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Ética, legislação e exercício de enfermagem Prof. Cristiano Saldanha Aula 7 Nesta aula, você irá: 1- Estudar o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem na Resolução 358/2009; 2- Relacionar os aspectos éticos e legais do exercício profissional da Enfermagem com a prática assistencial nas Resoluções 389/2011 e 292/2004. 2 Resolução 358/2009 A Resolução COFEN 358/2009 estabelece que o instrumento do processo de enfermagem deve ser realizado de modo deliberado e sistemático em todos os ambientes públicos ou privados em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem. Destaca cinco etapas da assistência: 3 4 Processo de Enfermagem Coleta de dados (ou histórico) Exame Físico Diagnóstico (NANDA) Planejamento Implementação (NIC) Avaliação (NOC) ou resultados esperados 5 Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências. O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), no uso de suas atribuições legais que lhe são conferidas pela Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973, e pelo Regimento da Autarquia, aprovado pela Resolução COFEN nº 242, de 31 de agosto de 2000; 6 CONSIDERANDO os princípios fundamentais e as normas do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, aprovado pela Resolução COFEN nº 311, de 08 de fevereiro de 2007; CONSIDERANDO a evolução dos conceitos de Consulta de Enfermagem e de Sistematização da Assistência de Enfermagem; CONSIDERANDO que a Sistematização da Assistência de Enfermagem organiza o trabalho profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos, tornando possível a operacionalização do processo de Enfermagem; CONSIDERANDO que o processo de Enfermagem é um instrumento metodológico que orienta o cuidado profissional de Enfermagem e a documentação da prática profissional; CONSIDERANDO que a operacionalização e documentação do Processo de Enfermagem evidencia a contribuição da Enfermagem na atenção à saúde da população, aumentando a visibilidade e o reconhecimento profissional; 7 RESOLVE: Art. 1º O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem. § 1º – os ambientes de que trata o caput deste artigo referem-se a instituições prestadoras de serviços de internação hospitalar, instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, fábricas, entre outros. § 2º – quando realizado em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, entre outros, o Processo de Saúde de Enfermagem corresponde ao usualmente denominado nesses ambientes como Consulta de Enfermagem. Art. 2º O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes: 8 Lei COFEN COFEN 389/2011 e Processo de enfermagem A resolução COFEN 358/20 estabelece a disposição sobre a sistematização da assistência de Enfermagem e a implantação do processo de enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem, e dá outras providências. Foram importantes na operacionalização do processo de enfermagem: A transformação dos conceitos da consulta de enfermagem ao longo dos tempos; A evolução da sistematização da assistência de enfermagem. 9 O processo de enfermagem é um instrumento metodológico que orienta o cuidado profissional e a documentação da prática. Assim, a operacionalização do processo evidencia a contribuição da enfermagem na atenção da sociedade. 10 Considerações sobre a Resolução 358 de 2009 Veja alguns exemplos de artigos citados na Resolução 358 de 2009: Art. 1º O processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem § 1º Os ambientes de que trata o caput deste artigo referem-se a instituições prestadoras de serviços de internação hospitalar, instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, fábricas, entre outros. 11 2º Quando realizado em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, entre outros, o processo de saúde de Enfermagem corresponde ao usualmente denominado nesses ambientes como consulta de enfermagem. 12 Artigo 2: Processo de enfermagem organiza-se em cinco etapas interrelacionadas, interdependentes e recorrentes. Entrevista ou anamnese – coleta de dados (história atual, história pregressa, história familiar, história social) Exame físico céfalo-caudal (cabeça e pescoço, tórax – aparelho cardiovascular e aparelho respiratório, abdome, MMSS e MMIIs, Diagnóstico de enfermagem Prescrição de enfermagem ou plano de cuidados de enfermagem Resultados esperados do cuidado de enfermagem e terapêutica Processo de Enfermagem 13 14 O profissional de enfermagem Antes de continuar essa aula, vamos reforçar o papel do profissional de enfermagem. O profissional de enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos humanos, em todas as suas dimensões. Sabemos que o profissional de enfermagem exerce suas atividades com competência para a promoção do indivíduo na sua competência ética e bioética. 15 A Enfermagem é considerada uma profissão comprometida com a saúde, com a qualidade de vida do ser humano e a família. O profissional atua na recuperação, promoção, prevenção e melhoria da saúde, com autonomia e com os preceitos éticos e legais do exercício da profissão. Ele participa, como integrante da equipe de saúde, das ações que visem satisfazer as necessidades de saúde da população e da defesa dos princípios das políticas públicas que garantam a universalidade de acesso aos serviços de saúde. 16 Resolução 389/2011 A Resolução 389/2011 fixa como especialidades de Enfermagem, de competência do enfermeiro, as nominadas a seguir: Especialidades materno-infantil (assistência de enfermagem a criança e ao adolescente) Especialidade em Emergência Atendimento pré-hospitalar – ambulância 17 Especialidade Obstétrica – assistência de enfermagem a gestante, parturiente e binômio mãe e filho; Banco de leite humano- normalmente inserido nas maternidades públicas e privadas; 18 Especialidade médico-cirúrgica Compreende os setores médicos e cirúrgicos: Clínica Cardiovascular – Setor de clínica coronariana, CTI cardíaco, hemodinâmica e pós-operatório de cirurgia cardíaca, Central de material e esterilização (onde faz a realização da esterilização dos artigos médicos e hospitalares. Centro cirúrgico (preparo e realização de cirurgias Clínica cirúrgica – pré e pós-operatório; Sala de recuperação pós-anestésicas - sala de RPA) 19 Enfermaria de Clínica cirúrgica – setor de pós-operatório – tratamento de paciente que realizaram cirurgia. 20 Centro cirúrgico ou operatório – destinado a realização de cirurgias 21 Setor - Clínica médica Distúrbios cardiovasculares (angina, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, endocardite) Distúrbios respiratórios (pneumonia, enfisema pulmonar, asma, bronquite, doenças obstrutivas crônicas – DPOC; Distúrbios renais – insuficiência renal aguda, insuficiência renal crônica; cálculo renal (litíase renal) Distúrbios endócrinos (hipotireoidismo, hipertireoidismo, diabetes mellitus) Distúrbios gástricos e hepáticos (gastrite, úlcera péptica, colite, doença de chron, tumor intestinal) Distúrbios neurológicos (AVC – acidente vascular cerebral, parkinson, doença mal de alzheimer,tumor cerebral; 22 Enfermaria de Clínica médica – destinada ao tratamento de pacientes com distúrbios clínicos 23 Dermatologia Diagnóstico por imagem Doenças infecciosas - setor destinado ao tratamento da AIDS, difteria, meningite, tuberculose Obstetrícia Educação em Enfermagem Emergência Endocrinologia Endoscopia Estomaterapia Ética e Bioética 24 Gerenciamento de serviços de saúde Gerontologia e Geriatria Ginecologia Hemodinâmica Home care 25 Infecção hospitalar Neonatologia Outros serviços Nutrição parenteral Nefrologia (hemodiálise e diálise peritonial) 26 Obstetrícia Oftalmologia Oncologia Otorrinolaringologia Pediatria Perícia e auditoria Psiquiatria e saúde mental 27 Resolução 292/2004 A resolução 292/2004 normatiza a atuação do Enfermeiro na Captação e Transplante de Órgãos e Tecidos. O profissional de enfermagem também precisa considerar os preceitos éticos e legais do seu exercício profissional no que se refere à Lei nº 7.498/86. Ao enfermeiro cabe o planejamento, execução, coordenação, avaliação dos procedimentos de enfermagem prestados para ao doador de órgãos/ tecidos. Este deverá notificar as centrais de captação e garantir ao responsável legal o direito e o dever de discutir com a família sobre a doação. 28 29 Enfermeiro Outro ponto importante é quando ele se depara com a terapêutica eficaz do tratamento de várias patologias, no controle das insuficiências terminais de alguns órgãos e falências de tecidos, determinando a melhoria da qualidade e na perspectiva de vida. 30 Enfermagem oncológica doutores da alegria Ética, legislação e exercício de enfermagem Prof. Cristiano Saldanha A. Os CORENS, em suas respectivas jurisdições, deverão promover encontros, seminários, eventos, para subsidiar técnicas e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantação B. É vedado ao profissional de Enfermagem aceitar, praticar, cumprir ou executar prescrições medicamentosas/ terapêuticas oriundas de qualquer profissional da área de saúde. Através de rádio, telefonia ou meios eletrônicos, onde não conste a assinatura dos mesmos. C. O enfermeiro pode receber o cliente nos limites previstos , efetuar a consulta de enfermagem, com o objetivo de conhecer/ intervir nos problemas / situações de saúde / doença. D. Desenvolver e participar de pesquisas relacionadas com o processo de doação e transplante; 32 Sobre a Resolução 292/2004, marque a sentença correta:
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