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PSICOPEDAGOGIA E INCLUSÃO

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PSICOPEDAGOGIA E INCLUSÃO: A IMPORTÂNCIA DO PSICOPEDAGOGO NAS ESCOLAS PÚBLICAS BRASILEIRAS
OLIVEIRA, Edeli Diogo[1: Graduada em Pedagogia pela faculdade de... e Pós-graduanda em Pisicopedagogia Institucional pela Facuadade de .....]
RESUMO 
Diante da realidade educacional brasileira, marcado por problemas e limites de origens diversas, este trabalho se propõe investigar como a psicopedagogia, especialidade da área da educação, voltada para os processos de aprendizagem e suas dificuldades, pode ser um efetivo instrumento de inclusão, devolvendo a crianças, adolescentes, jovens e adultos, a autoestima, a alegria e o gosto pelo aprender. Nessa perspectiva o presente artigo tem como objetivo ressaltar a importância do psicopedagogo dentro do âmbito escolar. Tendo como base que a Psicopedagogia a princípio compõe-se de dois saberes – a psicologia e a pedagogia, pois se trata de uma ciência que estuda o processo de aprendizagem humana, sendo o seu objeto de estudo o ser em processo de construção e reconstrução do conhecimento. Nesse contexto, a metodologia utilizada é a abordagem qualitativa enfocando a pesquisa bibliográfica, a partir da análise crítica das contribuições teórica sobre os temas abordados.
Palavras chave: Psicopedagogia; Inclusão; Educação brasileira; processos de aprendizagem.
1 INTRODUÇÃO
Entende-se que a Psicopedagogia é uma área de atuação marcada pela diversidade em relação aos profissionais que nela atuam. Verificam-se diferenças na formação, atuação e identidade dos mesmos, levando a Psicopedagogia a estar ainda em processo de construção e delimitação de seus aspectos teóricos e práticos. Independentemente da abordagem teórica utilizada para se compreender o homem e seu desenvolvimento, um fato é inegável: desde que nasce o ser humano está constantemente exposto aos processos de aprendizagem. O homem aprende a andar, a falar, a reconhecer pessoas e objetos, a se relacionar, a brincar e, fundamentalmente, o ser humano aprende a aprender.
Desta forma é que buscamos enfatizar neste estudo a importância da psicopedagogia para a inclusão no ambiente escolar brasileiro. Isto é, por meio de uma atuação diferenciada esse profissional pode contribuir para a formação do cidadão de uma forma global.
Entretanto, diante da falta de informação e clareza no entendimento desta profissão, nota-se certa insegurança e incerteza no que se refere tanto aos profissionais ligados à psicopedagogia, quanto clientela que procura esses profissionais. Surgem com isso, questões como: Quem é o psicopedagogo? Qual é o papel e a importância do psicopedagogo no contexto escolar? Ele realmente se faz necessário no âmbito escolar?
Essas questões são atendidas quando compreendemos que o papel da Psicopedagogia é o de instituir caminhos entre os opostos que liguem o saber e o não saber e estas ações devem acontecer no âmbito do indivíduo, do grupo, da instituição e da comunidade, visando à aprendizagem. Em outras palavras, busca decifrar como ocorre o processo de construção do conhecimento nos indivíduos. Se propondo a identificar os pontos que possam, porventura, estar travando essa aprendizagem propiciando estratégias e ferramentas que possibilitem facilitar esse aprendizado.
Nessa perspectiva o presente artigo tem como objetivo ressaltar a importância do psicopedagogo dentro do âmbito escolar. Tendo como base que a Psicopedagogia a princípio compõe-se de dois saberes – a psicologia e a pedagogia, pois se trata de uma ciência que estuda o processo de aprendizagem humana, sendo o seu objeto de estudo o ser em processo de construção e reconstrução do conhecimento. Nesse contexto, a metodologia utilizada é a abordagem qualitativa enfocando a pesquisa bibliográfica, a partir da análise crítica das contribuições teórica sobre os temas abordados.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 CONXTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA PSICOPEDAGIA E SUA REALAÇÃO COM O ENSINO APRENDIZAGEM
O estudo do processo de aprendizagem humana e suas dificuldades são desenvolvidos pela Psicopedagogia, levando-se em consideração as realidades interna e externa, utilizando-se de vários campos do conhecimento, integrando-os e sintetizando-os. Compreendendo essa profissão a partir dessa afirmativa acima, convêm também entendermos a contextualização histórica no qual surgiu a mesma. A esse respeito Bossa (2000, p.37) declara que 
(...) a psicopedagogia surgiu na Europa, mais precisamente na França, em meados do século XIX, onde a Medicina, Psicologia e a Psicanálise, começaram a se preocupar com uma alternativa de intervenção nos problemas de aprendizagem e suas possíveis correções. Os primeiros centros psicopedagógicos foram fundados na Europa em 1946 por J. Boutonier e George Mauco, com direção médica e pedagógica. Estes centros uniam conhecimentos da área de Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, onde tentavam readaptar crianças com comportamento socialmente inadequados na escola ou no lar e atender crianças com dificuldades de aprendizagem apesar de serem inteligentes.
A partir dessas constatações observamos que a Psicopedagogia teve uma trajetória significativa. Inicialmente surgiu como caráter médico-pedagógico, onde participavam médicos, Psicólogos, Psicanalistas e Pedagogos. No Brasil, a psicopedagogia foi introduzida com base em modelos médicos, e por isso a partir de 1970 foram inaugurados cursos de formação de especialista em psicopedagogia com duração de dois anos na Clínica Médico-pedagógica de porto alegre, (CARLBERG, 2000, p.26).
A partir da compreensão dessa trajetória da psicopedagogia é que podemos focalizar na atuação desse profissional dentro do contexto da dificuldade de aprendizagem e fracasso escolar. Pois, esses elementos são fomentadores da pratica psicopedagógica, que surge para contribuir com soluções aos problemas de aprendizagem, pois um dos maiores desafios dos docentes é trabalhar com alunos que apresentam algum tipo de problema.
Entretanto, conforme pontua Bossa (2000, p. 14)
A Psicopedagogia não é sinônimo de psicologia Escolar ou Psicologia Educacional. É uma área de estudos recente resultante da articulação de conhecimentos dessa e de outras disciplinas, apontando com novos caminhos para a solução de problemas antigos na Psicopedagogia, enquanto área de aplicação atua o Psicopedagogo. Esse profissional ocupa-se dos problemas de aprendizagem, os quais inicialmente foram estudados pela Medicina e pela Pedagogia, sendo hoje tratados por um corpo teórico que vem se estruturando a partir das contribuições de outros campos.
Nessa perspectiva, sendo a psicopedagogia uma ciência que se dedica a entender como o sujeito cognoscente elabora o seu conhecimento e porque em determinados momentos este não se torna sujeito do seu aprender. Compreender a singularidade de cada criança diante do aprender, faz desta ciência um campo de conhecimentos abrangentes e necessários no contexto escolar.
A esse respeito Weiss (1999) pondera que a prática psicopedagógica deve considerar o sujeito como um ser global, composto pelos aspectos orgânico, cognitivo, afetivo, social e pedagógico. Por isso, devemos valorizar cada indivíduo como ele é considerando suas habilidades e respeitando suas limitações.
Para Fernandez (2001) ao psicopedagogo cabe avaliar o aluno e identificar os problemas de aprendizagem, buscando conhecê-lo em seus potenciais construtivos e em suas dificuldades. Ou seja, o psicopedagogo procura avaliar a situação da forma mais eficiente e proveitosa. Em sua avaliação, no encontro inicial com o aprendente e seus familiares, que é um recurso importantíssimo, utiliza a chamada “escuta psicopedagógica,” que o auxiliará a captar através do jogo, do desenho, elementos que possam explicar a causa do não aprender.
“Esse é o papel do psicopedagogo nas instituições: olhar em detalhe, numa relação de proximidade, porém não de cumplicidade", afirma Césaris (2001); facilitando o processo de aprendizagem.
3 MATERIAIS E MÉTODOS 
Para desenvolver a pesquisa utilizamos: pesquisa bibliográfica emlivros, artigos, revistas científicas, internet, etc. num estudo detalhado com o objetivo de descrever a importância dos saberes da psicopedagogia para superação das dificuldades de aprendizagem, foram utilizados os procedimentos bibliográficos em uma perspectiva de uma abordagem qualitativa que Oliveira (2005), conceitua esta abordagem como “(...) um processo de reflexão e análise da realidade através da utilização de métodos e técnicas para compreensão detalhada do objeto de estudo em seu contexto histórico (...)” (p.41) e Chizzotti (2008, p. 28) enfatiza que: 
A pesquisa qualitativa recobre, hoje, um campo transdisciplinar, envolvendo as ciências humanas e sociais; assumindo tradições ou multiparadigmas de análise, derivadas do positivismo, da fenomenologia; da hermenêutica, do marxismo, da teoria crítica e do construtivismo, e adotando multimétodos de investigação para o estudo de um fenômeno situado no local em que ocorre, e, enfim, procurando tanto encontrar o sentido desse fenômeno quanto interpretar os significados que as pessoas dão a eles. 
E assim procedendo, foi realizado um estudo em diversos autores pertinentes ao tema na busca de um aprofundamento teórico e de um novo fazer pedagógico e psicopedagógico visando a superação das dificuldades de aprendizagem. Para perceber como o profissional é necessário na escola os pesquisadores utilizados neste estudo, assim como outros, apontam para a necessidade da atuação do psicopedagogo na escola, pois esse profissional analisa a situação/problema de aprendizagem vivida pelo aluno, trabalha para solucioná-la e com esse trabalho poderá prevenir o aparecimento de outras dificuldades não só educativas mas de formação geral do aluno.
4 RESULTADO DA DISCUSSÃO 
4.1 O PSICOPEDAGOGO E SUA IMPORTÂNCIA NO CONTEXTO ESCOLAR PARA INCLUSÃO PELA EDUCAÇÃO
Segundo Porto (2011, p. 110), “o psicopedagogo atua no campo da aprendizagem, e sua intervenção é preventiva e curativa, pois se dispõe a detectar problemas de aprendizagem e “resolvê-los”, além de preveni-los, evitando que surjam outros”.
A partir dessa citação destaca-se que nosso principal objetivo durante todo o período do curso de Pós graduação foi compreender a atuação e importância psicopedagógica na intervenção das causas e problemas de aprendizagem. 
Desta feita para um profissional de psicopedagogia, compreender as formas de aprendizagem bem como a interação e relação do aprendente com meio em que vive é essencial para sua atuação/intervenção. Assim sendo, destacamos o que pondera os autores Piaget e Grécco (1974) de que a criança precisa estar apta a identificar e organizar os passos para completar uma tarefa independente, de modo a estar apta para o aprendizado. Os educadores devem perceber quais são os processos fundamentais para a prontidão da criança.
Pois, bem se sabe que um aluno com insucesso escolar transporta um peso frustracional muito grande convertendo-se em um sentimento de autodesvalorização que se não for percebido acarretará ainda mais prejuízos no desenvolvimento da sua personalidade.
Por exemplo, se o convívio familiar for adequado e qualitativamente estimulado, a criança conseguirá desenvolver melhor suas aptidões que terão um papel imprescindível na aprendizagem, pois desta forma busca-se atingir a superação das situações-problema da escolaridade.
Essas informações sobre o convívio familiar são fundamentais para a intervenção da psicopedagogia. Segundo Fonseca (1995), muitas das aprendizagens se adquire por imitação e por simples interação social, outras, porém, só se adquirem em situações estruturadas, que exigem a participação e mediatização de um adulto científica e culturalmente preparado.
Nesse contexto, destacamos a necessidade e importância de um psicopedagogo no contexto escolar e conforme pontua Bossa (2000) a atuação desse profissional possui níveis diferentes:
No primeiro nível o psicopedagogo atua nos processos educativos com o objetivo de diminuir a “frequência dos problemas de aprendizagem”. Seu trabalho incide nas questões didático-metodológicas, bem como na formação e orientação de professores, além de fazer aconselhamento aos pais. No segundo nível o objetivo é diminuir e tratar dos problemas de aprendizagens já instalados. Para tanto cria-se plano diagnóstico da realidade institucional, e elaboram-se planos de intervenção baseados nesses diagnósticos a partir do qual se procura avaliar os currículos com os professores, para que não se repitam tais transtornos. No terceiro nível o objetivo é eliminar transtornos já instalados em um procedimento clínico com todas as suas implicações. O caráter preventivo permanece aí, uma vez que ao eliminarmos um transtorno, estamos prevenindo o aparecimento de outros. (BOSSA, 2000, p. 25).
Portanto, a Psicopedagogia no contexto escolar, vista como preventiva, tem como meta refletir e desenvolver projetos pedagógico-educacionais, enriquecendo os procedimentos em sala de aula, as avaliações e planejamentos na educação sistemática e assistemática.
Ou seja, a psicopedagogia não lida diretamente com o problema, mas sim com as pessoas envolvidas. Lida com as crianças, com os familiares e com os professores, levando em conta os aspectos sociais, culturais, econômicos e psicológicos. Segundo Fernandes (1990, p. 117),
(...)a intervenção psicopedagógica não si dirige ao sintoma, mas o poder para mobilizar a modalidade de aprendizagem, o sintoma cristaliza a modalidade de aprendizagem em um determinado momento, e é a partir daí que vai transformando o processo ensino aprendizagem.
Por isso, o quão é importante e complexa a figura do psicopedagogo, pois ele tem essa grande responsabilidade em tentar entender o ser humano. Entender o ser humano perpassa pelo sentimento de cumplicidade com a criança autista, com o seu mundo singular. Cumplicidade esta do psicopedagogo não só com a criança, mas com a sua trajetória dentro do contexto escolar, resinificando este no mundo acadêmico como um sujeito capaz de desenvolver-se. As atribuições do psicopedagogo também se constituem na interação com a família, dirigindo os passos deste com essa criança. 
Cunha (2010, p.105) diz que o psicopedagogo deve ser um bom observador para atingir os “demais passos: entendimento, prevenção, atuação e intervenção”. Pois, levando em consideração que as dificuldades de aprendizagem podem ser diagnosticadas em diversas origens e naturezas como cognitiva, neurológica, motora, emocional ou social, cabe ao psicopedagogo realizar uma investigação psicopedagógica a fim de identificar não só origem da dificuldade, mas também auxiliar aos educandos em sua produção escolar e oferecendo aos mesmos, condições para o desenvolvimento de suas potencialidades cognitivas.
Vale ressaltar que neste trabalho de diagnóstico e intervenção, a interpelação da família, ou seja, dos pais, a escola e os professores é muito importante, pois fazem parte do mundo afetivo e social da criança e o psicopedagogo no processo de intervenção tem como objetivo compreender a criança, a fim de “colocar-se no meio” fazendo uma ponte entre a criança e seus objetos de conhecimento.
Nesse sentido ponderamos mais uma vez sobre o fazer psicopedagógico que pode assumir tanto um caráter preventivo bem como assistencial. Na função preventiva, segundo Bossa (2000) cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo de aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as características e particularidades dos indivíduos do grupo, realizando processos de orientação. 
Já no caráter assistencial, o psicopedagogo participa de equipes responsáveis pela elaboração de planos e projetos no contexto teórico/prático das políticas educacionais, fazendo com que professores, diretores e coordenadores possam repensar o papel da escola frente a sua docência e às necessidades individuais de aprendizagem da criança ou, da própria "ensinagem".
Nessa perspectiva, é fundamental que o psicopedagogo interage coma comunidade escolar, participando das reuniões de pais - esclarecendo o desenvolvimento dos filhos; dos conselhos de classe - avaliando o processo didático metodológico; acompanhando a relação professor-aluno - sugerindo atividades ou oferecendo apoio emocional e, finalmente acompanhando o desenvolvimento do educando e do educador no complexo processo de aprendizagem que estão compartilhando.
Pois, na visão de Patto (1996), o fracasso escolar é um processo historicamente construído e sua análise revela diversas teorias e concepções que buscaram explicar e justificar o fracasso escolar e os problemas e/ou dificuldades de aprendizagem. E o o psicopedagogo pode auxiliar os alunos a lidarem com suas dificuldades circunstanciais de aprendizagem, a compreenderem o processo escolar e a descobrirem (ou redescobrirem) seus potenciais. 
Além disso, este profissional pode oferecer a estes alunos a possibilidade de resgatar a própria autoestima e a motivação para a aprendizagem, bem como ajudá-los a acreditar que através de seu próprio esforço e capacidade podem aprender e se desenvolver com prazer. Nesse contexto, o profissional da Psicopedagogia é o intermediador entre o educando e o educador, a fim de manter sempre o propósito de uma aprendizagem que possibilite a interação entre as duas partes. 
Ele propõe e auxilia no desenvolvimento de projetos favoráveis às mudanças educacionais, visando à descoberta e o desenvolvimento das capacidades da criança, bem como pode contribuir para que os alunos sejam capazes de olhar esse mundo em que vive de saber interpretá-lo e de nele ter condições de interferir com segurança e competência.
Partido desse pressuposto, pode-se inferir desta pesquisa bibliográfica que o psicopedagogo é um profissional importante na instituição escolar, pois este tem papel fomentador no desenvolvimento de relações interpessoais, o estabelecimento de vínculos, a utilização de métodos de ensino compatíveis com as mais recentes concepções a respeito desse processo. Não obstante, deve sempre envolver a equipe escolar, ajudando-a a ampliar o olhar em torno do aluno e das circunstâncias de produção do conhecimento, ajudando o aluno a superar os obstáculos que se interpõem ao pleno domínio das ferramentas necessárias à leitura do mundo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Atualmente na educação existe uma proposta inclusiva que visa a construção de uma sociedade mais igualitária onde todos tenham os mesmos direitos e deveres inerentes ao ser humano, a psicopedagogia sendo uma área responsável pelas questões da aprendizagem oferece um importante suporte para que a inclusão de fato aconteça, pois irá nortear os educadores nas estratégias de superação das dificuldades apresentadas pelos educados com as mais diversas deficiências. 
É fundamental que na educação inclusiva se acredite que as deficiências dos educandos podem ser superadas, bastando para isso que sejam desenvolvidas estratégias e condições que permitam este desenvolvimento dos educandos, caracterizando o ambiente escolar como includente favorecendo o desenvolvimento da aprendizagem. 
Desta forma deve-se ter a clareza de que o profissional que irá atuar na educação inclusiva, deverá então possuir uma formação permanente através da formação continuada em atividades de pesquisa, grupos de estudo entre outros meios de formação. No entanto, não basta apenas o professor ter formação, faz-se necessário que a escola esteja disposta a vencer as barreiras impostas, por ela mesma. A educação inclusiva, haja vista que toda comunidade escolar deverá estar empenhada e aberta às mudanças que proporcionem o avanço no processo.
Diante disso, o psicopedagogo ocupa um papel extremamente importante, pois por meio de técnicas e métodos próprios, ele possibilita uma intervenção psicopedagógica visando à solução de problemas de aprendizagem em espaços institucionais, juntamente com toda equipe escolar. Por isso o quão é importante esse trabalho, porque ele consegue mediar esse processo, oferecendo um suporte para os professores e contribuindo no desenvolvimento desses educandos e quando necessário ele faz o encaminhamento para profissionais de outras áreas.
Nesse contexto desafiador parece faltar ainda à psicopedagogia uma abrangência maior que propicie uma prática mais decididamente engajada. As dificuldades de aprendizagem, objeto de estudo da psicopedagogia, tantas vezes assentam suas origens em territórios muito distantes da sala de aula ou do ambiente escolar, e mais ainda das clínicas de acompanhamento e orientação psicopedagógica.
Nada obstante, este estudo nos permitiu conhecer a importância da psicopedagogia para o processo de ensino e aprendizagem, permitindo uma reflexão acerca das dificuldades de aprendizagem e as estratégias que a psicopedagogia oferece numa tentativa de supera-las, por meio de suas técnicas, avaliações, intervenções entre outras estratégias, sendo interdisciplinar integrando-se com outras áreas de conhecimento para assim formar novos saberes e nortear os educadores em todos os desafios relacionados a aprendizagem em sala de aula, contudo vale ressaltar uma vez que os estudos abrangentes são de extrema importância e requer novos estudos pois a educação não se esgota aqui.
Diante do presente estudo e em considerações finais do mesmo, foi possível responder, talvez não exaurir, as perguntas feitas na introdução, quais sejam: Quem é o psicopedagogo? Qual é o papel e a importância do psicopedagogo no contexto escolar? Ele realmente se faz necessário no âmbito escolar?
REFERÊNCIAS 
BOSSA, Nadia A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática, 2ª ed. rev. amp. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
CARLBERG, Simone. Psicopedagogia institucional: uma práxis em construção. Rev. Psicopedagogia. São Paulo, Associação Brasileira de Psicopedagogia, vol. XIX, n. 51, 2000.
CÉSARIS, Delia Maria de. O Psicopedagogo nas Instituições. Hoje. Disponível em www.psicopedagogiaonline.com.br. Acesso em: 27 de novembro de 2017.
CHIZZOTTI, Antônio. Pesquisas qualitativas em ciências humanas e sociais. 2. Ed. - Petrópolis – RJ: Vozes, 2008.
CUNHA, Eugênio. Autismo e Inclusão: psicopedagogia práticas educativas na escola e na família. 2. Ed. Rio de Janeiro: Editora WAK, 2010.
FERNÁNDEZ, A. O saber em jogo: a Psicopedagogia propiciando autorias de pensamento. Trad. Neusa Kern Hickel. Porto Alegre: Artmed, 2001.
_________. A Inteligência Aprisionada. Porto Alegre: Artes Médicas 1990.
FONSECA, Vitor da. Dificuldades de Aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 1995.
OLIVEIRA, Maria Marly de. Como fazer Pesquisa Qualitativa. Recife:Edições Bagaço, 2005.
PATTO, Maria H. S. A produção do fracasso escolar: história de submissão e rebeldia. 4 reimpressão. São Paulo: Ed. T. A. Queiroz Ltda., 1996.
PIAGET, J.; GRÉCCO, P. Aprendizagem e Conhecimento. Rio de Janeiro: Livraria Freitas Bastos S.A., 1974.
PORTO, Olívia. Bases da Psicopedagogia: diagnóstico e intervenção nos problemas de aprendizagem. 5. Ed. Rio de Janeiro: Editora WAK, 2011.
WEISS, Maria Lucia. Psicopedagogia Clínica – Uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 1999.

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