitações do Direito à Imagem - art. 20, 1ª parte: Salvo se autorizadas*, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública...
· pessoas notórias – a difusão de sua imagem sem seu consenso deve estar relacionada à atividade, sem invasão da sua privacidade.
· cargos públicos – idem
· atendimento ao serviço da administração da justiça ou da polícia - ex. “procura-se”
· interesse público – fins científicos, doenças raras que levem à exposição necessária das partes do corpo de alguém contaminado, sem que seja possível a sua identificação.
· imagem como parte de um cenário – shows, desfile de carnaval etc.
· identificaçãocompulsória – documentos de identidade.
* Obs.: O direito à privacidade não se sobrepõe à liberdade de expressão. Por unanimidade, em 10 de junho de 2015 o Plenário do Supremo Tribunal Federal julgou procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4815 e declarou inexigível a autorização prévia para a publicação de biografias. Seguindo o voto da relatora, ministra Carmen Lúcia, a decisão dá interpretação conforme a Constituição aos art. 20 e 21 do Código Civil, em consonância com os direitos fundamentais à liberdade de expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença de pessoa biografada, relativamente a obras biográficas literárias ou audiovisuais (ou de seus familiares, em caso de pessoas falecidas).
Na ADI 4815, a Associação Nacional dos Editores de Livros (ANEL) sustentava que os artigos 20 e 21 do Código Civil conteriam regras incompatíveis com a liberdade de expressão e de informação. O tema foi objeto de audiência pública convocada pela relatora em novembro de 2013, com a participação de 17 expositores.
d) Dano Moral Subjetivo e Dano Moral Objetivo
O dano moral subjetivo é exclusivo da pessoa humana. Conforme disposto no art. 12, a violação, com ameaça, ou com lesão a direito da personalidade, gera o direito de reclamar perdas e danos (moral e patrimonial), sem prejuízo de outras sanções (ex. sanções penais).
E a pessoa jurídica? Entende a jurisprudência que a pessoa jurídica tem proteção e indenização por dano moral.
Ressalte-se, todavia, que a personalidade da pessoa jurídica é só de ordem civil, sendo que o dano moral suportado pela pessoa jurídica é objetivo. A pessoa jurídica não sofre, não chora, não suporta dor. Entretanto, é comum a violação de seu prestígio, bom nome, confiança do público, probidade comercial etc.
Reza o art. 52: Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
Desta forma, caso a pessoa jurídica seja violada em sua “boa fama” poderá pleitear perdas e danos (patrimonial e moral objetivo), desde que prove a ocorrência de prejuízo. 
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Individuação da Pessoa - Estado da Pessoal Natural
1. Conceito: o estado (status) da pessoa natural é a soma das qualificações na sociedade, hábeis a produzir efeitos jurídicos. É, segundo Clóvis Bevilácqua, o modo particular da pessoa existir.
Aspectos do estado da pessoa natural: individual, familiar e político
O estado individual é o modo de ser da pessoa quanto à idade, sexo, cor, altura, saúde etc. Vale salientar que algumas dessas particulares (idade e saúde) exercem influência sobre a capacidade civil (maioridade e menoridade). 
O estado familiar é que indica a situação da pessoa na família em relação ao matrimônio (solteiro, casado, separado, divorciado, viúvo) e ao parentesco consanguíneo (pai, filho, irmão) ou afim (sogro, genro etc).
O estado político é a qualidade jurídica que decorre da posição do indivíduo na sociedade política, podendo ser nacional, podendo ser nato (art. 12, I, Constituição Federal) ou naturalizado (art. 12, II, a, Constituição Federal) ou estrangeiro (art. 12, II, b, Constituição Federal).
2. Atributos do Estado da Pessoa Natural:
a) Indivisibilidade – ninguém pode ser ao mesmo tempo casado e solteiro, menor e maior. O estado é uno e indivisível. A opção de dupla nacionalidade se trata de exceção.
b) Indisponibilidade – o estado é inalienável e irrenunciável, embora modificável ao longo da vida (menor torna-se maior, casado, torna-se viúvo, etc).
c) Imprescritibilidade – não se perde nem se adquire pela passagem do tempo, uma vez que integra a personalidade.
3. Individualização da Pessoa – Nome da Pessoa Natural
A identificação da pessoa na sociedade se dá pelo nome, que a individualiza, pelo estado, que define a sua posição na sociedade política e na família e pelo domicílio, que é o lugar de sua atividade social.
3.1. Conceito: o nome da pessoa, parte integrante de sua personalidade, é o sinal exterior pelo qual ela é individualizada e reconhecida no seio da família e na sociedade. O nome é inalienável, imprescritível e protegido juridicamente – art. 16, 17, 18 e 19 do Código Civil (o art. 185 do Código Penal tipifica o crime de usurpação de nome). Vale ressaltar que os criadores intelectuais muitas vezes identificam-se pelo pseudônimo (Ex.: Tristão de Ataíde – Alceu Amoroso de Lima; Di Cavalcanti – Emiliano de Abulquerque Melo; José Sarney – José Ribamar Ferreira de Araújo; Xuxa – Maria das Graças Meneghel).
3.2. Natureza Jurídica do Nome: o nome é considerado pela legislação civil como um direito da personalidade (art. 11 e seg. do Código Civil).
3.3. Aspectos do Nome
a) Aspecto Público – Lei 6017/73 – Lei dos Registros Públicos – art. 54 a 58 cc art. 16 a 19, CC. O aspecto público do direito ao nome advém do fato de estar ligado ao registro da pessoal natural. O Estado determina princípios que disciplinam o exercício do nome, determinando a imutabilidade do prenome (art. 58 da LRP), salvo exceções precedidas de justificação e autorização de juiz togado (art. 56, 57 e 58).
b) Aspecto Individual - art. 16, CC. Tal aspecto manifesta-se na autorização legal que tem o indivíduo de usá-lo, fazendo-se chamar por ele e defendê-lo de quem o usurpar. A lei reprime, ainda, os abusos cometidos por terceiros relacionados com a exposição do nome sem autorização da pessoa, ridicularizando-o mesmo que não tenha intenção difamatória (art. 17, CC).
3.4. Elementos constitutivos do nome completo 
Prenome – Pode ser escolhido livremente pelos pais, desde que não exponha o filho ao ridículo (art. 55, parágrafo único). O oficial pode recusar a registrar o nome. Caso os pais não se conformem com a recusa, o oficial submeterá por escrito o caso à decisão do juiz competente, independentemente da cobrança de emolumentos. O prenome pode ser simples (Ana); composto (duplo - Ana Maria; triplo ou quádruplo – Caroline Louise Marguerite – princesa de Mônaco).
Sobrenome (apelido de família) - Sinal que identifica a procedência da pessoa, indicando a sua filiação ou estirpe, sendo, pois, imutável. O sobrenome é adquirido com o nascimento (art. 55, LRP). O sobrenome pode ser lançado de ofício pelo escrivão do ofício diante do prenome escolhido pelo pai. O sobrenome pode ser do pai, da mãe ou de ambos. Assim, pode ser simples (Silva) ou composto (Arruda Penteado) e pode ainda vir acompanhado das partículas de, do, da, dos , das ,etc. (da Silva, de Alencar, etc).
A inscrição do sobrenome ou apelido de família no Registro competente tem caráter puramente declaratório.
O registro de filhos havidos fora do casamento é regulado pelos art. 59 e 60, LRP. O nome do pai não será lançado sem que este expressamente o autorize. A Lei 8560/92 obriga o escrivão a remeter ao juiz os dados sobre o suposto pai, que será convocado a reconhecer voluntariamente o filho. Caso o suposto pai não o faça, os dados serão encaminhado ao Ministério Público, que poderá promover ação de investigação de paternidade.
O reconhecimento de filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será feito nos moldes previstos no art. 1609, CC, que permite inclusive que se faça por escrito particular, a ser arquivado em cartório, e também por qualquer espécie de testamento. A aquisição do sobrenome poderá decorrer também de ato jurídico como adoção, casamento ou por ato do interessado, mediante requerimento ao magistrado. Na adoção, o adotado deverá adotar o sobrenome do adotante (art. 1626).
3.5. – Inalterabilidade Relativa do Nome
O princípio da inalterabilidade do nome é de ordem pública. Contudo, tal princípio sofre algumas exceções:
1ª. Exposição do portador ao ridículo – art. 55, par. Único, LRP. Ex.: Sum Tim Am; Graciosa Rodela D’Alho; Odete Destemida Correta; Antonio Carnaval Quaresma etc.
2ª. Erro gráfico evidente – art. 50 e 110, LRP. Ex.: Osvardo (Oswaldo); Ulice (Ulisses) Oxinton (Wasghinton). O procedimento é de retificação e não de alteração do nome.3ª. Causa de embaraços no setor eleitoral e comercial ou em atividade profissional, evitando-se a homonímia, incluindo-se o sobrenome de família materno.
4ª Apelido notório – art. 58, LRP Ex.: Zezé de Camargo.
5ª. Alteração do nome completo para proteção de vítimas e testemunhas de crimes, bem como de seu cônjuge, convivente, descendentes e dependentes, mediante requerimento ao juiz competente para Registros Públicos, ouvido o representante do Ministério Público – art. 77, § 7º cc. art.58, par. único).
6ª. Alteração voluntária a pedido do interessado assim que completa a maioridade – art. 56, LRP. O interessado, no primeiro ano após ter atingido a maioridade civil pode pessoalmente ou por meio de procurador, alterar o seu nome, pela via administrativa e por decisão judicial, desde que não prejudique os apelidos de família. A alteração será publicada pela imprensa. 
7ª. Alteração voluntária a pedido do interessado posterior à maioridade – art. 57, LRP. Somente por ação de retificação de nome. Tal retificação pode ser usada também para a inclusão do patronímico do companheiro, no caso da união estável – art. 57, § 3º. A alteração será publicada na imprensa.
8ª Alteração compulsória de prenome no caso de gêmeos ou irmãos de igual prenome – art. 63. LRP. Os irmãos que tiverem idêntico prenome deverão ser inscritos com prenome duplo ou nome completo diverso, de modo que possam distinguir-se.
9ª Entendimento Jurisprudencial
a) Alteração do prenome autorizando a tradução de nomes estrangeiros: Ex.: João no caso de Giovanni, Domingos no caso de Domenico etc.
b) Alteração do nome que consta no Registro para aquele pelo qual a pessoa é conhecida pessoalmente. Ex.: a pessoa é conhecida (desde o nascimento) como Maria Luciana e em seu registro consta o nome Maria Clodoalda. 
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Da capacidade da pessoa natural
1. Conceito
Capacidade jurídica é a medida da personalidade jurídica objetiva da pessoa humana, sendo visualizada sob aspectos: capacidade de direito e capacidade de exercício.
O conceito da capacidade de direito se equivale ao conceito de personalidade jurídica, ou seja, é a aptidão genérica que todo ser humano tem para ser sujeito de direitos e deveres na vida civil.
A capacidade de exercício (de fato) é determinante da possibilidade de a própria pessoa exercer os direitos e deveres por si mesma.
A capacidade plena (de direito e de exercício) é a regra e a incapacidade é a exceção.
2. Incapacidade
A incapacidade é a restrição legal ao exercício dos atos da vida civil, devendo ser encarada de forma restritiva. A incapacidade tem como finalidade a proteção das pessoas que não adquiriram a faculdade de manifestar a sua vontade e, desta forma, praticar por si próprias os atos da vida civil. Quem não é plenamente capaz necessita de outra pessoa, isto é, de outra vontade que substitua ou complete sua própria vontade no campo jurídico.
A incapacidade possui uma gradação, podendo ser absoluta (art. 3º) ou relativa. (art. 4º)
Para a prática dos atos jurídicos, o absolutamente incapaz deve ser representado por quem a Lei determina.
A incapacidade absoluta é a proibição total do exercício dos direitos e deveres pelo incapaz, acarretando, em caso de violação do preceito, a nulidade do ato, conforme disposto no art. 166, I.
O relativamente incapaz pode praticar os atos da vida civil por si próprio, desde que assistido por quem a Lei determina. O efeito da violação dessa norma é gerar a anulabilidade do ato jurídico, nos termos do art. 171, I.
 2.1. Incapacidade Absoluta
 A Lei nº 13.146, de 6.7.2015, Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, ou Estatuto da Pessoa com Deficiência, alterou os artigos 3º e 4º do Código Civil de 2002, que arrolavam, respectivamente, os absolutamente e os relativamente incapazes.
 
Agora, conforme o art. 3º do CC/2002:
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
 
Antes do Estatuto da Pessoa com Deficiência, havia ainda no rol dos absolutamente incapazes: os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; os que, ainda que, por motivo transitório, não puderem exprimir sua vontade.
 Restou somente o critério de idade. Saliente-se que no direito comparado, a matéria é tratada de modo diverso. Na Alemanha, só é absolutamente incapaz o menor de 7 anos de idade, sendo que dos 7 aos 18, necessita do consentimento dos representantes. Na França não há estabelecimento de limite de idade, sendo que o juiz, no caso concreto, verifica se a pessoa já chegou ou não à idade do discernimento.
No Brasil, o absolutamente incapaz para a prática dos atos da vida civil é representado pelos pais (detentores do poder familiar), por um dos pais (caso um deles seja falecido, ausente ou interditado).
Caso os pais faleçam ou os pais (ambos) sejam destituídos do poder familiar, haverá a nomeação de um tutor que representará o absolutamente incapaz.
 As pessoas com deficiência mental ou intelectual (art. 1.769, I, CC) estarão sujeitas à tutela ou à curatela, desde que ocorra em processo próprio a prova da necessidade, de caráter permanente e duradouro, decorrentes de enfermidade (doenças mentais congênitas ou adquiridas) ou deficiência mental (oligofrenias), as quais tenham o condão de acarretar a privação do necessário discernimento para a prática dos atos da vida civil.
 2.2. Incapacidade Relativa
 A Lei nº 13.146, de 6.7.2015, Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, ou Estatuto da Pessoa com Deficiência, alterou os artigos 3º e 4º do Código Civil de 2002, que arrolavam, respectivamente, os absolutamente e os relativamente incapazes.
 A incapacidade relativa diz respeito àqueles que podem praticar por si os atos da vida civil desde que assistidos por quem o direito positivo encarrega de tal ofício, em razão de parentesco, de relação de ordem civil ou de designação judicial. O relativamente incapaz pode praticar os atos da vida civil por si próprio, desde que assistido por quem a Lei determina (pais, tutor ou curador). O efeito da violação dessa norma é gerar a anulabilidade do ato jurídico, nos termos do art. 171, I.
 Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:
I – os maiores de 16 anos e menores de 18 anos;
II – os ébrios habituais e os viciados em tóxicos;
III – aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
IV – os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.
 Inciso I – hipótese relacionada ao fator idade.
Em alguns casos elencados em lei, o menor relativamente incapaz pode praticar certos atos e negócios jurídicos, sem assistência: art. 666, CC, aceitar mandato (pode ser mandatário ou procurador); art. 1860, CC, fazer testamento; art. 228, I, CC, ser testemunha em juízo.
 A embriaguez habitual e a dependência em drogas tóxicas, além dos mais diversos sintomas de ordem física, reduzem consideravelmente as habilidades mentais do ser humano.
As pessoas viciadas em bebidas alcoólicas ou em drogas entorpecentes podem ser consideradas relativamente incapazes, nos termos do art. 4º, II, CC.
O consumo moderado de álcool, em regra, não acarreta a limitação da capacidade. Contudo, uma pessoa que, no momento da embriaguez ou sob o efeito de drogas, pratique um ato ou negócio jurídico, pode vir a ser considerada como relativamente incapaz para tanto (não pode exprimir sua vontade por causa transitória). O negócio jurídico que praticou pode vir a ser anulado. O exame da incapacidade transitória depende de averiguação da situação concreta.
Ressalte-se que, tanto o alcoolismo quanto a toxicomania podem resultar em doenças mentais que, permanentemente, resultem na total impossibilidade de praticar os atos da vida civil. Desta forma, tanto a ingestão de álcool, quanto de drogas, pode acarretar a sujeição à curatela.
 Importante: Omenor entre 16 e 18 anos de idade, se dolosamente ocultou sua idade ou se espontaneamente se declarou maior, no ato de se obrigar, não poderá eximir-se do cumprimento de uma obrigação ou anulá-la.– art. 180, CC. Se não houve malícia por parte do menor, anula-se o ato. Contudo, se ficar provado que o pagamento reverteu-se em benefício do menor, determina-se a restituição de tal pagamento (art. 181, CC).
Inciso II -A embriaguez habitual e a dependência em drogas tóxicas, além dos mais diversos sintomas de ordem física, reduzem consideravelmente as habilidades mentais do ser humano. O álcool interfere negativamente sobre a função mental, alterando o aprendizado e diminuindo o poder de associação, atenção e concentração, dificultando, ainda, a formação de pensamentos e a capacidade de raciocinar concisamente e com clareza. Por sua vez, as drogas tóxicas, substâncias químicas naturais ou sintéticas, têm a faculdade de agir sobre o sistema nervoso central, com tendência ao tropismo pelo cérebro que comanda o corpo, alterando a normalidade mental ou psíquica, desequilibrando a conduta e a personalidade.
Ressalte-se, por fim, que toda pessoa maior considerada impossibilitada de pleno discernimento deve ser representada ou assistida por um curador devidamente nomeado pelo Estado, para os atos da vida civil.
A sentença no processo que define os termos da curatela, em que se nomeia curador, é de natureza declaratória, ou seja, a decisão não gera a falta de discernimento.
Os negócios jurídicos praticados antes da sujeição à curatela já se encontravam, portanto, eivados de nulidade absoluta ou relativa. Contudo, deve se prestigiar a boa-fé dos terceiros que contrataram. Se inexistentes indícios reveladores de que a pessoa havia perdido o discernimento ou o tinha em grau limitado, o terceiro de boa-fé não deve ser prejudicado.
Inciso IV– Pródiga é a pessoa que gasta desordenadamente e de forma excessiva o seu patrimônio. A prodigalidade deve ser declarada por sentença judicial. Desta forma, enquanto não é declarado como pródigo, o indivíduo é capaz para todos os atos.
O art. 1782 dispõe: A interdição do pródigo só o privará de, sem curador, emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado, e praticar, em geral, os atos que não sejam de mera administração.
Excluídos os atos elencados na regra, inclusive os que não sejam de mera administração, o pródigo pode praticar todos os demais atos da vida civil sem a assistência de curador.
Quem poderá requerer a interdição dos pródigos?
 
Art. 1768 – O processo que define os termos da curatela deve ser promovido:
I – pelos pais ou tutores
II – pelo cônjuge, ou por qualquer parente;
III – pelo Ministério Público;
IV – pela própria pessoa.
 Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.
A capacidade dos índios será regulada por legislação especial (Decreto nº 564/1992 – Estatuto da Funai; Lei nº 6001/1973 – Estatuto do Índio).
 Os índios que vivem nas comunidades não integradas à civilização já nascem sob tutela. Assim, desde o nascimento, independentemente de qualquer medida judicial, são declarados incapazes até que preencham os requisitos elencados no art. 9º da Lei 6001/73 – Estatuto do Índio (idade mínima de 21 anos; conhecimento da língua portuguesa, habilitação para o exercício de atividade útil à comunidade nacional, razoável compreensão dos usos e costumes da comunhão nacional) e mais, que sejam liberados por ato judicial ou por ato da FUNAI homologado pelo órgão judicial.
Vale lembrar que o Presidente da República, por decreto, pode declarar a emancipação de uma comunidade indígena e de seus membros.
2.3. Modo de Suprimento da Incapacidade – representação lato sensu (representação e assistência)
A representação se trata de relação jurídica mediante a qual certa pessoa se obriga diretamente perante terceiro, por meio de ato praticado em seu nome por um representante ou intermediário.
Desta forma, com exceção dos atos personalíssimos, os atos jurídicos podem ser praticados por intermédio da representação, uma vez, que, nos termos do art. 116 “A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em relação ao representado”.
Reza o art. 115 que os poderes de representação são conferidos pela lei ou pelo interessado. Tal artigo elenca duas das espécies de representação existentes no ordenamento jurídico: a legal e a convencional.
A representação legal: é aquela na qual a norma jurídica confere poderes para administrar bens alheios, como: os pais, em relação aos filhos menores (art.1634, V e 1690); os tutores, em relação aos pupilos (art. 1747, I) e os curadores, quanto aos curatelados (art. 1774).
      Art. 1634, V: Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores representá-los, até aos 16 anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento.
      Art. 1690: Compete aos pais, e na falta de um deles ao outro, com exclusividade, representar os filhos menores de 16 nos, bem como assisti-los até completarem a maioridade ou serem emancipados.
      Art. 1747, I: Compete ao tutor, representar o menor, até 16 anos, nos atos da vida civil, e assisti-lo após essa idade, nos atos em que for parte.
      Art. 1774: Aplicam –se à curatela as disposições concernentes à tutela.

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