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Fichamento A ERA PROGRESSISTA 1900 1920 – Leandro Karnal

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Fichamento: A ERA PROGRESSISTA - 1900-1920 – Leandro Karnal
Estados Unidos entrou no século XX como o maior poder econômico no mundo e sua produção cada vez mais controlada por grandes monopólios consegue ser maior que a das velhas potências europeias.
Com uma imigração massiva nas duas últimas décadas, elevou sua população consolidando grandes metrópoles como Nova York, Chicago e Filadélfia. Um governo expansionista, aliado à elites econômicas, visando ao controle de novos territórios no Caribe, América Central e Oceano Pacífico.
Baseado no Darwinismo social em que o poder político e econômico apontava para os mais aptos da sociedade. Uma segregação formal e informal da população negra e políticas discriminatórias contra a população indígena, latino-americana e imigrantes, justificadas por essa ideologia de superioridade.
-> Surgiram movimentos variados como feministas, planejadores urbanos, religiosos, sindicalistas, socialistas, criticando a miséria das cidades grandes e a concentração da riqueza nas mãos dos industriais e grandes proprietários.
-> Simpatizantes das reivindicações ou temerosos de mais agitação e desordem social, setores da classe média, profissionais liberais e alguns políticos e jornalistas, denunciaram escândalos econômicos e injustiças sociais, solicitando mudanças no aspecto social, econômico e político do país.
Em resposta o governo implantou leis para aliviar esses abusos mais extremados. É a Época Progressista onde várias campanhas surgiram para defender um Estado Atuante e com consciência Social poderia garantir a justiça social e manter a ordem num país em franca mudança.
CAPITALISMO MONOPOLISTA E TRABALHO
- Após a Guerra Civil, a economia agrícola, defendida pelo sul, foi substituída pelo mundo industrial do carvão, aço e vapor. 
- Pequenas firmas foram substituídas por complexos industriais, aproveitando a disponibilidade de matéria-prima, mão de obra barata e disponível, inovações tecnológicas, crescente mercado consumidor, políticas estatais favoráveis à transformação de uma Nação industrial.
- Aumento da extensão das ferrovias, abrindo áreas à agricultura, ao comércio nacional e avanço na mineração de carvão e produção e aço.
- Mercado financeiro consolidado com grandes bancos e financeiras no país
- A Eletricidade, aço, motores a vapor e o automóvel revolucionaram as técnicas de produção e o transporte.
Mas, os salários em 1900 eram muito mais baixos que o adequado para se manter um padrão de vida razoável. Os benefícios não existiam, a estabilidade nos empregos não existia e os arrochos salariais eram constantes. A jornada de trabalho de dez horas causava doenças e acidentes de trabalho. Mulheres e crianças eram preferidas por receberem salários menores que os pagos aos homens.
A política da principal central sindical – A FEDERAÇÃO DO TRABALHO AMERICANO (AFL), preocupava-se em organizar apenas a elite da classe trabalhadora e com reformas moderadas na condição de trabalho e salários.
=> A divisão ideológica entre brancos e negros, nativos e imigrantes, homens e mulheres dificultavam a organização sindical. 
=> A pressão sobre os trabalhadores era exercida com a contratação imigrantes, negros, mulheres e crianças, que representavam mão de obra barata.
Essas divergências minavam uma organização sindical mais abrangente e efetiva com, greves, manifestações e mobilizações. Houve exceções como nas minas da Virgínia Oeste.
IMIGRANTES E O SONHO DE FAZER A AMÉRICA
O crescimento dos Estados Unidos dependia de muita mão de obra e no período de 1865 a 1915, a entrada de imigrantes foi massiva. Em 1890 a maioria da população urbana era formada de imigrantes, o que acarretou no surgimento de bairros étnicos com estruturas semelhantes ao seu país de origem.
Em 1900 raça significava supostas diferenças biológicas e culturais e esse conceito foi utilizado para explicar a desigualdade social e econômica entre os povos. 
. Nessa época surgiram várias tradições americanas, como o juramento de fidelidade à nação, ficar de pé na execução do Hino Nacional e comemoração do dia da Bandeira. 
. Apesar disso, não foram criadas leis contra a imigração, pois a necessidade de mão de obra suplantou as demais.
. Para evitar as discriminações, imigrantes adaptavam seus costumes, dieta e língua ao padrão estadunidense.
. Vários imigrantes se engajaram em grupos que lutavam por alternativas políticas como o socialismo e o anarquismo.
RACISMO E A GRANDE MIGRAÇÃO DE AFRO-AMERICANOS
No Sul dos Estados Unidos, ex-escravista, na década de 1890, crescia um novo sistema de subordinação racial. Os negros perdem direito ao voto e eram socialmente segregados, sem poder conviver com os brancos em espaços públicos. Ambientes de negros e brancos eram separados nas instituições. 
Tudo isso, aliados ao cultivos ruins em alguns anos, direcionou a migração dos negros para o Norte dos Estados Unidos, onde a indústria oferecia melhores condições de salários e vida. Entretanto, a vida no Norte também não era fácil, pois ideias de racistas estavam bem implantadas na cultura dominante.
O JAZZ E O BLUES 
Mas muitos negros criaram famílias estáveis e construíram espaços sociais e culturais estáveis, com linguagens musicais dinâmicas e criativas como o Jazz e o Blues. O Blues misturou ritmos e melodias africanos e europeus, tendo a pobreza como tema principal nas músicas. A ferrovia era utilizada como válvula de escape.
O IMPULSO PROGRESSISTA E SEUS CRÍTICOS
Na Era Progressista surgiram várias correntes e movimentos intelectuais, sociais, culturais e políticos, afirmando a gerencia estatal era necessária para construção de um mundo melhor e prevenis conflitos sociais.
OS WOBBLIES
A mais penetrante crítica ao capitalismo foi feita pelo movimento socialista. Em 1905, socialistas, anarquistas e sindicalistas radicais fundaram o Trabalhadores Industriais do Mundo (Industrial Workers of the World – IWW) como alternativa a AFL (American Federation of Labor – Federação do Trabalho Americano). Organizavam os trabalhadores independentes do sexo, etnia e qualificação.
Os Wobblies sofreram violenta repressão do Estado e dos patrões e milhares de militantes foram presos, espancados e assassinados pelas polícias, milícias e vigilantes.
O PARTIDO SOCIALISTA DA AMÉRICA (SPA)
Foi o partido socialista que mais influência teve nos Estados Unidos, ante da Primeira Guerra Mundial. Misturava ideias marxistas com a necessidade d acabar com a propriedade privada e com bandeiras de democracia social. Seu programa de nacionalização das ferrovias e bancos, criação do seguro desemprego, diminuição da jornada de trabalho, salário mínimo e imposto de renda mais justo. Entre as ativistas mais populares do partido estava a cega, surda e muda Kate Richards O’Hara, famosa por sua atuação pelos direitos dos deficientes.
ALTERNATIVOS
A crítica à exemplo ração capitalista no período esteve presente nos meios artísticos, quando várias obras foram escritas denunciando as condições de trabalho e a situação das classes mais baixas do país.
A comunidade Gay defendia a liberdade sexual entre os jovens.
O jornalista John Reed escreveu sobre a Revolução Russa. 
FEMINITAS
Embora socialista e sindicalistas radicais fossem importantes nesse período, o impulso foi mais amplo. Diversos movimentos feministas defendiam o direito da mulher como cidadã antes de seu papel secundário como mulher, mãe, irmã e filha.
Porém, a tendência feminista dominante na época aceitava ideias discriminatória de raças.
CIDADÃOS
Movimentos de Reforma Urbana e Política. Esse período testemunhou a consolidação do Estado-Nação, seus órgão reguladores e leis governando a conduta das relações de trabalho, comportamento empresarial e política financeira. 
=> O movimento progressista reconhecia que somente o Estado poderia alcançar as reformas essenciais. Theodore Roosevelt (1904-1908), William Taft (1908-1912) e Woodrow Wilson (1912-1916 e 1916-1920) formularam as regras básicas de comportamento industrial. Benefícios trabalhistas foram concedidos,comprovando que somente uma mobilização política podia forçar o governo a tomar um papel ativo na defesa dos interesses das pessoas comuns. 
Há bastante evidência de que as reformas do período serviram tanto aos interesses do povo comum, quanto aos da classe empresarial, preocupada com recessões econômicas, conflitos sociais e popularidade crescente do socialismo.
O CADINHO DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
O principal desejo dos diversos movimentos progressistas – um Estado Nacional intervencionista foi realizado na Primeira Guerra Mundial, quando os Estados Unidos entraram na guerra em 1917. Seria uma guerra pela democracia e liberdade. A linguagem de liberdade já tinha sido usada pelos Estados Unidos nas suas campanhas imperialistas nas Américas e no Pacífico, com uma linguagem cheia de noções de superioridade da raça anglo-saxônica e inferioridade dos latino-americanos e asiáticos, bem como da necessidade de conquista de novos mercados e matérias-primas. Os países eram controlados pela cooptação das elites e forças armadas e da influência econômica dos Estados Unidos.
Trabalhando na indústria de guerra, muitas mulheres ganharam sua porção de liberdade e o sufrágio foi estendido nessa época.
Para manter a paz no ambiente industrial, o governo encorajou aumentos salariais e melhorias nas condições de trabalho.
A preocupação com a crescente popularidade socialista desencadeou em 1918-1919 a mais intensa repressão da história estadunidense, a chamada “Caça aos Vermelhos”. A liberdade de expressão foi restringida, jornais foram censurados. Vários imigrantes radicais foram deportados. A mídia, a igreja e autoridades universitárias denunciavam qualquer tipo de ideia alternativa. A IWW e as principais greves foram esmagadas pelos patrões que colaboraram com o governo. O direito civil dos Afro-Americanos foram atacados, aumentando o número de linchamentos. Mas também deixaram de só apanhar e reagiram.
Os problemas econômicos, os conflitos sociais e raciais e o ambiente repressivo de 1918-1920 puseram fim ao idealismo da era progressista, inaugurando uma sensação geral de desilusão e um dos períodos mais conservadores da história do país.
A Ku Klux Klan começou a atuar pela segunda vez nos Estados Unidos na década de 1920, com oposição aos católico e Judeus.

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