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aula 6 sindrome da imobilidade

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SÍNDROME DA 
IMOBILIDADE
Professora: Lilian Atalaia
Lilian.atalaia.fisio@gmail.com
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Historicamente, sempre houve controvérsias a respeito do repouso
prolongado, sendo este antigamente parte do tratamento.
 A partir da segunda metade do século XX, no período pós II guerra, houve um
avanço significativo na ideia de mobilização precoce dos pacientes acamados.
 Compreender os efeitos da imobilidade ajuda a evitar a sua indicação
indiscriminada e instaurar medidas preventivas que minimizem suas prováveis
complicações.
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Atualmente destaca-se como um dos papéis mais importantes do
Fisioterapeuta na unidade hospitalar: retirada precoce do paciente do leito
evitando, assim, diversas patologias associadas ao longo decúbito. Segundo a
OMS, considera-se que de 7 a 10 dias seja um período de repouso, de 12
a15 dias já é considerada imobilização e a partir de 15 dias é considerado
decúbito de longa duração.
 A capacidade de mobilização é um indicador do nível de saúde da pessoa
idosa e da qualidade de vida, pois determina seu grau de independência.
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Definição: Complexo de sinais e sintomas resultantes da supressão de todos os
movimentos articulares e, por conseguinte da incapacidade da mudança postural
(Leduc, M.M.S. In:Tratado de Geriatria e Gerontologia, 2002).
 “A síndrome da Imobilidade deriva principalmente do fato de todos os órgãos e
aparelhos se ressentirem, de forma grave, da própria imobilidade e de suas
conseqüências ...”( Nicola, P. In:Tratado de Geriatria e Gerontologia, 2002).
 O idoso imobilizado é considerado um paciente de alto risco para o aparecimento
de complicações clínicas, dependente nas atividades básicas da vida diária e
candidato à hospitalização ou se converter em um paciente crônico.
 As famílias apresentam dificuldades em manter os pacientes de Síndrome da
imobilidade no domicílio pois este apresenta-se contraturado; disfágico; com
alimentação via sonda; duplamente incontinente; caquético; demente grave e com
úlceras de decúbito.
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Prevalência
 Idosos: Maior vulnerabilidade em função da diminuição da reserva
fisiológica;
 Idoso fragilizado;
 Institucionalizado / hospitalizado;
 Hospitalização prolongada: 25 a 50% dos idosos submetidos a longa
permanência hospitalar ficam confinados ao leito.
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Mortalidade
 A taxa de mortalidade é aproximadamente de 40%, sendo que as causas mais
comuns de óbito são:
 Falência múltiplas de órgãos (não específica);
 Pneumonia;
 Embolia pulmonar
 Septicemia
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Sistema Musculoesquelético
 Geralmente é o sistema mais acometido pelo imobilismo, as limitações funcionais
podem prejudicar as transferências, posturas e movimento no leito e em cadeiras
de rodas, dificultar as AVD`s e AVI`s, alterar o padrão da marcha e aumentar o
risco de formação de úlceras de pressão.
 Osteoporose;
 Fibrose;
 Redução de resistência muscular;
 Atrofia;
 Fraqueza muscular;
 Contraturas;
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Sistema Muscular
 Diminuição acentuada do número de unidades motoras excitáveis, o que gera grande perda
de fibras de contração rápida (tipo II) e em menor proporção de fibras tipo I de contração
lenta
 A diminuição da força e a hipotrofia muscular podem estar relacionadas a perda de unidade
motoras excitáveis. A perda do estímulo nervoso causa alteração na disposição
actina/miosina levando a contratura muscular;
 Ocorrem várias alterações nas funções metabólicas das fibras musculares como redução
da síntese protéica e aumento de sua degradação; menor respiração celular e menor
consumo de O2; diminuição produção de energia e menor síntese de glicogênio.
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Sistema Muscular
 As fibras de colágeno com formato reticular, na S.I. cruzam-se e fundem-se perdendo
sua propriedade elástica. Com isso sofrem encurtamento, comprometendo músculos
e tendões, resultando posteriormente em contratura das articulações.
 Com 6 semanas a força dos MMII declina 20% e a dos MMSS 10%, havendo estudos que
mostram perda diária de 1 a 1,5% da força total, ou seja quase 10% por semana.
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Sistema Articular
 As contraturas articulares ocorrem devido a menor fluidez do líquido sinovial e menor
absorção de nutrientes assim como por proliferação do tecido conectivo fibroso e
gorduroso, formando o pannus e a aderência;
 A imobilização prolongada causa reabsorção óssea, cistos ósseos subcondrais devido a
falta de sobrecarga articular;
 O tecido conectivo periarticular hipertrofia, ocasionando fibrose, que associada as
modificações musculares, leva a contraturas e anquilose.
 Características posturais comuns aos pacientes de S.I.: flexão de joelhos, quadril,
cotovelos e punhos;
 Prevenção: mobilização articular e posicionamento no leito.
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Sistema Respiratório
 Diminuição volume corrente e do volume minuto,
 Diminuição da capacidade respiratória máxima e da capacidade vital,
 Diminuição da capacidade de reserva funcional,
 Diminuição do reflexo de tosse e do movimento ciliar,
 Alvéolos rasos e com superfície menor
 Diminuição da elasticidade da parede torácica,
 Diminuição do movimento diafragmático.
 Essas alterações levam a um padrão respiratório superficial, dificulta a eliminação de
secreção e criam um terreno propício para infecções e atelectasia;
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Sistema Respiratório
 Pneumonia: principal causa de morte (taxa de mortalidade de 25% para maiores de 70
anos);
 Quadro clínico da pneumonia no idoso tem sintomatologia atípica e polimórfica: a FR
pode não estar aumentada, pode não haver aumento da temperatura axilar mesmo
havendo febre, dor torácica de difícil avaliação e ausência de tosse e expectoração;
 Ficar atento para confusão mental, desidratação, hipotensão, (sinais inespecíficos).
 Doenças como DPOC, bronquiectasia, sequela de TBC (tuberculose), fibrose pulmonar
e alterações posturais predispõem à infecção pulmonar, assim como o uso de
corticóides, DM, ICC, disfagia, refluxo gastroesofágico;
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Sistema Nervoso e Sensorial
 Piora das funções cognitivas: desorientação tempo/espacial, diminuição da
concentração, incoordenação motora
 Depressão
 Ansiedade/ agitação
 Inversão do ritmo do sono
 Delírio
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Sistema Cardiovascular
 Aumento da FC de repouso de 1 bpm a cada dois dias de repouso podendo chegar a
uma diminuição de 25% do desempenho cardiovascular;
 Aumento da PA sistólica devido ao aumento da resistência periférica;
 A imobilidade causa várias alterações no sistema cardiovascular, destacando-se a
HIPOTENSÃO POSTURAL e a TOMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP)
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Sistema Cardiovascular
 A Hipotensão Postural: incapacidade do S. Circulatório de apresentar uma resposta
simpática (aumento da adrenalina plasmática - vasoconstrição) adequada ao ortostatismo,
levando a um acúmulo de sangue nos MMII e queda da perfusão cerebral.
 A TomboseVenosa Profunda (TVP): caracterizada pela presença de estase,
hiperviscosidade e lesão de endotélio. A imobilidade está correlacionada a estase por
diminuição do bombeamento muscular e a hiperviscosidade pois os períodos longos
de repouso causam a diminuição progressiva do volume sanguíneo plasmático.
Prevenção: mobilidade frequente de MMII, prevenção de contraturas e
anticoagulantes.
 A EMBOLIA PULMONAR é uma consequência muito grave da TVP, sendo responsável
por 20% da mortalidade do paciente acamado. A prevenção é semelhante aTVP mais
antigoagulantes (Heparina)
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Sistema Tegumentar
 Úlceras de pressão: As ulceras apresentam grade importância clínica na
S.I. e estão relacionadas a exposição a pressão, idade, umidade,
desnutrição, edema, alterações sensoriais, efeito de forças de fricção,
fragilidade da pele
 Atrofia de pele;
 Escoriações e equimoses;
 Micoses;
 Dermatites.
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Sistema Metabólico e Endócrino
 Diminuição da tolerância à glicose
 Resistência à insulina
 Resposta diminuída à supra-renal;
 Diminuição da excreção de Na+, K+ e fosfato;
 Retenção hídrica;
 Hipercalciúria;
 Capacidade aeróbica diminuída;
 VO2 máx diminuído;
 Síntese de vitamina D diminuída.
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Sistema Gastrointestinal
 Constipação intestinal: ocorre devido a diminuição do peristaltismo, hipotonia e
hipotrofia muscular e pela desidratação.
 Fecaloma;
 Disfagia;
 Gastroparesia
 Desnutrição: apresenta elevada incidência (mais de 90%) na S.I., podendo evoluir
para caquexia , geralmente esta associada a desidratação.
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Sistema Genitourinário
 Incontinência:
 Cognição
 Comunicação
 comodidade do cuidador
 Retenção urinária;
 Aumento da incidência de cálculos vesicais e/ou renais
 Infecção urinária.
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Intervenção Fisioterapêutica
 Objetivos do Tratamento:
 A prevenção das complicações da imobilidade deve ser o principio básico de todo
tratamento fisioterapêutico, que será satisfatório quanto mais precoce for realizado.
 A orientação e educação da família/ cuidador fundamenta-se na necessidade do
paciente de receber cuidados de forma intensiva e prolongada, sendo estes quando
paciente está no domicílio colaboradores para o sucesso terapêutico.
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Intervenção Fisioterapêutica
 Avaliação:
 Utilização de modelos de avaliação específicos para o idoso fragilizado: a avaliação
geriátrica ampliada (AGA) possibilita a equipe estabelecer os objetivos do tratamento
baseados em evidências.
 Na AGA pode ser introduzido instrumentos destinados a verificação de riscos
relacionados a imobilização, como escalas para identificação de riscos de úlceras de
pressão.
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Intervenção Fisioterapêutica
 Abordagem sindrômica:
 Desenvolver objetivos específicos destinados aos múltiplos acometimentos do paciente,
ou seja abordar o paciente de maneira global.
 Estabelecer estratégias de tratamento direcionadas à gravidade de acometimento dos
sistemas orgânicos envolvidos pela S.I
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Intervenção Fisioterapêutica
 Objetivos Específicos:
 Preservar e promover o aumento da funcionalidade;
 Atuar na prevenção de úlceras de pressão;
 Prevenir contraturas musculares;
 Prevenir osteoporose;
 Promover a mobilidade articular;
 Estimular o aumento da ADM;
 Trabalhar o alongamento muscular;
 Proporcionar ganho de força;
 Estimular condicionamento cardiorrespiratório;
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Intervenção Fisioterapêutica
 Objetivos Específicos:
 Restabelecer memória proprioceptiva;
 Desenvolver coordenação motora;
 Estabelecer normalização do tônus;
 Recuperar os padrões de movimento;
 Recuperar a função respiratória;
 Estimular o funcionamento correto do sistema gastrointestinal;
 Facilitar o controle dos esfincteres;
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Intervenção Fisioterapêutica
 Objetivos Específicos:
 Trabalhar as alterações neurológicas, sensoriais e emocionais;
 Proporcionar qualidade de vida.
 Cinesioterapia: mobilização passiva, ativo-assistida, ativa; alongamentos muscular;
contrações isométricas.
 Padrões de facilitação proprioceptiva;
 Estimulação sensorial;
 Massoterapia;
 Termoterapia;
 Terapia com laser;
 Eletroterapia;
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Intervenção Fisioterapêutica
 Objetivos Específicos:
 Fisioterapia respiratória;
 Posicionamento no leito;
 Treino de mudanças posturais e transferências;
 Indicação de órteses e dispositivos auxiliares de marcha para melhorar função e
independência;
 Treino de AVDs;
SÍNDROME DA IMOBILIDADE
 Intervenção Fisioterapêutica
 Objetivos Específicos:
 Orientações ao paciente, à família e ao cuidador.
 A PREVENÇÃO é o objetivo principal;
 As mudanças posturais permitem que o paciente fique mais confortável e previne as
complicações da imobilidade como úlceras, contraturas e anquiloses;
 Estimular a realização de rotações: dobrar os joelhos e apoiar os pés sobre a cama, virar
as pernas para o lado da rotação, entrelaçar as mãos estendendo o antebraço e realizar
o movimento para o lado juntamente com a cabeça;

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