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* Profa. MSc. Alessandra Tesch da Silva Geometria molecular e polaridade QUÍMICA GERAL E ORGÂNICA * Geometria molecular GEOMETRIA MOLECULAR Forma como os núcleos dos átomos que constituem a molécula se acham posicionados uns em relação aos outros. * Geometria molecular Tipos de geometria molecular As bolas representam os átomos, e as varetas, as ligações entre eles. Linear Linear Trigonal plana Tetraédrica Piramidal Angular * Geometria molecular Tipos de geometria molecular a) Linear b) Angular * Geometria molecular Tipos de geometria molecular c) Trigonal plana d) Piramidal * Geometria molecular Tipos de geometria molecular e) Tetraédrica * Geometria molecular Exemplos: HCl – linear; CH4 – tetraédrica; CO2 – linear; NH3 – piramidal; Determinação da geometria de várias moléculas por meio de técnicas avançadas. CH2O – trigonal plana; H2O – angular; SO2 – angular. * Geometria molecular VSEPR: valence-shell electron-pair repulsion Método usado para prever a geometria de uma molécula. Foi elaborado pelos químicos ingleses Nevil Sidgwick e Herbert Powell e aperfeiçoado e divulgado pelo canadense Ronald Gillespie. Modelo da repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência (VSEPR) * Geometria molecular Experimento com balões: encher os balões com gás, amarrá-los pela boca e soltá-los no chão. Disposições esperadas: Modelo da repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência (VSEPR) B A C * Geometria molecular Os balões se afastam o máximo possível uns dos outros. Modelo da repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência (VSEPR) Segmento de reta Triângulo equilátero Tetraedro * Geometria molecular Como os balões, os pares de elétrons existentes ao redor do átomo central de uma molécula também tendem a se afastar ao máximo uns dos outros já que todos possuem cargas de mesmo sinal (negativo). Modelo da repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência (VSEPR) * Geometria molecular Assim, dois pares de elétrons ao redor do átomo central tenderão a ficar em lados opostos por causa da repulsão mútua. Segmento de reta Modelo da repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência (VSEPR) Formando * Geometria molecular Três pares de elétrons ao redor do átomo central tenderão a assumir as posições dos vértices de um triângulo. Triângulo equilátero Modelo da repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência (VSEPR) Formando * Geometria molecular Quatro pares de elétrons ao redor do átomo central tenderão a adotar as posições dos vértices de um tetraedro. Tetraedro Modelo da repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência (VSEPR) * Geometria molecular Passos para a determinação da geometria de uma molécula: 1º) Escreva a fórmula eletrônica da substância e conte quantos pares de elétrons existem ao redor do átomo central. Modelo da repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência (VSEPR) Par de elétrons: - Ligação covalente simples, dupla ou tripla; Par de elétrons não usado em ligação. * Geometria molecular Passos para a determinação da geometria de uma molécula: 2º) Escolha a disposição geométrica que assegure a máxima distância entre os pares de elétrons. Modelo da repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência (VSEPR) * Geometria molecular Passos para a determinação da geometria de uma molécula: 3º) Embora os pares de elétrons sejam os responsáveis pela distribuição geométrica ao redor do átomo central, a geometria molecular é uma expressão da posição relativa dos núcleos dos átomos presentes na molécula. Modelo da repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência (VSEPR) Assim, determinamos a geometria da molécula considerando apenas os átomos unidos ao átomo central. * Geometria molecular Modelo da repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência (VSEPR) * Geometria molecular Modelo da repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência (VSEPR) * Geometria molecular A distribuição dos átomos ao redor do átomo central determina os ângulos formados entre suas ligações. O ângulo de ligação assume diversos valores. Ângulo de ligação * Geometria molecular Ângulo de ligação Exemplos: Nas moléculas lineares CO2 e BF2 → 180º Na molécula trigonal BF3 → 120º Nas moléculas tetraédricas CCl4 e CH4 → 109º28’ Na água (angular) e na amônia (piramidal), os ângulos entre as ligações valem, respectivamente → 104,5º e 107º * Geometria molecular Ângulo de ligação Linear Trigonal plana Tetraédrica 180° 120° 109° 28’ * Polaridade das ligações Eletronegatividade Tendência que o átomo de determinado elemento apresenta de atrair elétrons, quando ligado a outro(s) átomo(s). Embora essa atração se dê sobre todo o ambiente eletrônico que circunda o núcleo do átomo, é de particular interesse a atração que o núcleo exerce sobre os elétrons envolvidos na ligação química. * Polaridade das ligações Eletronegatividade Valores de eletronegatividade Escala elaborada por Pauling * Polaridade das ligações Eletronegatividade A partir desses valores, pode-se construir uma “fila” com alguns dos elementos que aparecem frequentemente no estudo da química: * Polaridade das ligações Ligações polares e apolares Uma ligação covalente é polar quando dois átomos que estabelecem essa ligação possuem diferentes eletronegatividades. Exemplo: Uma molécula de HF → F é mais eletronegativo que H → o par de elétrons compartilhado não é atraído igualmente por ambos os átomos → encontra-se mais deslocado no sentido do F. * Polaridade das ligações Ligações polares e apolares Dizemos que no flúor aparece uma carga parcial negativa (δ -) e no hidrogênio, uma carga parcial positiva (δ +). Então, a ligação entre o F e o H é denominada ligação covalente polar porque nela existem dois polos elétricos, um negativo e outro positivo. * Polaridade das ligações Ligações polares e apolares Uma ligação covalente é apolar quando dois átomos que estabelecem essa ligação possuem eletronegatividades iguais. Exemplo: Uma molécula de H2 → ambos os átomos (dois átomos de H) apresentam a mesma eletronegatividade → não há polarização na ligação → ligação covalente apolar. * Polaridade das ligações Ligação iônica X ligação covalente À medida que a diferença de eletronegatividade aumenta, os elétrons são atraídos com predominância cada vez maior por um dos átomos. A ligação iônica pode ser definida como um caso extremo da ligação covalente polar. A diferença de eletronegatividade entre os átomos participantes é tão grande que o elétron compartilhado por ambos é transferido de um átomo para outro. * Polaridade das ligações Ligação iônica X ligação covalente Diferenças de eletronegatividade: > 2: ligação com forte caráter iônico < 1,5: ligação com predominância do caráter covalente * Polaridade das ligações Polaridade das moléculas A polarização da ligação apresenta uma direção, um sentido e uma intensidade que depende da diferença de eletronegatividade (∆) entre os átomos. Podemos representar a polarização por um vetor. Vetor momento de dipolo ou momento dipolar → representado por → é aquele que representa a polarização de uma ligação covalente. * Polaridade das ligações Polaridade das moléculas O vetor possui a direção da reta que passa pelo núcleo dos átomos que tomam parte na ligação considerada e é orientado no sentido do polo positivo para o negativo. As ligações apolares possuem vetor momento dipolo nulo → = 0 * Polaridade das ligações Polaridade das moléculas No caso de moléculas com mais de dois átomos, a análise fica um pouco mais complicada porque cada ligação tem um vetor. Para saber se a molécula é polar ou apolar, devemos somar todos os vetores momento dipolo detodas as ligações e verificar se o vetor resultante é nulo ou não. * Polaridade das ligações Polaridade das moléculas Este valor resultante é denominado vetor momento de dipolo resultante e é representado por R Se ele for nulo → molécula apolar, caso contrário será → molécula polar. * Polaridade das ligações Polaridade das moléculas * Polaridade das ligações Polaridade das moléculas * Polaridade das ligações Simetria molecular É um método mais simples de determinar se uma molécula é polar ou apolar. Baseia-se na simetria do ambiente eletrônico que circunda o átomo central. Método relativamente limitado a moléculas que apresentem um único átomo central ligado a todos os demais átomos da molécula. * Polaridade das ligações Simetria molecular Dois casos possíveis: 1º) Não há pares de elétrons não compartilhados e todos os átomos ligados ao átomo central são iguais. Disso resulta uma molécula apolar. Nesse caso, existe uma simetria do ambiente eletrônico ao redor do átomo central, o que faz a molécula ser apolar. * Polaridade das ligações Simetria molecular Exemplos: 2 átomos de Cl Nenhum par de e– não compartilhado 2 átomos de O Nenhum par de e– não compartilhado átomos de F Nenhum par de e– não compartilhado 4 átomos de H Nenhum par de e– não compartilhado Simetria ao redor do Be Simetria ao redor do C Simetria ao redor do B Simetria ao redor do C Molécula apolar Molécula apolar Molécula apolar Molécula apolar * Polaridade das ligações Simetria molecular Dois casos possíveis: 2º) Há um ou mais pares de elétrons não compartilhados e/ou nem todos os átomos ligados ao átomo central são iguais. Disso resulta uma molécula polar. Nesse caso, existe uma assimetria do ambiente eletrônico ao redor do átomo central, o que faz a molécula ser polar. * Polaridade das ligações Simetria molecular 1 átomo H 1 átomo N 1 átomo O 2 átomos H 3 átomos H 1 par de e– não compartilhado 2 átomos H 2 pares de e– não compartilhados Assimetria ao redor do C Molécula polar Assimetria ao redor do C Molécula polar Assimetria ao redor do N Assimetria ao redor do O Molécula polar Molécula polar * Polaridade das ligações Polaridade e solubilidade Soluto polar tende a se dissolver em solvente polar. Soluto apolar tende a se dissolver em solvente apolar. Quando o solvente é polar e o soluto é apolar, ou vice-versa, não existe tendência para solubilização. * Polaridade das ligações Polaridade e solubilidade * Polaridade das ligações Polaridade e solubilidade Alguns exemplos: Compostos polares: metanol (ou álcool metílico CH3OH), álcool comum (etanol ou álcool etílico CH3CH2OH), éter dietílico (éter comum ou éter etílico CH3CH2OCH2CH3) e acetona (H3CCOCH3). * Polaridade das ligações Polaridade e solubilidade Alguns exemplos: Compostos apolares: derivados diretos do petróleo (gasolina, benzina, benzeno, querosene, óleo diesel, óleo lubrificante, parafina, vaselina, etc.), óleos e gorduras de origem animal ou vegetal. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *