Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Unidade II Conceito A palavra “barroco” – que significava, originalmente, “bizarro”, “de formas extravagantes” - foi aplicada à arte do século XVII por teóricos e críticos do século seguinte (XVIII), o século do “racionalismo iluminista” e do neoclassicismo. Igreja de Santa Croce (Lecce) – c.1695 Conceito “Assim como o Renascimento é a época da razão natural, o barroco seria uma época de irracionalismo entre dois períodos racionalistas. Mas entre o racionalismo do Renascimento e o do Iluminismo existem diferenças profundas. (...) o século XVII é simplesmente a inevitável fase de passagem entre um racionalismo e outro”. (Giulio Carlo Argan) Chiesa della Santissima Trinitá degli Espagnoli (Roma) – 1741-1746 Conceito “Na realidade, o repertório formal do barroco é o mesmo codificado pelos tratados clássicos do século XVI. Aliás, (...) o que muda profundamente, e em várias direções, é o processo associativo ou combinatório, a sintaxe da composição arquitetônica. E isso é compreensível: se a arquitetura deve ser persuasiva, se deve servir-se de palavras conhecidas para dizer coisas novas, então tudo pode ser modificado, exceto o vocabulário”. (Argan) Conceito Mais tarde, a partir da década de 1880 o Barroco perdeu sua conotação depreciativa e tornou-se um termo “neutro” para designar simplesmente aquelas obras de arte surgidas no século XVII. Histórico: Reforma x Contra-Reforma A crise religiosa do século XVI - que divide a humanidade cristã em dois grupos distintos e opostos, implicando na “possibilidade de uma salvação ou de uma danação coletivas, dependendo unicamente da escolha inicial”- atinge diretamente a arte “como forma sensível do dogma e como meio necessário do ritual da Igreja”. (Nikolaus Pevsner) Os teóricos da Contra-Reforma reconhecem que a acusação de paganismo, dirigida à arte do Renascimento, não é de todo infundada “e protestam contra as imagens profanas que povoam as igrejas. Distinguem, porém, entre imagens boas e más: a imagem em si não é nem boa nem má, mas é possível se servir das imagens para uma finalidade boa ou perversa. Não é questão de verdadeiro ou falso, mas de útil ou nocivo.” (Argan) Histórico: Reforma x Contra-Reforma Tanto no caso dos reformistas quanto no dos defensores do catolicismo ortodoxo, a religião, neste momento, se preocupa mais em dirigir as escolhas e os comportamentos humanos do que em viver a “vida contemplativa”. E portanto, “já que há controvérsia, ambas as partes buscam argumentos que possam orientar a escolha e impedir as dissidências. Em suma, persuadir agora é bem mais importante que demonstrar”. (Argan) Histórico: Reforma x Contra-Reforma Assim sendo, enquanto os reformistas (protestantes) defendem uma limitação da autonomia individual, revogando o princípio de livre-arbítrio, os católicos “indicam a fé e o culto de massa como as melhores defesas contra a tentação da heresia”. (Argan) Histórico: Reforma x Contra-Reforma Uma vez assegurada de já ter contido o ataque protestante, a igreja católica passa então à ofensiva: “a grande empreitada do Barroco” passa a ser, portanto, a defesa e a revalorização das imagens (e consequentemente da arte que as produz); Contra o anti-iconismo e a iconoclastia da Reforma, “a Igreja romana reafirma o valor ideal e a necessidade prática da demonstração visual dos fatos da própria história, visando à edificação e ao exemplo”. Histórico: Reforma x Contra-Reforma Histórico: Reforma x Contra-Reforma Interior da Igreja de São Adolfo em Assendelft (c.1649), quadro de Pieter Jansz Histórico: Reforma x Contra-Reforma Interior da Igreja de São Roque, Lisboa (séc. XVII / XVIII) Também reafirma-se a validade da cultura clássica e do Renascimento, já que, “se o belo agrada, pode servir como meio de persuasão”. (Argan) Histórico: Reforma x Contra-Reforma O próprio fato de que o objetivo declarado “das poéticas barrocas seja o maravilhamento, que implica a suspensão das faculdades intelectivas”, demonstra Histórico: Reforma x Contra-Reforma em que zona da mente humana a “propaganda” pretende agir através do uso das imagens: na imaginação, “considerada a nascente e o impulso dos “afetos” ou dos sentimentos, que, por sua vez, serão o móvel da ação.”(Argan) La Virgem de la Vera Cruz (Salamanca, Espanha, c.1718) Ou seja, procura-se atingir o efeito da “suspensão da descrença”. Detalhe de Il Gesú (Roma) Histórico: Reforma x Contra-Reforma Lembram-se do trompe l’oeil (Renascimento)? Eis um belo exemplo barroco, no forro da nave da Igreja de Sto. Ignácio (Roma), obra de Andrea Pozzo (1642-1709) Histórico: Reforma x Contra-Reforma Historicamente, foi só depois do “maneirismo haver completado seu ciclo” que uma nova geração do começo do século XVII, especialmente em Roma, (...) redescobriu Michelangelo como “o pai do Barroco”; A Arquitetura Barroca: Origem “Não se pode, de fato, dizer que a arquitetura barroca tenha começado antes de 1600, quando Carlo Maderna (1556-1629) traçou a fachada de uma igreja (...) em Roma, Santa Susana. Esta apresenta todas as qualidades de um edifício barroco desenvolvido”. (Robert F. Jordan) Santa Susana: “Uma ideia bastante simples e unificada aparece expressa tão diretamente quanto possível e com a maior força. As colunas, as semicolunas, as pilastras, os frontões e a escultura atingem um clímax inédito. Este caráter significativo, de certeza emocional, constitui a marca distintiva de todo o barroco”. (Jordan) A Arquitetura Barroca: Origem Santa Susana: “As colunas ladeiam a porta, e esse é realmente o tema que deriva da fachada e que deve ser considerado uma arquitetura em torno de uma porta”. (Argan) A Arquitetura Barroca: Origem O Barroco teria atingido o seu apogeu em Roma entre 1630 e 1670, tendo então se expandido primeiramente para o norte da Itália, e em seguida para a Espanha, Portugal, Alemanha e Áustria. A Arquitetura Barroca: Origem Palácio da Justiça (Munique) Igreja de S. Ildefonso (Porto) O Ornamento no Barroco Temos o hábito de considerar o ornamento como um elemento que pode (ou não) ser acrescentado à arquitetura. Na verdade, a arquitetura é, ao mesmo tempo, estrutura e decoração; Para compreender o Barroco, portanto, é fundamental examiná-lo sob a seguinte perspectiva: “cada um dos detalhes ornamentais é desprovido de sentido, a menos que sejam observados em conjunto e como partes de um todo decorativo e superordenado”. (Pevsner) Barroco: “...o resultado é (...) a desarticulação do modelo quinhentista (...) em que todos os elementos – colunas, pilastras, altos-relevos, frisos, cornijas – tinham um sentido preciso de espaço, exprimiam distâncias ou intervalos que correspondiam à sua própria dimensão”. (Argan) O Ornamento no Barroco Ou seja, quebram-se as antigas regras de proporção tão caras ao classicismo! Importante agora são os efeitos visuais! No barroco, portanto, a “adesão ao decorativo não deixou lugar para os escrúpulos dos artistas e patronos (...) quanto à honestidade na utilização de materiais”: ou seja, desde que atingisse o efeito desejado, pouco importava usar mármore verdadeiro ou estuque, ouro ou estanho; De fato, a ilusão de ótica é um dos elementos mais característicos da arquitetura barroca. O Ornamento no Barroco A “Escada Real” de Gian LorenzoBernini – a Scala Regia do Palácio do Vaticano, construída na década de 1660 – é um dos exemplos mais sugestivos da utilização desses efeitos visuais. O Ornamento no Barroco A escada é longa e estreita, e suas paredes não são paralelas (um “truque” que amplia ainda mais a percepção do seu comprimento). Bernini ampliou ainda mais esse efeito, construindo uma “engenhosa” colunata, com abóbada de berço, na qual as colunas vão diminuindo de tamanho: “é o princípio da perspectiva do cenário barroco”. O Ornamento no Barroco A iluminação é outro “efeito cenográfico” na subida pela Scala Regia. No primeiro patamar, a luz penetra pela esquerda; no segundo, mais no alto, uma janela colocada no topo da escada “dissolve os contornos precisos dos volumes”. O Ornamento no Barroco Anjos, querubins e outras figuras do gênero, às vezes em cores realistas, são parte essencial da decoração barroca; O Ornamento no Barroco Servem não apenas para camuflar os pontos de junção da estrutura e ocultar os “dispositivos de bastidores” (exemplo: janelas), responsáveis por esses efeitos de ilusão, como também atuam “como intermediários entre o espaço real no qual nos movemos e o espaço criado pelo artista”. Ou seja, o Barroco não permite que “a linha de limite entre o palco e a plateia seja visível”. (Pevsner) O Ornamento no Barroco O Ornamento no Barroco Parte superior do altar da igreja de S. Pedro (Munique, séc. XVIII) Esta característica – o efeito teatral das igrejas barrocas – é, por sinal, uma das principais objeções contra tais edifícios, sendo fortemente questionada por protestantes e iconoclastas. O Ornamento no Barroco É um período, portanto, em que multiplicavam-se os “hereges e céticos. Para reconduzir os primeiros ao rebanho e convencer os segundos, a arquitetura religiosa procurou comover e hipnotizar”. (Jordan) Igreja de San Girolamo della Caritá, em Roma O Ornamento no Barroco O Barroco na Itália Carlo Maderno(a) (1556-1629) foi o arquiteto mais importante de sua geração. Seus sucessores em fama foram Gian Lorenzo Bernini (1598-1680) e Francesco Borromini (1599-1667). Fachada da Basílica de São Pedro (completada em 1612) por Maderno O Barroco na Itália: o Palazzo O Palazzo Barberini (inciado em 1625), representou um marco da arquitetural secular barroca em Roma. A planta baixa de Maderno para o Palazzo Barberini – cuja fachada é de Bernini e muitos dos detalhes decorativos são de Borromini – é algo inteiramente novo em Roma: “ela é totalmente barroca”, com uma entrada por uma galeria subterrânea abobadada, que conduz a um enorme salão oval. O Barroco na Itália: o Palazzo Planta baixa do Palazzo Barberini Salão oval do Palazzo Barberini O Barroco na Itália: o Palazzo À primeira vista, a fachada principal do Palazzo Barberini, com as ordens sobrepostas, poderia parecer da Alta Renascença, mas quando reparamos nas janelas do segundo andar, vemos que elas estão colocadas em arcos fundos e chanfrados, “dando quase a impressão de um corredor abobadado”. O Barroco na Itália: o Palazzo Além disso, ao contrário das “massas austeras dos palácios romanos e florentinos”, o palácio Barberini possui uma fachada com duas alas que se projetam à frente – algo que até então só aparecia em villas nos arredores de Roma – e o centro aberto em amplas loggias. O Barroco na Itália: o Palazzo Fachada do Palazzo Barberini A escada principal, um elemento de destaque neste projeto, também possui um formato oval. O Barroco na Itália: o Palazzo O Barroco na Itália: Igrejas O plano normal das igrejas longitudinais do período barroco é o da Igreja de Gesú: uma nave com capelas laterais, transeptos curtos e um domo sobre o cruzeiro; Igreja de San Ignazio (c.1626) em Roma Esse modelo foi ampliado e “enriquecido” pelas gerações seguintes, mas o plano central da ala leste, invariavelmente, foi mantido. Il Gesú (Vignola) O Barroco na Itália: Igrejas Igreja de Sant’Andrea della Valle (Roma) Com relação à fachada destas igrejas, verificamos que a maior parte delas, de fato, obedecem à composição básica de Vignola, “dotando-a de nova significação apenas pela abundância excessiva de colunas e pelo mais inusitado uso de motivos de decoração”. (Pevsner) Desenho de G. Vignola para a fachada da Igreja de Gesú (“Il Gesú”) O Barroco na Itália: Igrejas Podemos acompanhar o desenvolvimento das fachadas barrocas comparando os exemplos abaixo: Il Gesú (1568- 1584) - Vignola Sta. Susana (1603 – Maderna) SS Vicenzo ed Anastasio (1650 – Martino Lunghi) San Carlo (1667) (Borromini) O Barroco na Itália: Igrejas Nas igrejas de planta central, porém, o Barroco em Roma rejeitaria a predominância do círculo, introduzindo, em seu lugar, “uma forma ovalada menos finita, que combina o plano central com elementos longitudinais, isto é, elementos que sugerem movimento no espaço”. A planta oval, dessa forma, acabou “tornando-se praticamente um símbolo natural do Barroco”. Santa Andrea al Quirinale (Bernini – 1658 a 1678) San Giacomo in Augusta (Maderno) O Barroco na Itália: Igrejas A explicação “pode estar em parte na moda e em parte na flexibilidade da forma oval”. O certo é que um número infinito de variações sobre o tema oval foi desenvolvido primeiramente pelos arquitetos italianos e depois pelos de outros países, transformando-se num dos aspectos mais interessante da arquitetura sacra barroca. Wallfahrtskirche Steinhausen (1728-1733) Wies Kirche (1745) O Barroco na Itália: Igrejas O mesmo “convite” que a Igreja Católica procurava fazer aos fiéis - para “entrar” em suas igrejas e “integrar-se” - é expresso pelas fachadas das igrejas da época: “A igreja não é mais um templo, um monumento isolado; percorre-se uma rua e encontra- se uma igreja, da qual muitas vezes só se vê a fachada. Obviamente essa fachada deve manifestar (...) o sentido monumental do edifício (...). E, como tal, ela deve distinguir-se não só dimensionalmente mas também plástica e volumetricamente das fachadas das outras casas que formam a parede da rua; tanto mais que o traçado da rua com frequência determina mais de uma perspectiva”. (Argan) O Barroco na Itália: Igrejas Desenho de Pietro de Cortona para liberar o o entorno da fachada de Sta. Maria della Pace (refeita em 1657) O Barroco na Itália: Igrejas Antes Depois Mesmo aqui, portanto, o tema da persuasão é simplesmente o convite a entrar ou ao menos a sentir-se partícipe do ambiente sagrado, já que, se essa é a espacialidade da fachada, “entra-se” na igreja simplesmente passando diante dela”. (Argan) O Barroco na Itália: Igrejas Igreja de Sta. Maria della Pace O Barroco na Itália - Bernini Gian Lorenzo Bernini (1598-1680) era filho de um escultor e, embora ocasionalmente também pintasse, tornou-se o maior escultor do período barroco; Apollo e Daphne Sua reputação como arquiteto foi tão grande, que Luís XIV convidou-o para realizar o projeto de ampliação do palácio do Louvre, em Paris. Bernini, de fato, foi tão “universal” e quase tão famoso quanto Michelangelo. A Piazza de San Pietro, incluindo a extensa colunata, foi encomendada a Bernini pelo Papa Alexandre VII (Fabio Chigi, 1655-1667). O Barroco na Itália - Bernini Ao entrarem na piazza, os fiéis são amparados “pelos braços maternaisda Igreja” (palavras de Bernini para descrever o seu projeto). O Barroco na Itália - Bernini O Barroco na Itália - Bernini Trezentas colunas dóricas em mármore (alinhadas de quatro em quatro), simples e majestosas, dão forma a uma praça oval de aproximadamente 200 metros de largura. O Barroco na Itália - Bernini A colunata dórica de Bernini, na verdade, assume simultaneamente três diferentes funções: o de uma “dramática moldura” para a Basílica de São Pedro, um recinto protetor ao redor das multidões de fiéis e um palco para as procissões e demais espetáculos sacros que a Igreja Católica, neste período, tanto dependia como fator de persuasão. A pequena Igreja de Sant’Andrea al Quirinale (1658-1665), de planta oval , foi considerada pelo próprio Bernini como um de seus melhores trabalhos em Roma. O Barroco na Itália - Bernini O Barroco na Itália - Bernini Cúpula e altar-mor de Sant’Andrea al Quirinale O Barroco na Itália - Bernini O Barroco na Itália - Bernini Detalhe da abertura que ilumina o altar-mor de Sant’Andrea al Quirinale Francesco Borromini (1599-1667), por outro lado, começou como aprendiz de pedreiro e, quando chegou a Roma (aos 15 anos de idade), graças a um parentesco distante com Carlo Maderno, obteve um cargo modesto no canteiro de obras da Basílica de São Pedro. Nessas condições ele trabalhou, de início, “humilde e desconhecido”. O Barroco na Itália - Borromini O primeiro trabalho importante de Borromini foi a igreja de San Carlo alle Quattro Fontane, iniciada em 1633. O Barroco na Itália - Borromini San Carlo alle Quatro Fontane: “seguramente a mais brilhante paráfrase do tema da oval, serve melhor do que qualquer outra para analisar o excepcional proveito que o arquiteto barroco soube tirar das composições em oval, em vez do retângulo ou círculo”. (Pevsner) O Barroco na Itália - Borromini Seu interior é tão pequeno que “poderia se encaixar dentro de um dos pilares que sustentam o domo de São Pedro”. Mas, apesar de sua reduzida dimensão, “é uma das mais extraordinárias composições espaciais do século XVII”. (Pevsner) O Barroco na Itália - Borromini Durante a Renascença, a “clareza espacial” havia sido a ideia dominante e o olhar do espectador podia correr, de um canto a outro, “lendo o significado do conjunto e de suas partes sem muito esforço”; Em San Carlo, ao contrário, ninguém pode compreender, num primeiro momento, quais os elementos que a compõem e de que maneira se encontram integrados de modo a produzir “tal efeito de ondulação e oscilação”. O Barroco na Itália - Borromini A planta é altamente complexa, “baseada em 2 triângulos equiláteros com arcos e segmentos partindo de vários pontos da sua intersecção”; ao nível da cúpula, a planta transforma-se, tomando forma oval. Aqui, “toda a arquitetura se torna plástica, quase fundida.” (Pevsner) O Barroco na Itália - Borromini As capelas norte e sul (laterais) são “fragmentos de ovais”: se fossem completadas elas se encontrariam no centro da construção. A capela de entrada e a capela da abside também são fragmentos de ovais: elas tangenciam as ovais laterais. Assim, várias formas de composição espacial encontram-se combinadas em uma única planta baixa. O Barroco na Itália - Borromini Planta baixa de San Carlo alle Quattro Fontane De certa forma, Borromini “tratou a arquitetura como escultura abstrata”. No interior, além da altura exagerada, as absides e os nichos interpenetram-se. O Barroco na Itália - Borromini Detalhe do interior de San Carlo alle Quattro Fontane No exterior, a fachada (1667) se compõe de uma série de superfícies, alternadamente côncavas e convexas, “que parecem oscilar e desviar- se”. Esta característica, “uma modelação abstrata”, define toda a obra de Borromini. O Barroco na Itália - Borromini Fachada de San Carlo alle Quattro Fontane O Barroco na Itália - Borromini Para Pevsner, Borromini teve “um grande papel libertador no Barroco da Europa Meridional”; e em países tão distantes como Portugal e Alemanha, também é possível detectar a sua influência. O Barroco na Itália - Borromini Interior da Igreja de San Agnese (Roma) O Barroco em Portugal “Qual a importância do barroco na cultura portuguesa? Ele é, na sua criatividade e nas ilusões criadas, o estilo que se segue à Restauração e a consolida. (...) a arquitetura Barroca em Portugal tem um valor simbólico de rebelião anti-espanhola, procurando simultaneamente, e por isso mesmo, uma europeização diversificada”, com uma predileção explícita, contudo, pelos modelos romanos. (Pereira, 1992) Lembrete: a Restauração do trono português ocorre em 1640, após 60 anos de dominação espanhola. O Barroco em Portugal Na segunda metade do século XVII (após a Restauração e especialmente entre 1670-1690), a situação econômica e política de Portugal era muito complicada, sem falar em frequentes combates com os espanhóis, o que implicou numa preferência pela construção de fortificações (prejudicando, pois, o avanço da arquitetura). Em 1647, por exemplo, criou-se a Aula de Fortificações e Arquitectura Militar na Ribeira das Naus. A partir desse momento, portanto, os principais “arquitetos” serão os engenheiros militares. Período de Experimentação (1651-1690) O Barroco em Portugal Isso explica a baixa produção arquitetônica do período experimental (bem como as pequenas dimensões de muitas das novas edificações). De fato, “só o fim da guerra abriria novas possibilidades de renovação à arquitetura portuguesa”; (Pereira, 1992) O que detectamos neste período, portanto, é uma preferência por alterações em edificações já existentes (ao invés da construção de novas igrejas). Período de Experimentação (1651-1690) O Barroco em Portugal Destaque inicial para a reconstrução, em 1676, da igreja de São Nicolau, na cidade do Porto. Período de Experimentação (1651-1690) https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fb/ Church_of_S%C3%A3o_Nicolau_-_Porto_(2).JPG O Barroco em Portugal Na parte interna, em seus retábulos, as colunas salomônicas misturam-se a elementos ornamentais com temática vegetal que se repete várias vezes. Período de Experimentação (1651-1690) http://www.porto.taf.net/dp/files/20090110-snicolau.jpg O Barroco em Portugal Destaque, nos azulejos, para os elementos “naturalistas” (cachos de uvas, flores, folhas, aves etc.) e da simbologia cristã (fênixes, pequenos anjos etc.) ricamente detalhados. Período de Experimentação (1651-1690) http://www.conservacao2.com/wp- content/uploads/2012/07/azulejo_escada.jpg O Barroco em Portugal Este padrão – denominado “estilo nacional” - , acaba sendo popularizado em Portugal a partir da década de 1680, substituindo definitivamente os antigos azulejos maneiristas, de padronagem mais geométrica e abstrata. Período de Experimentação (1651-1690) http://blogdecoracao.biz/wp- content/uploads/2014/11/azulejo-portugues-1.jpg h tt p :/ /c d n .c m l. p t/ fo to s /l 1 5 0 /_ B B F 6 4 6 0 _ g .j p g O Barroco em Portugal Outro importante elemento é a talha em madeira com apliques de folhas de ouro (talha dourada). Período de Experimentação (1651-1690) http://www.scml.pt/pt- PT/destaques/talha_dour ada_abre_novo_ciclo_de _visitas_ao_museu_de_ sao_roque/ O Barroco em Portugal Em resumo: neste período inicial(de experimentação), portanto, como já dito antes, impera o hábito de “dinamizar espaços internos estáticos e austeros já existentes”, mudando (ou melhor, atualizando...) o seu aspecto original. Período de Experimentação (1651-1690) https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fa/ Porto_-_Igreja_de_S%C3%A3o_Nicolau_(2).jpg O Barroco em Portugal Esse período coincide com a recuperação financeira de Portugal, aliada a uma maior tranquilidade no ambiente político; A igreja de Santa Engrácia, em Lisboa, é um dos Período de Definição (1690-1711) melhores símbolos desse período e assinala ainda o início de grandes – e novas – construções já no “novo” estilo. https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3 /36/Pante%C3%A3o_Nacional_Mosteiro_de_Sao_ Vicente_de_Fora_zoom.JPG O Barroco em Portugal Fruto de um concurso, tem como vencedor o arquiteto João Antunes, que, refletindo a forte influência da arquitetura romana em Portugal, demonstra clara Período de Definição (1690-1711) influência da planta baixa de Bramante para a Basílica de São Pedro (feita em 1506). Por sua implantação, logo torna-se um marco na paisagem urbana de Lisboa. http://2.bp.blogspot.com/_vMZxJeLUiJQ/TVKGre34e SI/AAAAAAAAEcc/wPneKHYBVIw/s1600/3-ef82baf0- bc70-4f4b-bdb1-dec34628203d-PN-.jpg O Barroco em Portugal Período de Definição (1690-1711) h tt p s :/ /c 2 .s ta ti c fl ic k r. c o m /8 /7 1 8 5 /6 8 3 9 8 2 8 7 4 0 _ 0 3 0 2 1 a 2 8 4 7 _ b .j p g O Barroco em Portugal Sta. Engrácia foi iniciada em 1682 e – como grande parte das obras portuguesas – nunca foi realmente terminada... Essa evidente influência da arquitetura de Roma será Período de Definição (1690-1711) marcante durante o reinado de D. João V (1706-1750), transformando-se em um “autêntico discurso oficial” da Coroa portuguesa. https://media-cdn.tripadvisor.com/media/photo- s/02/44/5e/f0/il-pantheon-interno.jpg O Barroco em Portugal Na área externa, a igreja de Sta. Engrácia apresentou uma novidade para a época – a ondulação da fachada, “geradora de dinamismo visual e Período de Definição (1690-1711) proporcionando contrastes de claro e escuro” (Pereira, 1992). Influência inegável, portanto, de Borromini. http://lh3.ggpht.com/- 7CcndEUKUlc/VLtr2Nmf4XI/AAAAAAABduE/NceSCce opFo/Actual.2_thumb7.jpg?imgmax=800 O Barroco em Portugal Internamente, mármores nobres (e caros), em diversos tons (amarelo, rosa, cinza) substituem a talha em madeira dourada e os azulejos. Período de Definição (1690-1711) https://guiastecnicos.turismodeportugal.pt/img/museus/39 _panteao_nacional/l/panteao_nacional7.jpg O Barroco em Portugal Sob o reinado de D. João V (1706-1750), graças às remessas do ouro brasileiro, a arquitetura barroca portuguesa ganha uma nova força. Este rei, absolutista e “paternal”, procurou renovar o país através de uma arquitetura “de prestígio”; Destaque para a construção, a partir de 1717, do Convento de Santo Antônio e Nossa Senhora na cidade de Mafra, projeto do arquiteto alemão João Frederico Ludovisi (Ludwig), que trabalhara com os jesuítas, em Roma, na igreja de Gesú e que, ao chegar em Lisboa, é nomeado “arquiteto oficial” do rei. O Barroco na Corte (1717-1750) O Barroco em Portugal O Barroco na Corte (1717-1750) https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/94/Pal%C3%A1cio_de_Mafra845.jpg O Barroco em Portugal Com previsão para o abrigo de 300 religiosos, Mafra demonstrava a vontade de D. João V transformá-lo num “símbolo grandioso, duradouro e renovador de um reino marcado pelo extraordinário afluxo de riquezas coloniais”. O Barroco na Corte (1717-1750) https://www.visitportugal.com/sites/www.visitportugal.com/files/styles/encontre_detalhe_poi_destaque/public/mediat eca/N4.MPS1522d.jpg?itok=p_sRs3wR O Barroco em Portugal Em 1729, por exemplo, trabalhavam no local cerca de 45 mil operários! Mafra tornou-se, assim, um gigantesco empreendimento econômico “destinado à glória de Deus e do Rei”. O Barroco na Corte (1717-1750) http://tribop.pt/ARG/Quadros%20H%2 0P/Cap%2029%20- %20No%20Tempo%20de%20D%20Jo ao%20V%20-%20RG/28%20- %2001%20Construcao%20do%20Con vento%20de%20Mafra%20b.jpg O Barroco em Portugal O plano de Mafra, na verdade, articula um palácio, uma igreja e um convento, distribuídos em dois retângulos articulados entre si. O Barroco na Corte (1717-1750) http://1.bp.blogspot.com/- zyt7Sng278w/Uyijbo9fXLI/AAAAAAAALIs/vhaa8T7gKLk /s1600/1.jpg O Barroco em Portugal Os torreões nas extremidades, por sua vez, também homenageiam a arquitetura militar de Portugal; Com este partido, propõe-se uma aliança entre o poder real – sustentado pelo poder militar - e o poder religioso, “sintetizando no essencial a teoria e a prática política de D. João V”; “O Rei, a Igreja, o Exército, são a trilogia dominante no absolutismo, regime político de que Mafra é a construção emblemática”. O Barroco na Corte (1717-1750) http://www.exercito.pt/EP/Publishin gImages/monumentos/palacio5- MAFRA.jpg (Pereira, 1992) O Barroco em Portugal Acabada (em sua forma básica) em 1730, em Mafra, fez-se uso predominante do mármore lioz, misturado a outros mármores importados da Itália, além de madeiras nobres (como o angelim) do Brasil para portas e janelas e pranchas de nogueira (importadas da Itália). Sinos e objetos de uso no culto (baixelas, indumentárias etc.), por sua vez, vieram da Itália, França, Bélgica e Holanda. O Barroco na Corte (1717-1750) http://www.palaciomafra.pt/Data/ContentImag es/Biblioteca%C2%A9%20PYO%20a.jpg O Barroco em Portugal O Barroco na Corte (1717-1750) h tt p s :/ /g u ia s te c n ic o s .t u ri s m o d e p o rt u g a l. p t/ im g /m u s e u s /4 7 _ p a la c io _ n a c io n a l_ d e _ m a fr a /l /p a la c io _ m a fr a 6 .j p g O Barroco em Portugal O Barroco na Corte (1717-1750) h tt p :/ /4 .b p .b lo g s p o t. c o m /- P J rH W a S q F B 8 /V P D Ig 8 m F 4 iI /A A A A A A A A F J g /c M A R g D b tc h E /s 1 6 0 0 /C o n v e n to % 2 B d e % 2 B M a fr a % 2 B 4 .j p g O Barroco em Portugal Nas fachadas de Mafra, inúmeras referências às obras dos famosos arquitetos italianos Borromini e Bernini. O Barroco na Corte (1717-1750) Santa Agnese (Roma), de Borromini. http://jcduarte.net/Viagens/wp-content/uploads/2012/09/Mafra_03.jpg O Barroco em Portugal “A ausência total de talhas e azulejos e a preferência dada a mármores (...) define uma mudança de gosto. É também reveladora do firme propósito renovador de D. João V”, que pretendia aproximar Portugal das outras nações europeias (em oposição à Espanha). O Barroco na Corte (1717-1750) http://www.palaciomafra.pt/Data/ContentImages/convento/SalaEl% C3%ADptica.jpg O Barroco em Portugal Mafra também ajudou na difusão do estilo pois acabou se tornando uma escola para novos arquitetos, escultores, pedreiros etc., que mais tarde continuariam trabalhando ao longo da segunda metade do século XVIII (tanto em novas obras quanto na renovação de edificações antigas); Exemplo:a nova capela-mor da Sé de Évora, uma antiga igreja românica. O Barroco na Corte (1717-1750) h tt p :/ /e k la d a ta .c o m /w Y _ C iX h A Y y 0 K S s h Q a y w A 6 U z 5 K IM .j p g O Barroco em Portugal Apesar das intervenções pontuais de D. João V, Lisboa continuou com sua feição medieval. Numa sociedade tão centralizadora, somente o rei tinha a força - política e social - para interferir no tecido urbano. Assim sendo, a “ velha” cidade chegou à 2ª metade do século XVIII quase intocada, à espera de um evento que a tirasse da inércia... E esse evento ocorreu em 1755: o forte terremoto – seguido de um tsunami e de um enorme incêndio – que quase varreu a cidade do mapa! Persistências e Declínio (1750-1779) O Barroco em Portugal Persistências e Declínio (1750-1779) https://www.youtube.com/watch?v=os8DCjDJrMM O Barroco em Portugal A reconstrução da cidade ficou a cabo do Marquês de Pombal (Sebastião José de Carvalho e Melo), primeiro ministro que, de fato, governava Portugal no lugar do fraco rei D. José I (1750-1777); Este personagem, porém, um dos grandes admiradores do Iluminismo, procurou substituir a antiga feição medieval de Lisboa e encomendou um Persistências e Declínio (1750-1779) projeto mais “racional” para a cidade, dotando-a de ruas em uma malha preferencialmente ortogonal. https://upload.wikimedia.org/wi kipedia/commons/8/8a/Retrato_ do_Marques_de_Pombal.jpg O Barroco em Portugal Persistências e Declínio (1750-1779) http://www.arquiteturaportuguesa.pt/wp-content/uploads/2015/04/01-Baixa-Pombalina.jpg O Barroco em Portugal A arquitetura “padronizada” escolhida para substituir os antigos prédios foi também, é lógico, fruto da falta de recursos (uma situação frequente da Coroa portuguesa) e da pressa em reedificar a cidade. Persistências e Declínio (1750-1779) http://historiaribeirinha8 df.blogspot.com.br/201 1/02/o-grande- terramoto-de-lisboa-e- lisboa.html O Barroco em Portugal Os prédios das ruas principais, portanto, são muito parecidos: invariavelmente na cor ocre, normalmente com 4 andares, varandas no primeiro andar e peitoris no segundo. Persistências e Declínio (1750-1779) http://1.bp.blogspot.com/- 7sZfw5hrJUw/VmSVyTD8FGI/ AAAAAAAADu0/AKlrpabSQtw/ s1600/Baixa-2.jpg O Barroco em Portugal “Estrita racionalidade, caráter uniforme dos blocos de casas repetidos em série (...) enterrou definitivamente o barroco em Lisboa” – com algumas exceções – “enquanto apontava já para um neoclassicismo que despontará posteriormente”. (Pereira, 1992) Persistências e Declínio (1750-1779) http://www.patrimoniocultural.pt/static/data/cache/26/b0/26b0e7b94b49f325106fdfc84751de12.jpg O Barroco em Portugal Observação: O barroco, naturalmente, disseminou- se por todo o território português, com variações de maior ou menor importância e expressividade. O estudo desse patrimônio, porém, representa um grande esforço, diante das inúmeras lacunas da produção bibliográfica e também no próprio inventário desses monumentos. Fica a sugestão de pesquisas, portanto, para aqueles que tiverem a disposição de mergulhar mais profundamente na história da arquitetura portuguesa! O termo “rococó” origina-se do tipo de ornamentação denominado “rocaille”, inventado na França na década de 1720 por Meissoner, Oppenord e outros artistas de origem provincial ou “semi-italianos”; As formas, nestes trabalhos, “parecem estar em constante mudança, precipitando-se e retraindo-se”: às vezes parecem conchas, outras vezes espuma ou mesmo chamas; O Rococó Esse conjunto de formas deu nome ao estilo Rococó: “é arte abstrata com um valor de expressão tão grande quanto a que nos é oferecida hoje, muito mais pretensiosamente”. (Pevsner) O estilo é visto por muitos como a variação "profana" do Barroco. Ou seja, segundo alguns historiadores, o Rococó surgiu a partir do momento em que o Barroco se libertou da temática religiosa e começou a aparecer na arquitetura de palácios civis, por exemplo; O Rococó, portanto, não é um estilo independente; é parte do Barroco, assim como o estilo decorado (decorated style) faz parte do Gótico. O Rococó Além disso, “a originalidade do Rococó é conferida no abandono das linhas retorcidas e pela utilização de linhas e formas mais leves e delicadas”; O Rococó No que diz respeito à arquitetura, esse estilo está muito mais presente em certos países (Alemanha, Portugal) do que em outros (como a França). Em geral, a substituição das cores vibrantes do Barroco por tons rosa, azul-claro, verde- claro etc., estabelecem uma primeira diferenciação entre os dois estilos; Nikolaus Pevsner: “O Rococó é claro, o Barroco, sombrio; o primeiro é delicado, e o segundo, vigoroso; o primeiro é jovial, e o segundo, apaixonado. Mas o Rococó é tão movimentado, tão vivaz e tão voluptuoso quanto o Barroco”. O Rococó De acordo com Robert Jordan, “o principal responsável pela mutação do barroco alemão em Rococó” foi François Cuvilliés, um arquiteto francês com formação em Paris; Dentre as obras de Cuvilliés, destaca-se o palácio Amanlienburg, na região de Munique. O Rococó Nesta edificação, “as cores tornaram-se mais suaves (branco, dourado, amarelo-pálido, azul e cor-de-rosa) e a decoração “tendeu a dissipar-se em intermináveis arabescos e a interação dos espaços adquiriu independência em relação à estrutura subjacente”. (Jordan) O Rococó O Rococó Interior do Amalienburg (Munique) O Rococó Interior do Amalienburg (Munique) Na Alemanha, outro importante exemplo do Rococó é a igreja Vierzehnheiligen (1743-1772), de autoria de Johann B. Neumann. O Rococó O Rococó Planta baixa de Vierzehnheiligen (Bamberg, Alemanha) “Quando se entra nessa igreja ampla (...), a primeira impressão é de êxtase e elevação. Tudo é luz: branca, dourada, rosa”. (Pevsner) O Rococó https://40.media.tumblr.co m/tumblr_lvos6nAKa31r7c 28co1_500.png O Ocaso do Barroco Contudo, à medida em que avançavam os ideais iluministas, o homem do “novo mundo” já não pensava mais em termos de “igrejas” e “palácios”. De fato, nenhuma igreja que tenha sido projetada em qualquer parte, depois de 1760, está entre os exemplos mais significativos da história da arquitetura. (Pevnser) Palácio de Bruchsal (Alemanha), terminado por J. Neumann em 1754 No norte da Europa, “a Reforma abriu o caminho para o sentimento e o pensamento independentes. Os países protestantes produziram o puritanismo, o Iluminismo, a tendência moderna da ciência experimental e, finalmente, a Revolução Industrial”. (Pevsner) O Ocaso do Barroco Referências: ARGAN, Giulio Carlo. Imagem e Persuasão. Ensaios sobre o Barroco. São Paulo: Cia das Letras, 2004. GOITIA, Fernando Chueca et al. História Geral da Arte: Arquitetura IV. Rio de Janeiro: Ediciones del Prado, 1996. JORDAN, Robert Furneaux. História da Arquitetura no Ocidente. São Paulo: Editorial Verbo, 1985. PEREIRA, José Fernandes. Arquitectura Barroca em Portugal. Lisboa: Instituto de Cultura e Língua Portuguesa; Ministério da Educação, 1992. PEVSNER, Nikolaus. Panorama da Arquitetura Ocidental. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
Compartilhar