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Livro do professor Livro de atividades A América no século XIX 21 16 Imperialismo: África e Ásia 14 15 Europa: movimentos do século XIX 814 13 Europa: ideologias do século XIX 2 História 8 o. ano Volume 4 © Gl ow Im ag es /ip A rc hi ve 2 Livro de atividades A Europa foi palco de grandes transformações no século XVIII. Os efeitos da Revolução Industrial e do Ilu- minismo trouxeram mudanças no cotidiano dos europeus. Na tentativa de compreender essa nova realidade, surgiram, no século XIX, diferentes ideologias que propuseram novos olhares sobre os padrões sociais, econô- micos e filosóficos da época. Liberalismo O liberalismo é uma ideologia que surgiu no século XIX com a finalidade de compreender o capitalismo e seus mecanismos de funcionamento nas sociedades. O liberalismo pode ser dividido em dois campos: O liberalismo configurou-se com base nas ideias do economista escocês Adam Smith (1723-1790), compi- ladas na obra A riqueza das nações (1776). Relembre algumas características do liberalismo proposto por Adam Smith. Liberalismo 13 Europa: ideologias do século XIX Econômico Thomas Malthus (1766-1834) Defendia uma economia com pouca intervenção do Estado. Defendia o controle do Estado sobre o crescimento populacional, pois o número de pessoas aumentava em maior proporção que a produção alimentícia. Sem tal controle, acreditava que haveria um colapso na produção mundial de alimentos. Político Propunha a divisão dos poderes do Estado e era contrário à centralização do poder. Socialismo O socialismo surgiu com o objetivo de tecer críticas à economia liberal, propondo mudanças voltadas para uma divisão igualitária das riquezas. As ideias socialistas foram defendidas por dois grupos: os socialistas utópi- cos e os socialistas científicos (marxistas). Liberdade econômica Mercado Estado Não interviria diretamente na economia, mas asseguraria os direitos à propriedade, à segurança e à educação. Deveria ser autorregulado pela lei da oferta e da procura. Por isso, a importância de se preva- lecer a livre concorrência. O governo não deveria interferir na produção, no preço e na quali- dade das mercadorias, deixando- -os a cargo das empresas. 3 História – 8o. ano – Volume 4 Robert Owen Acreditava que uma sociedade igualitária somente seria possível com relações de trabalho justas. Em sua fábrica de tecidos, implantou melhorias, como o aumento dos salários dos empregados, a criação de um sistema de assistência social, a proibição da contratação de menores de 10 anos e a redução da jornada de trabalho. Criou uma comunidade para expandir seu projeto, sem sucesso. Charles Fourier Saint-Simon Idealizava uma sociedade pautada no cooperativismo. Nos falanstérios (comunidades), cada indivíduo trabalharia conforme suas habilidades e vocações. As riquezas produzidas seriam divididas por todos. Imaginava uma sociedade governada por cientistas e empresários. Nela, a riqueza produ- zida seria distribuída de maneira igualitária, reduzindo assim a injustiça social. Socialismo utópico Os socialistas utópicos receberam essa denominação por apresentarem propostas de organização social mais igualitárias. No entanto, não apontaram especificamente como elas poderiam ser aplicadas na realidade (com exceção de Robert Owen). Socialismo científico Diferentemente do socialismo utópico, o socialismo científico se desenvolveu com os estudos em economia e história. O surgimento dessa ideologia foi marcado pela publicação da obra Manifesto do Partido Comunista (1848), de Karl Marx e Friedrich Engels. Para a constituição de uma sociedade igualitária, Marx e Engels propuseram uma revolução, que se desen- volveria em duas etapas: Karl Marx e Friedrich Engels Capitalismo: alegavam que esse sistema era uma forma de exploração da classe operária ou proletária. Luta de classes: acreditavam que os principais acontecimentos históricos foram motivados por fatores socioeconômicos, marcados pelo antagonismo entre pessoas de grupos sociais distintos. Mais-valia: afirmavam que o valor recebido pelo empregado, referente à força de trabalho e ao tempo para a realização dele, não era justo em relação ao lucro obtido. MOCZNAY, Hans. Karl Marx e Friedrich Engels. 1 pintura, color. Museu Histórico Alemão, Berlim. Anarquismo No século XIX, o anarquismo surgiu como ideologia política. Os anarquistas defendiam uma sociedade livre de autoridades e, por isso, posicionavam-se contra o Estado e as leis, que eram vistos como meios de opressão da população. 1.ª) Ditadura do proletariado: • Trabalhadores no governo. • Abolição da propriedade privada dos meios de produção. 2.ª) Comunismo: • Abolição do Estado e de todas as propriedades privadas. • Divisão igualitária da riqueza e dos bens produzidos. © M us eu H ist ór ic o Al em ão , B er lim 4 Livro de atividades Congresso de Viena (1814-1815) Princípio da Legitimidade Dinastias destituídas do poder por Napoleão Bonaparte voltariam a governar. As fronteiras políticas deveriam voltar a ser como eram antes das campanhas napoleônicas. Diferentes populações subjugadas a uma mesma unidade nacional. Entre os principais anarquistas, estão: NADAR, Félix. Pierre-Joseph Proudhon. 1862. 1 fotografia, p&b, 22,5 cm × 16,7 cm. Museu J. Paul Getty, Los Angeles. NADAR, Félix. Mikhail Bakunin. [1860]. 1 fotografia, p&b. Biblioteca Pública de Nova Iorque, Nova Iorque. Nacionalismo Durante a segunda metade do século XIX, a instabilidade política e o aumento de revoltas populares fo- mentaram o desenvolvimento de ideias nacionalistas. O nacionalismo instigava um sentimento de unidade entre aqueles que se encontravam sob um mesmo governo ou que compartilhavam de determinados vínculos culturais, como a etnia ou a língua. Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865) Mikhail Bakunin (1814-1876) • Autor da obra O que é a propriedade? (1840). • Defendia o cooperativismo como sistema de trabalho e o estabelecimento de uma sociedade sem classes sociais. • Declarava-se contrário à manutenção de grandes propriedades no campo e à maneira como os lucros eram apropriados pelos donos das fábricas. • Acreditava que a transição para esse modelo de sociedade poderia ser rea- lizada de maneira pacífica, sem a necessidade de revolução. • Principal representante do anarquismo radical. • Declarava-se contrário à ditadura do proletariado proposta pelo socialismo científico. • Opunha-se ao estabelecimento de qualquer tipo de governo. • Defendia a passagem direta para uma sociedade livre de governo estatal, por meio de uma luta armada. • Pregava a ampliação da luta anarquista por intermédio dos sindicatos, sendo o fundador das bases do anarcossindicalismo. Doutrina Social da Igreja • Os movimentos ideológicos do século XIX criticaram arduamente o não posicionamento da Igreja Católica em relação ao sistema capitalista e à exploração dos trabalhadores. • Em resposta, a Igreja posicionou-se pedindo aos patrões que baseassem suas relações de trabalho nos prin- cípios básicos do cristianismo, de empatia e de amor ao próximo. • Em relação ao socialismo, a Igreja manifestou-se contrária, pois defendia a manutenção da propriedade privada. © W ik im ed ia C om m on s/ Fé lix N ad ar © Th e J. Pa ul G et ty M us eu m , L os A ng el es 5 História – 8o. ano – Volume 4 1. Durante o século XIX, na Europa, os sistemas políticos e econômicos instituídos foram objeto de reflexão de diversas ideologias. Pode-se afirmar que tais reflexões foram decorrentes X a) dos problemas acarretados pela rápida industrialização. b) do fortalecimento da nobreza. c) do êxodo urbano e do crescimento da agricultura. d) da expansão do cooperativismo artesanal. e) do enriquecimento do proletariado. 2. Influenciado pelas ideias iluministas, o liberalismo surgiu como uma teoria que buscava, acima de tudo, a liberdade econômica. Assinale a alternativa que nãocorresponde a uma característica dessa doutrina. a) Livre concorrência e autorregulação da economia. b) Aumento da produção de acordo com as necessidades do mercado. c) Mínima intervenção do governo na economia. d) Garantia da segurança e dos direitos dos indivíduos por parte do Estado. X e) Apoio ao Estado absolutista. 3. Analise o trecho de texto. Atividades Em uma economia baseada na propriedade privada e na livre-iniciativa, os agentes econômicos, indivíduos e empresas, preocupam-se em resolver isoladamente seus próprios problemas, tentando sobreviver na concorrência imposta pelos mercados. NOGAMI, Otto. Economia. Curitiba: Iesde Brasil, 2012. p. 82. De acordo com o texto e seus conhecimentos, responda às questões a seguir. a) A qual característica do liberalismo o texto se refere? O trecho se refere à ideia da livre concorrência. b) Segundo os princípios do liberalismo, de que maneira esse sistema econômico resolveria isolada- mente os seus problemas? Os teóricos do liberalismo defendiam que a livre concorrência obrigaria os empresários a buscar, de modo constante, a máxima qualidade de seus produtos para aumentar as vendas e, consequentemente, a produção, baseando-se na ideia da lei da oferta e da procura. 4. Relacione os conceitos. a) Ideologia b) Burguesia c) Revolução d) Proletariado ( c ) Mudança ou transformação radical de um modelo já estabelecido, poden- do ser de cunho político, cultural, social, econômico ou religioso. ( b ) Grupo social que surgiu na Idade Média e passou a ser detentor dos meios de produção. ( d ) Grupo social formado por trabalhadores que executam determinado ofí- cio em troca de salários. ( a ) Doutrina ou ideário de uma pessoa ou de um determinado grupo de indivíduos. 6 Livro de atividades 5. Leia o trecho de texto a seguir. [...] Ou seja, assim como da alquimia se passou à química e da astrologia à astronomia, assim tam- bém é possível passar do socialismo utópico ao socialismo científico. O socialismo utópico é uma sabe- doria afetiva e parcial, o socialismo científico é o amadurecimento racional de sua prática política. [...] – Adam Smith (escocês), em sua obra A riqueza das nações, afirmava que a única fonte de riqueza era o trabalho, e não a terra. – A ideia central da doutrina de Karl Marx (alemão) é que a “história das sociedades humanas é a história da luta de classes”. – Thomas Malthus (inglês), em sua obra Ensaio sobre o princípio da população, escreveu que a natureza impõe limites ao progresso material, já que a população cresce em progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos aumenta em progressão aritmética. Os ideólogos dessa corrente acreditavam que os marxistas, após terem derrotado o capitalismo e tomado o poder, se tornariam os novos exploradores do proletariado. Uma vez conquistado o poder, eles se transformariam em uma minoria privilegiada de ex-trabalhadores que, com poder nas mãos, passariam a representar a si mesmos e a defender seus direitos a governar o povo. Para esses ideólo- gos, o Estado deveria ser destruído pelos trabalhadores imediatamente após a revolução proletária. SOUSA, Cidoval M. de. Um convite à utopia. Campina Grande: EDUEPB, 2016. p. 42. Com base na leitura do texto e em seus estudos, analise as afirmativas e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s). ( V ) A comparação da transição do socialismo utópico para o científico com a passagem da astro- logia para a astronomia pode ser justificada pelo fato de aquela ideologia não se basear em princípios científicos. ( F ) Karl Marx e Friedrich Engels, considerados os representantes do socialismo utópico, produzi- ram teorias totalmente contrárias ao socialismo científico. ( F ) O socialismo utópico é uma ideologia pautada em métodos de análise historiográficos. ( V ) Diferentemente do socialismo utópico, o socialismo científico baseou-se em estudos científi- cos e pode ser considerado uma evolução daquele. 6. (MACKENZIE – SP) Adaptado – Flavio de Campos e Renan Garcia Miranda O texto apresenta algumas principais preocupações dos: a) socialistas. b) sociais-democratas. X c) anarquistas. d) cartistas. e) socialistas utópicos. 7. (ESPCEX – SP) Observe as ideias de três pensadores da Idade Moderna. Pode-se afirmar que: a) os três pensadores defendem o liberalismo clássico. b) as três ideias propõem a ditadura do proletariado. c) Adam Smith propõe o liberalismo clássico, Thomas Malthus e Karl Marx, o socialismo utópico. 7 História – 8o. ano – Volume 4 Frase 1: “A riqueza de uma nação se mede pela riqueza do povo e não pela riqueza dos príncipes.” Frase 2: “A anarquia é a ordem.” Frase 3: “As revoluções são a locomotiva da História.” (Adam Smith) Da ni el K le in . 2 01 9. D ig ita l. (Pierre-Joseph Proudhon) (Karl Marx) ni el Kl ei n 20 19 Di gi ta l Da n X d) Thomas Malthus e Adam Smith defendem o pensamento liberal clássico e Karl Marx foi um dos autores do socialismo científico. e) Karl Marx e Adam Smith são considerados anarquistas, e Thomas Malthus, socialista utópico. 8. Neste capítulo, você estudou alguns pensadores do século XIX. Observe, a seguir, uma caricatura que ilustra um encontro imaginário entre Adam Smith, Karl Marx e Pierre-Joseph Proudhon (da esquerda para a direita). Em seguida, complete os balões de diálogos com as frases que se adequam às ideias de cada um dos pensadores representados. 9. (FGV – SP) Entre 1814-1815, representantes das nações europeias reuniram-se no chamado Con- gresso de Viena. As principais discussões desses encontros giraram em torno: a) Da adoção do Código Napoleônico por todos os Estados europeus, como forma de modernizar as instituições sociais e adequá-las ao desenvolvimento capitalista do período. b) Da reorganização da Europa após as guerras napoleônicas, procurando garantir à burguesia os avanços conquistados após anos de revoluções. X c) Da definição de fronteiras e governantes europeus a partir da ideia de legitimidade, isto é, a res- tauração do poder e das divisões territoriais anteriores à Revolução Francesa. d) Da necessidade de banir definitivamente os princípios fundamentais do Antigo Regime, tais como a desigualdade jurídica, a dominação aristocrática e o absolutismo. e) Da implementação do Parlamentarismo como a única forma de garantir a dominação aristocrá- tica e a restauração das dinastias destronadas pelas revoluções. 10. Sobre a Doutrina Social da Igreja no século XIX, assinale a alternativa correta. a) Questionou a ordem social estabelecida. X b) Posicionou-se a favor da manutenção da propriedade privada. c) Manifestou-se contra as organizações de trabalhadores voltadas à defesa dos seus direitos. d) Pregou os princípios básicos do cristianismo como forma de apoio ao socialismo. e) Não se posicionou quanto à situação do operariado. As revoluções são a locomotiva da História. A anarquia é a ordem. A riqueza de uma nação se mede pela riqueza do povo e não pela riqueza dos príncipes. 8 Livro de atividades Europa: movimentos do século XIX 14 As ideias emergentes no século XIX que criticavam o modelo econômico estabelecido pelo sistema capita- lista serviram de base para os movimentos sociais que eclodiram na época. Assim, essas ideias foram responsá- veis por profundas mudanças no contexto social e político europeu. Movimento operário Segunda Internacional (1889) Com forte atuação de Friedrich Engels, a Segunda Internacional teve uma pos- tura moderada, porém sem a participação ativa dos anarquistas, que estavam voltados para o anarcossindicalismo. As divergências de ideias foram novamente a razão para o encerramento do movimento, em 1914. Primeira Internacional (1864) Fundada em Londres e liderada por Karl Marx, teve poucos avanços na luta pelos direitos trabalhistas. Foi dissolvida em 1876, por conta da divergência de ideias entre seus membros, principalmente anarquistas e socialistas. • Ludismo: movimentoorganizado por Ned Ludd, em 1779, em que operários destruíram máquinas como forma de protestar contra o desemprego e as condições precárias de trabalho. • Cartismo: movimento que lutava para que as reivindicações dos trabalhadores fossem ouvidas no Parlamento inglês, onde seriam votadas medidas para reverter a situação nas fábricas. • Sindicalismo: unia operários que trabalhavam em um mesmo ofício para lutar por melhores condições de trabalho em suas áreas. A difusão das ideias socialistas e anarquistas fortaleceu os movimentos operários na Europa durante o século XIX. Nesse contexto, surgiram as Associações Internacionais dos Trabalhadores, que pretendiam reunir as ideias socialistas e anarquistas em prol dos movimentos operários em diversos países. O fortalecimento da industrialização contribuiu para a con- solidação do capitalismo industrial e para a ascensão do proletariado como grupo social. A imposição de extensivas horas de trabalho, com precário acesso à alimentação e à saúde, ocasionou o fortalecimento de movimentos que reivindicavam melhores condições trabalhistas. THE ANARCHIST riot in Chicago – a dynamite bomb exploding among the police. Harper’s Weekly, v. 30, p. 312-313, 16 May 1886. © Fo to ar en a/ Al bu m /a kg /N or th W in d Pi ct ur e Ar ch iv es 9 História – 8o. ano – Volume 4 Revoluções de 1830 O fim da Era Napoleônica e os decretos do Congresso de Viena em 1815 foram responsáveis por alterações no panorama político francês no século XIX. Na década de 1830, os franceses deram início a um movimento que se espalhou por diversos locais da Europa. Observe, no esquema a seguir, o contexto desse movimento na França. O governo do rei Luís Filipe teve caráter liberal e favoreceu as camadas mais altas da sociedade, o que desencadeou a oposição da população. A crise na produção agrícola entre 1845 e 1846 aumentou a insatisfação popular. Revoluções de 1848 Os resultados na Revolução de 1830 não colocaram fim aos questionamentos da sociedade francesa em relação ao absolutismo. Dessa forma, os franceses permaneceram insatisfeitos com o modelo governamental a eles imposto. Revolução de 1830 Consequências • Renúncia de Carlos X, após a Revolução dos Três Dias Gloriosos (27, 28 e 29 de julho), em 1830. • Luís Filipe, o Rei Cidadão ou o Rei Burguês, assumiu o trono e adotou políticas liberais. • A postura dos franceses em relação ao Congresso de Viena impulsionou outros movimentos contra as determinações desse congresso. Antecedentes • Restauração da monarquia na França pelo Congresso de Viena (1815). • Ascensão da dinastia Bourbon. • Insatisfação com o reinado de Carlos X, que instaurou um governo com poder centralizado, que havia deixado de existir desde a Revolução de 1789. Segunda República: • Instituição de um governo provisório, liderado pelo liberal Lamartine e pelos socialistas Ledru-Rollin e Louis Blanc. • Criação de uma nova constituição em 1848. • O Poder Legislativo seria composto de membros da assembleia, eleitos por sufrágio universal. • O governo seria realizado por um presidente eleito para um mandato de quatro anos. • Eleição de Luís Bonaparte como presidente. • Realização de um golpe de Estado por Bonaparte, em 1851, e implantação do Segundo Império. Re vo lu çã o de 1 84 8 Oposição à monarquia de Luís Filipe. Abdicação do rei Luís Filipe em 1848 e início da Segunda República. Guarda Nacional se aliou aos revoltosos. Socialistas lutaram contra o voto censitário e os gastos excessivos da monarquia. Republicanos. 10 Livro de atividades A Primavera dos Povos • Criação da Confederação Germânica após o Congresso de Viena (1815). • Início dos conflitos entre Prússia e Áustria, em 1834, que desejavam liderar a unificação dos estados germânicos. • Início da campanha de unificação pelo primeiro-ministro prussiano Otto von Bismarck, em 1862. • Unificação da região norte dos Estados Germânicos, em 1862. • Tentativa de unificação dos Estados do Sul por parte dos prussianos, a partir de 1862. • Início da Guerra Franco-Prussiana, em 1870, com a vitó- ria da Prússia. • Conclusão da unificação alemã em 1871, por Guilherme I. Alemanha • Divisão da Península Itálica em sete reinos após o Congresso de Viena (1815). • Início da luta pela unificação dos Estados do Nor- te, comandada pelo rei Vítor Emanuel em 1852. • Início da luta pela unificação do Reino das Duas Sicílias e Nápoles (Reinos do Sul), comandada por Giuseppe Garibaldi em 1852. • Início da disputa entre o Estado Italiano e a Igreja Católica pela região central da península (Questão Romana), em 1871. • Conclusão da unificação italiana, em 1870. Con- tudo, a Igreja Católica só reconheceu o Estado Italiano em 1929. Itália REVOLTA de 19 de março de 1848 em Berlim. [ca. 1848-1850]. 1 litografia. Comuna de Paris Na tentativa de barrar o desenvolvimento de outras potências europeias, Napoleão III se envolveu em um conflito com a Prússia. Com a derrota, o imperador foi deposto e houve a primeira tentativa de implantação de um governo socialista na França. Unificação da Itália e da Alemanha No mesmo contexto em que ocorriam as revoluções liberais e socialistas na Europa, o nacionalismo influen- ciava o processo de unificação da Itália e o da Alemanha. As revoluções que contestavam o abso- lutismo se espalharam por toda a Europa, ao mesmo tempo em que as ideias socialistas e as reivindicações operárias ganhavam força. De modo geral, esses levantes aconteceram na primavera; por isso, ficaram conhecidos como Primavera dos Povos. Os movimentos revolucionários atingiram territórios onde hoje se localizam Alemanha, Áustria, Itália, República Tcheca, Eslováquia, Hungria, Po- lônia, Sérvia, Montenegro, Romênia, Bélgica, Suíça e Dinamarca. No entanto, esses movi- mentos foram reprimidos. Guerra Franco- -Prussiana (1870-1871) Governo provisório de Adolphe Thiers Estabelecimento de um governo socialista em Paris Deposição de Napoleão III (1870) Criação do Conselho da Comuna (1871) Conflito armado entre a Comuna e os soldados de Thiers Derrota da Comuna de Paris em maio de 1871 © W ik im ed ia C om m on s 11 História – 8o. ano – Volume 4 1. O texto a seguir, do historiador Eric Hobsbawm, trata do nascimento do sentimento de classe entre os operários no início do século XIX. Atividades Os proletários não se mantinham unidos pelo simples fato de serem pobres e estarem num mes- mo lugar, mas pelo fato de que trabalhar junto e em grande número, colaborando uns com os outros numa mesma tarefa e apoiando-se mutuamente, constituía sua própria vida. A solidariedade inque- brantável era sua única arma, pois somente assim eles poderiam demonstrar seu modesto, mas deci- sivo, ser coletivo. “Não ser furador de greve” [...] era – e continuou sendo – o primeiro mandamento de seu código moral; aquele que deixasse de ser solidário tornava-se o Judas de sua comunidade. HOBSBAWM, Eric. A era das revoluções: 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977. p. 295. De acordo com Hobsbawm, a luta do proletariado se fortalecia com a união dos membros dessa classe, que foi decorrente: a) do fato de os operários serem pobres e viverem em um mesmo lugar. b) dos princípios religiosos da classe operária, que condenava atitudes de traidores como Judas. X c) do sentimento de lealdade e solidariedade, derivado do trabalho e da vida que era comum aos operários. d) da consciência do poder político dos proletários, capaz de modificar a legislação trabalhista e destituir governos. e) do surgimento da ideologia socialista. 2. Os eventos ocorridos na França, a partir de 1830, foram registrados de diversas maneiras na arte france- sa. Analise a imagem produzida pelo artista francês Léon Cogniet e, em seguida, responda às questões. COGNIET, Léon. Cenas de julho de 1830. 1830. 1 óleo sobre tela, color. Museu de Belas-Artes de Orléans, Orléans. a) Qual fato o artista buscouretratar na tela? A Revolução dos Três Dias Gloriosos. b) O que o artista quis simbolizar ao retratar três bandeiras? As três bandeiras representam os dias em que se sucederam as cenas desse fato histórico. A primeira corresponde ao dia 27; a segunda, ao dia 28; a última, ao dia 29. c) De acordo com o contexto histórico, qual é o possível significado da última bandeira representada? Esperamos que os alunos apontem que a última bandeira, retratada com mais sangue e mais rasgada que as outras, simboliza a luta dos revolucionários, que resultou na renúncia do rei Carlos X. © W ik im ed ia C om m on s/ M us eu d e Be la s- Ar te s d e O rlé an s 12 Livro de atividades 3. Complete as frases com as palavras do boxe. sufrágio liberais socialistas Guarda Nacional censitário Bourbon Constituição Congresso de Viena a) O Congresso de Viena restaurou a monarquia na França, possibilitando o restabelecimen- to da dinastia Bourbon no poder. b) As ideias liberais estiveram presentes no governo do rei Luís Filipe. c) A difusão das ideias socialistas e a formação de grupos políticos do mesmo caráter ideológico foram responsáveis pela campanha que lutou contra o voto censitário na França, em 1847. d) Um dos principais fatores que levaram o rei Luís Filipe a abdicar do trono foi a aliança entre a Guarda Nacional e os revolucionários. e) A Constituição francesa de 1848 estabeleceu o sufrágio universal para a elei- ção do Poder Legislativo. 4. Analise a imagem a seguir. A imagem Cozinha legislativa pertence a um periódico francês, publicado em 1848. Com base na imagem e em seus estudos, responda às questões propostas. a) Qual o contexto histórico em que foi aprovada a Constituição de 1848? b) Na imagem, um dos ingredientes da Constituição de 1848 é o socialismo. Por que o chef barra o uso desse ingrediente? c) Em fevereiro de 1848, os teóricos socialistas Karl Marx e Friedrich Engels publicaram a obra Manifesto do Partido Comunista. Com base na imagem, publicada em outubro do mesmo ano, qual relação pode ser feita entre a obra de Marx e Engels e a elaboração da Constituição francesa de 1848? a) A Segunda República francesa foi formada inicial- mente por um governo provisório, liderado por li- berais e socialistas. Contudo, o governo não durou muito tempo, pois enfrentou a insatisfação das eli- tes, ao voltar suas políticas para as classes mais bai- xas. Por causa desses conflitos, foi elaborada uma nova Constituição em 1848. b) A Constituição de 1848 foi elaborada com a fina- lidade de alterar o cenário deixado pelo governo anterior, que tomou medidas de cunho socialista. Dessa forma, o uso do socialismo como ingrediente da Constituição é barrado, por causar a insatisfação das classes mais altas. Tal aspecto pode ser justifi- cado pela fala do chef, que proíbe o funcionário de usar o molho (ingrediente), afirmando que apenas este poderia comê-lo (ser beneficiado) se o fizesse. c) A difusão dos ideais socialistas no século XIX foi responsável por inspirar movimentos sociais em diversas regiões da Europa. Por isso, é possível afirmar que as ideias de Marx e Engels tiveram in- fluência no contexto da Segunda República francesa, nas lutas ocorridas em busca de melhorias na vida da classe operária. Essas ideais inspiravam medo nas classes mais abastadas e, por isso, a Constituição de 1848, que combatia as ideias socia- listas, foi promulgada na mesma época em que tais ideias ganhavam destaque no cenário político e econômico europeu. • Na parte inferior da gravura, lê-se: “Cozinha le- gislativa. Este molho não, por favor. Não teria nin- guém além de você que poderia comê-lo depois”. CUISINE legislative. Le Charivari, Paris, v. 4, n. 295, 21 août 1848.©B ib lio te ca N ac io na l d a Fr an ça , P ar is 13 História – 8o. ano – Volume 4 5. Em relação à Primavera dos Povos, assinale a alternativa correta. a) Foi um período de inovação e paz entre os países europeus, em que houve grande desenvolvi- mento artístico. b) Foi uma revolução unicamente parisiense, pois foi reprimida antes de atingir outros países da Europa. c) Foi um movimento burguês, cujo objetivo era estabelecer o voto censitário. X d) Foram levantes populares ocorridos em diversos locais da Europa e que buscavam o fim do mo- nopólio político das elites. e) Foi o movimento responsável pela restituição da monarquia na França. 6. Considere estas afirmações: I. Surgiu como uma tentativa de defender os interesses do operariado. II. Teve como principal característica a insatisfação popular em relação ao governo monárquico, que não atendia aos interesses das camadas menos abastadas. III. Foi responsável por estabelecer medidas, como a separação entre Estado e Igreja, a igualdade civil entre homens e mulheres, além do fim do trabalho noturno. Com base na análise das afirmações e em seus estudos, é possível concluir que elas se referem: a) Ao Ludismo, movimento operário baseado nas ideias socialistas. b) Ao Cartismo, movimento político do operariado que reivindicava melhores condições de trabalho. c) Ao anarcossindicalismo, movimento que buscava a extinção do Estado, considerado símbolo da opressão popular. X d) À Comuna de Paris, a primeira tentativa de implantação de um governo socialista na Europa. e) À Segunda Internacional, movimento que objetivou discutir a passagem do capitalismo para o socialismo. 7. (FUVEST – SP) “Fizemos a Itália, agora temos que fazer os italianos”. “Ao invés de a Prússia se fundir na Alemanha, a Alemanha se fundiu na Prússia”. Estas frases, sobre as unificações italiana e alemã: a) aludem às diferenças que as marcaram, pois, enquanto a alemã foi feita em benefício da Prússia, a italiana, como demonstra a escolha de Roma para capital, contemplou todas as regiões. X b) chamam a atenção para o caráter unilateral e autoritário das duas unificações, impostas pelo Piemonte, na Itália, e pela Prússia, na Alemanha. c) apontam para as suas semelhanças, isto é, para o caráter autoritário e incompleto de ambas, de- correntes do passado fascista, no caso italiano, e nazista, no alemão. d) escondem suas naturezas contrastantes, pois a alemã foi autoritária e aristocrática e a italiana foi democrática e popular. e) tratam da unificação da Itália e da Alemanha, mas nada sugerem quanto ao caráter autoritário do processo liderado por Cavour, na Itália, e por Bismarck, na Alemanha. 14 Livro de atividades Imperialismo: África e Ásia 15 Conceito A prática do imperialismo consiste na conquista territorial ou na subordinação econômica, política e cultural de uma sociedade em relação a outra. No cartum, Joseph Keppler satiriza os britânicos como representantes da “civilização” e os sudaneses como representantes da “barbárie”. O cartunista procurou mostrar a visão estereotipada dos britânicos em relação ao continente africano. Imperialismo Ocorreu de acordo com as demandas do sistema capitalista, no contexto da Segunda Revolução Industrial. As potências europeias se expandiram econômica e politicamente para regiões africanas e asiáticas. A busca por novos mercados consumidores, matéria-prima, mão de obra barata e influência política motivou a expansão imperialista. As ideias que nortearam o discurso civilizatório europeu no século XIX distorciam estudos científicos para justificar o racismo, o preconceito e a exploração. Discurso civilizatório A expansão europeia nos continentes africano e asiático foi justificada pela ideia de missão civilizadora, que • considerava os europeus superiores a outros povos em termos civilizacionais. • consistia na crença de que os europeus teriam a missão de levar o desenvolvimento tecnológico e a civiliza- ção para os locais colonizados. • se utilizava de estudos científicos da época para legitimar a exploração de outros continentes. A Revolução Industrial, iniciadaem meados do século XIX, transformou o contexto econômico da Europa. Com o desenvolvimento dos meios de produção, algumas potências europeias iniciaram um processo de expansão sobre as regiões dos continentes africano e asiático, em busca de mercado consumidor e de influência política. KEPPLER, Joseph. Do Cabo ao Cairo. 1898. 1 litogravura. Biblioteca do Congresso, Washington, D.C.©B ib lio te ca d o Co ng re ss o, W as hi ng to n, D .C . 15 História – 8o. ano – Volume 4 Ascensão europeia e partilha colonial Imperialismo na África Desde o século XV, o continente africano foi explorado pelos europeus. Contudo, no século XIX, eles se esta- beleceram nesse continente em busca de mão de obra e matérias-primas. Criação de áreas de influência nos territórios africanos e asiáticos por parte de potências europeias. Primeiras atuações a cargo de empresas privadas e missões religiosas. Descoberta de minérios preciosos intensificou as disputas territoriais. Convocação da Conferência de Berlim em 1884 com a finalidade de apaziguar possíveis conflitos. COLONIZAÇÃO DA ÁFRICA PRODUTOS EXPLORADOS França Os franceses exerceram domínio nas regiões que atualmente correspondem a Argélia, Tunísia, Marrocos, Guiné, Senegal, Níger, Costa do Marfim, Mali, Gabão, Congo, Chade. Oliveiras, vinhas, trigo, amendoim e algodão. Inglaterra O domínio inglês iniciou-se com o estabelecimento de um protetorado no Egito. As regiões que atualmente correspondem a Sudão, Zâmbia, Zimbábue, Uganda, Tanzânia, Quênia, Gâmbia, Serra Leoa, Gana e Nigéria também foram alvos do imperialismo inglês. Carvão, metais, petróleo e diamantes. Bélgica A campanha imperialista belga se deu na região central do continente, no Congo. Marfim, borracha e verniz. Alemanha O império colonial alemão foi constituído nos territórios que atualmente correspondem a Tanzânia, Ruanda e a algumas regiões do atual Moçambique e do Quênia. Na região sul do continente, os alemães estiveram presentes nas Ilhas Salomão, Ilhas Marianas e Ilhas Marshall. Algodão, carvão e petróleo. Proximidade com a EuropaProximidade com a Europa continente CCCCCo hhhnheciiiimentos sobbbbre oConhecimentos sobre oConhecimentos sobre o cco e econtinentecontinente Superioridade de poder bélicoSuperioridade de poder bélico Crises econômicas e disputas entre os reinos africanos Crises econômicas e disputas Crises econômicas e disputas entre os reinos africanosentre os reinos africanos ue co bu a a Áfricad a Fatores queFatores queFatores queFatFat ueue contribuíram contribuíram contribuíram para a exploração para a exploração Áda Áfricada Áfricadd aa Em 1884, com o objetivo de evitar conflitos armados, foi convocada a Conferência de Berlim. O principal objetivo da Alemanha era a realização de uma nova divisão das colônias africanas. VON ROESSLER, Adalbert. Kongokonferenz 1884. Allgemeine Illustrierte Zeitung, p. 308, 28 Apr. 2006. © W ik im ed ia C om m on s/ Ad al be rt vo n Ro es sle r 16 Livro de atividades Imperialismo na Ásia O continente asiático também foi alvo da corrida imperialista. Antes da dominação, as potências europeias já estabeleciam relações comerciais com os povoados da região. Porém, no final do século XIX, Inglaterra, França, Rússia e Holanda instauraram colônias na Ásia. Congo Belga Assim como a Alemanha e a Itália, a Bélgica também saiu atrasada na busca por colônias africanas, restando para o rei Leopoldo II a região central do continente, banhada pelo Rio Congo. Alegando a organização de expedições humanitárias, em 1876, Leopoldo II ali instituiu seu governo. O Império Belga no Congo foi marcado por intensa escravização e exploração predatória dos recursos naturais. A vida dos africanos sob o controle europeu Urbanização: várias cidades foram edificadas com a chegada dos europeus; porém, é importante ressaltar que os africanos já tinham cidades organizadas. Saúde: a chegada dos europeus ao continente africano foi responsável pela disseminação de diversas doenças, como a tuberculose. Infraestrutura: mesmo com o aprimoramento de alguns centros urbanos, os hospitais e as escolas eram precários. As regiões periféricas não tinham acesso ao saneamento básico. Educação: ficava a cargo das missões religiosas. As aulas eram voltadas para o estudo da língua dos colonizadores e da matemática. Revoltas e resistência Im pe ria lis m o na Á si a Inglaterra Índia China Realização de comércio com os chineses anterior à colonização. Estabelecimento de entrepostos e protetorados em cidades litorâneas, no sul do território. Estabelecimento do comércio do ópio no século XIX. Cultivo da papoula (ópio). Revolta Maji-Maji • Ocorreu entre 1905 e 1907, na atual Tanzânia. • O movimento teve caráter religioso e buscava o fim dos maus-tratos e da exploração alemã. Levante Zulu • Ocorreu em 1906, na África do Sul. • O movimento lutou contra a pesada tributação imposta pelos ingleses. 17 História – 8o. ano – Volume 4 1. Assinale a alternativa que melhor define o imperialismo no século XIX. X a) Pode ser caracterizado como a busca por colônias e mercados consumidores em outros conti- nentes, empreendida por países europeus industrializados. b) Tratava-se da missão europeia de levar a civilização ao continente americano. c) Foi a corrida econômica que aconteceu após a Conferência de Berlim, envolvendo diversas po- tências europeias, e que levou os alemães a serem os primeiros a colonizar a África. d) Pode ser considerado um movimento político não intervencionista, baseado na ação colonizadora. e) Pode ser definido como a substituição das intervenções militares europeias pela diplomacia inter- nacional na África e na Ásia. 2. Cite os dois primeiros países europeus a buscar colônias nos continentes africano e asiático no século XIX e explique os motivos do pioneirismo dessas nações na corrida imperialista. Os primeiros países europeus a buscar colônias na África e na Ásia foram a Inglaterra e a França. Tornaram-se pioneiros porque passaram pela industrialização antes de outras nações, sentindo a necessidade de expandir os mercados consumidores e buscar mais matérias-primas. Revolta dos Cipaios* *indianos que faziam parte do exército britânico. • Ocorreu entre 1857 e 1859, na Índia. • O movimento lutou contra os maus-tratos, a tributação e a falta de respeito dos ingleses com a cultura local. Guerra do Ópio • Ocorreu entre 1839 e 1842, na China. • A guerra ocorreu pela tentativa chinesa de barrar o comércio de ópio. Após uma série de ataques britânicos, o governo chinês se rendeu e assinou o Tratado de Nanquim (1842). Guerra dos Boxers* * integrantes de uma sociedade secreta, que expulsava estrangeiros do território chinês. • Ocorreu na China, entre 1899 e 1900. • A guerra teve motivação nacionalista. Os boxers eram contrários à dominação de outras nações; contudo, foram derrotados, o que ampliou a exploração estrangeira. Atividades Assim como na África, na Ásia a população local também se mostrou resistente às ações imperialistas, gerando revoltas e guerras. 18 Livro de atividades BOAHEN, Albert A. História geral da África, VII: África sob dominação colonial, 1880-1935. Brasília: Unesco, 2010. p. 33. Com base na leitura do texto e em seus estudos, analise estas afirmativas: I. O objetivo principal da Conferência de Berlim era o de discutir questões humanitárias em relação às populações asiáticas. II. A convocação da Conferência de Berlim acirrou as disputas territoriais entre as potências europeias. III. Por meio das ações de Bismarck, a Alemanha tornou-se a maior potência colonizadora na África. IV. Ao contrário do que deveria ser estipulado, a Conferência de Berlim não barrou o tráfico de escra- vizados e tampouco se preocupou com o bem-estar dos africanos. De acordo com a análise, assinale a alternativa correta. a) Todas as afirmativas estão certas.b) Todas as afirmativas estão erradas. c) Apenas as afirmativas I e III estão certas. d) Apenas as afirmativas I e II estão certas. X e) Apenas as afirmativas II e IV estão certas. 4. Observe o mapa a seguir. 3. Leia este trecho de texto: A ideia de uma conferência internacional que permitisse resolver os conflitos territoriais en- gendrados pelas atividades dos países europeus na região do Congo foi lançada por iniciativa de Portugal, mas retomada mais tarde por Bismarck, que, depois de ter consultado outras potências, foi encorajado a concretizá-la. A conferência realizou-se em Berlim, de 15 de novembro a 26 de novembro de 1885. À notícia de que seria realizada, a corrida à África intensificou-se. A conferência não discutiu a sério o tráfico de escravos nem os grandes ideais humanitários que se propunham terem-na inspirado. [...] CRANE, John. World. 1886. 1 carta geográfica em pergaminho, color., 58 cm × 76,7 cm. Biblioteca da Universidade Cornell, Ithaca. © Bi bl io te ca d a Un iv er sid ad e Co rn el l, I th ac a 19 História – 8o. ano – Volume 4 Com base no mapa e em seus estudos, responda às questões a seguir. a) O mapa apresenta ilustrações que demonstram a variedade cultural e a diversidade de flora e fauna que foi encontrada pelos europeus durante as expedições imperialistas. Cite três desses elementos. Nas respostas, os alunos podem citar: na fauna, animais como elefante, canguru, tigre e peixes; as diferentes características físicas dos povos que estão representados em diversas regiões; a vestimenta de cada um deles. b) Os exploradores estão representados no mapa? Em caso afirmativo, descreva-os. Sim. Os exploradores utilizam uniformes da marinha e do exército, portam armas de fogo e ferramentas de trabalho. c) De acordo com o mapa, qual era a visão que os europeus tinham sobre as regiões localizadas em outros continentes? O mapa evidencia a riqueza, a diversidade de recursos naturais e as possibilidades de enriquecimento que os imperialistas poderiam ter ao colonizar as regiões representadas. A imagem também mostra uma visão exótica das culturas locais. Isso demonstra o estranhamento quanto às diferenças culturais encontradas na África e na Ásia, muitas vezes expressado em forma de discursos que legitimavam o preconceito e a ideia de superioridade cultural dos europeus em relação a outras sociedades. 5. (UNESP) O imperialismo colonial europeu do final do século XIX e início do século XX mudou a geopolítica do continente africano, fragmentando-o em fronteiras representadas pelo aparecimento de novos espaços linguísticos e novas dinâmicas espaciais e econômicas. Analisando o mapa, pode-se afirmar que (Marc Ferro, História das colonizações, 1996. Adaptado.) a) em 1895, França, Grã-Bretanha, Portugal, Espanha, Alemanha e Itália fizeram um acordo de divisão da totalidade do conti- nente africano. b) os impérios coloniais, a partir da Confe- rência de Berlim, dominaram a África para instalar indústrias, visto que era algo inexis- tente na Europa. c) os países envolvidos nesse processo necessitavam de mercados exteriores, matérias-primas agrícolas e minerais para compensar o declínio da industrialização na Europa. d) a repartição da África foi um projeto civiliza- dor europeu, que, para ser estabelecido, exi- giu a destruição social das oligarquias locais. X e) o imperialismo apoiou-se também nas ri- validades nacionalistas britânica, francesa e alemã, que originaram novos espaços lin- guísticos na África. 20 Livro de atividades 6. Relacione as alternativas a seguir com as suas respectivas descrições. a) Revolta dos Cipaios b) Guerra do Ópio c) Guerra dos Boxers d) Revolta Maji-Maji ( c ) Acontecimento de caráter nacionalista, contra a dominação estrangeira. ( a ) Acontecimento marcado pela insatisfação de alguns soldados contra os maus-tratos recebidos pelos britânicos. ( d ) Acontecimento de caráter religioso, contra a dominação alemã. ( b ) Acontecimento que consistiu no ataque inglês ao governo chinês e resultou no Tratado de Nanquim (1842). 7. (ENEM) NASCIMENTO, C. Partilha da África: o assombro do continente mutilado. Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 7, n. 75, dez. 2011. (adaptado). A atuação dos países europeus contribuiu para que a África – entre 1880 e 1914 – se transformasse em uma espécie de grande “colcha de retalhos”. Esse processo foi motivado pelo(a) a) busca de acesso à infraestrutura energética dos países africanos. b) tentativa de regulação da atividade comercial com os países africanos. c) resgate humanitário das populações africanas em situação de extrema pobreza. X d) domínio sobre os recursos considerados estratégicos para o fortalecimento das nações europeias. e) necessidade de expandir as fronteiras culturais da Europa pelo contato com outras civilizações. 8. Disserte sobre as principais consequências do Imperialismo para os continentes africano e asiático. Esperamos que os alunos escrevam que a exploração imperialista foi responsável pela situação de extrema pobreza que se instaurou nos locais colonizados, bem como pela disseminação de preconceitos contra as populações locais. Além disso, ao tentaram forjar uma união nacional nos locais conquistados, os quais apresentavam uma grande diversidade étnica, religiosa e cultural, motivaram uma série de confrontos internos nessas regiões. Em busca de matérias-primas e de mercados por causa da acelerada industrialização, os euro- peus retalharam entre si a África. Mais do que alegações econômicas, havia justificativas políticas, científicas, ideológicas e até filantrópicas. O rei belga Leopoldo II defendia o trabalho missionário e a civilização dos nativos do Congo, argumento desmascarado pelas atrocidades praticadas contra a população. 21 História – 8o. ano – Volume 4 A América no século XIX 16 Durante o século XIX, as recém-independentes nações americanas procuravam maneiras de consolidar uma unidade nacional, abandonando as marcas deixadas pela colonização. Estados Unidos no século XIX Após a independência, em 1776, o governo dos Estados Unidos se preocupou em garantir a unidade po- lítica, econômica, territorial e cultural da nova nação. A finalidade dele era evitar a recolonização das terras independentes pelas metrópoles europeias. Quando as Treze Colônias se tornaram independentes, o território da nova nação não correspondia ao atual Estados Unidos. A expansão ocorreu por causa da compra de regiões vizinhas, pertencentes a outras metrópoles, e de guerras com povos vizinhos. Doutrina Monroe Destino Manifesto • Criada pelo presidente James Monroe, sob o lema “América para os americanos”. • Tinha como objetivo diminuir a influência das potências europeias sobre a América Latina. • Responsável por aumentar a influência dos Estados Unidos em toda a América. • Defendia a ideia de que os Estados Unidos tinham uma missão divina: a de levar o pro- gresso, a liberdade e a democracia para outros locais do mundo. • Justificava a expansão territorial e a exploração de outras regiões da América. Expansão territorial e os indígenas Marcha para o Oeste • A campanha para o Oeste teve início no século XIX. • As motivações da marcha decorriam do crescimento populacional, da chegada de imigrantes europeus refugiados das guerras ou da expansão agrícola. • As pessoas que habitavam o Oeste Distante, ou Far West, eram vistas como inimigas. • Os indígenas Sioux, Apaches, Cheyennes, entre outros, tiveram suas populações dizimadas em nome do “progresso”. Alguns foram escravizados. • Muitas regiões foram conquistadas por meio de guerras. • Lei de Remoção dos Indígenas (1830): determinou a migração dos indígenas para reservas localizadas a oeste do Rio Mississipi. O processo foi chamado de Marcha ou Trilha das Lágrimas. 22 Livro de atividades Lincoln venceu as eleições, tornando-se o novo presidente. Com o objetivo de enfraquecer o adversário,decretou um bloqueio marítimo ao Sul e forneceu ajuda aos escravizados. Guerra da Secessão (1861-1865) Após a independência dos Estados Unidos, em 1776, algumas questões políticas ficaram indefinidas. Nas eleições de 1860, as divergências entre sulistas e nortistas se evidenciaram, gerando uma guerra civil que dei- xou mais de 600 mil mortos. Após quatro anos, os estados do Norte venceram a guerra. Gu er ra d a Se ce ss ão Sul Predomínio do trabalho industrial Predomínio do trabalho agrícola Abolicionista Escravocrata Partido Republicano: Abraham Lincoln Partido Republicano: Jefferson Davis Início dos conflitos. Norte Após a derrota nas eleições, os estados do Sul formaram um novo país, denominado Estados Confederados da América. WAUD, Alfred R. Mustered out. Harper’s Weekly, v. 10, 19 maio 1866, p. 308. Consequências da Guerra da Secessão • A escravidão foi abolida. Porém, não houve políticas para a integração social dos libertos. • O processo de industrialização no Norte se intensificou. O Sul passou por uma grave crise econômica em virtude da destruição causada pela guerra. • A Reconstrução foi marcada pelo preconceito e pela segregação racial. • Surgimento de grupos extremistas, como a Ku Klux Klan, que pregava a supremacia dos brancos e dos protestantes. © Bi bl io te ca d o Co ng re ss o, W as hi ng to n, D .C . A expansão para o oeste dos Estados Unidos é idealizada na famosa pintura de Emanuel Leutze. O título da pintura era uma frase frequentemente citada na época do Destino Manifesto, expressando uma crença bastante difundida de que a civilização havia se deslocado para o Oeste ao longo da história. LEUTZE, Emanuel. Para o Oeste, o curso do império segue seu caminho. 1861. 1 óleo sobre tela, color., 84,5 cm × 110,1 cm. Smithsonian Museu de Arte Americana, Washington, D.C. © W ik im ed ia C om m on s/ Go og le A rts & C ul tu re 23 História – 8o. ano – Volume 4 América Latina no século XIX Após os processos de independência, boa parte dos países latino-americanos adotou o regime republicano, com exceção do México e do Brasil. Muitos enfrentaram dificuldades para atingir a estabilidade política. Em geral, as disputas ocorriam pela divergência entre dois grupos: Liberais: governo descentralizado, favorável ao Estado laico. Conservadores: governo centralizado, com forte presença de forças militares e da Igreja. O Imperialismo yankee Caso do México O século XIX foi marcado por uma série de transformações na política e na sociedade mexicanas. Acompanhe o processo em que se deu a transição de um governo conservador para um governo liberal. Forte influência da Igreja Católica no governo. Presença majoritária de conservadores no poder até 1854. Fim dos privilégios da Igreja e repartição das terras indígenas pelo governo liberal. Processo de industrialização iniciado no governo de Porfírio Díaz a partir de 1876. Início da Revolução Mexicana em 1910. A Doutrina Monroe e o Destino Manifesto ganharam força no século XIX e serviram de base para o discurso imperialista estadunidense. Vários foram os momentos históricos em que os Estados Unidos interviram na polí- tica, na economia, na sociedade e na cultura de outros países na América. Veja dois exemplos: • Processo de independência de Cuba (1895), com a instituição da Emenda Platt (1902), que permitia que os Estados Unidos interferissem nos assuntos cubanos. • Independência do Panamá (1903) e construção do Canal do Panamá (1904), com a finalidade de controlar a passagem entre os oceanos Atlântico e Pacífico. A imagem representa o Tio Sam como professor, em pé, na frente de seus novos alunos, que estão rotulados como Cuba, Porto Rico, Havaí e Filipinas. Na parte de trás da sala de aula, estão outros estudantes, que leem livros intitulados Califórnia, Texas, Novo México, Arizona e Alasca. Ao fundo, um menino indígena senta-se sozinho, com um livro de cabeça para baixo chamado ABC. Ao lado, um menino chinês fica do lado de fora da porta e um menino afrodescendente limpa a janela do outro lado da sala. Na mesa do professor, está um livro intitulado Primeiras lições dos EUA no governo autônomo. A imagem demonstra a exclusão de negros, indígenas e imigrantes no processo de consolidação política dos Estados Unidos e a intervenção estadunidense nos demais países da América. DALRYMPLE, Louis. School begins. Puck, v. 44, n. 1142, 25 Jan. 1899. © Bi bl io te ca d o Co ng re ss o, W as hi ng to n, D .C . 24 Livro de atividades 1. Analise o trecho de texto a seguir. Durante o século XIX, essa visão sobre a natureza privilegiada por Deus – presente na literatura e nos escritos políticos – alinhava-se com a ideia de que o nascimento da nação norte-americana significava o começo de uma nova história que, de um lado, rompia com o passado e, de outro, conectava-se com o futuro. [...] Atividades PRADO, Maria L. C. América Latina no século XIX: tramas, telas e textos. São Paulo: EDUSP, 2004. p. 188. Com base na análise do texto e em seus estudos, assinale a alternativa correta. a) O texto se refere unicamente à Doutrina Monroe, que possibilitou a invasão dos Estados Unidos à Europa. b) O texto se refere à Emenda Platt, responsável por legalizar a dominação estadunidense no Panamá. X c) O texto se refere ao ideal político e religioso do Destino Manifesto, que impulsionou o expansio- nismo estadunidense no século XIX. d) O texto se refere à Lei de Remoção dos Indígenas, responsável por integrar os grupos nativos à sociedade emancipada. e) O trecho se refere à Marcha das Lágrimas, que foi responsável pelo êxodo rural nos Estados Unidos. 2. Formulada pelo presidente estadunidense James Monroe em 1823, a Doutrina Monroe tinha como fundamento a) incentivar as políticas públicas para a reconstrução dos estados do Sul, destruídos pela Guerra de Secessão. b) realizar alianças com as potências europeias que se restabeleciam após as campanhas napoleônicas. c) promover as ideias abolicionistas dos democratas estadunidenses nas nações americanas recém- -emancipadas. X d) diminuir a influência europeia no continente americano, evitando o risco de recolonização dos países independentes. e) impedir a expansão do movimento escravocrata nos estados do Norte. 3. À medida que a expansão americana para o Oeste foi tomando maiores proporções, os nativos norte- -americanos tentaram resistir aos ataques do governo estadunidense. Nesse contexto, entre 1811 e 1812 ocorreu a Guerra de Tecumseh, conflito entre indígenas e estadunidenses. Esta imagem retrata o evento: COSTAGGINI, Filippo. Morte de Tecumseh. 1855-1863. 1 escultura em relevo. Rotunda do Capitólio dos Estados Unidos, Washington, D.C. © Fl ic kr /U SC ap ito l 25 História – 8o. ano – Volume 4 Com base na leitura da imagem e em seus estudos, leia as afirmativas a seguir e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s). ( V ) A imagem representa o massacre indígena pelas elites estadunidenses na expansão para o Oeste. ( V ) Um dos fatores que levou à derrota dos povos nativos americanos foi a superioridade bélica dos soldados estadunidenses, que pode ser observada na imagem. ( F ) A imagem não representa os eventos da expansão para o Oeste, pois esses ocorreram de forma pacífica, com a gradual incorporação dos nativos à sociedade. ( V ) No século XIX, os nativos americanos mantinham suas tradições de vestimenta, como repre- senta a imagem. ( V ) O fato de a obra estar exposta no Capitólio dos Estados Unidos, centro legislativo do país, demonstra a relevância dessa guerra para a história estadunidense. 4. Leia este trecho de texto: Mesmo tendo interesses e estruturas bem diferentes, não se pode afirmar que as regiões fossem completamente antagônicas. O Norte, mais avançado em termos industriais, tinha uma classe mé- dia nascente e uma indústria de importância crescente. O Sul,embora apresentando características fundamentalmente agrícolas, baseava-se no sistema de plantation e escravidão, muito bem inserida no sistema capitalista; o escravo era visto como mercadoria. O Sul interagia economicamente com o Norte e participava do comércio internacional, especialmente com a Inglaterra. Mesmo se consti- tuindo como dois “mundos” bastante diferentes, um, ao Norte – de trabalhadores livres, assalaria- dos, pequenos proprietários e mais consistente classe média urbana –, e o outro, ao Sul – escravista e senhorial –, a ideia da superioridade do homem branco era comum e inquestionável em ambos. Nos dois mundos, os negros estavam fora das decisões políticas e eram vítimas de preconceito prin- cipalmente no Sul, onde a escravidão era garantida por lei. [...] KARNAL, Leandro. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2007. p. 129. De acordo com a análise do texto e com seus estudos, responda às questões propostas. a) Quais eram as principais divergências nos interesses econômicos entre o Sul e o Norte? O Sul tinha uma economia voltada para exportação dos produtos agrícolas, baseada na mão de obra escravizada. Já o Norte buscava expandir a indústria nacional, utilizando mão de obra assalariada, porém de maneira protecionista. b) Como a abolição da escravidão está relacionada aos interesses econômicos do Norte? A crescente industrialização do Norte resultou no interesse em expandir o capital financeiro, buscando aumentar o mercado consumidor. Nesse sentido, a intenção era transformar os escravizados em consumidores, incorporando-os ao sistema capitalista. c) Justifique a seguinte frase: “Mesmo se constituindo como dois “mundos” bastante diferentes, [...] a ideia da superioridade do homem branco era comum e inquestionável em ambos. [...]”. d) Como ficou a situação social dos afrodescendentes alforriados após a Guerra de Secessão? Após a vitória dos estados do Norte, iniciou-se um processo de exclusão social dos negros na vida política e social estadunidense. Medidas foram tomadas para que a população afrodescendente não ascendesse social e economicamente, o que agravou a desi- gualdade social no país. Além disso, os negros foram alvos constantes de preconceitos e ataques por parte da população branca, realidade que ainda pode ser observada nos dias atuais. Segundo o texto, o discurso abolicionista não era genuíno no sentido de proporcionar aos escravizados uma completa integração social. Não havia interesse em garantir a igualdade social dos libertos e, por isso, em ambas as regiões, o preconceito e a segregação eram recorrentes. 26 Livro de atividades 5 3 1 2 4 5. A respeito das reformas liberais no México no século XIX, assinale as alternativas corretas. X a) Colocaram fim aos privilégios da Igreja Católica. b) Realizaram uma política de doação de terras para os indígenas. X c) Investiram na industrialização. X d) Proporcionaram a ampliação de privilégios para as classes mais altas. X e) Promoveram a inserção do campesinato na vida industrial. 6. A imagem a seguir apresenta alguns aspectos da política externa estadunidense no século XIX. Com base em seus estudos, observe os números e escreva os interesses dos Estados Unidos referentes a cada aspecto da imagem. 1 – Canal do Panamá: Ao intervir no processo de independência do Panamá, em 1903, os Estados Unidos tinham interesse em adquirir controle sobre o Canal do Panamá, que inicialmente estava sendo construído pelos franceses. Após a independência, os Estados Unidos assumiram as obras e as finalizaram, em 1904, ganhando também o controle do local. 2 – Cuba: Os Estados Unidos agiram ativamente no processo de independência de Cuba. Após a emancipação cubana, instituíram a Emenda Platt, que possibilitava a intervenção estadunidense na economia e na política do país. 3 – México: Impulsionados pela ideia do Destino Manifesto, os Estados Unidos iniciaram uma campanha de expansão em direção ao México. A ação deu início à Guerra Mexicano-Americana, entre os anos de 1846 e 1848. Com a vitória dos estadunidenses, várias partes do território mexicano passaram a ser propriedade dos Estados Unidos. 4 – Construção da Casa Branca: A finalização da construção da Casa Branca ocorreu em 1800, sendo a sede oficial do Poder Executivo no país e um dos maiores símbolos do governo republicano. 5 – Havaí: No ano de 1900, o Havaí foi anexado ao território estadunidense. GILLAM, Victor. Uma coisa bem começada é metade feita. 1899. 1 litogravura, color., 28 cm × 46 cm. Biblioteca da Universidade de Cornell, Ithaca. • A imagem satiriza as ambi- ções imperiais dos Estados Unidos após a vitória na Guerra Hispano-Americana de 1898. © W ik im ed ia C om m on s/ Bi bl io te ca d a Un iv er sid ad e Co rn el l, I th ac a
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