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PRÁTICAS DA COMUNICAÇÃO POPULAR E COMUNITÁRIA

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SERVIÇO SOCIAL
PRÁTICAS DA COMUNICAÇÃO POPULAR E COMUNITÁRIA
Vitória da Conquista
PRÁTICAS DA COMUNICAÇÃO POPULAR E COMUNITÁRIA
Trabalho apresentado a todas as disciplinas do 6º Semestre do Curso de Serviço Social da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR
Professores: Amanda Boza Gonçalves Carvalho, Altair Ferraz Neto, Maria Lucimar Pereira, Maria Angela Santini.
Vitória da Conquista
INTRODUÇÃO
A comunicação tem quatro funções básicas dentro de um grupo ou de uma organização: controle, motivação, expressão emocional e informação.
A produção textual que se seguirá tem como objetivo de explicar os conceitos de comunicação popular e comunitária observando suas coincidências e distinções na atualidade, com uma visão voltada para a prática do Assistente Social, tendo por base a realidade brasileira.
O homem é um ser social e a comunicação faz parte da natureza humana. A comunicação é um processo pelo qual produzimos estímulos nos outros, por meio de perguntas, de afirmações, exclamações etc. E é através da comunicação que os seres humanos e os animais partilham diferentes informações entre si, tornando o ato de comunicar uma atividade essencial para vida em sociedade, em outros termos, pela comunicação buscamos a interação com nossos semelhantes com objetivos variados. Há diversas teorias sobre como se processa a comunicação, bem como termologias diferentes. Baseada no tripé emissor mensagem-receptor, e em finalidades de alcançar a transformação social nos envolvidos nos processos. Entre as denominações mais comuns a este tipo de comunicação, que é caracterizado na América Latina, está Comunicação popular e comunitária.
O movimento teórico, baseado numa realidade local de fazer comunicação, contribuiu para o desenvolvimento de uma forma característica de pensar e estudar o campo de acordo com a realidade social. Ao final ter uma discussão que permita identificar diferenças e agrupa-las em suas proximidades e diferenças. Visto que a comunicação age no controle do comportamento das pessoas de diversas maneiras.
COMUNICAÇÃO POPULAR
A comunicação popular foi também denominada alternativa, participativa, horizontal, comunitária, dialógica e radical, dependendo do lugar social, do tipo de prática em questão e da percepção dos estudiosos. 
Porém, o sentido político é o mesmo: uma forma de expressão de segmentos empobrecidos da população, mas em processo de mobilização visando suprir suas necessidades de sobrevivência e de participação política com vistas a estabelecer a justiça social. No entanto, desde o final do século passado passou-se a empregar mais sistematicamente, no Brasil, a expressão comunicação comunitária para designar este mesmo tipo de comunicação, ou seja, seu sentido menos politizado.
Se nos anos de 1970, 1980 e parte dos 90 a contra- comunicação aparecia preponderantemente no âmbito dos movimentos populares, das organizações de base, da imprensa alternativa, da oposição sindical metalúrgica, de ONGs, de setores progressistas da igreja católica, ou realizados por militantes articulados em núcleos de produção audiovisual, a partir dos últimos anos pipocam experiências comunicacionais as mais diversas, incluindo as do tipo popular tradicional (hoje mais conhecidas como comunitárias e se baseiam em premissas de cunho coletivo), além daquelas realizadas por associações, ONGs, grupos ou até por pessoas autonomamente. 
Os exemplos podem ser encontrados em jornais e rádios comunitários, nas associações de usuários dos canais comunitários na televisão, em Organizações não-Governamentais que desenvolvem projetos coletivos de desenvolvimento social por meio da comunicação –muitos dos quais com propósitos similares àqueles antes encabeçados por movimentos populares–. Esses projetos em geral envolvem bairros, entidades sem fins lucrativos, e às vezes se destinam especificamente a adolescentes e jovens. Podem assumir um misto de mídia comunitária e alternativa, numa dinâmica em que se descobre que a confecção de meios de comunicação pode mediar favoravelmente a melhoria da autoestima, despertar uma perspectiva profissional e a construção da cidadania em áreas carentes.
Comunicação Popular “é uma Comunicação de resistência, reivindicação e pressão, ligada a Movimentos Populares e à luta de classes, se constituindo enquanto veículo de manifestação das causas, anseios e interesses dos mesmos”, enquanto a “Comunicação Comunitária visa o comprometimento no interesse comum da comunidade, “um meio” de Comunicação que interliga, atualiza e organiza a comunidade, e realiza os fins a que ela se propõe... para promover maior coesão social” (MARCONDES FILHO, 1986:161apud PAIVA, 1998:154).
COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA
A comunicação comunitária é encontrada como sinônimo de comunicação popular em alguns autores. Embora não faça contraposição entre os termos “O espirito comum”, Raquel Paiva a define como aquela “(...) “que definitivamente possa comprometer o indivíduo com exercício de sua cidadania, que possa permitir-lhe uma atuação no seu real-histórico, podendo transformar, inclusive, sua existência e a das pessoas à sua volta”. 
Para o pesquisador Rozinaldo Antonio Miani,
“a comunicação popular e comunitária se constitui como uma comunicação baseada na realidade social das classes subalternas e com o objetivo de transformação social, a partir das politizações dos sujeitos destas classes e sua consequente emancipação, mediante a proposição de processos comunicativos participativos e de valorização das subjetividades no interior de determinado grupo social”.
Na comunicação comunitária os indivíduos são os protagonistas sociais, que vive um compromisso social independente de sua classe social os espaços geográficos onde está inserido, pois é através do coletivo, que a comunicação é utilizada para interligar os interesses de todas e todos e organizar a vida social comunitária, para uma vida em sociedade mais justa e democrática.
A comunicação é o instrumento de suma importância no campo de atuação do serviço social, e o meio que o profissional no exercício da pratica cotidiana utiliza no tratamento da informação pois a comunicação implica no saber fala e do saber ouvir, como partes fundamental de um diálogo para com um bom relacionamento humano e nas relações de trabalho, outro objetivo desse trabalho e atender o princípios processos da comunicação e do relacionamento interpessoal e seus impactos no ambiente organizacional o tendo o Código de Ética como princípio norteador da pratica profissional do assistente social. Brunetta e Ribeiro (2009), as autoras lembram que, para que haja comunicação é necessário que haja, o envio e recebimento de símbolos, mensagem, código, porém, podemos acrescentar que as decodificações, assimilações, entendimentos, também fazem partes do processo de comunicação.
Sobre comunicação no Brasil, pode-se salientar que se trata de algo controverso por ocorrer uma vulgarização do uso do termo “comunitário”, há visões distorcidas do que ela venha a ser na prática. Em última instância, não basta a um meio de comunicação ser local, falar das coisas do lugar e gozar de aceitação pública para configurar-se como comunitário. A comunicação comunitária que vem sendo gestada no contexto dos movimentos populares é produzida no âmbito das comunidades e de agrupamentos sociais com identidades e interesses comuns. É sem fins lucrativos e se alicerça nos princípios de comunidade, quais sejam: implica na participação ativa, horizontal e democrática dos cidadãos; na propriedade coletiva; no sentido de pertença que desenvolve entre os membros; na corresponsabilidade pelos conteúdos emitidos; na gestão partilhada; na capacidade de conseguir identificação com a cultura einteresses locais; no poder de contribuir para a democratização do conhecimento e da cultura. Portanto, é uma comunicação que se compromete, acima de tudo, com os interesses das “comunidades” onde se localiza e visa contribuir na ampliação dos direitos e deveres de cidadania.
O espaço na mídia comunitária é um campo de conflitos. Não há um modelo único, apesar de existirem características centrais que a caracterizam. Cada vez mais a comunicação comunitária vai se revelando numa pluralidade de formas e mostrando sua validade no contexto das comunidades, mesmo que não expressem mecanismos puros de autogestão. Contudo, há que se distinguir o que é aceitável e válido em matéria de comunicação local, daquilo que é simples apropriação de um espaço garantido legalmente às práticas associativas comunitárias, para uso individualizado com finalidades comerciais ou para o proselitismo político partidário e religioso. No caso do rádio, por exemplo, há emissoras de matizes diferentes sob o rótulo de comunitária: algumas são operadas como negócio comercial; outras são religiosas; outras estão a serviço de políticos profissionais; há também aquelas operadas por entusiastas do rádio e do trabalho comunitário, mas que acabam por desenvolver o personalismo de suas lideranças, dificultando o envolvimento da população; mas existem também aquelas de caráter público vinculadas a organizações comunitárias e a movimentos sociais. É campo de conflito também porque não são bem aceitas por todos os segmentos da sociedade. Há quem as considere “piratas” e causadoras de quedas de aviões. Os conflitos também se afloram nas disputas internas, nas disputas entre opositores e entre as classes sociais.
Mas, não são os conflitos e as contradições que vão tirar o brilho desse tipo de ação cidadã. A sociedade se abre a múltiplas experiências. O mais importante é que ampliando o número de emissores se democratiza a comunicação e que se faça uma comunicação cidadã. Até uma rádio de baixa potência comercial tem seus pontos positivos, afinal pode estar fazendo uma comunicação cidadã, força a democratização do acesso a canais; uma forma de contestar o sistema de controle da mídia, ou, seja o oligopólio dos grandes meios de comunicação de massa no Brasil. As contradições são inerentes às sociedades e o espaço comunitário apenas reflete a realidade mais ampla. 
COMUNICAÇÃO POPULAR E COMUNITÁRIA NA PRÁTICA DO ASSISTENTE SOCIAL 
 Até os anos de 1990 os meios de comunicação popular/comunitária eram vistos como uma necessidade de expressão dos movimentos sociais. Aos poucos vem sendo agregada a noção de acesso aos mesmos como um direito de cidadania.
No nível no discurso, várias entidades, estudiosos e ativistas têm se posicionando publicamente a favor do direito à comunicação, tomando-o como um mecanismo de se efetivar a democratização dos meios de comunicação. A comunicação comunitária tem o potencial de contribuir para a ampliação da cidadania não só pelos conteúdos crítico-denunciativo reivindicatórios e anunciativos de uma nova sociedade, mas pelo processo de fazer comunicação. Há uma relação dinâmica entre comunicação e educação que merece ser analisada.
Os meios de comunicação comunitários – nem todos obviamente têm o potencial de serem, ao mesmo tempo, parte de um processo de organização popular canais carregados de conteúdos informacionais e culturais e possibilitarem a prática da participação direta nos mecanismos de planejamento, produção de mensagens/programas e gestão da organização comunitária de comunicação.
A principal característica da comunicação é seu marcante caráter político, reivindicatório e engajado, trabalhando com conteúdo crítico, libertador, emancipa tórios a fim de possibilitar uma real conscientização, empoeiramento e transformação da comunidade em questão frente às desigualdades sociais, através da organização e educação da mesma.
Para entendermos sobre a Prática de Comunicação na Assistência Social vamos lembrar elemento importante que compõe os meios de comunicação “Tecnologias da Informação; Informação, Alienação; Real e Virtual; Democratização da Comunicação”. Conforme a leitura em Web aula, a Práxis em comunicação implica conhecer a realidade, analisá-la, tanto em nível macro como micro social, e utilizar - se de uma metodologia libertadora para atingir tais objetivos de forma consciente da essência do real, não apenas da aparência. Portanto percebemos que essa ferramenta é de suma importante no campo profissional do Assistente Social. 
A grande finalidade da comunicação é promover uma ação-reflexão no modo agir na interação com o outro e em relação ao mundo assim, como pensar no comprometimento nos pensamentos de transformação da realidade do cotidiano. 
De acordo com a Web aula 04/2016 da Comunicação da Pratica da comunicação do assistente social, “O Assistente Social deve” compreender minimamente os atuais comunicadores e veículos de informação, entender que as informações viajam instantaneamente, e que existe uma conexão entre a comunicação global e local tanto nas informações, quanto nas formas como se comunicar. É preciso ficar atento para as questões de segurança relacionada à comunicação, principalmente em relação às redes sociais, pois a “comunicação e a informação devem estar a serviço da profissão e não o contrário” 
É preciso entender que a comunicação é um instrumento necessário no exercício profissional domínio e o conhecimento, para que, no fazer profissional possa fazer seu trabalho, sabendo o porquê e para que fizer cada intervenção social observando a dimensão pedagógica da profissão conforme indicação de.
Deste modo, a solidariedade e a colaboração intraclasses subalternas, bem como a mobilização, a capacitação e a organização das mesmas classes apresentam-se como elementos constitutivos de um novo princípio educativo – base de uma pedagogia emancipa tória – na medida em que condições históricas determinadas contribuem para subverter a maneira de pensar e de agir, isto é, a ordem intelectual e moral estabelecida pelo capital, e plasmam novas subjetividades e novas condutas coletivas indicativas de uma nova cultura. (ABREU apud IAMAMOTO 2007, p. 323). In Web aula 04 Serviço Social; TI’s e Práxis Profissional
A comunicação é o instrumento de suma importância no campo de atuação do serviço social, e o meio que o profissional no exercício da pratica cotidiana utiliza no tratamento da informação pois a comunicação implica no saber fala e do saber ouvir, como partes fundamental de um diálogo para com um bom relacionamento humano e nas relações de trabalho, outro objetivo desse trabalho e atender o princípios processos da comunicação e do relacionamento interpessoal e seus impactos no ambiente organizacional o tendo o Código de Ética como princípio norteador da pratica profissional do assistente social. Brunetta e Ribeiro (2009). As autoras lembram que, para que haja comunicação é necessário que haja, o envio e recebimento de símbolos, mensagem, código, porém, podemos acrescentar que as decodificações, assimilações, entendimentos, também fazem partes do processo de comunicação.
CONCLUSÃO
De acordo com o assunto abordo nesta produção, pode-se concluir que acesso a comunicação é um direito do cidadão e um poderoso mecanismo de se efetivar a democratização dos meios de comunicação. O acesso do cidadão aos meios de comunicação na condição de protagonista é fundamental para ampliar ao poder de comunicar. Quando esse protagonismo é desenvolvido pelas organizações de interesse social ocorre uma possibilidade maior de se colocar os meios de comunicação a serviço do desenvolvimento comunitário e desse modo ampliar os direitos à liberdade de expressão a todos os cidadãos.
Direito à comunicação não diz respeito apenas ao direito básico do cidadão em ter acesso à informação livre e abundante ao conhecimento produzido pela humanidade. Isso é essencial nas sociedades democráticas. Nem se cogita a possibilidade de restrições à liberdade deinformação e de expressão. Porém, direito à comunicação na sociedade contemporânea inclui o direito ao acesso ao poder de comunicar, ou seja, que o cidadão e suas organizações coletivas possam ascender aos canais de informação e comunicação -rádio, televisão, internet, jornal, alto-falantes etc. – enquanto emissores de conteúdo, com liberdade e poder de decisão sobre o que é veiculado. Nessas condições o cidadão se torna sujeito, assume um papel ativo no processo de comunicação. 
Os meios de comunicação são bens públicos constituído pelo conhecimento acumulado pela humanidade. Pertencem a sociedade e a ela devem estar subordinados.
REFERÊNCIAS
PERUZZO, Cicilia M. Krohling. Conceitos de comunicação popular, alternativa e comunitária revisitados. Reelaborações no setor. 2008. Palabra Chave. Universidad de La Sabana Disponível em: <http://palabraclave.unisabana.edu.co/index.php/palabraclave/article/view/1503/1744> Acesso em: 01 mai. 2016
PEREIRA, Lúcia Helena Mendes, 2004. Comunicação popular: para além do bem e do mal. <http://www.bocc.ubi.pt/pag/pereira-lucia-comunicacao-popular.pdf> Acesso em: 04 mai. 2016
ARANHA, Taís. Comunicação Popular, Comunitária, Horizontal ou Dialógica? Articulações e Diferenças entre os Conceitos Teóricos. 2010. Disponível em: <http://www.unicentro.br/redemc/2010/Artigos/Comunica%C3%A7%C3%A3o%20Popular,%20Comunit%C3%A1ria,%20Horizontal%20ou%20Dial%C3%B3gica.pdf> Acesso em: 09 mai. 2016
PERUZZO, Cicilia M. Krohling. Direito a Comunicação Comunitária, Participação Popular e Cidadania. Disponível em: <http://encipecom.metodista.br/mediawiki/images/5/57/GT2Texto011.pdf> Acesso em: 11 Mai. 2016

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