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ICJ 
1. Tipos de direitos 
A. Direito objetivo: É o conjunto de normas que o estado mantém em vigor. Constitui uma 
entidade objetiva frente aos sujeitos de direitos, que se regem segundo ele. 
 
Sendo assim, é o conjunto de normas que obrigam a pessoa a um comportamento consentâneo 
com a ordem social. Ou seja, através das normas, determina a conduta que os membros da 
sociedade devem observar nas relações sociais. O direito objetivo é tudo que está previsto na lei, 
como por exemplo, o caso da gestante que tem direito a licença à maternidade, esse direito está 
previsto na lei, na constituição. 
O Direito Objetivo estabelece normas de conduta social. De acordo com elas, devem agir os 
indivíduos. 
B. Direito subjetivo: Designa a faculdade da pessoa de agir dentro das regras do direito É o 
poder que as pessoas têm de fazer valer seus direitos individuais. 
 
Então, nasce da vontade individual. É a faculdade de alguém fazer ou deixar fazer alguma coisa, 
de acordo com a regra de ação, ou seja, de acordo com a norma. Os direitos subjetivos revelam 
poder e dever. Poder de cobrar e dever de pagar uma dívida. Está ligado a pessoa, exige o 
direito objetivo que está na lei. Por exemplo, posso exigir a licença à maternidade, sendo esse 
direito objetivo. Mas preciso provar esse direito subjetivo, ou seja, preciso provar que estou 
grávida. É aquele que pode ser exigido pelo seu titular 
 
Assim, direito subjetivo é a prerrogativa do indivíduo invocar a lei na defesa de seu interesse, ou 
ainda, os direitos subjetivos encontram proteção na norma, do Direito Objetivo. É este que os 
garante. Em outras palavras, é o Direito Objetivo que confere às pessoas direitos subjetivos. 
C. Direito como ciência: Conjunto de estudo sobre as regras jurídicas e o ordenamento, bem 
com a eficácia e efetividade de sua aplicação na vida pratica. 
D. Direito como fato social: Manifestação do direito na vida pratica da sociedade como um 
instrumento de convivência social. 
 
2. Zetetica ≠ Dogma 
A. Zetetica: Duvida para aperfeiçoar o que está pronto 
B. Dogma: O que já foi escrito 
 
3. Tipos de Justiça 
A. Justiça como virtude: Qualidade humana de se pensar a partir de valores individuais, tais 
como bondade, solidariedade, fidelidade. 
B. Justiça objetiva: É uma exigência social, em virtude das comunicações humanas. 
 
 B.1. Justiça social: É uma construção moral e política baseada na igualdade de direitos e na 
solidariedade coletiva. (Da a todos) 
 B.2. Justiça distributiva: Dá a cada um o que é direito, tratando desigualmente aqueles que 
são desiguais. Com maior grau de benefício a uma parte em detrimento a outra. (Da a quem 
precisa) 
 B.3. Justiça comutativa: É a análise de igualdade entre os envolvidos que se sujeitam as 
mesmas condições para a realização das decisões. Ex.:guarda de filhos. 
 B.4. Justiça Restaurativa: É uma prática que está buscando um conceito. Em linhas gerais 
poderíamos dizer que se trata de um processo colaborativo voltado para resolução de um 
conflito caracterizado como crime, que envolve a participação maior do infrator e da vítima. 
 B.5. Justiça formal: É o que coloca como base de experiência o processo de criação, 
interpretação e aplicação do direito. 
 
4. Direito e poder 
A. Sanção: Punição pela violação de uma lei (pena). 
B. Coerção Jurídica: Controle psicológico que nos ameaça pela possibilidade de aplicação de lei. 
C. Coerção Privada: Formas de solução de interesse que se utiliza da força a um em detrimento 
de outro. 
D. Coerção: Aplicação dos efeitos da lei na vida pratica em sociedade, realizada sobretudo pelo 
judiciário, já que e de monopólio exclusivo do estado. 
 
 
5. Definições 
A. Sujeitos de direito: São todos os centros subjetivos de direito ou dever. 
B. Pessoas naturais: São aquelas nascidas de pessoas que tem direitos e deveres. 
C. Pessoas jurídicas: São aquelas criadas por pessoas naturais para atribuírem direitos e deveres 
ao mundo concreto. 
D. Empresa: Atividade econômica. 
 
6. Personalidade X Capacidade 
A. Personalidade: É a titularidade de TER direitos e deveres 
B. Capacidade: Aptidão de EXERCER direitos e deveres. 
 
 
 
FILOSOFIA 
1. Surgimento 
A história filosófica teve início a mais de dois mil e quinhentos anos. Foi na Grécia Antiga que está 
ciência nasceu e ganhou suas primeiras dimensões. 
Apesar de conviverem em cidades-nações diferentes e adversárias entre si, os gregos 
conseguiram dar origem a uma comunidade única em relação à língua, religião e cultura que 
impulsionou o grande salto da ciência na Idade Antiga. 
A extraordinária capacidade intelectual grega foi a causadora do extraordinário progresso das 
diversas áreas do conhecimento, as artes, a literatura, a música e a própria filosofia. 
A Filosofia se esforça por conhecer de forma clara e racional a natureza, o ser humano e o 
universo que nos rodeia e a metamorfose que nelas acontecem. 
A filosofia grega pode ser dividida em três etapas: período pré-socrático, socrático e helenístico. 
No período pré-socrático, a Filosofia foi empregada para elucidar a procedência do mundo e das 
coisas a sua volta, foi representado pela physis (natureza) que procurava compreender através 
da razão a origem e as mudanças que acometeram a natureza e o ser humano ao longo do tempo; 
destacou-se nesta fase o filósofo Tales de Mileto. 
Já o período socrático apontou para uma modificação a respeito do elemento de pesquisa da 
filosofia, que sai da metafísica e caminha em direção ao homem em si. 
Este período destacou-se pelo surgimento da democracia que concedeu o direito de paridade a 
todas as pessoas que vivessem nas polis - hoje cidades – concedendo-lhes inclusive a faculdade 
legal de tomar parte no governo e se necessário sugerir alguma mudança na educação grega já 
que as pessoas tinham precisão de saber falar e persuadir as demais. 
O período helenístico surgiu após o declínio político das polis e o surgimento de um conjunto de 
disciplinas que, além de trabalhar com a natureza e o estudo das leis do raciocínio, procuravam 
também dar ênfase a felicidade e a ensinar as pessoas a encontrarem a maneira correta de 
direcionarem a própria vida. 
Nestes períodos ocorreram vários atos por parte de alguns filósofos que mereceram grande 
destaque, tais como: a criação da filosofia humanista por Sócrates, a fundação da Academia de 
Atenas por Platão e a doutrinação da lógica e de muitos outros conhecimentos como a metafísica, 
a moral e a política por Aristóteles. 
2. Pré Socráticos 
Como o nome implica, os filósofos pré-socráticos, cuja linhagem inicia em torno do século VI a.C. 
Na Grécia Antiga, são aqueles que surgiram antes do desenvolvimento dos trabalhos de Sócrates, 
mestre de Platão. Estes filósofos não apenas são agrupados por uma data, mas por uma linha de 
desenvolvimento de seu trabalho, esta linha de pensamento, ou corrente filosófica, é 
frequentemente referida como Filosofia Pré-Socrática. 
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De fato, alguns filósofos da corrente pré-socrática são contemporâneos e até mesmo posteriores 
a Sócrates, a divisão se dá na medida em que Sócrates, pelo que nos dá a conhecer Platão, alterou 
o curso da filosofia em uma direção mais voltada para a ética e a política. 
Iniciando com Tales de Mileto, a quem Aristóteles considerou o primeiro filósofo, os pré-
socráticos foramos responsáveis pela primeira empreitada no sentido de afastar a explicação da 
natureza da visão mítica de mundo, aquela que considerava que por traz de todos os fenômenos 
naturais haviam causas sobrenaturais, oriundas dos deuses, heróis e outros elementos. O 
principal objetivo destes filósofos e sua corrente era entender o universo e os fenômenos da 
natureza, a partir dos elementos que a própria natureza nos dava a conhecer, eliminando assim 
a necessidade de recorrer a explicações sobrenaturais. 
Por esta razão, considera-se que a filosofia pré-socrática foi a responsável pelo surgimento não 
apenas da filosofia como a conhecemos hoje, mas também das ciências naturais, considerando 
que o trabalho do filósofo era o estudo e observação da natureza. 
Com o foco no cosmos, e muitas vezes buscando explicar a origem do nosso universo, estes 
filósofos entendiam a arche, ou natureza dos objetos, não apenas como um princípio, algo 
anterior, mas como algo que lhes é originador. Diferentes filósofos entenderam diferentes 
elementos como cumprindo este papel, Tales, por exemplo, acreditava que tudo se originava da 
água, enquanto Anaximandro desenvolveu o conceito de ápeiron, o ilimitado e indefinido, como 
a origem de todos os objetos no mundo. Destes, por composição ou dissolução, os objetos do 
mundo tomariam suas propriedades. 
Posteriormente, o foco da escola mudou do cosmos como um todo para o homem, mas ainda 
com uma abordagem de observação e estudo da natureza e suas leis. 
A maior parte do conhecimento que hoje temos acerca da filosofia pré-socrática é derivada dos 
trabalhos de Platão, Aristóteles e alguns historiadores gregos, estes tiveram acesso tanto aos 
trabalhos publicados dos filósofos desta corrente, quanto aos próprios filósofos ou seus 
discípulos, apenas fragmentos dos trabalhos publicados sobreviveram até o nosso tempo. 
Embora não seja um lista exaustiva ou unânime, nesta corrente destacam-se os seguintes 
filósofos e escolas: 
A. Tales de Mileto, Anaxímenes, Anaximandro e Heráclito, que constituem a chamada Escola 
Jônica, estes filósofos, embora tenham relações de proximidade, inclusive como mestre e 
discípulo, divergiam em muitos aspectos, a ponto de alguns estudiosos não os considerarem 
como membros de uma mesma escola, Aristóteles no entanto os classifica como physiologoi, ou 
"aqueles que discursavam sobre a natureza", já que seu principal trabalho era explicar a natureza 
da matéria. 
B. Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de Clazômena, Leucipo e Demócrito de Abdera, da 
Escola da Pluralidade, uma escola de medicina focada nos pontos mais prováveis de cada escola. 
C. Pitágoras, Filolau e Árquitas, constituem a Escola Itálica, embora sejam dos mais importantes 
para o desenvolvimento da matemática grega, manifestavam ao mesmo tempo tendências 
místico-religiosas e científicas. 
D. Arquelau e Diógenes, da Escola Eclética, que propunha a existência de várias arche, para 
resolver as questões relativas ao movimento 
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E. Xenófanes, Parmênides de Eleia, Zenão de Eleia e Melisso de Samos, considerados parte da 
Escola Eleática, cujo fundamento era unidade, imutabilidade e necessidade do Ser. 
3. Orfismos 
O Orfismo era uma religião de mistério no antigo mundo grego, difundido a partir dos séculos VII 
e VI Antes da Era Comum. Seu fundador teria sido o poeta Orfeu, que desceu ao Hades e retornou. 
Os órficos também reverenciam Perséfone (que descia ao Hades a cada inverno e voltava a cada 
primavera) e Dionísio ou Baco (que também desceu e voltou do Hades). Como os mistérios 
eleusinos, os mistérios órficos prometiam vantagens no além-vida. Esses cultos de mistérios, que 
prometiam uma vida melhor após a morte, parecem ter influenciado o início do cristianismo. 
3.1. Peculiaridades 
O orfismo diferia da religião grega popular das seguintes maneiras: 
A. Caracterizava as almas humanas como divinas e imortais, mas condenadas a viver (por um 
período) em um “círculo penoso” de sucessivas encarnações através da metempsicose ou 
transmigração de almas; 
B. Prescrevia uma forma ascética de vida a qual, junto com ritos iniciáticos secretos, deveria 
garantir não apenas o desprendimento do tal “círculo penoso” mas também uma comunhão com 
deus(es); 
C. Advertia sobre uma punição pós-morte por certas transgressões cometidas durante a vida; era 
fundamentada sobre escritos sagrados com relação à origem dos deuses e seres humanos. 
3.2. Evidências 
 As visões e práticas órficas foram testemunhadas por Heródoto, Eurípides e Platão. A maioria 
das fontes de ensinamentos e práticas órficas é atrasada e ambígua, e alguns estudiosos afirmam 
que o orfismo tenha sido na verdade uma construção de uma data mais recente do que se 
acredita. Porém, os papiros de Derveni, descobertos há poucos anos, permitem datar a mitologia 
órfica em quatro séculos AEC ou até uma data mais antiga que essa. Outras inscrições 
encontradas testificam a antiga existência de um movimento com as mesmas crenças centrais 
que foi mais tarde associado com o nome do orfismo. 
3.3. Mitologia 
 As teogonias órficas são trabalhos genealógicos como a Teogonia de Hesíodo, mas os detalhes 
são diferentes. O relato principal é: Dionísio (na sua encarnação de Zagreus) é o filho de Zeus e 
Perséfone; ele foi assassinado e fervido pelos Titãs. Zeus lançou um raio nestes e Hermes salvou 
o coração de Zagreu. As cinzas resultantes geraram a humanidade pecaminosa, composta dos 
corpos dos Titãs e de Dionísio. A alma do homem (fator dionisíaco) é portanto divina, enquanto 
o corpo (fator titânico) aprisiona a alma. Declarava-se que a alma retornaria repetidamente à 
vida, atada à roda do renascimento. O coração de Dionísio é implantado na coxa de Zeus, e este 
então engravida a mortal Semele com o re-nascido Dionísio. A “Teogonia Protogonos”, perdida, 
composta cerca de 500 AEC, só é conhecida através de comentários encontrados em papiros e 
de referências nos autores clássicos, como Empédocles e Píndaro. A "Teogonia Eudemiana ", 
também perdida, foi composta no século V AEC, e teria sido o produto de um culto sincrético 
‘Baco-Curético’. A “Teogonia Rapsódica ", também perdida, composta na idade helenística, 
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incorporava os trabalhos anteriores, e ficou conhecida através de sumários nos escritos de 
autores neo-platonistas. Já os “Hinos Órficos”, 87 poemas hexamétricos de extensão mais curta, 
foram compostos no final da era helenística ou início da era imperial romana. 
4. Sofistas 
Conforme nos reporta Platão, a profissão de sofista foi criada por Protágoras, discípulo 
de Demócrito. Sofistas foram um tipo especifico de professor na Grécia antiga e no império 
romano, que deveriam ensinar a arete, termo grego que traduz o conceito de "excelência" ou 
"virtude", aplicado a áreas como música, política, matemática e atleticismo. Entre os principais 
sofistas conhecidos estão Protágoras, Górgias, Pródico, Hípias, Trasímaco, Antifonte e Crátilo. 
O termo "sofista" tem sua origem no idioma grego, a partir da palavra "sophistēs", derivada de 
"sophia" e "sophos", significando "sabedoria" e "sábio" respectivamente. O termo Sophistēs foi 
originalmente utilizado por Homero, para descrever alguém habilidoso em uma determinada 
atividade. Com o tempo a palavra passou a designar a sabedoria nos assuntos tipicamente 
humanos, em oposição aos assuntos da natureza, até chegar a designar um tipo especifico de 
profissional, o sofista. 
Embora os sofistas não sejam considerados filósofos pela tradição, sua importância se dá na 
medida em que estão entre os primeiros a desafiara ideia de que a sabedoria seria recebida dos 
deuses, baseando-se na hipótese de que, assim como nas atividades físicas, a prática da virtude, 
por meio da retórica e da oratória, poderia melhorar os estudantes, tornando-os mais sábios e 
virtuosos. 
O foco de seus ensinamentos era prático, direcionado a estratégias de argumentação e oratória, 
para que os estudantes atingissem o ápice da excelência em suas atividades, independente de 
quais fossem estas atividades. 
Como os sofistas são conhecidos por meio das criticas de seus oponentes, alguns elementos de 
suas posições são difíceis de se confirmar. Uma das principais críticas aos sofistas era a de que 
sua posição baseava-se apenas em verossimilhança, quando um argumento parece verdadeiro, 
mesmo que não o seja. O objetivo dos sofistas seria, pela visão de filósofos como Aristóteles, 
apenas o de vencer o debate, sem preocupar-se com a busca pela verdade. Por esta razão, a 
expressão "sofisma" existe hoje para identificar uma argumentação rebuscada, porém sem 
fundamentação sólida. 
Como foi o primeiro sofista, a posição relativista atribuída a Protágoras é normalmente 
identificada como a posição geral que iniciou o movimento, que se tornaria a profissão de sofista. 
Protágoras é lembrado pela controvérsia acerca de sua afirmação "o homem é a medida de todas 
as coisas", aparentemente manifestando uma forma de relativismo, o que era repudiado por 
filósofos como Platão e Aristóteles, seus maiores críticos. Como aconteceu com a maioria 
dos filósofos pré-socráticos, as citações de Protágoras sobreviveram sem o contexto no qual 
foram apresentadas, o que mantém abertas as possibilidades de interpretações diferentes. Uma 
destas interpretações possíveis para a afirmação de Protágoras é a de que o uso da palavra 
"chremata", significando "coisas usadas", ao invés da palavra mais geral "onta", que significaria 
"entidades", para se referir ao que é traduzido como "coisas", indica que Protágoras não falava 
da realidade objetiva do mundo como um todo, mas daquelas coisas especificas dos seres 
humanos. 
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Desta forma entende-se que os sofistas não davam atenção a busca pela compreensão da 
natureza, do universo e da origem dos objetos do mundo, pois concentravam seus esforços na 
demonstração de que seriam capazes de tornar os estudantes melhores nas atividades humanas 
que poderiam auxiliá-los a prosperar na sociedade grega. 
Era comum que sofistas viajassem em grupos pelas cidades gregas e romanas, para assim 
poderem realizar elaborados discursos e acalorados debates públicos, demonstrando suas 
habilidades na expectativa de atrair estudantes para suas escolas. Em particular, nobres, homens 
de estado e jovens que pudessem pagar pelos estudos. Os sofistas foram muito criticados por 
Platão e Aristóteles por só ensinarem aos que podiam pagar pela educação. 
5. Sócrates e Platão 
 
5.1. Sócrates 
 
Creditado por seu discípulo Platão como o responsável por levar a filosofia em uma direção mais 
ética e política, Sócrates foi um filósofo de tamanha relevância que a história dos filósofos da 
Grécia clássica é dividia em pré-socráticos e pós-socráticos. 
A dificuldade ao estudar-se Sócrates é o chamado Problema Socrático. Sócrates foi o principal 
personagem nos diálogos de Platão, sendo referido também nos trabalhos de Aristófanes, 
Xenofonte e Aristóteles. É considerado um personagem histórico genuíno, tendo vivido na Grécia 
do século IV a.C., porém todas as fontes que citam o nome de Sócrates são textos dramáticos ou 
filosóficos, não havendo qualquer texto diretamente histórico referindo-se a época em que 
Sócrates viveu e a sua pessoa. Ainda, os textos filosóficos possuem contradições entre si, 
tornando difícil distinguir a posição e pessoa de Sócrates, daquilo que o autor gostaria de 
representar com seu próprio trabalho, desde questões mais densamente filosóficas até questões 
mais cotidianas, por exemplo, Platão afirma categoricamente que Sócrates jamais aceitaria 
dinheiro para ensinar, enquanto Xenofonte, outro discípulo de Sócrates, afirma que o filósofo era 
pago por este trabalho. Mesmo dentro do contexto dos diálogos de Platão, considerados a mais 
completa fonte de informação sobre Sócrates, existem contradições nas posições atribuídas a 
Sócrates, geralmente associadas com o desenvolvimento filosófico do próprio Platão. Desta 
forma, a tradição filosófica atual considera que compreender e clarificar a real posição de 
Sócrates como filósofo, nas principais questões da disciplina, é aparentemente impossível, sendo 
o Problema de Sócrates classificado como insolúvel. Não obstante, ao compararmos as fontes, 
algumas conclusões acerca da posição de Sócrates podem ser extraídas e mesmo que não sejam 
historicamente precisas, ao menos oferecem uma posição consistente para que se possa estudar 
a importância deste filósofo para o desenvolvimento da filosofia ocidental. 
Sócrates foi o criador do que hoje é chamado de Método Socrático, uma técnica de ensino e 
investigação, que utiliza uma forma de inquisição dialética. Diferente de debates direcionados a 
persuadir o opositor, o Método Socrático manifesta a oposição de Sócrates a retórica como uma 
forma de arte que visa agradar os ouvintes e também a oratória, que convence por vias 
emocionais, não requerendo lógica ou prova. Seu método era o de dividir o problema em 
questão, a matéria do debate, em questões menores, que em tese poderiam ser respondidas 
com maior facilidade ou ao menos levariam o interlocutor a olhar o problema por todos os 
ângulos, entendendo as possibilidades lógicas da questão, eliminando as contradições e, em 
ultima análise, gradualmente levando ambos a solução do problema em questão. É um método 
negativo de eliminação de hipótese, no qual uma hipótese é levantada, questionada e busca-se 
demonstrar que ela leva a contradições, caso em que seria inaceitável. Caso não seja possível 
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demonstrar que tal hipótese leva a contradições, a mesma deverá ser considerada um candidato 
aceitável à posição de verdade. 
Sócrates é ainda creditado por Aristóteles como o primeiro filósofo a buscar definições universais 
para as virtudes morais, tendo contribuído para as área da epistemologia, procurando entender 
a extensão do conhecimento humano; política, em que defendia o filósofo como governante 
ideal, sendo interpretado por alguns estudiosos como um crítico da democracia; ética, em que 
defendia que a melhor forma de viver é focar na virtude; entre outros temas. 
Sendo considerado culpado de corromper a mente dos jovens atenienses e de não acreditar nos 
deuses do estado, alguns estudiosos consideram que a verdadeira motivação para o julgamento 
de Sócrates, e sua posterior execução por ingestão de Cicuta, seja sua crítica a democracia, em 
um período em que Atenas começava a se recuperar de uma humilhante derrota para Esparta. 
 
5.2. Platão 
 
Fundador da Academia de Atenas, Platão, aluno de Sócrates e professor de Aristóteles, é um dos 
filósofos gregos mais conhecidos e estudados até os dias atuais, especialmente por sua obra ter 
sobrevivido praticamente intacta mais de 2400 anos, o que não aconteceu com a grande maioria 
de seus contemporâneos. 
Muito importante para a história da filosofia, Platão é responsável por termos acesso ao 
pensamentode diversos filósofos da Grécia antiga, como Sócrates, seu 
mestre, Heráclito, Parmênides e Pitágoras. Platão foi ainda o introdutor do método de diálogo 
em filosofia e com sua obra A República fundou a filosofia política ocidental. 
Os personagens dos diálogos de Platão tratam de diversos temas em praticamente todas as áreas 
da vida, privada ou pública, entre os principais temas encontramos, a política, arte, religião, 
justiça, medicina, vício e virtude, crime e castigo, sofrimento e prazer, sexualidade e a natureza 
humana, amor e sabedoria, entre outros. 
Platão foi uma dos filósofos mais conscientes do modo como a filosofia deveria ser concebida e 
qual deveria ser seu escopo e quais ambições poderia aspirar o filósofo. De fato, Platão pode ser 
considerado o inventor do tema da filosofia, aquilo de que ela de fato trata, tendo a filosofia 
como um rigoroso e sistemático exame dos assuntos éticos, políticos, metafísicos e 
epistemológicos através de um método distintivo. 
A Platão frequentemente se atribui uma posição filosófica que atualmente seria descrita 
como racionalista, parte de uma definição de raciocínio como uma operação mental discursiva, 
pautada pela lógica, e utilizando proposições para extrair conclusões; realista, em relação à 
existência de universais, as formas ideais; idealista, com sua teoria das ideias, na qual a verdadeira 
realidade estaria no mundo das ideias, sendo acessível apenas à razão; e dualista, concepção 
baseada na existência de duas substâncias irredutíveis uma a outra. Embora estas posições não 
tenham sido completamente desenvolvidas por Platão, suas ideias iniciais inspiraram a formação 
destas posições filosóficas, a tal ponto que, por exemplo, o realismo, na forma apresentada 
acima, é hoje conhecido como "Realismo Platônico". 
A Teoria das Formas, também frequentemente referida como Teoria das Ideias, é um dos mais 
importantes desenvolvimentos filosóficos de Platão, de acordo com esta teoria, as formas 
abstratas, aquelas não-materiais, possuem o tipo mais elevado e fundamental de realidade, 
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mesmo não possuindo existência física estas formas são substanciais e imutáveis. O mundo 
material mutável que conhecemos através da sensação teria existência secundária e dependente 
das formas, também chamadas "ideias". Alguns autores chamaram estas formas de "essências 
puras" que sustentam a existência do mundo material. Platão defendeu a existência de uma 
conexão metafísica, portanto abstrata, entre a maneira como procuramos ter acesso às formas, 
descrevendo tal procura, bem como as dificuldades inerentes a este processo, em sua Alegoria 
da caverna, na obra República. 
Autores como Stephen Körner, consideraram a adesão às ideias de Platão como uma tendência 
natural para os estudiosos da matemática, esta posição é evidenciada pela grande adesão de 
importantes nomes da matemática ao pensamento platônico, entre eles Sir Bertrand Russell, A. 
N. Whitehead, Gottlob Frege, Kurt Gödel, Georg Cantor, entre outros. Também na física existe 
uma arraigada tradição platônica, começando com Galileu Galilei e se estendendo até Werner 
Heisenberg, Roger Penrose, Stephen Hawking, entre outros importantes nomes da física 
contemporânea. 
Para além de sua grande relevância para a filosofia e ciência, Platão também foi importante para 
o processo de racionalização da fé cristã, em grande medida através de sua influência sobre o 
filósofo e teólogo Agostinho, um dos mais importantes da história da cristandade. Por dentro da 
filosofia grega: Conheça Aristóteles, um dos principais pensadores da Antiguidade. 
 
 
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