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Resumo de Direito Penal I 8

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Resumo de Direito Penal I
Aula 8: Nexo e Causalidade
Conceitos de Resultado:
Teoria Naturalística: resultado é a modificação no mundo exterior provocada pela ação ou omissão.
Teoria jurídica: resultado é a lesão ou ameaça de lesão ao bem jurídico tutelado pela norma penal.
Nexo Causal ou Relação de Causalidade
Nexo Causal é o liame, físico, natural, entre conduta e resultado naturalístico, segundo a qual é possível determinar-se a imputação de responsabilidade penal. Ele só existe se houver ligação entre conduta e resultado .
ART. 13, Código Penal. O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
Teorias sobre a Relação de Causalidade.
 a) teoria da equivalência dos antecedentes ou da conditio sine qua non.
 b) teoria da causalidade adequada.
 c) teoria da imputação objetiva do resultado. 
Teoria da Equivalência das Condições – ART 13, caput, Código Penal.
Conceito de Causa: Causa é a totalidade das condições sem as quais o resultado não teria ocorrido – conditio sine qua non (Stuart Mill).
O Código Penal, ao adotar a Teoria da Equivalência das Condições não diferenciou os conceitos de Causa e Conclusa, ou seja, toda a conduta que, de qualquer forma, tenha contribuído para a ocorrência do resultado 
é considerada causa.
 Procedimento Hipotético de Eliminação. (Thyrén)
Toda conduta que, uma vez retirada da cadeia causal, provocar a exclusão do resultado considera-se causa. 
Problemas de Imputação: subjetiva (previsibilidade) e objetiva (teoria do risco)
A teoria da imputação objetiva do resultado defende que a causalidade natural, fundada na teoria da equivalência dos antecedentes, leva a exageros que devem ser limitados pela verificação da existência de relação de imputação objetiva entre a conduta e o resultado. Além da causalidade material, portanto, é preciso que a atitude do agente tenha produzido um risco juridicamente relevante e proibido ao bem jurídico. 
Atenção! O problema do regressus ad infinitum é solucionado pela culpa e pelo dolo.
A relevância Causal da Omissão.
Art.13,§2º, Código Penal - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
Teoria da Causalidade Adequada.
Considera-se causa a condição idônea de produzir o resultado (Von Kries). 
Art.13, §1º, Código Penal. Superveniência de causa independente
 A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. 
Algumas condutas não são fundamentais para o resultado, mas está relativamente ligada ao resultado 
Absoluto- a conduta não tem nada a ver com o resultado
Relativo- a conduta teve algo haver com o resultado, deve estar na linha de previsão.
Espécies de Concausas: 
Causas Independentes.
São aquelas que não se encontram no desdobramento natural da conduta anterior e, por si só, são capazes de produzir o resultado.
Absolutamente Independentes: são as que produzem por si sós o resultado e não têm qualquer origem ou relação com a conduta praticada pelo sujeito. 
Relativamente Independentes: são as que, somadas à conduta do agente, produzem o resultado. 
Causas Preexistentes, Concomitantes e Supervenientes.
 Preexistentes: são anteriores à conduta do agente;
 Concomitantes: ocorrem ao mesmo tempo em que a conduta do agente;
Supervenientes são posteriores à conduta do agente.

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