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Aula 1 Matéria Do Mito à Razão

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Aula 1 – Do Mito à Razão
Nascimento da Filosofia
Na Grécia Antiga, a religião e o mito eram as fontes originárias de conhecimento.
A partir do século VI a.C., no entanto, surgiram alguns sábios que propuseram
uma outra forma de pensar e de explicar o mundo. Eles passaram a utilizar os
argumentos racionais (não mais os religiosos ou míticos) para teorizar a
realidade a partir de elementos presentes no próprio mundo natural, sem que
precisassem apelar a um mundo sobrenatural.
Nesse contexto, nasce a Filosofia. A seguir, você entenderá melhor
esses acontecimentos.
O nascimento da polis (cidade), no século VIII a.C., provocou grandes transformações na Grécia Antiga. (A polis se fez pela autonomia da palavra (logos), não mais da palavra mágica dos mitos (mythos). O logos, diferente do mythos, tratava-se da palavra racional, argumentativa, geradora da discussão, do conflito e do consenso.)
Como você viu anteriormente, a passagem de uma visão mágica, mítica e religiosa do mundo para uma interpretação racional, humana, marca o nascimento da Filosofia no Ocidente e o início do período chamado Filosofia Antiga.
O nascimento da Filosofia ocorreu no século VI a.C., nas colônias gregas da Magna Grécia (sul da Itália) e Jônia (atual Turquia).
Atividade
A Filosofia, tendo como fundamento a razão (logus), estabeleceu uma nova forma de interpretação da realidade.
A Filosofia nasceu fincada no chão da sociedade grega, sob condições políticas, econômicas e culturais que determinaram todo o edifício racional que fora construído pelos inúmeros pensadores.
Tendo como base o que você estudou até aqui, leia as afirmações abaixo e complete as lacunas.
a) Na Grécia Antiga, a ______________ e o _______________ eram as fontes originárias de conhecimento.
b) O nascimento da ______________ (cidade), no século VIII a.C., provocou grandes transformações na Grécia Antiga.
c) A ______________ permitiu aos cidadãos debaterem e traçarem o seu próprio destino em praça pública.
d) O nascimento da _________________ ocorreu no século VI a.C., nas colônias gregas da Magna Grécia (sul da Itália) e Jônia (atual Turquia).
Fatores políticos, religiosos e econômicos contribuíram para o surgimento da Filosofia na Grécia Antiga. Vamos conhecer cada um deles:
Fatores Políticos - As origens da Filosofia vinculam-se ao processo de consolidação da democracia grega em torno da polis.
Esta era a base da cidadania grega: os cidadãos são a finalidade última do Estado, o bem do Estado é seu próprio bem, sua liberdade, sua grandeza.
A cidade-estado grega era o espaço legítimo e legitimador de sua liberdade, a ponto de o Estado tornar-se horizonte ético do homem grego.
A democracia grega se apoiava em uma concepção de cidadania excludente. Eram considerados cidadãos, apenas os homens (varões) que possuíam bens ou riquezas. Portanto, estavam excluídos da cidadania as mulheres, os estrangeiros, os escravos e os homens pobres.
Fatores Religiosos - Os gregos conseguiram alcançar um patamar de liberdade religiosa muito elevado em relação a outros povos da Ásia Menor e do Oriente Próximo.
Enquanto em outras nações o poder religioso, aliado às monarquias de cunho tributário, servia para legitimar o Estado absoluto e o poder do rei, algumas cidades-estado da Grécia construíram uma relativa liberdade, baseada na autoridade do Pater Familias(Pai de Família).
A religião grega não se baseava em um livro Sagrado. Portanto, os gregos não tinham dogmas a serem defendidos, ortodoxia, nem heresias, ou uma casta sacerdotal. Estava aberto o caminho para o livre pensar.
Fatores Econômicos - O florescimento das cidades-estado gregas deveu-se principalmente ao desenvolvimento da agricultura, artesanato e do comércio marítimo. Antes disso, a Grécia era predominantemente agrária, sendo dominada politicamente por grandes proprietários de terras. Neste contexto, é mais compreensível que cultivasse uma visão mítica do mundo, mais ligada aos ciclos do clima.
O crescimento industrial e comercial fez florescerem as cidades-estado, fazendo surgir novos atores sociais, que começavam a dominar o cenário político e ameaçar o poder da nobreza fundiária. É nessas circunstâncias que a Filosofia nasce, fazendo justificar o poder emergente de comerciantes e artesãos.
Atividade
Verifique seus conhecimentos!
Analise as afirmativas abaixo:
I. As origens da Filosofia vinculam-se ao processo de consolidação da democracia grega em torno da polis.
II. A democracia grega se apoiava em uma concepção de cidadania inclusiva.
III. Os gregos não conseguiram alcançar um patamar de liberdade religiosa elevado em relação a outros povos da Ásia Menor e do oriente Próximo.
IV. O florescimento das cidades-estado gregas deveu-se principalmente ao desenvolvimento da agricultura, artesanato e do comércio marítimo.
Indique a opção que apresenta as afirmativas corretas:
d) I, II e IV
Atividade - Como você viu anteriormente, a religião dos gregos não se apoiava em um Livro sagrado, fonte da revelação divina para os humanos, e não havia uma verdade que se encontrasse, de uma vez por todas, vertida em texto. Como consequência, também não havia dogma ou ortodoxia, nem profetas ou messias, tampouco uma casta sacerdotal. Talvez, por causa destas características da religião dos gregos, vigorava grande liberdade para pensar e para divergir, o que é fundamental para a Filosofia. Ora, então, qual era a fonte de conhecimento sobre os deuses: seus nomes, suas genealogias, seus atributos, suas aventuras, seus respectivos poderes, seu modo de agir, as honras que lhes eram devidas etc.?
GABARITO - Tais saberes sobre os deuses eram veiculados por narrativas eminentemente orais. Ou seja, por histórias que eram transmitidas de boca a ouvido, e que passavam adiante, de boca em boca, através das fábulas contadas pelas mulheres às crianças nos lares e das vozes e dos cantos dos poetas ao público em geral. Mais tarde, no século VII a.C., esta tradição oral foi escrita por Hesíodo em textos que ficaram conhecidos como Teogonia e Cosmogonia (respectivamente, a origem dos deuses e a origem do mundo). Esta tradição de base oral constitui o que chamamos de mito.
Discurso filosófico na Grécia Antiga
A princípio, os filósofos pré-socráticos, também chamados de "naturalistas" ou filósofos da physis, tinham como escopo especulativo o problema cosmológico, ou cosmo-ontológico, e buscavam o princípio (ou arché) das coisas.
Cada um dos filósofos pré-socráticos sugeriu um elemento primordial (princípio) ou causa de todas as coisas que compõem a realidade física.
Exemplos de elementos primordiais sugeridos pelos filósofos pré-socráticos:
Tales de Mileto – a água
Anaximandro de Mileto – o apeíron
Xenófanes de Cólofon – a terra
Anaxímenes de Mileto – o ar
Heraclito de Éfeso – o fogo
Pitágoras de Samos – o número
Demócrito de Abdera – o átomo
Empédocles de Agrigento – os quatro elementos (terra, água, fogo e ar)
Em um segundo momento, surge a sofística e o foco da filosofia muda do cosmo para o homem e o problema moral.
Como você deve ter percebido, o pensamento filosófico rompeu com a tradição mítico-religiosa na Grécia Antiga.
Os gregos pré-socráticos compreenderam que as causas explicativas do mundo estavam presentes no próprio mundo.
Portanto, através dos elementos primordiais (água, terra, fogo, ar etc.) era possível explicar a realidade, sem a necessidade de apelo às forças divinas, sobrenaturais, extramundanas.
VOCÊ SABIA? Os primeiros principais sofistas da Grécia Antiga foram, Protágoras, Górgias, Isócatres, Hípias, Pródico, Crítias, Antifonte, Trasímaco, mais além com os filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles.
Atividade - Verifique seus conhecimentos! Leia as alternativas abaixo e assinale a(s) opção(ões) correta(s).
Os gregos cultuavam muitos deuses. Estes múltiplos deuses estavam no mundo e faziam parte dele.
A princípio, os filósofos pré-socráticos tinham como escopo especulativo o problema cosmológico e buscavam o princípio das coisas.
Paraos filósofos pré-socráticos, a arché seria um princípio que deveria estar presente em todos os momentos da existência de todas as coisas; no início, no desenvolvimento e no fim de tudo.
Os gregos pré-socráticos compreenderam que as causas explicativas do mundo estavam presentes no próprio mundo.

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