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DESAFIO 001 (2)

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EDUCAÇÃO FÍSICA 
 DESAFIO PROFISSIONAL 
DISCIPLINAS: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO HUMANO; INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO FÍSICA; JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS; CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS. 
 
 
ALINE SANTOS RA: 1709138787 
LAIANNA CONCEIÇÃO LACERDA RA: 1708144791 
 
TUTOR EAD: ROBERTA APARECIDA DA SILVA
POLO: POLO PRESENCIAL DE PORTO SEGURO BA 
 
PORTO SEGURO - BA 30/05/2015 
 
 SUMÁRIO
- Introdução
 
- Desenvolvimento 
- Conclusão
 - Referências
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 INTRODUÇÃO 
 A “Compreensão do desenvolvimento motor” é essencial para se trabalhar a educação física de forma adequada e coerente e isto fica bem evidente quando estudamos as obras de Gallahue/Ozmun e os conceitos delas decorrentes, o tema discutido pode ser muito bem analisado com o auxilio das reflexões sobre a atuação do profissional de Educação Física realizada por autores de renome como Valter Brachte e GoTani. 
 Em Bracht percebemos a aproximação da Educação Física de um olhar mais sociológico. Já em Tani (2008), fica evidente que há um enfoque direcionado à pratica do educador físico em um viés mais desenvolvimentista, se tornando mais próximo dessa forma de Gallahue. Com ênfase a uma atuação profissional que respeite as fases de desenvolvimento. 
Percebe-se também que há uma elevação da importância do trabalho do professor no sentido de desenvolver as perspectivas físicas e motoras de seus alunos dentro destes aspectos percebemos a grande importância do papel do professor de educação física nos mais diversos locais e instituições. 
Na literatura da educação física ficam visíveis as mais variadas contribuições de diversos autores discorrendo sobre os inúmeros caminhos a serem seguidos e o enorme universo de dimensões a serem consideradas quando, por exemplo, é preciso a elaboração de um reflexivo plano de aula devido ao vasto campo de abrangência da mesma. Podemos considerar também que os autores Gallahue e Ozmun versam a cerca do desenvolvimento humano e de aspectos relacionados ao desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo, demonstrando por meio de fases, a importância de efetivar a prática pedagógica em Educação Física. Percebe-se também a grande influência da mídia na Educação física e os mais diversos objetivos da mesma. Notamos que uma parte da população os “leigos” tem um raciocínio superficial de que a educação física é apenas uma aula que ocorre dentro do ambiente escolar sem muita importância voltada meramente ao lazer e com brincadeiras sem fundamentos. 
É neste contexto que surge Gallahue salientando a grande importância da intervenção do professor para o desenvolvimento motor e cognitivo e dá argumentos consistentes para que, além desse ponto de vista, ocorram enormes ganhos voltados à saúde, auxiliando, por exemplo, na luta contra o sedentarismo.
 
 DESENVOLVIMETO
Menciona ainda que a “motricidade” faz parte da manifestação humana e está inserida no comportamento dos indivíduos. Desta forma fica evidente que o papel do professor de educação física não se restringe apenas ao ambiente escolar. Possuindo uma ampla aplicabilidade tanto em Academias, Clinicas de Saúde, Spas de Recuperação Física entre outros. Vale destacar também que como profissional da educação física o educador tem o papel de auxiliar seus alunos a manter a saúde física em equilíbrio.
Para Mauro Betti a Educação Física na escola brasileira recebeu influências da área médica, com ênfase nos discursos pautados na higiene, na saúde e na eugenia. Também recebeu influência dos militares e também, a partir da década de 1960, dos grupos políticos dominantes, que viam no esporte um instrumento complementar de ação. Dessa forma, a Educação Física passou a ter a função de selecionar os mais aptos para representar o país em diferentes competições. O governo militar apoiou a Educação Física na escola com o único objetivo de formar um Exército composto pela juventude forte e saudável.
A partir da década de 1980, por influência do novo cenário político, esse modelo de esporte de alto rendimento para a escola passou a ser fortemente criticado e surgiram novas formas de se pensar a Educação Física no ambiente escolar.
É neste contexto que a Psicomotricidade começa a aparecer na área da Educação Física brasileira, procurando orientar o trabalho dos educadores. Buscando uma educação que não valorizasse somente o ser físico, mas o ser social, fisiológico, afetivo, cognitivo, espiritual... Ou seja, uma pessoa integral, e dessa forma, romper com o dualismo cartesiano corpo-mente.
Para atingir este objetivo de relacionar a Psicomotricidade com a Educação Física de forma integrada, e identificar as contribuições desta aliança, é preciso, antes de tudo, definir estas duas abordagens.
 Assim, pode-se constatar que a Psicomotricidade se volta para uma ação motora, corporal e espontânea, que busca chegar a uma pedagogia do respeito e da descoberta. Onde possibilita um desenvolvimento harmonioso dos educandos, dando a oportunidade para eles existirem como sujeitos únicos que têm prazer em se comunicar, criar e pensar.
Para Mauro Betti (1992), a Educação Física tem a função de integrar e introduzir os educandos no mundo da cultura do movimento, formando o cidadão que vai usufruir, partilhar, produzir, reproduzir e transformar as formas culturais da atividade física, que são manifestadas no jogo, no esporte, na dança, na ginástica e nas outras atividades que utilizam o movimento humano. Para isso, a Educação Física deve considerar o educando numa relação de totalidade, não como objeto, mas como sujeito humano, ouvindo-o, conhecendo-o, aceitando-o, como um ser humano global.
Esse é o tipo de educação que se busca com a união da Psicomotricidade e a Educação Física. Uma educação que valoriza o ser ao invés do ter, concentrando a atenção no processo de evolução da pessoa, que será concebida em sua integralidade, tendo as etapas de evolução do movimento voltadas ao plano simbólico vivenciado, e não apenas num plano neuro-motor. A educação nesta concepção é entendida como o desenvolvimento das potencialidades próprias de cada criança.
 Segundo Betti (1994), a Educação Física tem sonegado informação e negado o prazer e a sociabilização aos seus educandos, porque não tem feito a mediação simbólica do saber orgânico para a consciência, fazendo-os ter autonomia no usufruto da cultura corporal de movimento.
O melhor lugar para a aplicabilidade dos conhecimentos trazidos a claridade por Gallahue e Ozmun é a escola, pois estes conhecimentos não podem estar dissociados das referências sociais da vida dos alunos, assim não devemos esquecer ao elegemos os conteúdos, que os nossos alunos estão emersos numa cultura e numa sociedade com determinadas características e valores. E, se a educação apropia-se o papel de situar o homem nos cosmos, no seu tempo, nos seus problemas e necessidades BENTO (1999) a escola não deve largar de vista o curso social das suas práticas, pois corre o risco de ficar desagregada com a sociedade onde se insere.
Os alunos necessitam compreender o concreto conceito do movimento no ciclo da vida, e não somente, resumi-lo a uma mudança no tempo e espaço, aprendendo que ele concorre para uma prospera ordem do sistema. colocando-se atividades, os alunos necessitam considerar que os movimentos tenham uma evolução de forma coesa e em união com as características do desenvolvimento pessoal de cada docente. Com essa compreensão os princípios do movimentoserão significativamente inclusos. Levando em consideração às limitações e os atributos pessoais dos alunos, a programação das atividades possibilita uma apresentação em ordem crescente, aonde as aptidões primordiais são trabalhadas, no tempo do ensino infante até as primeiras séries do ensino fundamental, utilizando-se do ensino de movimentos adequados a essa faixa etária, pois, além do movimento ser um comportamento que pode ser observado, também, é o resultado de um processo interno da pessoa, que acontece no nível do sistema nervoso. De modo global, essas aptidões básicas, aprendidas nesse tempo, proporcionam a aprendizagem futura das habilidades complexas ou específicas.
Doravante do diagnóstico de aprendizado de Tani, Bracht, Hugo Lovisolo, Manuel Sérgio e dentre outros autores, colocando-se no debate, Mauro Betti rever certas opiniões, com ressalte para duas colocações: a não-estruturação do debate brasiliano sobre a concordância da Educação Física como disciplina científica  protegida por Tani e Sérgio e denegada por Lovisolo e Bracht, tendo avaliação à opinião clássica de ciência como ponto convergente. E a segunda colocação é o raciocínio de que as ambiguidades de exploração em Educação Física precisam ser observadas no desempenho social e dialogadas com as outras ciências e a Filosofia, para que de lá voltem com respostas ou novos problemas.
Na reorganização de sua reflexão de Educação Física o autor qualifica de pedagógica a interferência como profissão, acrescentando o ponto de referencia estético ao científico e filosófico (apoiado em Bracht e Lovisolo) e passando a compreender a Educação Física como área do conhecimento e intervenção profissional-pedagógica, que trata da cultura corporal de movimento para melhoria qualitativa das práticas que compõe dada cultura, com base em referenciais científicos, estéticos e filosóficos. Ressalta que na escola deve ser propiciada a apropriação crítica da cultura corporal de movimento, por meio da associação orgânica (saber orgânico) do “saber movimentar-se” ao “saber sobre” o movimento.
Mauro aborda as conjecturas da ciência clássica e do positivismo lógico dentro das três direções “História, Filosofia e ciência’, ultrapassando-os à luz das concepções sobre Filosofia e Ética das ciências, de Gérard Fourez, Filosofia e História da ciência, de Alan Chalmers e metodologia nas ciências humanas e sociais, de Alda Judith Alves-Mazzotti.
Doravante das princípio de Fourez e Chalmers, Betti conclui a Educação Física como factível disciplina científica. O assunto retorna o autor à separação que impossibilita a estruturação de um objeto único para a Educação Física, levando-o a sugerir a obrigação da formulação de princípios para assimilar e explicar os instrumentos que possam ser ajustados e reconstruídos dialeticamente. A central cooperação de Alves-Mazzotti para a obra é a discussão sobre a elaboração do conhecimento nas ciências humanas e sociais, que vêm construindo critérios de direção e referenciais próprios de investigação, melhorando a maleabilidade de atuação e a convicção das conclusões.
 CONCLUSÃO
Concluímos que a consolidação da associação entre teoria e prática e o conhecimento científico como conexão desse vinculo, glorificando a ciência (impressionante concretização da humanidade), e da mesma forma a aplicação pedagógica, em restrito a da Educação Física, que o autor elucida como uma agregação ágil e carregadora de aptidões, princípios, doutrinas e relevâncias. 
O fado final da ‘viagem’ de Betti é sua defesa da pesquisa-ação como eminente possibilidade de ligação entre a Educação Física escolar e a finalidade da ciência, efetivada na ponderação da tubulada relação teoria-prática, desenhada ao longo da obra pelo enorme referencial teórico e pelos relatos de pesquisa apresentados ao final. Mesmo que discernindo os anos de pratica do cientista e as alegações concretizadas na proeminência de sua história, tem que se ressaltar os riscos de eleição da pesquisa-ação como melhor forma de articulação entre a Educação Física escolar e ciência, visto que outras abordagens teórico-metodológicas podem cumprir de modo satisfatório papéis semelhantes, afinadas com a realidade social em que estejam confrontadas. Apesar de tudo temos que considerar que as seleções de um cientista se da em incumbência das experiências individuais e profissionais e do que nomeia como preferência as suas cobiças investigativas. Ressaltam-se os extratos temporais selecionados por Betti para demonstrar ao leitor a formulação histórica de sua reflexão em relação à Educação Física, especialmente a escolar. As direções percorridas por ele, englobando a época crítica da década de 80, os entrechoques filosóficos da área, que o transportam a um aprofundamento filosófico e histórico da ciência e sua objetividade em enaltecer a investigação qualitativa em Educação Física, e a abordagem da mesma com a pratica escolar estabelece um caminho relevante. O roteiro da reflexão do autor e as conexões por ele elaboradas ao percorre da profissão continuamente almejam aproximar a área dos raciocínios e rotina do desempenho profissional.
 
 REFERÊNCIAS
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