Buscar

As pastagens tropicais quando bem manejadas são capazes de corresponder satisfatoriamente a produção leite

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIAS
CÂMPUS SÃO LUIS DE MONTES BELOS
CURSO DE ZOOTECNIA
CRIAÇÃO DE VACAS LEITEIRAS EM SISTEMA EXTENSIVO
Acadêmico: Carlos Eduardo Castro de Oliveira
Professor: Dtr. Rafael Alves Costa Ferro
São Luís De Montes Belos
Novembro de 2017
CARLOS EDUARDO CASTRO DE OLIVEIRA
CRIAÇÃO DE VACAS LEITEIRAS EM SISTEMA EXTENSIVO
Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina de Metodologia Cientifica no curso de Zootecnia da Universidade Estadual de Goiás, Câmpus São Luis de Montes Belos.
Professor: Dr. Rafael Alves Costa Ferro
São Luís de Montes Belo
Novembro de 2017
SUMÁRIO
	1
	INTRODUÇÃO.............................................................................
	1
	2
	Revisão da literatura..................................................................
	2
	2.1
	Sistema Extensivo.....................................................................
	2
	2.2
	Principais forrageiras utilizadas...............................................
	3
	2.2.1
	Principais gêneros utilizados do ciclo C4.....................................
	4
	2.2.1.1
	Brachiaria.....................................................................................
	4
	2.2.1.2
	Brachiaria decumbens.................................................................
	4
	2.2.1.3
	Braquiária brizanta- Brachiaria brizantha Stapf............................
	5
	2.2.1.4
	Brachiaria humídicola..................................................................
	6
	2.2..1.5
	Panicum.......................................................................................
	7
	2.2.2..6
	Mombaça.....................................................................................
	8
	2.2.2.7
	Tanzânia......................................................................................
	8
	2.3
	Suplementação mineral.............................................................
	9
	2.3.1
	Função dos minerais no organismo animal..................................
	10
	2.4
	Principais raças ou grupo genéticos utilizados no SE............
	10
	2.4.1
	Zebuínos......................................................................................
	10
	2.4.2
	Mestiços.......................................................................................
	11
	3
	CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................
	11
	
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................
	12
1 INTRODUÇÃO
O sistema denominado extensivo se caracteriza pelo pastejo contínuo, na maioria das vezes em propriedades com grande dimensionamento de terra, geralmente a pastagem será utilizada sem descanso, e dessa forma poderá causar consequências graves para os recursos naturais, pois na maioria dos casos apresentam pastagens degradadas, o solo em alguns casos o solo se apresenta erodido, e assoreamento nos mananciais. Esse sistema se apresenta predominante no país, pois, cerca de 90% da produção de leite, provém de propriedades que utilizam somente pastagens como fontes de proteína e energia, somente com utilização de suplementação mineral, sem apresentar nenhuma qualificação técnica no setor (AGUIAR, 2002).
A adoção desse sistema em propriedades agropecuárias, poderá comprometer a sustentabilidade do produtor, pois estudos já comprovaram que, principalmente o sistema intensivo apresenta uma larga vantagem na produção em relação ao extensivo, apesar da eficiência ter sido comprovada, o sistema intensivo é pouco adotado, principalmente nas regiões centro-oeste, norte e nordeste do país, onde predomina a produção de leite a pasto. Existe alguns desafios para implantar essas qualificações técnicas em uma propriedade, primeiramente porque o produtor está acostumado com aquela rotina e dificilmente vai estar disposto a mudanças na sua propriedade, pois tem medo de que o investimento não seja recompensado com a adoção do sistema, principalmente devido ao baixo preço pago pelo litro de leite que sai da propriedade.
Objetivou-se com esse trabalho apresentar o principal sistema utilizado na produção de leite no Brasil, mesmo que pouco eficiente ainda se apresenta predominante, na maioria das propriedades. É apresentado as vantagens e desvantagens da utilização desse sistema, as principais forrageiras indicadas, a utilização da suplementação mineral, raças e grupos genéticos mais utilizados.
 2 REVISÃO DA LITERATURA
 2.1 Sistema Extensivo
Esse sistema é predominante no Brasil, representando cerca de 90% da produção leiteira no país (ASSIS et al, 2005). Nesse sistema ocorre a produção de leite apenas a pasto sem fornecimento de concentrado, somente com o fornecimento da suplementação mineral. A maioria das propriedades que optam por esse sistema, criam animais de dupla aptidão, tendo como justificativa, o uso dos animais, machos e fêmeas para a recria e engorda, geralmente não ocorre a reposição de matrizes leiteiras com o próprio rebanho, sendo necessário a aquisição dessas novas matrizes. Os rebanhos são constituídos por animais mestiços com alto grau de sangue zebuíno, com produção média por vaca inferior a 1200kg leite/ano. As vacas são ordenhadas uma vez ao dia com bezerro ao pé, o desmame irá ocorrer por volta de 6 a 8 meses de lactação. Como esses animais vão ser criados exclusivamente a pasto é necessário que seja fornecido uma forragem de bom valor nutritivo e alimentício, para que os animais possam corresponder o seu máximo, de acordo com a expectativa do sistema extensivo. Se a criação dos animais for exclusivamente a pasto a média de produção esperada será até 12kg leite/vaca/ dia, se a expectativa for acima desse valor estimado deverá ser utilizado o fornecimento de concentrado com valor energético e proteico (SILVA et al 2010; SIMOES et al 2009; ASSIS et al 2005).
Apesar de ser predominante esse sistema não apresenta boa eficiência, pois, além de não explorar o desempenho máximo dos animais, estes apresentam baixa produtividade. Esse sistema apresenta aspectos positivos como pouca necessidade de mão de obra, o animal vai ter um melhor desempenho pois poderá realizar a seletividade da forrageira o que não é comum quando se trabalho em pastejo rotacionado, é uma prática muitas vezes atraente devido ao baixo investimento inicial. Porém apresenta algumas desvantagens que deverão ser consideradas, como baixa lotação que pode chegar no máximo a 1,5 UA/há, em alguns casos, principalmente em solo com alta fertilidade ocorre a desuniformidade nas pastagens fazendo com que algumas partes não sejam aproveitadas e valor nutritivo do pasto passa a ser bastante variável (MIYAZAKI, 2017).
2.2 Principais Forrageiras Utilizadas
As pastagens tropicais quando bem manejadas são capazes de corresponder satisfatoriamente a produção de leite, principalmente nas épocas mais favoráveis do ano (período chuvoso), suprindo algumas necessidades essenciais para os animais, como energia, proteína e vitaminas (GOMIDE et al., 2001).
O Brasil é o sexto maior produtor de leite no mundo, e tem grande tendência para ser o maior exportador de produtos lácteos, para isso é necessário que seja produzido leite de boa qualidade e com um baixo custo, o regime extensivo é uma boa alternativa para suprir essas necessidades, desde que seja manejado corretamente (SILVA et al, 2009).
A produção de leite exclusivamente a pasto está relacionada com o valor nutritivo da pastagem e capacidade de suporte, esta capacidade está relacionada a diversos fatores como o clima, solo, manejo e adaptação da forrageira a forma de pastejo, de acordo com pesquisas realizadas a produção varia entre 12kg de leite/vaca/dia (OLTRAMARI et al, 2009).
Segundo Stobbs (1978), os bovinos possuem uma habilidade de selecionar sua dieta de acordo com o que lhe é fornecido, tem preferência as folhas mais jovens, pois essa parteé mais palatável e tem um maior valor nutritivo, dessa forma o animal exerce um melhor aproveitamento da forrageira, porém, para que isso ocorra deverá ser necessário um bom manejo das pastagens.
Para se produzir forragem de boa qualidade e de forma satisfatória, é necessário que seja realizado um bom manejo, dentro deste algumas práticas são indispensáveis, tais como, corrigir o solo e fazer adubação de manutenção frequente, a adubação nitrogenada é fundamental para a produção de forragem, pois aumenta a produção de matéria seca, e o N que se encontra no solo não é suficiente para que a forrageira demonstre seu máximo potencial, devido a isso é necessário a adubação (OLTRAMARI et al, 2009).
2.2.1 Principais gêneros utilizados do ciclo c4
2.2.1.1 Brachiaria	
De toda a área ocupada por pastagens no país, cerca de 85% é representada por esse gênero. Este possui origem africana e apresenta diversas espécies de acordo com determinada região, tem como características a versatilidade de seu uso e manejo, e rusticidade, sendo produtiva em condições pouco favoráveis em que outras espécies não sobreviveriam (OLTRAMARI, 2009).
Por pertencer ao ciclo C4 as plantas desse gênero são pouco resistentes a regiões mais frias, e não deve ser indicada para regiões onde ocorre geadas, temperatura deve girar em torno de 30ºC para que a forragem produza de forma satisfatória (ALVES et al., 2017).
2.2.1.2 Brachiaria decumbens
Essa espécie é encontrada em dois grupos que são reconhecidos no Brasil: a cultivar Ipean e a cultivar Brasilisk. No caso da primeira praticamente não é mais comercializada, esta possui baixa produção de sementes e crescimento prostrado e apresenta de 30 a 60cm de altura, com 1,5cm de largura. A Brasilisk é uma cultivar perene a sua altura varia de 60 a 100cm, e folhas com aproximadamente 2cm de largura (SEIFFERT, 1980).
A cultivar Brasilisk Tem como aspectos positivos, tolerância a solos ácidos e de média fertilidade, boa resposta a adubação, possui grande quantidade de sementes e boa germinação. Existe também alguns pontos negativos como a suscetibilidade às cigarrinhas e não se adapta em solos úmidos (CORRÊA & SANTOS, 2003).
Um aspecto importante a ser observado ao ser realizado o manejo correto da forrageira está a fotossensibilização, que é causada na maioria das vezes em animais jovens com idade de 8 a 16 meses, e o motivo da sua causa é o acúmulo de excesso de vegetação morta, mais umidade e altas temperaturas irá propiciar a ação de um fungo denominado Phitomyces chartarum esse fungo produz uma mico toxinas, está será consumida pelos animais junto as folhas verdes, e irá causar danos aos animais, provocando a fotossensibilização (ALVES et al, 2017).
2.2.1.3 Braquiária Brizanta – Brachiaria brizantha Stapf 
Atualmente se encontra três cultivares diferentes dessa espécie: Marandu, Xaraes e Piatã. A seguir será apresentado características específicas de cada uma delas.
A cultivar Marandu é uma das forrageiras mais utilizadas para pecuária em todo o Brasil, a estimativa é que essa forrageira ocupa 50% das pastagens da região centro-oeste do país. Tem como vantagens a resistência à cigarrinhas, alta resposta a adubação, cobertura do solo, se desenvolve bem em regiões com sombreamento, apresenta bom valor nutritivo e eficaz na produção de sementes. Porém essa forrageira não corresponde ao seu potencial em solos de baixa fertilidade, não possui resistência à solos mal drenados ou extremamente secos (CORREA & SANTOS 2003; ALVES et al, 2017).
Se essa forrageira não for manejada e adubada corretamente levará a degradação e queda de produtividade da mesma. Essa produz média de 12 a 20 t de MS/há/ano, com 9 a 11% de PB, entrada dos animais deve ser realizada com 50-60cm de altura e saída com 25-30cm de altura, o descanso deverá ser de no mínimo 30 dias (ALVES et al, 2017; EUCLIDES et al, 2009; KARIA et al, 2006).
A cultivar Xaraés é uma forrageira mais nova no mercado do que a citada anteriormente que está presente na pecuária a várias décadas e já está consolidada na pecuária brasileira. Essa por sua vez vem ganhando espaço e se destacando através de alguns fatores, como: Boa palatibilidade, maior velocidade de rebrota, e maior produção de forragem o que fornece uma maior capacidade de suporte, possui maior capacidade de adaptação a solos ácidos, secos, inférteis e resistente à cigarrinhas, com altura de 0,75 a 2,1m em forma de touceira, tem uma produção média de sementes em torno de 120kg /há, seu rebrotamento vai de 15 a 60 dias, tem média de 7 a 15% de PB, o plantio e o manejo adotado é semelhante ao da cultivar Marandu (VALLE et al, 2004; ALVES et al,2017).
A cultivar Piatã é uma forrageira nova no mercado assim como a Xaraés. Esse é uma boa opção para diversificação das pastagens apesar de ser semelhante as outras cultivares da espécie, apresenta algumas modificações como produção de forragem de melhor qualidade, maior acúmulo de folhas, maior tolerância a solos mal drenados comparada ao capim-marandu e maior resistência a cigarrinha se comparada ao capim-xaraés. Apresenta crescimento ereto em forma de touceiras a altura varia de 0,85m e 1,10m, produz em média 9,5t/há de matéria seca com teor médio de proteína de 11,3%. (ALVES et al, 2017).
2.2.1.4 Brachiaria humidicola
Essa forrageira também apresenta origem Africana, principalmente de regiões com altas precipitações, é conhecida popularmente como quicuio da Amazônia. (ALVES et al, 2017). Possui hábito decumbente, sua utilização vem se expandindo devido a sua alta produtividade mesmo em solos ácidos e de baixa fertilidade, suporta inundações breves, apresenta boa recuperação após a incidência de queimadas, resistência a cigarrinhas, vendo as características citadas, essa se destaca devido sua rusticidade e fácil adaptações em diferentes regiões até então limitadas para a implantação de outras pastagens (DEMINICIS et al, 2010).
Poderá ser utilizada em pastejo rotacionado ou contínuo, porém devido seu lento crescimento no seu período de estabilização requer um manejo cuidadoso nas primeiras pastagens até a sua consolidação, para a utilização da forrageira se tiver uma alta taxa de lotação ou com maior frequência, leva a uma melhor qualidade da forrageira, porém menor quantidade disponível. A altura média de entrada deve ser de 20 a 30cm e saída de 10cm, o rendimento de MS pode chegar a 20t/há/ano com teor de até 9% de PB (ALVES et al, 2017 & DEMINICIS et al, 2010).
2.2.1.5 Panicum
Originado na África tropical, são plantas perenes, restritas praticamente a regiões bem drenadas, com pouco sombreamento. Devido sua diversidade morfológica e fenológica, a ótima adaptação em climas tropicais e subtropicais e o bom desempenho animal obtido, esse gênero é cada vez mais utilizado em algumas regiões do país (ALVES et al, 2017).
Essa se destaca pela grande produção de MS por unidade de área, boa adaptabilidade, com excelente qualidade da forragem e por ser de fácil estabelecimento, porém se mostra uma baixa flexibilidade se comparada ao brachiaria, pois, apresenta algumas dificuldade e limitações principalmente em relação ao solo, e ao manejo de pastagens (CORRÊA & SANTOS 2003; SILVA 2017).
2.2.1.6 Mombaça
Sua comercialização eclodiu em 1933 pelo CNPGC, esse demonstra alto valor nutritivo, plantas de porte alto e crescimento ereto (ALVES et al, 2017). Apresenta alta produção se for adubada de forma intensiva, é de elevada qualidade, apresenta bom valor alimentício é indicada para a produção de silagem, tem como pontos negativos a não adaptação a solos ácidos e de baixa fertilidade, geralmente não apresenta uniformidade das pastagens, e não é recomendada em porte muito alto (CORRÊA & SANTOS 2003).
Para manter o Mombaça é necessário o investimento na adubação, um nutriente que limita a produção da cultivar é o fósforo, devido a isso, ela é indispensável, porém os outros nutrientes também devem ser aplicados, além disso deverá ser feito um bom manejo, os animais deverão entrar na pastagem quando atingir altura de 85 a 90cm,com saída de 40 a 50cm. O Mombaça é determinada o cultivar mais produtivo e disponível para o produtor pecuarista, essa afirmação se explica pelas seguintes estatísticas: A sua produção de MS gira em torno de 33 até 40t/há, cerca de 81,9% desta forrageira é representada por folhas, a média de PB encontrada nessa cultivar é 12% ( LISTA et al, 2007).
2.2.1.7 Tanzânia
Foi lançado pela EMBRAPA em 1990 e é a cultivar panicum mais semeada atualmente (ALVES et al, 2017), essa cultivar apresenta características semelhantes ao do Mombaça, como bom valor nutritivo e alimentício, resposta eficiente a adubação, apresenta boa resposta ao pastejo rotacionado, porém possui um manejo mais fácil devido a uniformidade de pastagem, aspecto negativo que pode vim a ser citado é que não se adapta a solos ácidos e com baixa fertilidade (CORRÊA & SANTOS, 2003). Sua produção gira em torno de 24 a 38t MS/ha/ano, cerca de 79% desta é representada por folhas, apresentando teor de proteína de 11,7%, o período de descanso para o Tanzânia varia de 28 a 48 dias devido as épocas do ano, a altura de entrada indicada é 70cm e de saída 30cm (CASTRO, 2008; JR. & SILVA, 2017).
2.3 Suplementação mineral
Em muitas regiões tropicais geralmente o gado sob pastejo não recebe a suplementação mineral necessária e acaba dependendo somente das forrageiras para atender todas suas exigências nutricionais, porém as forrageiras de regiões tropicais não são capazes de fornecer a quantidade mineral necessária que o animal exige, devido a isso o uso da suplementação mineral é indispensável (MCDOWEL, 1999). No sistema extensivo os animais são mantidos exclusivamente a pasto a suplementação é feita nos cochos cobertos, a localização deve ser em locais estratégicos e abastecidos regularmente conforme a demanda, a mistura mineral deve estar sempre disponível no cocho, para que o consumo apresente boa eficiência esse deverá ser contínuo (BERCHIELLI et al, 2011; & PIRES 2010).
O sal branco (NaCl) é um importante veículo para a utilização de outros minerais por ser palatável e bem aceito, esse é utilizado na proporção de 30% a 50% da mistura total, portanto deverá ser salientado que a utilização do cloreto de sódio limita o consumo da mistura total, pois o animal ingere o suplemento mineral até satisfazer as necessidades de sódio, quando essa necessidade é suprida o animal perde o apetite e o animal deixa de ingerir a mistura (PRADO & MOREIRA, 2002; PIRES, 2010).
Um dos problemas relacionados ao fornecimento da suplementação mineral em cochos é o consumo variável de animal para animal, isso pode ocorrer devido o impedimento de alguns animais no cocho por questão de hierarquia, o percentual de animais que podem não ter acesso à mistura mineral devido esse fato varia de 8 a 10% do rebanho (PEIXOTO, et al 2005). 
O indicado é que seja estabelecido 4-8 cm lineares de espaço no cocho por cada animal, a disponibilidade deve ser conferida de forma contínua para que a ingestão diária de cloreto de sódio possa chegar a 30g/dia para cada animal adulto. Alguns fatores deverão ser observados para que o consumo seja feito de forma eficiente, tais como: localização do cocho (deve se localizar em áreas sombreadas, próximo a aguadas) e cobertura do cocho (ideal é que todos os cochos sejam tampados para evitar o “empedramento” devido ao sereno ou chuvas, que ocorre porque o sal possui elevada higroscopicidade) (SILVEIRA, 2017).
2.3.1 Função dos minerais no organismo animal 
Esses elementos minerais podem exercer quatro principais funções no organismo do bovino: Estrutural (constituí estruturas nos órgãos e tecidos do corpo como o P e S nas proteínas do músculo); Fisiológica (responsável pelo preção osmótico do balanço acidobásico); Catalítica (exerce papel catalisador nos sistemas enzimáticos e hormonais); Reguladora (replicação e diferenciação celular) (JÚNIOR, 2011). Para vacas lactantes os minerais influenciam principalmente na melhora no desempenho reprodutivo, diminuindo intervalo entre partos e aumentando a taxa de concepção (BARCELOS et al, 2010).
2.4 Principais raças ou grupos genéticos utilizadas no sistema extensivo
2.4.1 zebuínos
Chegaram no Brasil no início do século XX, provenientes da Índia, esses animais se destacaram devido a sua rusticidade e fácil adaptação principalmente as características climáticas encontradas no Brasil, outro benefício é que essa raça pode ser utilizada como animais de dupla aptidão, ou seja, o animal pode atender tanto á produção de leite quanto a produção de carne, porém com menos eficiência que animais específicos para tais exigências, esse grupo genético é o mais utilizado no sistema extensivo, principalmente para o cruzamento com outros animais. As principais raças utilizadas é a gir e guzerá que se destacam, pois atendem as amplas aptidões, o nelore também é utilizado como base zebuína com o intuito de melhorar a venda de bezerros (as), para corte (SANTOS et al, 2007 & COBUCI et al, 2000). 
2.4.2 Mestiços
São animais provenientes de cruzamentos na maioria das vezes de animais Holandeses x Zebuínos, determinados cruzamentos apresentam algumas peculiaridades, pois atendem tanto na produção de leite como eficiência reprodutiva, dessa forma atendendo a demanda do sistema extensivo, que é manter a média de um parto por vaca a cada ano, visando sempre obter lucratividade máxima com a venda de leite e de bezerros, no fim da lactação (BORGES et al, 2015).
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em propriedades que adotam o sistema extensivo para a produção leiteira, deve ocorrer algumas práticas indispensáveis para que essa produção não se torne improdutiva, tais como, escolha correta da forrageira de acordo com suas necessidades nutricionais, e de acordo com o tipo de solo e clima encontrado em determinada região. 
Deverá ocorrer na propriedade correção e adubação do solo, pois, as exigências nutricionais dos animais são fornecidas exclusivamente através das pastagens, se as práticas citadas anteriormente não forem adotadas, os animais vão passar por deficiência nutritiva. É indispensável a utilização da suplementação mineral nesse sistema, porque, as pastagens não fornecem o suporte mineral necessário, para os animais, e na falta do mineral, algumas deficiências serão apresentadas pelos animais que irão ser submetidos pelo sistema extensivo.
A maioria dos animais provém de animais zebuínos, ou de cruzamentos com alto grau de sangue zebu, a maioria dos animais utilizados são SRD, no entanto não apresentam boa produtividade para leite e carne como animais específicos para cada aptidão. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADILSON, DE; P., A., A.; Produção de leite a pasto. Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/sistemas-de-producao/producao-de-leite-a-pasto-16792n.aspx Acesso em: 30 de nov. 2017
ALVES, S. J.; MORAES; DE A.; CANTO, I.; S.; EMBRAPA. Espécies forrageiras recomendadas para produção animal: História.2017. Disponível em: <http://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/zootecnia/ANACLAUDIARUGGIERI/especies_forrageiras.pdf>. Acesso em: 03 nov. 2017.
BERCHIELLI, T., T. ; PIRES, A. V.; OLIVEIRA, S. G. de. Nutrição de ruminantes. Local: Jaboticabal: Funep, 2006. 583 p.
CASTRO, G.; H.; DE F.; Silagens de capim tanzânia (panicum maximum cv tanzânia) em diferentes idades. Disponível em: file:///C:/Users/Cadu/Downloads/silagens_de_capim_tanzania_panicum_maximum_cv_tanzania_em_diferentes_.pdf
CORRÊA, L.; de A.; S.; SANTOS, P., M., Manejo e utilização de plantas forrageiras dos gêneros Panicum, Brachiaria e Cynodon: História. 2003.
DA SILVA, V.; C.; LANA, P.; de R.; CAMPOS, S.; de M.; J.; QUEIROZ, de C.; A.; LEÃO, I.; M.; ABREU, de C.; D.; Consumo, digestibilidade aparente dos nutrientes e desempenho de vacas leiteiras em pastejo com dietas com diversos níveis de concentrado e proteína bruta: História. 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbz/v38n7/v38n7a29.pdf Acesso em: 02 nov. 2017.
DEMINICIS, B. B. et al. Brachiaria humidicola (Rendle) Schweick em diferentesidades de rebrota submetida a doses de nitrogênio e potássio: História. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-70542010000500006>. Acesso em: 04 nov. 2017.
DO VALLE, C., B., EUCLIDES, V. P. B., PEREIRA, J. M.; VALÉRIO, J.R.; PAGLIARNI, M. S., MACEDO, M.; C.; M.; LEITE, G.; G.; LOURENÇO, A. J.; FERNANDES, C.; D.; DIAS FILHO, M. B.; LEMPP, B.; POTT, A.; SOUZA, M. A. de. O capim-xaraés (Brachiaria brizantha cv. Xaraés) na diversificação de pastagens de braquiária.: História. 2004. Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/326133/o-capim-xaraes-brachiaria-brizantha-cv-xaraes-na-diversificacao-de-pastagens-de-braquiaria>. Acesso em: 03 nov. 2017.
GOMIDE, J.; A.; Wendling; J.; I.; BRAS; P.; S.; QUADROS B.; H.;. Consumo e Produção de Leite de Vacas Mestiças em Pastagem de Brachiaria decumbens Manejada sob Duas Ofertas Diárias de Forragem: História. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbz/v30n4/6024.pdf>. Acesso em: 27 out. 2017.
JÚNIOR, D. do., N. ; DA SILVA, S. C.. A altura é que controla a entrada dos animais no pasto. 2017. Disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/37976/1/Documentos34-0.pdf>. Acesso em: 04 nov. 2017.
KARIA, C. T.;  Desenvolvimento deCultivares do GêneroBrachiaria (trin.) Griseb. no Brasil: História. 2006. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/260952279_Desenvolvimento_de_cultivares_do_genero_Brachiaria_trin_Griseb_no_Brasil>. Acesso em: 04 nov. 2017.
LISTA. N.F.; SILVA. Da. C.F.J.; VÁSQUEZ. M. H., DETMANN. E., DOMINGUES. N.,F., FEROLLA. S.F.,  Avaliação de métodos de amostragem qualitativa em pastagens tropicais manejadas em sistema rotacionado : História. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-35982007000600026>. Acesso em: 07 nov. 2017.
PIRES, V. A. Bovinocultura de corte. Local: Piracicaba São Paulo: FEALQ, 2010. 760 p.
QUEIROZ, D. S. et al. Espécies forrageiras para produção de leite em solos de várzea: História. 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbz/v41n2/a06v41n2.pdf>. Acesso em: 27 out. 2017.
RAMARI, C.; E.; PAULINO, V.; T.; Forrageiras para gado leiteiro: História. 2009. Disponível em: <http://www.iz.sp.gov.br/pdfs/1256134105.pdf>. Acesso em: 02 nov. 2017.
SEIFFERT, N., F., Gramíneas forrageira do gênero brachiaria: História. 1980. Disponível em: <http://docsagencia.cnptia.embrapa.br/bovinodecorte/ct/ct01/ct01.pdf>. Acesso em: 03 nov. 2017

Outros materiais