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Estrongiloidíase Agente Etiológico: Strongyloides stercoralis Quanto ao ciclo: Duplo ciclo: Direto e Indireto Órgão: Intestino delgado dos humanos (fêmea partenogenética). Morfologia: Ovo – já é liberado larvado Formas Evolutivas: Este parasito apresenta duas formas distintas morfologicamente. Todas as larvas, independente da forma adulta de origem saem dos ovos rabditoides, no entanto, essas larvas podem seguir por vias diferentes, que resultarão no ciclo direto e indireto (é muito importante que vocês entendam isso). Essas larvas podem se tornam adultos filarioides, no ciclo direto, ou continuar rabditoides, levando ao ciclo indireto. Ciclo – DIRETO e INDIRETO Em ambos os ciclos, a forma de infecção é a mesma, através da larva FILARIOIDE L3 que penetra ativamente a pele ou mucosa ou que pode passar de L2 para L3 ainda dentro do organismo. Depois migra para vasos sanguíneos, tendo como destino o pulmão, portanto, realizando o ciclo de Loss, que resultará na síndrome de Loefler. Após maturação, esses parasitos FILARIOIDES serão deglutidos e se instalarão no intestino delgado de onde realizarão as desovas. O problema em questão serão as vias que essas larvas liberadas nas fezes irão tomar. No ciclo DIRETO, as larvas rabditoides liberadas irão penetrar num novo hospedeiro e completar o ciclo. No ciclo INDIRETO, essas larvas rabditoides liberadas darão origem a VERMES DE VIDA LIVRE, que são rabditoides. Esses vermes de vida livre podem ser machos e fêmeas, e são capazes de sobreviver no meio ambiente sem relação parasitária. Esses vermes de vida livre irão copular e liberar ovos que darão origem a novas larvas rabditoides, no entanto, essas larvas oriundas de vermes de vida livre OBRIGATORIAMENTE precisarão infectar um hospedeiro pois não sobreviverão no meio ambiente. Portanto, vermes de vida livre necessariamente darão origem a larvas rabditoides que se tornarão filarioides, e que precisam infectar um hospedeiro para sobreviver. Resumindo: Ciclo direto: Fêmea partenogenética = liberação de ovos larvados = larvas rabditoides = larvas infectam novo hospedeiro em estagio L3 Ciclo indireto: Fêmea partenogenética = liberação de ovos larvados = larvas rabditoides = vermes de vida livre macho e Fêmea = cópula e liberação de ovos = larvas OBRIGATORIAMENTE precisam de hospedeiro. Mas qual a explicação para isso? Essa possibilidade de ocorrer os ciclos pode ser resposta a fatores ambientais, disponibilidade de hospedeiros e até mesmo a condição genética, que é a mais aceita. CONDIÇÃO GENÉTICA: A FÊMEA PARTENOGENÉTICA é TRIPLOIDE (3n), portanto, pode gerar ovos com larvas DIPLOIDES (2n), HAPLOIDES (1n) e também TRIPLOIDES (3n). 1n = dará origem a larva MACHO que se tornará VERME MACHO DE VIDA LIVRE - CICLO INDIRETO 2n = dará origem a larva FÊMEA que se tornará VERME FÊMEA DE VIDA LIVRE – CICLO INDIRETO 3n = dará origem a larva que se tornará filarioide e por fim uma fêmea partenogenética, necessitando viver como parasita num hospedeiro – CICLO DIRETO MACHO DE VIDA LIVRE + FÊMEA DE VIDA LIVRE = PARASITOS FILARIOIDES QUE PRECISAM DE UM HOSPEDEIRO pois 1n + 2n = 3n (Fêmea partenogenética). Atenção, esses ciclos são meio chatos de entender, mas é importante que vocês entendam, por isso fiz esse esquema. Se não ficar claro me procurem ou mandem um email. Vias de INFECÇÃO Heteroinfecção: quando uma larva em estágio L3 (forma infectante) invade outro hospedeiro após liberação pelas fezes. Autoinfecção externa: ocorre a saída das larvas da região perianal, mas essas larvas penetram o mesmo hospedeiro, por exemplo, em crianças que usam fraldas. Autoinfecção interna: a infecção ocorre ainda no intestino do mesmo hospedeiro. A autoinfecção pode ocorrer, por exemplo, por ação de fármacos que aceleram o metabolismo do parasito e consequente rápida maturação dessa larva, como os corticoides. Esses fármacos possuem metabólitos semelhantes aos hormônios reguladores de muda desse parasito. Isso leva a uma HIPERINFECÇÃO, com larvas e parasitos adultos SIMULTANEAMENTE. Patogenia: Lesão cutânea – pela penetração da larva Lesão pulmonar – decorrente do ciclo de Loss Lesão intestinal – ação das fêmeas partenogenéticas e larvas que geram intensa resposta inflamatória O quadro pulmonar pode ser simultâneo ou sequencial Quadro clínico: Cutânea – assintomático ou com presença de pontos eritematosos. Pulmonar – Síndrome de Loefler Intestinal – alternância de diarreia e constipação, pois há uma alteração do peristaltismo, enterite catarral, fibrose intestinal e consequente paralisia do íleo, característica da estrongiloidíase crônica. Outras formas graves: Hiperinfecção – presença simultânea de larvas e fêmeas adultas no intestino Disseminada – larvas e fêmeas nas vias biliares, fígado, estomago peritônio entre outros Sintomáticos: apresentam dor abdominal, náuseas, diarreia ou constipação, apetite excessivo, fraqueza e perda de peso. Em casos raros pode ocorrer obstrução intestinal e apendicite. Diagnóstico: Parasitológico de fezes Método Baermann – Moraes, baseando-se no termotropismo e hidrotropismo das larvas. As larvas vivas migram para a água morna pela gaze, caem na água e são coletadas para análise. Parasitológico em secreção: larvas em secreção pulmonar. Profilaxia: -Saneamento básico -Educação sanitária -tratamento dos casos -Proteção em relação ao contato com o solo Observações para a prova: Vocês precisam saber diferenciar o ciclo DIRETO do INDIRETO Também precisam saber explicar os fatores que levam a esses ciclos, em especial o fator genético E também as vias de infecção
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