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A atenção primária à saúde nos países da União Européia: configurações e reformas organizacionais na década de 1990 Grupo: Cleyton Priori, Hugo Duarte, Ingred Brum, Jessica Fernandes, João Pedro Coelho, Maria Paula Coelho e Mateus Coelho Autora: Ligia Giovanella Introdução Objetivos do artigo: 1 - examinar as configurações institucionais do 1º nível de atenção à saúde em países da União Europeia (UE) 2 - analisar as reformas organizacionais da atenção ambulatorial Mas qual é a importância de se estudar esse processo na UE? Panorama do primeiro nível de atenção à saúde na Europa Ocidental Linhas de interpretação do termo APS: 1 - Programa seletivo com cesta restrita de serviços 2 - Serviços ambulatoriais de primeiro contato não especializados , incluindo ou não amplo espectro de ações de saúde pública e de serviços clínicos 3 - Sentido amplo: baseado na promoção da saúde, garantia de cuidado integral e coordenação entre os serviços Panorama do primeiro nível de atenção à saúde na Europa Ocidental Há muitas variações organizacionais do primeiro nível de atenção à saúde entre os países da UE, por exemplo: 1 - Mecanismo de financiamento dos serviços 2 - Posição dos serviços de atenção primária no sistema de saúde 3 - Sistema de pagamento 4 - Se o médico generalista desempenha ou não a função de “gatekeeper” Mecanismo de financiamento Modelos de proteção social BISMARCKIANO / SEGUROS SOCIAIS DE SAÚDE BEVERIDGIANO / SERVIÇOS NACIONAIS DESAÚDE Contratação compulsória Financiados por contribuições vinculadas ao trabalho assalariado Sete países: Alemanha, Áustria, Bélgica, França, Holanda, Irlanda eLuxemburgo Sem responsabilidade estataldireta Caixas de seguro social de doença Organizado por autoridades estatais Financiados com recursos fiscais provenientesdeimpostos gerais Oito países: Dinamarca, Espanha, Finlândia, Grécia, Itália, Portugal, Reino Unido eSuécia Acesso universal, geralmente sem necessidade de contribuição prévia direta Mecanismo de financiamento Mecanismo de financiamento Modelos de proteção social Indissociabilidade do financiamento da APS e da modalidade do sistema de saúde Complementação financeira em 8 dos 15 países Co-pagamento Isenção para grupos vulneráveis Comparativo 7 Posição dos serviços de atenção primária no sistema de serviços de saúde Atenção primária: serviço de porta de entrada (“gatekeeper”). Ator principal: “family doctor” ou “hausarzt” (médico da família ou clínico geral generalista. Generalista: principal médico de primeiro contato em 11 países da União Europeia (podendo variar). Níveis de atenção (“gatekeeper” segundo nível): países com NHS (Serviços Nacionais de Saúde). Posição dos serviços de atenção primária no sistema de serviços de saúde PORTAS DE ENTRADA EM DIFERENTES PAÍSES Reino Unido, Holanda e Dinamarca (Generalistas) Itália e Espanha (Generalistas e Pediatras) Suécia (Ginecologistas) Inglaterra e Holanda (Visitadoras, enfermeiras, educadoras de saúde etc) MODELO MAIS COMPLETO Itália Espanha Brasil (PSF) 1030 pessoas por generalista 2500 pessoas por generalista 3450 pessoas por equipe Vinculação profissional e sistema de pagamento Países com Serviços Nacionais de Saúde (NHS) - Generalistas Autônomos - Generalistas Assalariados Países com Seguros Sociais de Saúde (SHI) - Generalistas Autônomos Vinculação profissional e sistema de pagamento GENERALISTAS ASSALARIADOS GENERALISTAS AUTÔNOMOS (NHS) GENERALISTAS AUTÔNOMOS (SHI) Funcionários públicos Remuneração por capitação Remuneração no modelo “fee-for-service” Recebem um salário Pagamento é pelo tamanho da populaçãoadscrita Pagamento por unidade de serviço prestado Diferenciação por idade e adicional por serviços incentivados Fragmentação da consulta Trabalham em centros de saúde públicos A maioria e trabalham em consultórios de grupo A maioria trabalham em consultórios individuais OBS: Nas últimas décadas observou-se uma tendência ao hibridismo nos sistemas de pagamento Espectro de serviços ofertados pelo generalista Diferente nos vários países da UE Em geral: serviços curativos de acordo com as demandas do paciente “gatekeeper” maior diversidade de pacientes, problemas psicossociais Outros países: ginecologistas Espectro de serviços ofertados pelo generalista Generalistas autônomos: maior número de visitas domiciliares Diferenças em relação às praticas preventivas Generalistas urbanos x rurais Variações entre número de consultas, tempo de marcação, tempo de atendimento Reformas organizacionais da atenção primária Reformas desde a década de 80 Contexto: - Restrições econômicas, com baixo crescimento - Despesas crescentes em saúde: Aquisição mal planejada de tecnologias Envelhecimento das populações; aumento da prevalência de doenças crônicas Reformas organizacionais da atenção primária Reformas na década de 90 Objetivo: - Melhor coordenação dos serviços prestados, com fortalecimento da APS Estrutura ampliada de proteção social não foi desmantelada Introdução de medidas de racionalização da demanda Competição: Prestadores ; Seguros Reformas organizacionais da atenção primária Reformas organizacionais da oferta de serviços na atenção ambulatorial Conjuntos de mecanismos organizacionais: - Maior poder e controle da atenção primária sobre prestadores de outros níveis - Ampliação dos serviços oferecidos pela atenção primária Maior poder e controle da atenção primária sobre prestadores de outros níveis Arranjos cooperativos atuando na interface dos serviços primário e especializado 3 tipos de mecanismos principais com esse objetivo Mecanismo de mercado ou compra Introdução do clínico geral como porta de Entrada (“gatekeeper”) Maior poder e controle da atenção primária sobre prestadores de outros níveis Mecanismo de mercado ou compra Definição e exemplos Fatores positivos aplicação Fatores negativo aplicação Generalistas x Autoridades sanit. Falta de conhecimentos p/ Adm e aplicar recursos Número de filas com especialistas Funcionamento prejudicado Arranjos cooperativos atuando na interface dos serviços primário e especializado Definição Exemplos Reino Unido Alemanha Implementação dos PCTs Processo de desconcentração NHS dando + autonomia aos órgãos locais ocasionou 3 funções principais Melhorar saúde por meio dos serviços de saúde pública Credenciar e comprar serviços de saúde Prover e desenvolver serviços de Atenção primária e serviços comunitários 19 Maior poder e controle da atenção primária sobre prestadores de outros níveis Introdução do clínico geral como porta de entrada (“gatekeeper”) Exercida em Parcialmente em alguns países com SHI França Alemanha Sem muito sucesso Não foi totalmente implementado (fortes resistências das associações de profissionais) Iniciado, mas não houve continuidade Expansão do leque de funções e serviços ofertados no primeiro nível Ações curativas, serviços comunitários de saúde mental, “home care” Substituição de outros prestadores Colaboração sistemática com outros serviços (DMP – “disease management”) Expansão do leque de funções e serviços ofertados no primeiro nível No Reino Unido: - “services commissioning” - Ampliação do escopo de funções do primeiro nível - “General practitioners com especial interesse” - Respostas positivas Programas de gestão clínica nos países com seguros sociais de saúde: - Holanda (generalistas, hospitais e serviços de “home care”) - França - Alemanha (generalistas, especialistas e hospitais) Expansão do leque de funções e serviços ofertados no primeiro nível Medidas similares – Trajetórias distintas Contextos e medidas semelhantes x Ritmos, trajetórias e resultados diferentes ModeloBismarckiano: Seguros Sociais de Saúde (SHI) ModeloBeveridgiano:Sistemas Nacionais de Saúde (NHS) Generalistas apresentam menor apoio e poder no mercado. Maior sucesso nas reformas pró-cooperação Considerações finais Questões que permanecem fundamentais Falar sobre a questão de redução do vinculo, quando o generalista assume funções da coordenação Opinião sobre o artigo Obrigado!
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