Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
QUESITOS NOTA PADRONIZAÇÃO (formatação) FUNDAMANTAÇÃO TEÓRICA, APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA SOLUÇÃO DO TRABALHO PRÁTICO E ANÁLISE DOS RESULTADOS AVALIAÇÃO FINAL AULA PRÁTICA II - MEDIÇÃO COM PAQUÍMETRO E MICRÔMETRO Rafael da Silva Zdradek Ricardo Paese Tiago Santos Tamiosso UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL Campus Universitário da Região dos Vinhedos Centro de Ciências Exatas, da Natureza e Tecnologia Engenharia de Produção Alameda João Dal Sasso, 800 95700-000 – Bento Gonçalves – RS – Brasil e-mails: tstamiosso@ucs.br; rpaese1@ucs.br; rszdradek@ucs.br RESUMO A familiarização com os instrumentos de medição tais como o paquímetro e o micrômetro, são de bastante importância na formação do estudante de Engenharia. Através de práticas em laboratório, como a referida neste relatório, é possível ainda realizar a análise estatística, através de definições de médias, desvios padrões e incertezas, permitindo aferir a qualidade da medição. Palavras Chave: paquímetro, micrômetro, medição, análise estatística. Aula Prática II - Medição com Paquímetro e Micrômetro Rafael da Silva Zdradek, Ricardo Paese e Tiago Santos Tamiosso6 Metrologia - UCS1 1 – INTRODUÇÃO O termo medição diz respeito ao conjunto de operações que objetivam aferir certo valor de grandeza. Dá-se o nome de metrologia a ciência da medição. Um instrumento de medição, por sua vez, é um dispositivo usado para essa operacionalização (LIRA, 2005). Os instrumentos de medição são ferramentas indispensáveis para estabelecimento e manutenção de padrões de qualidade que identificam um produto a ser fabricado, controlando variáveis em um processo, tão precisamente quanto necessário, a fim de alcançar as especificações do produto, então determinadas (SOISSON, 2002). O paquímetro e o micrômetro são exemplos de instrumentos que medem grandezas dimensionais, de ordem milimétrica. São equipamentos muito comumente encontrados na indústria. Neste trabalho, buscou-se relatar os procedimentos em laboratório envolvendo a operacionalização dos instrumentos de medição paquímetro e micrômetro, para aferição de medidas de uma peça metálica usinada, com intuito de realizar a análise estatística de média, desvio padrão e incerteza da medição, e posterior avaliação de resultados. O relatório apresenta fundamentação teórica como base para discussão da temática, metodologia trazendo as especificações dos equipamentos disponibilizados para a atividade prática, e resultados, discussões e conclusões, que retomam as resultantes obtidas da tarefa em laboratório. 2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Considerando que o processo de medição envolve uma série de requisitos, que devem ser conhecidos pelo operador, os instrumentos de medida servem como uma extensão das faculdades desse operador, exigindo, também, sua cota de conhecimento na operação (LIRA, 2005). Ainda de acordo com Lira (2005), o resultado de uma medição é o valor atribuído a uma grandeza, gerado pela referida medição, e que, se expresso de forma completa, carrega consigo informações sobre incerteza. Trazendo para o aspecto estatístico, os resultados de medição podem ser analisados de modo a determinar-se a média, que se trata do valor mais provável das medidas efetuadas, dada pela Equação 1; o desvio padrão experimental, que revela a dispersão de resultados, quando uma séria de medições é replicada a um mesmo objeto, dado pela Equação 2; e a incerteza, que é o parâmetro que caracteriza a dispersão dos valores que podem ser atribuídos ao objeto de medição. A incerteza pode ser considerada como a qualidade da medição. (1) (2) Onde : média x: medidas efetuadas n: tamanho da amostragem σ: desvio padrão A incerteza expandida é a grandeza que define um intervalo acerca do resultado de medição, cujo objetivo é abranger uma grande parte da distribuição dos valores, razoavelmente distribuídos ao objeto da medição. É dada pela Equação 3 (LIRA, 2005). (3) Onde σ: desvio padrão t: valor da distribuição T de Student n: tamanho da amostragem U: incerteza expandida A incerteza numérica é caracterizada por ser a faixa numérica, com duplo sinal (±) e com mesmo valor numérico, em torno do valor considerado. Em geral, essa faixa de valores, considerados aceitáveis, será bastante simétrica em relação ao valor central da medição (WAENY, 1992). Atribui-se, aos instrumentos de medição, os conceitos de exatidão e precisão, geralmente confundidos entre si. Exato é o adjetivo que se dá ao instrumento que atinge a maior proximidade de medição frente ao valor verdadeiro do objeto da mesma. Precisão está relacionada com a dispersão dos valores medidos, ou seja, quando um equipamento, operado em condições padrões e uniformes em todas as tomadas de medidas, atinge certa repetitividade de resultados, exatos ou não (LIRA, 2005). Waeny (1992) complementa que a precisão é a qualidade que exprime o grau de dispersão de resultados no entorno da média, apresentando incerteza aleatória e sem duplo sinal. Na exatidão, atinge-se certa compatibilidade de valor aceito na medição com valor de referência, sendo uma espécie de atributo, sem grau. Analogamente, a inexatidão é quantificada pelo erro na média, quando da incompatibilidade entre os valores acima descritos. Em se tratando de instrumentos de medida da grandeza física comprimento, mais especificamente o paquímetro e o micrômetro, conforme referenciado no procedimento prático deste relatório, têm-se que: Paquímetro: é um instrumento utilizado para efetuar medições internas, externas, profundidades e topos, no qual o valor indicado é compreendido pela leitura na graduação principal e em sua escala auxiliar, chamada nônio. Embora de simples operação, requerem algum treinamento para leitura, além de atenção ao seu manuseio e guarda (LIRA, 2005). A Figura 01 destaca a estrutura do instrumento. Figura 01. Partes do paquímetro. Micrômetro: um dos instrumentos mais usados na indústria mecânica, o micrômetro é operado partindo do princípio do deslocamento de uma haste, a partir do giro de um parafuso roscado acoplado ao seu respectivo tambor e cilindro fixo. Juntamente a isso, existe uma catraca ou tambor de fricção, que são capazes de manter a força constante na peça objeto de medição (LIRA, 2005). A Figura 02 traz a estrutura do equipamento. Figura 02. Partes do micrômetro. O paquímetro é um instrumento bastante usado na indústria, devido a sua grande versatilidade, facilidade de manuseio e uma resolução de até 0,01 mm (em suas variantes digitais). Possibilitando medidas internas, externas e de profundidade, possui o alcance de, no mínimo, 150 mm. O micrômetro, como instrumento de medição linear, também é bastante requerido na indústria, sendo suas principais qualidades voltadas para a facilidade de leitura de medição e sua alta precisão, característica relacionada ao elevado grau de sensibilidade aliado a uma pressão constante (SANTOS JÚNIOR; IRIGOYEN, 1995). Conforme mencionado, quando se executa uma medição, o valor verdadeiro da medida nunca será tomado como exatidão, pois fica claro que, no decorrer de novas medições, padrões e uniformes, é impossível obter sempre o mesmo resultado. Se, e quando, um objeto não apresenta diferenças na aferição de medidas, é porque o instrumento usado não possui capacidade de revelar essas diferenças, aliado também aos fatores do operador, como leitura, ângulo de visão, entre outros. Esses fatores, fontes de variação, chamam-se erros de medição, intrínsecos tanto ao instrumento quanto ao usuário, e compõem a medida de grau de incerteza da medição, já definida anteriormente (SOISSON, 2002). Para Soisson (2002) existem basicamente duas fontes de erro: erro acidental e erro sistemático. Os acidentais são relacionados a causas irregulares, e provavelmente têm efeito de modo a contribuir igualmente com valores superiores e inferiores em relação à média. Erros sistemáticos podemser causados por erros de instrumentação, tais como graduação de escala defeituosa ou padrão não preciso. Quando possível de ser determinada, a grandeza de um erro sistemático deve ser incluída como um fator de correção. Na prática, é desejável estabelecer uma proporção do menor erro possível, economicamente falando, de modo que não afete a atração do comprador pelo produto manufaturado. Em complemento, Lira (2005), exemplifica fatores de erro aleatório como atrito, vibração, instabilidade interna e condições do ambiente. Já os fatores que causam erros sistêmicos, de difícil previsão, se relacionam ao desgaste de sistema de medição, aos ajustes, fatores construtivos e método de medição. Os erros grosseiros, por sua vez, são definidos por fatores externos, tais como leitura errônea, defeito do sistema de medição, manipulação indevida, anotação errada, etc. São fatores possíveis de identificar e reduzir, principalmente com treinamento do operador. O erro paralaxe, relacionado ao plano de visão na leitura, é considerado erro grosseiro. Os principais erros de medição com paquímetros são causados por sua própria construção (não-obediência ao princípio de Abbe), pela flexão do braço principal, pelo desgaste das pontas de medição, por paralaxe, devido à aplicação de força na medição, devido à expansão térmica quando não obedecida a temperatura ambiente de 20ºC. Os micrômetros, por sua vez, possuem como fontes de erro de medição o efeito paralaxe, devido aos pontos de apoio da peça, devido à aplicação de força, devido ao achatamento localizado, devido a temperatura (LIRA, 2005). 3 – METODOLOGIA O objetivo da prática em laboratório consistiu em tomar as medidas dimensionais da peça demonstrada pela Figura 03. Entende-se por essas medidas dimensionais: alturas, diâmetros e profundidades. Figura 03. Peça Foram utilizadas duas variedades de instrumentos para medição da peça: um paquímetro e um micrômetro, ambos analógicos. As Figuras 04, 05 e 06 ilustram os itens usados, enquanto a Tabela 01 reúne as especificações de cada equipamento. Figura 04. Paquímetro 0 – 150 mm Figura 05. Micrômetro 0 – 25 mm Figura 06. Micrômetro 25 – 50 mm Tabela 1 – Especificações dos instrumentos de medição. Instrumento Marca Modelo Curso Resolução Exatidão Paquímetro Starret 125MEA 0 – 150 mm 0,02mm ± 0,03mm Micrômetro Mitutoyo Série 102 0 – 25 mm 0,01 mm ± 2µm Micrômetro Digimess 120.202 25 – 50 mm 0,01 mm ± 0,004 mm Os procedimentos de medição não requereram prévia montagem de equipamento, pois a tarefa foi realizada com aparelhos portáteis, e sem acessórios a serem agregados. Conforme documento que orientava o procedimento de laboratório, eram esperadas ao menos duas aferições para cada dimensão de altura, diâmetro e profundidade, determinada como cotas. Entretanto, devido ao tempo que se dispunha para a atividade, foram escolhidas apenas três peças usinadas para tomada de medidas, com uso do paquímetro e micrômetro em simultaneidade, com tomada de duas medidas através do paquímetro e uma através de micrômetro, para cada cota, sendo que cada medição foi realizada por um operador diferente. O uso de paquímetro para medição, ainda que em sua variante analógica, denota uma tarefa relativamente simples e rápida, inclusive na leitura. Porém, quando se utiliza o micrômetro analógico, a tarefa torna-se pouco mais demorada, tanto no ajuste da haste medidora quanto na leitura, muito embora o equipamento forneça resultados com resolução e exatidão mais fina frente ao paquímetro, conforme Tabela 1. Além disso, dimensões maiores determinaram um equipamento com maior curso de medida. Isso exigiu uma troca de instrumento durante a atividade, entre os modelos de curso 0 - 25 mm e de curso 25 – 50 mm, a serem observados nas Figuras 05 e 06. Por fim, o micrômetro não é concebido a aferir dimensões de todo tipo de cota da peça em questão. A medição de alguns diâmetros e alturas não permitiu seu uso, e nenhuma profundidade foi aferida através do aparelho. Quanto aos erros de medição no procedimento, aqui se destaca a não uniformidade do operador, pois não foi mantida uma mesma pessoa para todas as medidas, de modo que isso influencia o resultado final. Conforme Lira (2005), os instrumentos de medidas servem como uma extensão a faculdade humana, e, considerando a individualidade e percepção de cada um, dificilmente chega-se a um mesmo padrão de medição. Ainda, há o erro de paralaxe, que, segundo Balbinot e Brusamarello (2006), ocorre quando a vista do observador, a ponta do ponteiro e o valor indicado na escala não estão no mesmo plano, por mais que se trate de um erro grosseiro, sendo sempre desejável e passível de ser evitado. Os próprios equipamentos utilizados estão sujeitos a erro, devido a sua limitação em exatidão, demonstrando que existem desde instrumentos mais básicos até os mais refinados, com preços gradualmente mais elevados. Entretanto, vale a máxima, levada para o meio industrial, de que cada processo produtivo vai exigir um parâmetro de exatidão dimensional diferente, e, por consequência, um equipamento de medição com maior ou menor grau de exatidão. 4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES Como primeiro resultado, apresenta-se o desenho técnico da peça usinada, de acordo com a Figura 05, de forma genérica, produzido a partir da média das médias para as cotas das peças de número 3, 4 e 5 ( assim catalogadas no laboratório de metrologia). Figura 05. Desenho técnico da peça. Na Tabela 02, estão discriminadas todas as cotas do desenho técnico, com as respectivas medidas obtidas através do paquímetro e micrômetro, sempre em milímetros (mm). Conforme mencionado anteriormente, nem todas as cotas permitiram a medição com micrômetro, às vezes por serem muito estreitas para a passagem das pinças do instrumento, ou por se tratarem de profundidades. A elaboração da tabela foi realizada através dos recursos disponíveis no Microsoft Office Excel, que utiliza referencialmente a Equação 1 da média. O micrômetro, por ser mais exato e possuir melhor resolução, permite leitura de medidas de grandeza de ordem milesimal. Tabela 02 – Medições das peças. PEÇA 3 PEÇA 4 PEÇA 5 COTA PAQUÍMETRO (mm) MICRÔMETRO (mm) MÉDIA (mm) PAQUÍMETRO (mm) MICRÔMETRO (mm) MÉDIA (mm) PAQUÍMETRO (mm) MICRÔMETRO (mm) MÉDIA (mm) ØB1 10,300 10,400 - 10,350 10,000 10,100 - 10,050 10,200 10,400 - 10,300 ØB2 21,200 21,200 21,143 21,181 22,000 22,000 22,446 22,149 20,400 20,400 20,390 20,397 ØB3 42,400 42,500 42,421 42,440 41,000 40,700 40,633 40,778 41,200 41,300 41,104 41,201 ØB4 35,200 35,300 35,172 35,224 35,200 35,200 35,159 35,186 35,000 35,000 35,492 35,164 ØB5 42,400 42,400 42,381 42,394 42,000 42,000 42,442 42,147 42,100 42,200 42,133 42,144 ØB6 37,400 37,400 - 37,400 37,200 37,100 - 37,150 37,100 37,100 - 37,100 ØB7 42,400 42,400 42,399 42,400 40,900 40,940 41,422 41,087 41,000 41,100 41,061 41,054 ØB8 30,400 30,500 30,415 30,438 30,320 30,300 30,252 30,291 30,100 30,000 30,109 30,070 ØB9 49,800 49,900 50,400 50,033 50,300 50,200 50,260 50,253 50,200 50,200 50,158 50,186 ØB10 15,500 15,300 - 15,400 15,000 15,000 - 15,000 15,100 15,200 - 15,150 A1 8,940 9,000 - 8,970 10,900 10,600 - 10,750 10,100 9,900 - 10,000 A2 13,000 13,200 - 13,100 13,100 13,000 - 13,050 12,800 12,900 - 12,850 A3 15,300 15,600 - 15,450 15,000 15,000 - 15,000 15,200 15,000 - 15,100 A4 20,300 20,100 - 20,200 20,200 20,100 - 20,15020,000 20,000 - 20,000 A5 10,200 10,400 - 10,300 10,000 10,000 - 10,000 9,800 9,700 - 9,750 A6 4,940 5,000 - 4,970 5,000 5,000 - 5,000 3,900 4,000 - 3,950 A7 10,000 10,000 - 10,000 9,900 9,900 - 9,900 10,200 10,200 - 10,200 A8 11,600 11,600 - 11,600 12,100 12,200 - 12,150 12,200 12,300 - 12,250 A9 15,300 15,200 - 15,250 15,000 15,000 - 15,000 15,000 14,900 - 14,950 A10 10,200 10,200 - 10,200 10,000 10,100 - 10,050 10,100 10,300 - 10,200 Na Tabela 03, considerando a forma genérica da peça, adotada para a confecção do desenho com base nas médias das cotas, apresentam-se a média das médias para cada cota, levando em conta as três peças, o desvio padrão dessa média e a incerteza expandida. Acrescentou-se, a fim de colaborar para a interpretação da incerteza expandida, conforme consta na Equação 3, o valor t para a confiança de 95%, de acordo com os graus de liberdade de cada cota, constante em Tabelas de Distribuição T de Student, que é utilizado para cálculo da incerteza. Essa tabela também foi elaborada através do Microsoft Office Excel, à partir das Equações 1, 2 e 3. Tabela 03 – Análise das medições. COTA MÉDIA FINAL (mm) DESVIO PADRÃO (mm) INCERTEZA EXPANDIDA (mm) TABELA T ØB1 10,2333 0,1633 ± 0,1714 2,571 ØB2* 21,2421 0,7710 ± 0,5927 2,306 ØB3* 41,4731 0,7567 ± 0,5816 2,306 ØB4* 35,1914 0,1488 ± 0,1144 2,306 ØB5* 42,2284 0,1798 ± 0,1382 2,306 ØB6 37,2167 0,1472 ± 0,1545 2,571 ØB7* 41,5136 0,6809 ± 0,5234 2,306 ØB8* 30,2662 0,1666 ± 0,1281 2,306 ØB9* 50,1576 0,1901 ± 0,1461 2,306 ØB10 15,1833 0,1941 ± 0,2037 2,571 A1 9,9067 0,8076 ± 0,8477 2,571 A2 13,0000 0,1414 ± 0,1484 2,571 A3 15,1833 0,2401 ± 0,2521 2,571 A4 20,1167 0,1169 ± 0,1227 2,571 A5 10,0167 0,2563 ± 0,2690 2,571 A6 4,6400 0,5359 ± 0,5625 2,571 A7 10,0333 0,1366 ± 0,1434 2,571 A8 12,0000 0,3162 ± 0,3319 2,571 A9 15,0667 0,1506 ± 0,1580 2,571 A10 10,1500 0,1049 ± 0,1101 2,571 * utilização adicional do micrômetro na medição. Segundo a Tabela 04, que trata dos percentuais de diferença, para mais ou para menos, da incerteza, as cotas A1, A5 e A6 demonstram uma diferença mais expressiva na incerteza de medição, muito provavelmente devido aos erros caracterizados no capítulo anterior, inerentes ao processo de medição. Tabela 04 – Análise das medições. COTA MEDIDA (mm) PERCENTUAL DE INCERTEZA (± %) ØB1 10,23 ± 0,17 mm 1,67% ØB2* 21,24 ± 0,59 mm 2,79% ØB3* 41,47 ± 0,58 mm 1,40% ØB4* 35,19 ± 0,11 mm 0,32% ØB5* 42,23 ± 0,14 mm 0,33% ØB6 37,22 ± 0,15 mm 0,42% ØB7* 41,51 ± 0,52 mm 1,26% ØB8* 30,27 ± 0,13 mm 0,42% ØB9* 50,16 ± 0,15 mm 0,29% ØB10 15,18 ± 0,20 mm 1,34% A1 9,91 ± 0,85 mm 8,56% A2 13,00 ± 0,15 mm 1,14% A3 15,18 ± 0,25 mm 1,66% A4 20,12 ± 0,12 mm 0,61% A5 10,02 ± 0,27 mm 2,69% A6 4,64 ± 0,56 mm 12,12% A7 10,03 ± 0,14 mm 1,43% A8 12,00 ± 0,33 mm 2,77% A9 15,07 ± 0,16 mm 1,05% A10 10,15 ± 0,11 mm 1,08% * utilização adicional do micrômetro na medição. Ademais, em alguns casos, a composição de medidas aferidas com micrômetro na média permitiu que os percentuais de incerteza dessas cotas fossem ligeiramente menores que das demais. 5 – CONCLUSÕES Ao utilizar ferramentas para medição, obtém-se além de mais segurança quanto aos resultados, uma oportunidade de conhecer qual aparelho é mais adequado pra determinada situação. Na utilização do paquímetro, obtiveram-se precisão e exatidão num nível um pouco abaixo ao do micrômetro. O micrômetro mostrou-se bem preciso e, como realiza a medição de forma direta, bastante confiável como parâmetro. Através das médias, desvios e incertezas apresentados, puderam-se comparar os equipamentos e perceber que, tão importante quanto à exatidão e a precisão do aparelho, é sua aplicabilidade e praticidade. Ainda assim é importante que se execute cálculos para se ter certeza sobre uma determinada medida, bem como suas incertezas instrumentais, pois tanto nas tomadas de medidas do copo, como do cilindro. 6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CATÁLOGO GERAL DE PRODUTOS. Disponível em: < http://www.mitutoyo.com.br/novosite/produtos/produtos/01small/micrometroexternoanalogico.html>. Acesso em: 25 de agosto de 2017. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO E FERRAMENTAS DE PRECISÃO. Disponível em: <http://www.starrett.com.br/produtodetalhe.asp?prodnome=Paquimetro-Universal-Serie-125-paqu%C3%ADmetro-starrett-serie-125&cat=1&linha=23&subdiv=113&codprod=102>. Acesso em: 25 de agosto de 2017. LIRA, Francisco Adval de. “Metrologia na Indústria”. São Paulo, Editora Érica, 2001. MICRÔMETROS EXTERNOS (ARCO AÇO FORJADO) – CATÁLOGO TÉCNICO. Disponível em: < http://www.digimess.com.br/produtos/micrometros-externos-arco-aco-forjado.html>. Acesso em: 25 de agosto de 2017. SANTOS JÚNIOR, Manuel dos. IRIGOYEN, Eduardo Roberto Costa. “Metrologia dimensional: teoria e prática”. 2ª ed. Porto Alegre, Ed Universidade/UFRGS, 1995. WANEY, José Carlos de Castro. “Controle total da qualidade em metrologia”. São Paulo, Makron Books, 1992. SOISSON, Harold E. “Instrumentação Industrial”. Curitiba, Hemus, 2002. BALBINOT, Alexandre. BRUSAMARELLO, Valner João. “Instrumentação e Fundamentos de Medidas – volume 1”. Rio de Janeiro, LTC, 2006. MICRÔMETRO. Disponível em: < http://mecanica-blog.blogspot.com.br/2010/05/micrometro.html>. Acesso em: 30 de agosto de 2017.
Compartilhar