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PROF. CRISTIANO PENA MILLER, MSC. AULA 2 – extração dos agregados MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II Comparativo volume x valor Participação em Volume Participação em Valor Areia: 40% Brita: 40% Cimento: 10% Aditivo: 2% Água: 8 % Aditivo: 5% Brita: 18% Areia: 15% Custos Areia(%) Brita(%) Mão de obra 30 23 Combustíveis e lubrificantes 20 15 Energia elétrica 5 7 Explosivos - 10 Manutenção (materiais e serviços) 15 20 Serviços de terceiros 12 17 Gestão ambiental 3 3 Outros 15 5 Exploração de pedreiras Terraplenagem Colocação de explosivos Marruagem Transporte até o complexo de britagem Evolução - 1 Evolução - 2 Evolução - 3 Evolução - 4 Evolução - 5 Evolução - 6 Classificação das britas COMERCIAL TÉCNICA PÓ D.M.C. < 4,8 mm 0 D.M.C. = 9,5 mm 1 D.M.C. = 19 mm 2 D.M.C. = 25 mm 3 D.M.C. = 38 mm 4 D.M.C. = 50 mm 5 D.M.C. = 76 mm Complexo de britagem Britadores Primários Secundários Terciários Correias transportadoras Peneiras selecionadoras FRAGMENTAÇÃO Britagem - primeiro estágio do processo de fragmentação (m ao cm). Divisão básica em primária e secundária. Britagem primária - alimentação é o ROM, localização próxima ou dentro da cava, operação a seco e circuito aberto com ou sem grelha para escalpar alimentação. Britagem secundária - alimentação é o produto da britagem primária ( < 15 a 30 cm) operação normalmente via seco com circuito fechado ou aberto. FRAGMENTAÇÃO Britadores Britadores de Mandíbulas Britadores Giratórios Britadores Cônicos Britadores de Impacto FRAGMENTAÇÃO Britadores Britadores de Mandíbulas - britagem realizada entre uma superfície fixa e outra móvel, material escoado por gravidade. Grau de redução de 5/1. O tipo Blake é o mais usado e tem uma abertura de alimentação fixa e abertura de saída móvel. Alimentação nominal = 0,5 a 1,5 m Velocidade = 200 a 350 rpm Sistema Móvel de Britagem e Peneiramento na Mina Sistema Móvel de Britagem e Peneiramento na Mina Sistema Móvel de Britagem e/ou Peneiramento na Mina FRAGMENTAÇÃO Britadores Britadores giratórios - superfície externa em forma de tronco de cone com vértice para baixo e interna, móvel, com vértice para cima. Maior capacidade que os britadores de mandíbula, podem receber alimentação direta de caminhões. Alimentação nominal = 1 a 1,6 m Grau de redução = 8/1 FRAGMENTAÇÃO Britadores Britadores cônicos - concepção semelhante aos giratórios diferenciando - se pela superfície externa, alta capacidade. São os mais usados em britagem secundária. Alimentação nominal = 0,2 a 0,5 m Grau de redução = 3/1 a 7/1 FRAGMENTAÇÃO Britadores Britadores de impacto - rotor que gira a grande velocidade, preso a peças(martelos) que se chocam com o material alimentado arremessando-o contra placas fixas, 500 a 3000 rpm. Limitação→ materiais abrasivos ( sílica + óxidos metálicos < 15 %). Alimentação nominal = 0,2 a 0,8 m Grau de redução = 6/1 a 10/1 FRAGMENTAÇÃO FRAGMENTAÇÃO Britadores Britadores de rolos - Consistem de dois rolos lisos que giram um contra o outro fragmentando o material alimentado entre os rolos. Baixa capacidade e aplicação restrita a materiais friáveis. Alimentação nominal = 0,2 m Grau de redução = até 4/1 FRAGMENTAÇÃO Britadores Britadores de rolos dentados- Consiste de um rolo dentado que gira de encontro a uma placa fixa ou contra outro rolo dentado. Aplicações = carvão, calcário, caulim, fosfatos, ferro ( materiais friáveis e pouco abrasivos). Alimentação nominal = 0,10 a 0,3 m Grau de redução = 2/1 a 4/1 Característica Mandíbula Giratório Impacto Rolo dentado Capacidade Baixa a média Média a alta Baixa Baixa Potência (kW) 2,25 a 225 5 a 750 11 a 450 15 a 300 Abrasividade do material sem restrição Sem restrição sílica + óxidos metálicos <15% Restrição Granulometria do produto top size alto para lamelares Top size menor que mandíbula alta produção de finos Produz menos finos Grau de redução 5/1 8/1 até 40/1 até 4/1 FRAGMENTAÇÃO Circuitos de Britagem Britagem primária na mina ou local próximo, circuito aberto. Britagem secundária ou terciária em geral circuito fechado com peneira → granulometria homogênea. Circuito fechado normal Circuito fechado reverso Britagem Primária Britagem Secundária Peneira Vibratória Produto US OS Carga Circulante Fechado Reverso Britagem Primária Britagem Secundária Peneira Vibratória Produto US OS Carga Circulante Fechado Normal FRAGMENTAÇÃO Moagem - último estágio do processo de fragmentação (cm ao μm). Moinhos revolventes ou tubulares são, ainda, os mais usados. São cilindros rotativos onde é realizada a fragmentação em seu interior pela ação de corpos moedores. Corpos moedores Barras cilíndricas Bolas Cylpebs - tronco de cone Fragmentos do minério Carga = corpos moedores + material a ser fragmentado Carga = 30 a 50 % do volume interno do moinho TIPOS DE DESCARGA MOINHOS DE BOLAS Agregado miúdo NBR 7211 – Agregados para concreto: areia natural ou resultante do britamento de rochas estáveis, ou a mistura de ambas, cujos grãos passam na # 4,8 mm e ficam retidos na # 0,075 mm. 35 Classificação das areias segundo o módulo de finura 36 Areia artificial - Influência nas argamassas e concretos Trabalhabilidade forma do grão; elevado teor de material pulverulento; Resistência à tração e ao desgaste forma e textura superficial do grão 37 Agregados Graúdos - NBR 7211 Pedregulho ou a brita proveniente de rochas estáveis, ou a mistura de ambas, cujos grãos passam pela peneira 152 mm e ficam retidos na peneira 4,8 mm; Rochas utilizadas na produção de agregado graúdo: Granito Basalto Gnaisse Diorito Gabro Diabasio Calcário Quartizito Arenito 38 Classificação dos grão quanto as suas dimensões Normais Quando as três dimensões têm a mesma ordem de grandeza C / L < 2 e L / e < 2 Aparência: Cúbicos Esféricos Tetraédricos 39 Lamelares quando há grande variação na ordem de grandeza das três dimensões Alongados ou em forma de agulhas (aciculares) C / L > 2 e L / e < 2 Discóides ou quadráticos C / L < 2 e L / e > 2 Planos ou em forma de placas C / L > 2 e L / e > 2 40 Classificação dos grãos quanto às arestas, cantos e faces Normais Angulosos Arestas vivas, cantos angulosos e faces planas Arredondadas Sem arestas, cantos arredondados e faces convexas Irregulares Conchoidais Uma ou mais faces côncavas Defeituosos Apresentam partes com seções gordas ou enfraquecidas em relação à forma geral do agregado 41 Influência da forma do agregado graúdo nas propriedades do concreto Forma arredondada Menor índice de vazios; Menor quantidade de areia no concreto; Menor superfície específica da mistura fresca; Menor quantidade de água de amassamento; Maior resistência; Facilita o movimento dos grãos; Boa trabalhabilidade com menos água; Para a mesma quantidade de água: o concreto de seixo rolado é mais plástico que o de pedra britada; Para a mesma trabalhabilidade: consome se menos água no concreto de seixo rolado. 42 Pedra britada Forma angulosa e superfície áspera; Maior aderência à argamassa que envolve o grão; Para a mesma relação água / cimento: Menor trabalhabilidade; Maior resistência. 43 Agregados de escória de alto-forno O resfriamento lento da escória em grandes moldes viabiliza um produto que pode ser moído e graduado para se obter partículas densas e resistentes para uso como agregado. As propriedades variam com a composição e a velocidade de resfriamento da escória. São largamente usados para fabricação de produtos pré-moldados de concreto. Agregado de cinza volante Usado como agregado leve. Em processo típico de fabricação,a cinza é peletizada e então sinterizada em forno rotativo, vertical ou de esteiras rotativas, a temperaturas de 1000 a 1200 °C. Apresenta variações na finura e no teor de carbono. Agregados reciclados Entulho de construções de concreto: agregado contaminado por pasta de cimento endurecida, gipsita e outros. Agregado miúdo: principalmente pasta endurecida e gipsita. Inadequado para produção de concreto. Desvantagens Alto custo de britagem Graduação Controle de pó Separação dos constituintes indesejáveis. NBR NM 26 – Agregados: amostragem Definições: Lote de agregados: É a quantidade definida de agregado produzido, armazenado ou transportado sob condições presumidamente uniformes; Amostra de campo: É a porção representativa de um lote de agregados, coletada nas condições prescritas nesta norma, seja na fonte de produção; armazenamento ou transporte; NBR NM 26 – Agregados: amostragem Definições: Amostra parcial: é a parcela de agregado obtida de uma só vez do lote de agregado; Amostra de ensaio: é a porção obtida por redução da amostra de campo. NBR NM 26 – Agregados: amostragem Considerações gerais: Para a amostragem devem ser tomadas todas as precauções necessárias para que as amostras obtidas sejam representativas quanto á natureza e características dos agregados. Amostras parciais tomadas em diferentes pontos devem representar todas as possíveis variações do material. A coleta deverá, se possível, ser realizada com material úmido para evitar a segregação da parte pulverulenta. NBR NM 26 – Agregados: amostragem Procedimentos de amostragem: Fontes: Jazidas em depósitos naturais: perfuração; Jazidas com uma face exposta (afloramento): demarcação da área; Jazidas encobertas: perfurações – descartar material superficial não aproveitável; Depósitos comerciais e obra (amostragem em pilha, em unidade de transporte, em silos; em correias transportadoras): métodos variáveis. NBR NM 26 – Agregados: amostragem Tabela 1 – Quantidades de amostras destinadas a estudos físicos e químicos dos agregados: NBR NM 26 – Agregados: amostragem Remessa das amostras: remetidas em sacos, containers, caixas ou outros recipientes limpos e adequados, que garantam a integridade da amostra durante o manuseio e transporte. NBR NM 26 – Agregados: amostragem Identificação da amostra de campo: identificadas mediante etiqueta ou cartão, contendo os seguintes dados: - designação do material, número de identificação de origem; - tipo de procedência; massa da amostra; quantidade do material que representa; - obra e especificações a serem cumpridas; parte da obra em que será empregada; - local e data da amostragem; - responsável pela coleta. NBR NM 26 – Agregados: amostragem * Se jazida natural, acrescentar: - localização da jazida e nome do proprietário; - volume aproximado; - espessura aproximada do terreno que cobre a jazida; - croqui da jazida (planta, corte e localização da amostra); - vias de acesso. NBR NM 27 – Agregados: Redução da amostra de campo para ensaios de laboratório Procedimentos de amostragem: Método A: Separador mecânico; Método B: Quarteamento; Método C: tomadas de amostras aleatórias (exclusivo para agregado miúdo) NBR NM 27 – Agregados: Redução da amostra de campo para ensaios de laboratório Método A: Separador mecânico Consiste em um equipamento dotado de calhas que estão dispostas de tal forma que descarreguem aleatoriamente o agregado para cada lado do separador. Uma das partes acumulada deverá ser desprezada e o processo repetido tantas vezes for necessário até que a quantidade de material atenda ao exigido nas Tabelas 1 e 2 da NM-26. NBR NM 27 – Agregados: Redução da amostra de campo para ensaios de laboratório NBR NM 27 – Agregados: Redução da amostra de campo para ensaios de laboratório Método B: Quarteamento Consiste em colocar a amostra de campo sobre uma superfície rígida, limpa e plana, onde não ocorra nenhuma perda de material e nem haja contaminação (utilizar um encerado de lona). Homogeneizar a amostra revolvendo-a no mínimo três vezes. Juntar a amostra formando um tronco de cone, cuja base deverá ter de quatro a oito vezes a altura do tronco de cone. NBR NM 27 – Agregados: Redução da amostra de campo para ensaios de laboratório Método B: Quarteamento Achatar cuidadosamente o cone com a ajuda de uma pá. Dividir a massa em quatro partes iguais com a ajuda de uma colher de pedreiro ou uma pá. Então, eliminar duas partes em sentido diagonal e agrupar as outras duas. Repetir o processo até a quantidade necessária para o ensaio desejado. NBR NM 27 – Agregados: Redução da amostra de campo para ensaios de laboratório Método B: Quarteamento Caso a superfície não seja regular, introduzir uma haste rígida por baixo do encerado, pasando pelo centro do cone, e levantá-lo em suas extremidades, dividindo-o em duas partes. Deixar uma dobra entre as duas partes e retirar a haste. Introduzir novamente a haste formando um ângulo reto com a primeira divisão. Proceder o quarteamento e repetir o processo até obter a quantidade de material necessária. NBR NM 27 – Agregados: Redução da amostra de campo para ensaios de laboratório Influência das propriedades dos agregados em concretos e argamassas: - resistência - estabilidade dimensional - durabilidade Classificação dos agregados Origem • Naturais Rochas ígneas (já estudado0 • Artificiais Massa específica Dimensão das partículas Classificação dos agregados Origem • Naturais Rochas igneas • Artificiais Escória de alto-forno resfriamento lento ácidas (mais denso) x básicas (estrutura vesicular) aplicação: pré-moldados – blocos, mourões e canais • EPS – poliestireno expandido produto da química do petróleo pequenas partículas esféricas de EPS aplicação: concretos leves Classificação dos agregados Origem • Naturais Rochas igneas • Artificiais Reciclagem entulhos de construções de concreto aplicação: locais de escassez de agregados de boa qualidade e/ou abundância de entulhos de construções problema: custos – britagem, graduação, controle do pó e separação de constituintes indesejáveis Classificação dos agregados Origem • Naturais Rochas igneas • Artificiais Argila expandida tratamento térmico de materiais adequados (1000 a 1100 ºC) – gases liberados pela decomposição química de alguns constituintes são incorporados e expandem a massa sinterizada aplicação: concretos leves EVA - Acetato Vinil Estireno Obtido das aparas de resíduos da industria de calçados Aplicação: concretos leves Classificação dos agregados Origem • Naturais • Artificiais Massa unitária • Leves : γ < 2,0 kg/dm3 • Normais: 2,0 < γ < 3,0 kg/dm3 • Pesados: γ > 3,0 kg/dm3 Dimensão das partículas Classificação dos agregados Origem • Massa unitária Dimensão das partículas Agregado miúdo Agregado graúdo Classificação dos agregados Agregado graúdo: material granular com pelo menos 95%, em massa de grãos retidos na peneira 4,8 mm, conforme NBR 5734 (esta definição engloba, em seu sentido mais amplo as definições de agregados graúdo e miúdo constantes da NBR 7211). Classificação dos agregados Agregado miúdo: material granular com pelo menos 95%, em massa de grãos que passam na peneira 4,8 mm, (esta definição engloba, em seu sentido mais amplo as definições de agregados graúdo e miúdo constantes da NBR 7211). Definições das propriedades dos agregados • Massa específica Massa por unidade de volume, incluindo os poros internos das partículas, é considerado o volume dos grãos dos agregados = m/v • Massa unitária Massa de agregados que ocupam uma unidade de volume MU = m/v v = volume ocupado pelos grãos ou seja o volume das partículas e o volume dos vazios entre os grãos Definições das propriedades dos agregados Massa específica na condição seca Relação entre a massa do agregado seco e seu volume, excluídos os vazios permeáveis • Vazios permeáveis Descontinuidades ligadas diretamente à superfície externado agregado que, na condição saturada superfície seca, são passíveis de reter água • Massa específica na condição saturada superfície seca Relação entre a massa do agregado na condição saturada superfície seca e seu volume, excluídos os vazios permeáveis • Absorção Aumento da massa do agregado, devido ao preenchimento dos seus poros por água, expresso como porcentagem de sua massa seca Materiais pulverulentos Partículas minerais com dimensão inferior a 0,075 mm, incluindo os materiais solúveis em água Definições das propriedades dos agregados Parâmetros granulométricos Módulo de finura Soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de um agregado, nas peneiras da série normal, divida por 100 • Dimensão máxima característica Abertura da peneira em que ficar retida, acumulada, uma porcentagem do agregado igual ou imediatamente inferior a 5% em massa Tipos de brita Brita 1/2” 9 a 13 mm Bica corrida < 50 mm Pó de pedra < 6 mm Pedrisco < 12,5 mm Brita 0 2,36 a 12,5 mm Brita 1 4,75 a 25 mm Brita 2 9,5 a 31,5 mm Brita 3 19 a 50 mm Ensaios • Resistência à abrasão e desintegração Importância: índice de qualidade do agregado, resistência ao desgaste de pisos, pavimentos Critério: porcentagem máxima de perda de massa, profundidade e tempo de desgaste • Forma da partícula e textura superficial Importância: trabalhabilidade do concreto fresco Critério: porcentagem máxima de partículas lamelares ou alongadas Ensaios Composição granulométrica Importância: trabalhabilidade do concreto fresco, padronização, economia Critério: porcentagens máxima e mínima passantes em peneiras normalizadas • Massa específica Importância: cálculos de dosagem, classificação Critério: relação entre massa e volume • Massa unitária Importância: cálculos de dosagem Critério: massa compactada e massa no estado solto • Absorção e umidade superficial Importância: controle de qualidade Critério: retenção de água Plan1 Muito grossas MF > 3,90 Grossas 3,30 < MF < 3,90 Médias 2,40 < MF < 3,30 Finas MF < 2,40
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