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Origem e Métodos da Fenomenologia Existencial

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RESENHA DESCRITIVA
ALUNA: MIRIAN SANTANA DE PAIVA
A ORIGEM DA FENOMENOLOGIA EXISTENCIAL
A presente texto aborda aquilo que a clínica da fenomenologia e a filosofia descrevem acerca do conceito de existência, aqui definida como cuidado de si, culminando em método fenomenológico, onde definimos como estudo da consciência. Observam-se também as transformações sofridas pelo método fenomenológico para a análise da existência. E por fim, a extensão da análise existencial para a psicoterapia da clínica fenomenológica. Contrastamos ainda, as descrições do processo terapêutico existencial quanto às evidências empíricas, na qual a resistência tradicional ainda é presente, porém com certa abertura. Assim sendo, ao longo da história, o método fenomenológico vem perdendo foco e dando lugar a análise existencial que ruma para uma abordagem psicoterapêutica bem mais integrada.
O termo clínica fenomenológica abrange várias modalidades de diagnóstico e descrições referentes aos sintomas, aos impedimentos funcionais, à qualidade de vida, ao de curso da doença, às respostas diferenciais ao tratamento, e aos equivalentes genéticos. Ela seria, portanto, uma descrição abrangente, incluindo pacientes e não pacientes, tendo como objetivo a compilação exaustiva de dados que permitam ampla compreensão da doença, ou seja, o estudo da própria doença, sua manifestação, história e contexto.
O termo fenomenologia trata-se na verdade de uma extensão do uso de verbete oriundo da filosofia alemã setecentista e ganhou destaque no início do século XIX com as filosofias de (WILLIAM HAMILTON; GEORG W. HEGEL). Este primeiro acreditava que seria preciso diferenciar o conhecimento da crença e o segundo destacava a descrição histórico-racional da experiência que a consciência faz de si mesmo em seu desenvolvimento dialético.
Contudo os dois repercutiramas influências do idealismo kantiano, cada um à seu modo, com a clássica distinção entre nômeno ou númeno, aquilo que é real e fenômeno aquilo que é percebido. No entanto, o termo fenomenologia é reconhecido por nomear o método desenvolvido por Edmund Husserl para estudar a experiência consciente. Posteriormente, o método, foi utilizado por Heidegger para a analítica da existência, porém com algumas alterações. Na fenomenologia clínica o pioneiro foi o escritor e filosofo Karl Jaspers com seu livro Psicopatologia Geral (1913), onde são descritos os fenômenos psíquicos no modo como se apresentam à experiência consciente. Com isso Jaspers inaugurou a aplicação do método fenomenológico à clínica. O termo clínica fenomenológica será aqui visto como uma via de compreensão e atendimento psicoterápico que se tornou conhecido por fenomenologia-existencial, com ramificações para uma grande variedade de teorias psicológicas humanistas. Assim, teremos uma conjunção entre filosofia e um método para estudos da relação entre a experiência e a consciência. As experiências advêm de um olhar para dentro, onde não há espaço para dúvida acerca da concretude da externalidade.
Para entendermos o exposto abordado até aqui, se faz necessário vermos aspectos associados ao conceito de clínica fenomenológica, ou seja, as considerações sobre os diferentes significados do termo, a história e seus métodos e de onde nasceu a clínica psicológica fenomenológica. Importa-nos também vermos a perspectiva fenomenológica dentro dessa clínica e quais são suas características.
Partindo do grego o termo fenomenologia vem de phainómenon, ou seja, fenômeno e quer dizer tudo aquilo que é passível de ser posto à luz, tudo aquilo que resplandece, nesse sentido fenômeno seria aquilo que aparece à percepção.

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