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Crítica marxista à economia clássica e a teoria da exploração

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Aula-atividade 2-4. Crítica marxista à economia clássica e a teoria da exploração
Data de entrega: até o dia. 19/04/2018
Referência: 
MARX, karl. O CAPITAL: Crítica da economia política. Volume I. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1996. (Apresentação: Jacob Gorender).
1. Parte III. Unificação Interdisciplinar das Ciências Humanas
Especial atenção ao seguinte tópico: Método e estrutura de “O Capital” [p. 23-27]
2. Parte IV. Mercadoria e Valor [p. 27-33]
3. Parte V. Capital, Fetichismo e Acumulação Originária [p. 33-44]
4. Parte VI. Valor e Preço — O Problema da Transformação [p. 44 - até o final do 1o. parágrafo da p. 46].
Roteiro da aula
Introdução.
A explicação das oscilações momentâneas dos preços de mercado pelas variações na oferta e demanda só pode satisfazer à observação dos fenômenos em sua superfície. Os economistas, que não se contentavam com a observação superficial, entenderam que devia existir um regulador determinante, não das oscilações dos preços, mas do nível em que eles ocorrem. 
Smith e Ricardo definiram aquele regulador como o valor-trabalho. Ao mesmo tempo, traduziram o valor-trabalho em termos de preço, sem qualquer mediação. Por conseguinte, o preço natural (Smith) ou o custo de produção (Ricardo) devia ser igual ao valor-trabalho, o que criava insolúvel impasse. 
Marx esforçou-se no sentido de eliminar esta transição imediata do conceito abstrato de valor à realidade empírica dos preços. E o fez descobrindo as mediações dialéticas que balizam o trajeto do valor aos preços de mercado. Dessa forma O Capital condiz em não ser uma obra economicista, pois não isola o social, e, sim, uma obra que enfatiza o materialismo histórico.
Roteiro de leitura 
Com base em Gorender, explique (com boa fundamentação) porque "O Capital" se constitui em uma obra de unificação interdisciplinar das ciências humanas.
O autor ratifica que o Capital é uma obra política, mas que constitui em uma obra de unificação interdisciplinar das ciências humanas, pois é um estudo multilateral que condiciona a formação social. Isso acaba gerando uma unificação entre as áreas de economia política e sociologia, geografia econômica, a demografia e a historiografia. Essas relações interagem com os fatores extra econômicos introduzidos na formação social.
Marx recebeu de Smith e Ricardo a teoria do valor-trabalho: a ideia de que o trabalho exigido pela produção das mercadorias mede o valor de troca entre elas e constitui o eixo em torno do qual oscilam os preços expressos em dinheiro. De que modo Marx explica o processo pelo qual os produtos e o trabalho humano se tornam valores na sociedade capitalista?
O desenvolvimento da forma do valor — o valor de troca — conduz ao surgimento do dinheiro. Como Marx explica função do capital e porque este autor afirma que na sociedade capitalista tanto o capital quanto a mercadoria encontram-se envolvido por certo ‘fetiche’.
Explique a distinção feita, por Marx, entre trabalho e força de trabalho. Por que, segundo Gorender, a categoria “mais-valia” veio a superar o impasse teórico [valor-trabalho] originalmente formulado pelos clássicos?
A força de trabalho é o potencial humano. Em sociedades capitalistas o conceito de trabalho é empregado para produzir um objeto com valor de troca. A divisão social do trabalho (força de trabalho) como consequência na sociedade capitalista, onde o trabalhador é submetido a um processo de alienação. Tal processo está relacionado à desapropriação dos meios de produção e dos resultados do seu trabalho.
Para Gorender, Marx demonstrou que apenas e unicamente o trabalho, como uso da força de trabalho, cria algo produtivo, contrapondo que as máquinas não criam nada de novo. Apenas que dessas se transferem um pouco do valor que elas possuem, mas criadas pelo trabalho. Esse trabalho, no seu tempo, seja de 8 horas reproduz um valor igual a força de trabalho e um excedente que é apropriado pelo capitalista. Esse excedente é a mais-valia. 
Para os fisiocratas Turgot e François Quesnay viram a mais-valia como a renda da terra. Em Smith e Ricardo, a mais-valia é lucro. E Marx estudou a mais-valia em sua forma geral - renda da terra, lucro industrial, lucro comercial e juro do capital de empréstimo. O estudo lidou com o caráter excedente do trabalho explorado pelo capital e como o excedente da mais-valia era gerado. Por isso, superou esse impasse teórico ao demostra que a mais valia não era apenas lucro.
Sob a ótica marxista a acumulação capitalista significa valorização do capital, o que, por sua vez, significa incremento do capital adiantado mediante produção de mais-valia. Qual a diferença conceitual entre mais-valia absoluta e mais-valia relativa?
Para Marx a mais-valia é dividida em dois tipos: absoluta e relativa.
A absoluta é um modo de incrementar a produção do excedente a ser apropriado pelo capitalista, está relacionado com a intensificação do trabalho, através de vários controles impostos aos trabalhadores, gerando um controle dos trabalhadores em cada unidade que eles produzem. Sendo assim, o capitalista exige que o ritmo de trabalho seja aumentado, sem aumentas horas da jornada de trabalho e, assim, produzem mais mercadorias e mais valor.
Mas esse método encontra limites na extração, pois podem a haver resistências das classes operarias etc. Assim, um outro caminha é a extração de mais-valia relativa introduzindo mudanças tecnológicas, pois assim a produção se torna mais dinâmica e também com isso o tempo de trabalho e produção podem ser substituídos e, assim o trabalho morto (máquinas) substituem o trabalho vivo.

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