Buscar

Estados Unidos x China

Prévia do material em texto

Estados Unidos x China: diferença econômica e de mercado
A duas maiores potências do atual mercado mundial, China e os Estado Unidos da América (EUA) vivem em uma briga comercial “não declarada”, em busca de manter-se (no caso dos EUA) ou de atingir (no caso da China) o primeiro lugar no ranking entre as grandes potências mundiais. Apesar de suas diferenças, ambos os países tem algo em comum: a preocupação com a produção de bens de consumo em alta escala, especialmente para o comércio exterior, e também para o consumo de seu mercado interno, deixando de lado o cuidado necessário com a preservação do meio ambiente. 
A mais importante e maior potência mundial, os Estados Unidos destaca-se em diversos setores da economia, em especial no setor industrial. Apesar de ter grande foco na exportação de seus produtos, o comércio interno do país é muito forte. E além do grande destaque na produção de produtos industrializados e de alta tecnologia, os EUA tem também forte desenvolvimento no setor agropecuário e na mineração. Vale lembrarmos que o turismo também exerce forte papel na economia norte-americana; o país recebe anualmente cerca de 1,5 bilhão de turistas estrangeiros.
É importante resaltar que o país também se destaca por seu alto sistema de comunicação (um dos mais eficientes do mundo) e por suas redes ferroviárias, que permite a migração entre todo seu território, especialmente nas regiões de grandes aglomerações e de grandes centros econômico dentro de seu território nacional.
Apesar de estar em segundo lugar no ranking das maiores potências mundiais, a China é uma das economias que mais vem crescendo nos últimos tempos. Mesmo (assim como os Estados Unidos) sofrendo com a crise mundial que teve início em 2008, nos últimos anos, sua média de crescimento chega a quase 7,5%. Em 2016, seu Produto Interno Bruto (PIB) chegou a US$10,46 trilhões, enquanto o PIB dos Estados Unidos chegou a US$18,2 trilhões. Apesar da diferença entre os valores, o que vem impressionando é que a China começa a ajustar-se ao mundo globalizado somente na década de 1990, e sua economia vem crescendo contínua e fortemente. 
Nos dias atuais, o país é considerado o maior produtor mundial de alimentos; o governo Chinês vem ampliando também seus investimentos na produção de tecnologia, além de apresentar um crescimento nos investimentos na infraestrutura, nas áreas de mineração e educação. Por outro lado, o consumo interno do país não é muito elevado devido aos baixíssimos salários e às regras trabalhistas. Este mesmo fator, porém, faz com que os produtos do país sejam os mais baratos do mundo, o que acaba acarretando nos altos indicies de exportação dos produtos chineses, além de atrair muitas empresas multinacionais (ou transnacionais) a instalar suas filiais no país, em busca de baixos custos de produção, mão de obra barata e grande mercado consumidor.
Agora que entendemos um pouco mais sobre o atual mercado e meios de produção e investimento dos dois países, vamos analisar um pouco mais a “briga” entre eles nos dias de hoje. Além da disputa entre o primeiro lugar no pódio de potência mundial, os dois países estão passando por verdadeiras tensões entre si, especialmente após o atual presidente dos EUA, Donald Trump ter assumido o poder.
A China vem demonstrando por meio de seus meios de comunicação sua insatisfação com relação ao governo de Trump, e em janeiro deste ano chegou a advertir Rex Tillerson, secretário de Estado dos EUA, para que o mesmo tivesse cuidado com suas ameaças em bloquear o aceso às ilhas artificiais, situadas no mar sul da China (também conhecido como Mar China Meridional). O país chegou a afirmar que este bloqueio poderia provocar um “confronto devastador”.
De acordo com uma matéria do jornal El País Internacional (publicada no dia 13/01 deste ano), o jornal governista acusou Tillerson (até então ainda candidato ao cargo de secretário de Estado) de “pouco profissionalismo e de ignorância dos princípios elementares da relação bilateral entre as duas maiores potências do planeta”. De acordo com a matéria, o jornal governista ainda chegou a mencionar que caso os norte-americanos de fato ajudassem a inviabilizar o acesso da China às ilhas artificiais: “abririam o caminho para um confronto devastador entre a China e os EUA”. A mesma matéria do El País ainda aponta que o jornal Global Times (associado ao Parido Comunista da China PCCh) chegou a levantar a possibilidade de este bloqueio desencadear uma guerra, afirmando: “Se a equipe diplomática de Trump definir as futuras relações entre China e EUA como está fazendo agora, é melhor que as duas partes se preparem para um enfrentamento militar”. (El País Internacional, 13/01/2017).
Em uma matéria lançada na mesma data, no site da revista Veja, a revista fala sobre a mesma publicação do Global Times, definindo a mesma como um “editorial crítico advertindo que se a diplomacia da equipe do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prosseguir com seus desafios, ambas as partes ‘deveriam pensar em se preparar para um enfrentamento militar’” (Veja, 13/01/2017).
De acordo com a matéria, a publicação afirma, como resposta às ameaças de bloqueio ao acesso às ilhas: “A menos que Washington planeje lançar uma guerra em grande escala no Mar da China Meridional, qualquer outro método para evitar o acesso chinês a essas ilhas será estúpido”; e a matéria ainda inclui que: “Tillerson faria bem em se atualizar sobre estratégias nucleares se quer que uma potência nuclear (em referência à China) se retire de seus próprios territórios” (Revista Veja, 13/01/2017). Além de se referir à publicação do Global Times, a matéria da revista Veja também cita a resposta do jornal China Daily, às ameaça de Tillerson, afirmando que caso suas ideias sejam aplicadas “no mundo real”, os Estados Unidos abririam assim, “o caminho para um devastador confronto entre China e Estados Unidos” (Revista Veja, 13/01/2017).
Já no último dia 21, uma matéria da revista ISTOÉ aponta que ambos os países vem trabalhando “juntos” em busca de manterem “uma postura mais firme ante a Coreia do Norte” (IstoÉ, 21/06/2017) e que apesar de o chefe da diplomacia americana, Rex Tillerson, e o secretário da Defesa, Jim Mattis estarem negociando com o assessor diplomático da Chuna, Yang Jiechi, e o general Fang Fengshui, chefe do Estado-Maior. A matéria também motra que em abril deste ano, Trump e Xi Jinping (presidente da China), reuniram-se em sua residência de Mar-a-Lago, na Flórida. Este encontro foi visto como um meio de ter uma melhor comunicação entre os dois presidentes, dando assim, lugar a uma “aproximação”.Apesar de tal aproximação, o presidente Donald Trump parece não levar muito à sério essa “boa relação” entre os dois países e que horas antes deste encontro, postou um tuíte dando a entender que os esforços da China na Coreia do norte foram em vão. Trump escreveu em seu Twitter: “Apesar de apreciar enormemente os esforços do presidente Xi e da China para ajudar com a Coreia do Norte, não funcionou. Pelo menos agora sei que a China tentou”.
Ao analisarmos este clima de “Guerra Fria” entre as duas maiores potências mundiais, não podemos deixar de refletir sobre o impacto que uma disputa entre ambos causaria não apenas nos dois países, mas em todo o mundo, pois esta seria então uma disputa de nível mundial. Todos sabem que tanto a China, quanto os EUA, assim como a Rússia e Coreia do Norte são altamente armados e que somente a área militar de cada um destes países sabem a real quantidade de armas e bombas que os mesmos possuem. Outro fator que gera preocupação a nível mundial de uma guerra entre estes países é que, além de envolver demais países ao redor do mundo, não se sabe, de fato, qual a potência de uma bomba nuclear lançada criada por algum destes países teria, nem qual seria seu nível de potência. 
O que nos resta é esperar e torcer para que toda esta situação termine da forma mais amigável possível; que os EUA e a China continuem sua briga pelo título de maior nação mundialsem causar danos maiores não apenas aos dois países, mas à toda comunidade mundial.
 
 
Referências:
Cinco perguntas sobre uma 'guerra comercial' entre EUA e China . G1 Jornal O Globo [on-line]; 20/01/2017; disponível na internet em: 21/06/2017, às 19:23h. <http://g1.globo.com/economia/noticia/cinco-perguntas-sobre-uma-guerra-comercial-entre-eua-e-china.ghtml>
Economia dos Estados Unidos; Portal de Pesquisas .com – Portal de Pesquisas Temática e Educacionais [on-line]; disponível em: 21/06/2017, às 19:58h.
 <http://suapesquisa.com/paises/eua/economia_estados_unidos.htm> 
PIB dos Estados Unidos em 2016; Portal de Pesquisas .com – Portal de Pesquisas Temática e Educacionais [on-line]; disponível em: 22/06/2017, às 19:03h. 
<http://suapesquisa.com/economia/pib_eua_2016.htm>
Economia da China; Portal de Pesquisas .com – Portal de Pesquisas Temática e Educacionais [on-line]; disponível em: 22/06/2017, às 19:08h. <http://suapesquisa.com/geografia/economia_da_china.htm> 
PACIEVITCH, Thais. Economia da China[on-line]; disponível em: 22/06/2017, às 22:00h <https://www.infoescola.com/economia/economia-da-china/amp/>
LIY, Macarena Vidal. China alerta Trump para o risco de um “confronto devastador” [on-line]. El País. 13/01/2017; disponível em: 23/06/2017, às 20:00h. <http://brasil.elpais.com/brasil/2017/01/13/internacional/1484311405_912644.html> 
Jornal oficial chinês teme futura guerra com os EUA de Trump [on-line]. Veja.com; publicado em 13/01/2017; disponível em: 23/06/2017, às 23:37h. <http://veja.abril.com.br/mundo/jornal-chines-teme-futura-guerra-com-os-eua-de-trump/> 
China adverte Trump a se preparar para confronto militar- Jornal estatal reage a ameaça de bloquear acesso a ilhas disputadas por Rex Tillerson. G1 Jornal O Globo [on-line]; publicado em 14/01/2017; disponível em: 23/06/2017
<https://oglobo.globo.com/mundo/china-adverte-trump-se-preparar-para-confronto-militar-20769871> 
China e EUA se reúnem para discutir questão da Coreia do Norte.IstoÉ [on-line]edição nº 2480 23.06; disponível em: 23/06/2017, às 21:14h. <http://istoe.com.br/china-e-eua-se-reunem-para-discutir-questao-da-coreia-do-norte/>

Continue navegando