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caso 3 pratica

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CÍVIL DA CAPITAL/ES 
 GRERJ-XXXXXXXX
ANTONIO, nacionalidade, estado civil, profissão, RG, CPF, residente e domiciliado em (local), Vila Velha/ES e MARIA (qualificação), residente em (local), vem por seu advogado Dr. Felipe Henrique Paulo, com endereço profissional Avenida Cesário de Melo n°7662, email: felipehp.direito@hotmail.com, vem a este juízo propor:
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO
 Pelo rito COMUM, em face de JAIR, (qualificação), FLAVIA (qualificação) e JOAQUIM (qualificação), pelos fatos e fundamentos a seguir:
I - DOS FATOS
 Os autores relatam que os réus, seus pais, Jair e Flávia venderam um imóvel, a Joaquim, seu filho mais novo, sem o consentimento dos demais descendentes, causando aos mesmos, efetivo prejuízo, pois o bem imóvel foi vendido pelo valor de R$ 200.000,00, sendo que o mesmo foi avaliado em R$ 450.000,00.
II - DO DIREITO 
 É anulável a venda realizada por ascendente a descendente sem o consentimento dos demais herdeiros (no caso, descendentes), nos termos do art. 496 do CC. Precedentes citados: REsp 407.123-RS , DJ 1º/9/2003, e REsp 725.032-RS , DJ 13/11/2006. REsp 886.133-MG , Rel. Min. Fernando Gonçalves, julgado em 21/10/2008. 
Conforme o artigo 1845 do Código Civil: 
 “São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge”
Somente os herdeiros necessários têm garantido 50% dos bens do de cujus, isto é, o testador somente pode dispor de, no máximo, 50% de seus bens a outras pessoas que não sejam os herdeiros necessários, como elucida o artigo 1846 do Código Civil: “Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a legítima” (BRASIL, 2002).
Assim, “(...) havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade de seu patrimônio. A outra metade deverá obrigatoriamente ser deixada para os herdeiros necessários” (FIUZA, 2004, p.963). Importante salientar que “(...) os herdeiros necessários receberão obrigatoriamente quinhões iguais”, isto é, a legítima “(...) será dividida igualmente entre os herdeiros necessários” (FIUZA, 2004, p.992).
Contudo, “(...) é permitido ao ascendente deixar quinhões desiguais a seus herdeiros necessários, utilizando-se da metade disponível e desde que não a ultrapasse (a legítima: 50%)” (GONÇALVES, 235).
lll- DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO 
Desde já deixo claro a vossa excelência que o autor tem interesse na audiência de conciliação, buscando assim a celeridade processual.
lV - DOS PEDIDOS 
Sendo assim, a AUTOR vem requerer à Vossa Excelência:
A citação do Réu para apresentar contestação, no prazo legal sob pena de preclusão, revelia e confissão;
 Que seja julgado procedente o pedido, para o fim de decretar a anulação do negócio jurídico da ação;
 A condenação do réu as custas processuais e honorários advocatícios no patamar de 20% sobre o valor da causa.
V - DA PROVAS 
 Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, em especial a prova documental, documental suplementar e superveniente, pericial, testemunhal e o depoimento pessoal do réu sob pena de confesso, caso não compareça ou comparecendo se recuse a depor. 
V- DO VALOR DA CAUSA 
 Dá a causa o valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). 
Nestes Termos, 
Pede deferimento.
Rio de janeiro, 10 de março de 2016.
Felipe Henrique Paulo
xxxxxxxxxxxx-OAB/RJ.

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