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Ética de aristoteles

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Política e Ética em Aristóteles 
ARISTÓTELES (2000, p.14) “Aristóteles foi o primeiro filósofo a distinguir ética 
de política, centrada a primeira na ação voluntária e moral do indivíduo 
enquanto tal, e a segunda, nas vinculações deste com a comunidade”. Para o 
pensador filosófico a política tem como objetivo conquistar o bem coletivo, a 
ética tem por finalidade o bem pessoal. 
Ética é o termo descrito pela filosofia que se dedica aos assuntos 
morais. Derivada do grego “ethos”, significa o modo de ser, aquilo que pertence 
ao caráter. Segundo VALLS (2004) Ética ”[...] é entendida como um estudo ou 
reflexão, científica ou filosófica, e eventualmente teológica, sobre os costumes 
ou sobre as ações humanas”. 
 MEDEIROS (2015) afirma que Aristóteles divide o conhecimento entre 
o saber prático e o saber teorético. “A ética é um saber prático e pressupõe três 
elementos fundamentais da filosofia aristotélica: o uso correto da razão, a boa 
conduta (eupraxia) e a felicidade (eudaimonia)”. 
Em umas de suas obras mais relevantes, ARISTÓTELES (2000) afirma: 
 
Toda arte e toda investigação, bem como toda ação e toda escolha, 
visam a um bem qualquer; e por isso foi dito, não sem razão, que o 
bem é aquilo a que as coisas tendem. Mas entre os fins observa-se 
uma certa diversidade: alguns são atividades, outras são produtos 
distintos das atividades das quais resultam; e onde há fins distintos 
das ações, tais fins são, por natureza, mais excelentes do que as 
ultimas. 
 
Para encontrar resposta para o que é o bem ou a felicidade, VALLS 
(2004, p.30) afirma que “Aristóteles parte do fato de que o homem tem o seu 
ser no viver, no sentir e na razão. Ora, é esta última que caracteriza 
especificamente o homem”. O autor complementa dizendo que: “A razão, para 
não se deixar ela mesma desordenar, precisa da virtude, da vida virtuosa”. 
 Ferraz (2014, p. 43 apud MEDEIROS, 2015) afirma que “A felicidade é, 
para Aristóteles, a atividade da alma segundo sua virtude (excelência). E tal 
virtude, ou excelência, reside na sua atividade racional”. 
Aristóteles define virtude/excelência como: 
 
 “[...] uma disposição de caráter relacionada com a escolha de ações 
e paixões, e consistente numa mediania, isto é, mediania relativa a 
nós, que é determinada por um princípio racional próprio do homem 
dotado de sabedoria prática É um meio termo entre dois vícios, um 
por excesso e outro por falta, pois nos vícios ou há falta ou há 
excesso daquilo que é conveniente no que concerne às ações e às 
paixões, ao passo que a virtude encontra e escolhe o meio-termo” 
(ARISTÓTELES, 2000. p.49) 
Conforme CHAUI (1997, p. 341-342) cita “Aristóteles acrescenta á 
consciência moral, trazida por Sócrates, a vontade guiada pela razão” logo 
afirmando que “A importância dada por Aristóteles à vontade racional, à 
deliberação e à escolha o levou a considerar uma virtude como condições de 
todas as outras e presente em todas elas: a prudência ou sabedoria prática”. 
Para MEDEIROS (2005) o prudente é aquele que é capaz de analisar e 
julgar qual a ação mais adequada para que seja realizada, dentre várias 
opções, para que o indivíduo seja virtuoso e realize o que é bom para e si e 
para os outros. 
FREITAS (2010, p.73) confirma esse juízo afirmando que: “O homem 
virtuoso deve saber distinguir a justa medida das coisas e agir de forma equilibrada de 
acordo com a prudência ou a moderação”. 
 
A felicidade implica a educação da vontade em conformidade com os 
princípios racionais da moderação e, finalmente, está 
fundamentalmente ligada à política, uma vez que o homem é definido 
como animal político e sua conduta ética tem expressão na pólis e a 
partir dela é julgada. (MEDEIROS, 2015) 
 
OLIVEIRA (2006) fala que para Aristóteles, é a ética que dirige à política 
e para o filósofo “[...] governar é permitir aos cidadãos viver a vida plena e feliz 
eticamente alcançada. O Estado, portanto, deve tornar possível o 
desenvolvimento e a felicidade do indivíduo [...]”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Martin Claret, 2000. 
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1997. 
FREITAS, Hélia Maria Soares. Filosofia e Educação – UNIRIO. Disponível 
em: < https://www.passeidireto.com/arquivo/22701709/filosofia-e-educacao---
vol1>. Acesso em: 18 de abril de 2018. 
MEDEIROS, Alexsandro M. A Ética de Aristóteles. Disponível em: < 
https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/a-etica-em-aristoteles/>. Acesso 
em: 18 de abril de 2018. 
OLIVEIRA, Antonio Carlos. Aristóteles: O mundo da experiência, as quatro 
causas, ética e política. Disponível em: < 
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/aristoteles-o-mundo-da-
experiencia-as-quatro-causas-etica-e-politica.htm> . Acesso em: 22 de abril de 
2018. 
SANGALI, Idalgo J; STEFANI, Jaqueline. Noções introdutórias sobre a 
ética das virtudes aristotélica. Disponível em: < 
http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/1796/1127> . 
Acesso em 23 de abril de 2018. 
VALLS, Álvaro L. M. O que é Ética. São Paulo: Brasiliense, 2004.

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