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constitucional direitos fundamentais resumo

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Direitos do homem:
direitos naturais. 
Não estão previstos na Constituição.
Direitos que se sabe ter, mas cuja existência se justifica apenas no plano jusnaturalista.
Direitos fundamentais:
consagrados em um determinado momento histórico, em um certo Estado.
Constitucionalmente protegidos.
Direitos humanos:
Direitos positivados em tratados internacionais.
AS GERAÇÕES DOS DIREITOS
Primeira Geração:
Restringir a ação do Estado sobre o indivíduo.
Liberdades negativas
Obrigação de não fazer para o Estado.
Valor fonte: LIBERDADE
São os direitos civis e políticos
ex: direito de propriedade, de locomoção, associação, reunião etc.
Segunda Geração:
Prestações positivas do Estado (liberdades positivas).
Normas programáticas
Obrigação do Estado de fazer algo em prol dos indivíduos objetivando o bem-estar.
Valor fonte: IGUALDADE.
São os direitos econômicos, sociais e culturais.
Ex: direito à educação, à saúde e ao trabalho.
Terceira Geração:
Direitos que transcendem a orbita individual para alcançar a coletividade.
Valor fonte: SOLIDARIEDADE E FRATERNIDADE.
São os direitos difusos e coletivos.
Ex: direito do consumidor, ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e ao desenvolvimento.
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Universalidade: Há um núcleo mínimo de direitos que deve ser outorgado a todas as pessoas.
Cuidado! Alguns direitos não podem ser titularizados por toros, como os direitos dos trabalhadores.
Historicidade: direitos fundamentais não resultam de um acontecimento histórico determinado, mas de todo um processo de afirmação. Por isso são mutáveis e sujeitos a ampliações.
Indivisibilidade: Não podem ser considerados isoladamente, mas sim integrando um conjunto único, indivisível de direitos.
Imprescritibilidade: não se perdem com o tempo. Sempre exigíveis. Decorre do fato de serem personalíssimos.
Irrenunciabilidade: O titular de direitos fundamentais não pode deles dispor, embora possa deixar de exercê-los. Admitida a autolimitação temporária (ex. Reality show).
Relatividade ou limitabilidade: não há direito fundamental absoluto. Tratam-se de direitos relativos, limitáveis no caso concreto.
Complementariedade: a plena efetivação do d.f deve considerar que eles compões um sistema único.
Concorrência: Podem ser exercidos cumulativamente e ao mesmo tempo.
Efetividade: Poderes Públicos têm a missão de concretizar (efetivar) os direitos fundamentais.
Proibição de retrocesso: não podem ser enfraquecidos ou suprimidos. As normas que os instituem não podem ser revogadas ou substituídas por outras que lhes diminuam, restrinjam ou suprimam.
Canotilho entende que, uma vez previstos, passam a constituir tanto uma garantia institucional quanto um direito subjetivo.
DUPLA DIMENSÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
dimensão subjetiva: os direitos fundamentais são direitos exigíveis perante o Estado. Pode-se exigir que o estado se abstenha (1ª Geração) ou atue ofertando prestações positivas (2ª Geração).
Dimensão objetiva: enunciados dotados de alta carga valorativa. São princípios estruturantes do Estado, cuja eficácia se irradia para todo o ordenamento jurídico.
LIMITES AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Teoria interna (teoria absoluta):
não há restrições a um direito, mas uma simples definição de seus contornos.
Os limites do Direito lhe são imanentes, intrínsecos.
Núcleo essencial insuscetível de violação, independentemente da análise do caso concreto.
Teoria Externa (relativa).
Núcleo essencial insuscetível de violação, mas a definição desse núcleo dependerá do caso concreto.
Teoria do limite dos limites.
Impedir a violação do núcleo essencial.
CF não previu expressamente essa teoria, ela está implícita.
EFICÁCIA HORIZONTAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Teoria da eficácia indireta e mediata: Direitos fundamentais só se aplicam às relações jurídicas entre particulares de forma indireta e excepcional, por meio das cláusulas gerais de direito privado.
Incompatível com a CF de 1988.
Teoria da eficácia direta e imediata: Direitos fundamentais incidem diretamente nas relações entre particulares.
Adotada pelo STF.
DIREITOS FUNDAMENTAIS NA CF DE 1988.
Direitos fundamentais catalogados
Direitos e deveres individuais e coletivos (art. 5)
direitos sociais (art. 6º – 11)
Direitos da Nacionalidade (art. 12- 13)
Direitos políticos (art. 14-16)
Direitos relacionados à existência, organização e participação em partido político.
Rol não taxativo. Os demais direitos fundamentais são chamados de não catalogados.
DIREITOS FUNDAMENTAIS E COLETIVOS PARTE I
ART. 5. 
STF – estende-se ao súdito estrangeiro, mesmo aquele sem domicílio no Brasil. 
STF – direito de propriedade garantido ao estrangeiro não residente.
Estendem-se às pessoas jurídicas e ao próprio Estado.
Direito à vida: STF – direito à busca pela felicidade – realização da dignidade da pessoa humana.
Vida intrauterina e extrauterina.
STF: permite a interrupção da gravidez de feto anencéfalo. Colisão aparente de direitos fundamentais. Feto, por ser inviável, não seria titular do direito à vida. Feto anencéfalo é juridicamente morto.
STF: permite as pesquisas com células-tronco embrionárias, obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização “in vitro” e não usadas neste procedimento.
A CF admite a pena de morte em caso de guerra declarada.
I – Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição.
Igualdade na lei:legislador não pode criar situações que discriminem pessoas que se encontram em situação equivalente, exceto quando houver razoabilidade para tanto.
Igualdade perante a lei: Intérpretes da lei, quando da aplicação do Direito, não podem diferenciar aqueles a quem a lei concedeu tratamento igual.
- Princípio da isonomia se reveste de auto-aplicabilidade.
- Permitido o tratamento desigual (discriminatório) entre pessoas que estão em situações diferentes. 
	Assegurar a igualdade material >>> respeito à razoabilidade
STF: admite cotas raciais para ingresso em universidade públicas para negros e índios (ação afirmatíva TEMPORÁRIA).
STF: é legítima a previsão de limite de idade em concursos públicos, quando justificada pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido (SÚMULA 683). 
	- somente se justifica se previsto em lei.
	- Edital de concurso público não pode
STF: Não afronta o princípio da isonomia a adoção de critérios distintos para a promoção de integrantes do corpo feminino e masculino da aeronáutica.
STF: foro especial para mulher nas ações de separação judicial e conversão de separação judicial em divórcio não ofende o princípio da isonomia
Atos infralegais (como edital de concurso) não podem determinar limitações sem que haja previsão legal.
STF: princípio da isonomia não autoriza ao Poder judiciário estender a alguns grupos vantagens estabelecidas por lei a outros.
- súmula vinculante nº 37.
- STF não é legislador.
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei
diferença entre os princípios da legalidade e da reserva legal.
Princípio da legalidade: lei em sentido amplo (todo e qualquer ato estatal, incluindo os infralegais, que obedeça às formalidades que lhe são próprias e contenha uma regra jurídica).
Submissão e respeito a lei.
Lei em sentido material.
Princípio da Reserva legal: 
lei em sentido restrito.
CF exige expressamente que determinada matéria seja regulada por lei formal ou atos com força de lei (decretos autonomos, por exemplo).
Reserva legal absoluta: exige lei formal para a integral regulamentação. 
- somente lei formal.
Reserva legal relativa: CF permite que lei fixe apenas parâmetros de atuação para o órgão administrativo, que poderá compelementá-la por ato infralegal.
Reserva legal simples: exige lei formal para dispor sobre determinada matéria, mas não especifica qual o conteúdo ou finalidade do ato.
Reserva legal qualificada: além de exigir lei formal para dispor sobre determinada
matéria, já define, previamente, o conteúdo e a finalidade do ato. Ex: interceptação telefonica
IV é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.
STF: veda o acolhimento de denúncias anônimas. Entretanto, pode servir como base para que o Poder Público adote medidas para averiguar.
STF: autoridades públicas não podem iniciar qualquer medida de persecução apoiando-se apenas em peças apócrifas ou em escritos anônimos. As peças apócrifas não podem ser incorporadas formalmente ao processo, salvo quando tais documentos constituírem, eles próprios, o corpo de delito(bilhete em caso de sequestro).
STF: inconstitucional a proibição à marcha da maconha e movimentos em defesa da legalização do aborto.
STF: exigência de diploma de jornalismo e de registro profissional no Ministério do Trabalho não são condições do exercício da profissão de jornalista.
V- é assegurado o direito de resposta proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem
Direito de resposta se aplica também às pessoas jurídicas.
STF: Tribunal de Contas da União (TCU) não pode manter em sigilo a autoria de denúncia contra administrador público a ele apresentada.	
V inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o
livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção
aos locais de culto e a suas liturgias.
VII – É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistÊncia religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva
liberdade religiosa
princípio do qual deria a imunidade tributária aos impostos sobre templos de qualquer culto.
STF: essa imunidade alcança os cemitérios que consubstanciam extensões de entidade de cunho religioso, sendo vedada, portanto, a cobrança de IPTU.
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa,
fixada em lei;
escusa de consciência.
Para haver excepcional restrição de direitos é necessário duas condições, cumulativamente.
Lei de eficácia contida.
Não havendo lei que estabeleça prestação alternativa, não poderá haver restrição de direitos.
- escusa de consciência será garantida em sua plenitude.
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de
comunicação, independentemente de censura ou licença;
É VEDADA A CENSURA.
STF: assegura ao jornalista o direito de expender críticas a qualquer pessoa, ainda que em tom áspero,entretanto, o profissional responderá penal e civilmente pelos abusos que cometer, sujeitando-se ao direito de resposta.
STF: liberdade de pensamento representa um fundamento do Estado democrático de Direito e não pode ser restringida pelo exercício da censura estatal, ainda que praticada em sede jurisdicional.
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação
STJ: honra objetiva de pj pode ser ofendida por protesto indevido de título cambial.
STF: não permite a coação de suposto pai a realizar exame de DNA
STF: é válida decisão judicial proibindo a publicação de fatos relativos a um indivíduo por empresa jornalística.
STF: privacidade relativa dos agentes polítios. Direito á privacidade se restringe aos fatos íntimos da vida familiar. 
STF: em caso de servidor público, no exercício de suas funções, injustamente ofendido em sua honra e imagem, a indenização está sujeita a uma cláusula de modicidade.
STF: admite as biografias não-autorizadas, o que não exclui o direito de indenização por violação da intimidade.
Sigilo bancário
autoridades que podem determinar a quebra do sigilo bancário.
Poder judiciário
Comissões parlamentares de inquérito (CPI) federais e estaduais (não M). quebra do sigilo bancário e fiscal
Autoridades fiscais: desde que: haja processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso e; as informações sejam consideradas indispensáveis pela autoridade administrativa competente.
Ministério Público: contra titularidade de poder público.
- STJ: contas decorrentes de entes públicos não gozam de proteção à privacidade.
STJ decidiu que são lícitas “as provas obtidas por meio de requisição do Ministério Público de informações bancárias de titularidade de prefeitura municipal para fins de apurar supostos crimes praticados por agentes públicos contra a Administração Pública”.

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