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ANÁLISE DE ADEQUAÇÃO DE UMA PRENSA EXTRUSORA À NORMA REGULAMENTADORA 12

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ANÁLISE DE ADEQUAÇÃO DE UMA PRENSA EXTRUSORA 
À NORMA REGULAMENTADORA 121 
 
Wesley Vieira dos Santos2 
 
 
RESUMO 
Este artigo trata a respeito da análise das etapas realizadas para se adequar uma linha de 
produção, composta por uma prensa extrusora em conjunto com estações automáticas, a 
Norma Regulamentadora 12 do Ministério do Trabalho e Emprego – Segurança no Trabalho 
em Máquinas e Equipamentos. Realizou-se uma descrição dos tipos de riscos e medidas de 
segurança implantadas nas principais estações da prensa, descrevendo as características 
determinantes dos componentes instalados, sendo eles: chaves de segurança, relé de segurança 
programável, contator de segurança, dentre outros. O artigo demonstra também o 
investimento financeiro empregado para a adequação da prensa 02, sendo este estratificado 
por tipo de serviço e materiais. 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: NR12, Adequação, Segurança, Prensa hidráulica, Máquinas e 
Equipamentos. 
 
 
ABSTRACT 
This article is about the analysis of the steps performed to adapt a production line, consisting 
by an extruder press in conjunction with automatic stations, the Regulatory Norm 12 of the 
Ministry of Labor and Employment – Security at Work in Machinery and Equipment. 
Realized a description of the types of risks and security measures implemented in the main 
stations of the press, describing the determining characteristics of the installed components, 
they being security keys, programmable safety relay, safety contactor, among others. The 
article also demonstrates the financial investment used for the adequacy of the press 02, which 
this stratified by type of service and materials. 
 
 
KEYWORDS: NR12, Adequacy, Security, Hydraulic Press, Machinery and Equipment. 
 
 
 
 
 
 
 
1 Texto elaborado a partir de uma análise da adequação de uma prensa extrusora à Norma Regulamentadora 12, 
do Ministério do Trabalho e Emprego, para obtenção de título de Engenheiro de controle e automação na 
Faculdade Pitágoras Campus Betim - Minas Gerais. Novembro de 2015. 
2 Técnico em Eletrônica e Graduando em Engenharia de Controle e Automação na Faculdade Pitágoras Campus 
Betim - MG. 
 
 
2 
1. INTRODUÇÃO 
 
A indústria atual demanda cada vez mais da otimização de seus processos, investindo em 
máquinas e equipamentos afim de obterem melhores resultados. No entanto, a utilização de 
modernos maquinários nos processos industrias não garante ao operador o resguardo de sua 
integridade física, uma vez que o maquinário adquirido nem sempre está provido de 
equipamentos e meios de proteção adequados para evitar acidentes, sejam estes causados por 
operações incorretas, negligência ou até mesmo por procedimentos básicos como o de 
limpeza da máquina ou equipamento. 
 
Com o intuito de reduzir o índice de acidentes de trabalho, o Ministério do Trabalho e 
Emprego (MTE) desenvolveu em junho de 1978 a Norma Regulamentadora 12 (NR12) da 
Portaria GM nº 3.214, cujas atribuições estabelecem medidas de proteções em máquinas e 
equipamentos. Após ser revisada em 2010, a norma vem exigindo cada vez mais estudos 
específicos e atualizações tecnológicas dos profissionais responsáveis por aplicá-la. Isso 
ocorre principalmente quando o tipo de processo produtivo, o produto trabalhado ou o 
ambiente físico influenciam negativamente para a aplicação de um sistema eficiente de 
segurança. 
O objetivo principal é que o projetista assegure que as partes de um sistema de 
comando relacionadas à segurança produzam sinais de saída que atinjam os 
objetivos de redução de riscos da ABNT NBR 14009. Isto não é sempre possível, 
mas o projetista deve, em tais casos, gerar outras medidas de segurança. 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS [ABNT], 2013, p. 3). 
 
Além de resguardar o trabalhador quando no exercício de sua função, o sistema de segurança 
implantado de forma eficiente, contribui de forma positiva para a redução do impacto 
econômico causado pelas despesas provindas do setor previdenciário, uma vez que o mesmo 
terá seus gastos reduzidos com verbas relacionadas aos acidentes de trabalho. 
 
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ, 
2012), ao ignorar as exigências determinadas na Norma Regulamentadora 12, os responsáveis 
pelo descumprimento ficam sujeitos a punições que vão desde notificações, interdição da 
máquina e/ou equipamento e até ações decorrentes dos custos com acidentes. 
 
 
 
3 
O artigo em questão objetiva-se a realizar a análise das etapas utilizadas para a adequação de 
uma máquina prensa extrusora a NR12, descrever as principais características dos 
componentes de segurança utilizados, e demonstrar o investimento financeiro necessário para 
a adequação. 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 NORMA REGULAMENTADORA 12 
 
Após ser criada em 1978, a Norma Regulamentadora 12 vem passando por alterações no 
intuito de acompanhar a situação do cenário industrial brasileiro, no início a norma possuía 
três páginas de descritivos básicos, passadas várias revisões, sendo a última em junho de 2015 
proporcionaram um total de 87 páginas de conteúdo detalhado acerca das medidas de 
proteções exigidas nas máquinas. Além das alterações de textos, inclusões de itens e anexos 
na NR12, a criação da portaria 197, de 17 de dezembro de 2010 gerou muita repercussão 
devido ao prazo estabelecido para a adequação do parque industrial, sendo de 12 (doze) a 66 
(sessenta e seis) meses, variando de acordo com o tipo de máquina e quantidade de 
trabalhadores. 
As Normas Regulamentadoras (NR) são publicadas e editadas pelo Ministério do 
Trabalho e Emprego (MTE), e estão baseadas em leis relativas a segurança e 
medicina do trabalho, contendo regras de caráter obrigatório com a finalidade de 
estabelecer requisitos técnicos e legais sobre os aspectos mínimos de Segurança e 
Saúde Ocupacional (SSO), seja diretamente, seja pela referência a normas técnicas, 
ou pela incorporação de todo ou apenas parte do conteúdo destas normas. 
Atualmente estão em vigor 36 Normas Regulamentadoras. (ABIMAQ, 2015, p. 29). 
 
Outro ponto incluído na norma em 2010, item 12.1, é o direcionamento da responsabilidade 
pela implantação de segurança para o fabricante, caso a máquina seja fabricada após 
dezembro de 2010 ou para o comprador, caso o mesmo adquira uma máquina nova, porém 
fabricada antes desta data ou uma máquina usada a qualquer momento. 
 
Os responsáveis pela implantação da NR12 são sujeitos a fiscalizações, embargo ou 
interdição, e multas caso sejam evidenciadas pelos auditores do MTE irregularidades nas 
máquinas, instalações ou quaisquer circunstâncias que contrariam as legislações referentes a 
saúde e segurança de trabalho. Os valores das multas variam de acordo com o número de 
empregados e o tipo de infração, conforme anexo 1 da NR28 - Fiscalizações e Penalidades, o 
tipo de infração é classificado de 1 a 4 e é definido pelo anexo 2 da referida norma 
 
 
4 
2.2 ADEQUAÇÃO DA PRENSA EXTRUSORA A NR-12 
 
2.2.1 Sobre a prensa 
 
A máquina na qual foi realizada a adequação á NR12 é uma linha de produção de eletrodos 
revestidos fabricada em 1973, constituída por uma prensa hidráulica extrusora de 250 
toneladas em conjunto com uma esteira transportadora e quatro operações automáticas. 
 
Apesar de se tratar de uma linha, a máquina recebeu o nome de prensa 02, devido a principal 
atividade ser a extrusão do revestimento de massa no arame. Após ser realizada a extrusão da 
massa no arame, o mesmo é lançado na esteira passando pelas etapas de escova, lixa, 
grafitador, carimbo e estação de descarregamento, na qual oeletrodo está pronto para a etapa 
de secagem realizada em outra máquina. 
 
Figura 1 - Desenho 3D da prensa 02 com as proteções instaladas 
 
 
Fonte: O próprio autor 
 
 
 
 
 
 
5 
2.2.2 Adequação da prensa 
 
Para realizar a adequação da máquina, o primeiro passo é elaborar a Análise de Risco, que 
consiste em uma série de etapas sistematizadas que são seguidas afim de avaliar os riscos 
apresentados pela máquina, a categoria de risco e as medidas de proteção instaladas ou 
necessárias para controlar os riscos. Através da análise se torna possível realizar o processo de 
redução de risco, utilizando da implementação dos meios de segurança necessários para tornar 
a máquina segura. 
 
2.2.2.1 Proteções instaladas 
 
Nos pontos em que foram apresentados riscos mecânicos causados por exposição á partes 
móveis como polias, correias e mancais, foram instaladas proteções mecânicas fixas e móveis, 
conforme determinação do item 12.47 da NR12 que destaca que “As transmissões de força e 
os componentes móveis a elas interligados, acessíveis ou expostos, devem possuir proteções 
fixas, ou móveis com dispositivos de intertravamento, que impeçam o acesso por todos os 
lados” (BRASIL, 2015a, p. 7). 
 
2.2.2.2 Proteções fixas e móveis 
 
Nas partes da máquina onde o acesso não era requisitado com frequência pela produção e 
manutenção, foram instaladas proteções fixas, constituídas de chapas de aço lisas ou 
perfuradas, fixadas através de soldagem na estrutura da máquina. Já nos locais onde o acesso 
se fez necessário uma ou mais vezes por turno, instalou-se proteções móveis intertravadas 
com chaves de segurança, conforme item 12.44 da NR12. Nas portas verticais de abertura das 
proteções foram instalados pistões a gás para sustentação da porta aberta e amortecimento no 
momento de fechamento, afim de se evitar esmagamento dos dedos, conforme item 12.49 
alínea que determina que as proteções devem ser projetadas de maneira a “não criar pontos de 
esmagamento ou agarramento com partes da máquina ou com outras proteções” (BRASIL, 
2015a, p. 7) 
A proteção deve ser móvel quando o acesso a uma zona de perigo for requerido uma 
ou mais vezes por turno de trabalho, observando-se que: [...] 
a) a proteção deve ser associada a um dispositivo de intertravamento quando sua 
abertura não possibilitar o acesso à zona de perigo antes da eliminação do risco; e 
b) a proteção deve ser associada a um dispositivo de intertravamento com bloqueio 
quando sua abertura possibilitar o acesso à zona de perigo antes da eliminação do 
risco. (BRASIL, 2015a, p. 6). 
 
 
6 
Figura 2 - Proteções fixas e móveis instaladas na saída da prensa e início da esteira transportadora 
 
Fonte: O próprio autor 
 
Foram utilizados dois tipos de chaves de segurança3 para intertravamento eletrônico nas 
proteções mecânicas móveis, uma sem retenção mecânica (modelo SensaGuard 440N-
Z21US3PH) e outra com retenção através de lingueta (modelo Guard Locking 440G-
TZS21UPRH), ambas do fabricante Rockwell e codificadas através de Identificação por 
Rádio Frequência (RFID). 
 
Figura 3 - Chave de segurança SensaGuard e Guard Locking respectivamente 
 
Fonte: Site fabricante Rockwell4 
 
3 Chaves de segurança são dispositivos instalados na proteção mecânica que fornecem intertravamentos elétrico 
entre o sistema de controle e o sistema mecânico 
4 Disponível em: <http://raise.rockwellautomation.com/raconfig/rtcache/jpg/sensa%20integrated%20latch%20 
std%20coding.jpg> e <http://ab.rockwellautomation.com/resources/images/allenbradley/gl/medlrgprod/440G-
TLSZL_GD2GuardLockingSwitch_right3-large_312w255h.jpg>. 
 
 
7 
As chaves de segurança SensaGuard foram utilizadas nos locais onde a abertura da proteção 
possibilita uma parada imediata das partes móveis, não proporcionando riscos ao operador. 
Na prensa 02 foram utilizadas no total 17 proteções móveis intertravadas com a referida trava, 
sendo uma SensaGuard para cada proteção, ligadas eletricamente em série no relé 
programável de segurança. 
 
Nas proteções móveis onde a abertura da porta não proporciona uma interrupção imediata dos 
movimentos, foram utilizadas chaves de segurança Guard Locking, em conjunto com um 
temporizador, de forma que a abertura da porta seja possibilitada após o tempo programado 
via relé de segurança ser alcançado, garantindo um tempo de segurança superior ao de inércia 
dos motores e conjuntos mecânicos. O comando de abertura das portas é solicitado através de 
uma chave seletora localizada na mesa de operação, de forma que, quando comutada e 
alcançado o tempo de segurança as portas são destravadas. 
 
O motivo fundamental para a escolha da codificação por RFID para as travas de segurança foi 
o atendimento ao item 12.39 da NR12, que define que “os sistemas de segurança devem ser 
selecionados e instalados de forma que [...] não possam ser neutralizados ou burlados” 
(BRASIL, 2015a, p. 5) 
 
2.2.2.3 Área de prensagem 
 
Em atendimento ao item 2.1 do anexo 8 da NR12, foi instalada na área de prensagem, além 
das proteções mecânicas laterais e traseira, uma cortina de luz monitorada pelo relé de 
segurança, de forma que ao ter os feixes de luz interrompidos a cortina de luz desabilita a 
emissão de sinais ao relé, que por sua vez desliga o motor do sistema hidráulico, bloqueando 
os movimentos dos cilindros. Para garantir o desligamento do motor do hidráulico, foram 
instalados dois contatores de segurança ligados em série alimentando o circuito de carga do 
mesmo. Dentre outras características dos contatores de segurança, pode-se destacar a ligação 
mecânica entre os contatos normalmente fechados e os normalmente abertos, impedindo desta 
maneira que um contato acione caso o outro tenha soldado. 
 
Devido a um histórico de acidente envolvendo o posicionamento incorreto do cilindro de 
massa em relação ao cilindro de extrusão, que acarretou na quebra de ambos os cilindros, 
foram instalados em redundância um sensor indutivo e um fim de curso com ruptura positiva, 
 
 
8 
ligados em série com o acionamento da válvula do cilindro de extrusão, funcionando de forma 
que o cilindro principal (extrusão) avance sobre o cilindro de massa apenas se o mesmo 
estiver posicionado de forma correta (atuando o sensor e o fim de curso). 
 
Dimensionou-se o fim de curso com ruptura positiva devido a sua capacidade de desconexão 
forçada, na qual mesmo se os contatos elétricos se aderirem, quando houver a atuação eles 
serão separados, evitando-se o acumulo de falhas. 
 
Figura 4 - Comparação entre contato elétrico comum e com ruptura positiva, respectivamente 
 
Fonte: Manual ABIMAQ5 
 
2.2.2.4 Painéis elétricos 
 
Todos os botões de emergência foram substituídos por botões que retém o atuador quando o 
mesmo é pressionado, o que não ocorria com os botões existentes antes da adequação. Além 
da característica de reter o atuador, os botões instalados possuem o bloco de contatos 
normalmente fechado com ruptura positiva, e são ligados em duplo canal no relé de 
segurança. 
 
Os painéis elétricos de força, controle e segurança foram dotados de cadeados para impedir o 
acesso de pessoas não autorizadas, sinalizações de segurança, dentre outros componentes para 
atendimento da Norma Regulamentadora 10 (NR10). 
 
 
5 Manual de segurança em dobradeiras, prensas e similares, p. 22. Disponível em: <http://www.abimaq.org.br/ 
comunicacoes/deci/Principios_Basicos_de_sua_Aplicacao_na_Seguranca_do_Trabalho_em_Prensas_e_Similare
s.pdf>. 
 
 
 
9 
As identificações dos botões de comandoe sinaleiros foram alteradas para português, tendo 
como exemplo o botão “rearme” (antigo Reset), em atendimento ao item 12.119 alínea “a” da 
NR12 que determina que as inscrições da máquina devem “ser escritas na língua portuguesa – 
Brasil”. (BRASIL, 2015a, p. 16) 
 
Para alterar a tensão de comando e sinalização de 220 Volts Corrente Alternada (VCA) para 
24 Volts Corrente Contínua (VCC), foram utilizados relés comutadores, os quais 
possibilitaram que os comandos ao alcance do operador trabalhassem em extra baixa tensão 
(até 25VCA ou 60VCC) 
 
Para fazer o controle e monitoramento de toda a segurança instalada, como botão de 
emergência, contatores de segurança, chaves de segurança e cortina de luz, foi instalado um 
relé programável de segurança (código 440C-CR30-22BBB - fabricante Rockwell), no qual 
foi possível segmentar os sinais de segurança e ativar as saídas conforme a lógica necessária, 
programada em blocos lógicos. 
 
Apesar da prensa 02 já possuir um Controlador Logico Programável (CLP) convencional de 
médio porte, não foi possível implementar a segurança sendo esta monitorada através dele, 
devido o mesmo não possuir as características de segurança necessárias. Dentre as quais 
podemos destacar: 
 
a) Entradas e saídas redundantes; 
b) Autodiagnostico das entradas e saídas através de sinais de teste emitidos; 
c) Unidade Central de Processamento (CPU), memória, circuitos de entradas e de saídas 
redundantes. Através da redundância destes circuitos, se faz possível diagnosticar uma 
falha interna ou externa ao CLP sem que esta comprometa a segurança do operador; 
 
Para auxiliar o operacional e a manutenção a visualizar as situações da segurança da prensa 
02, foi instalada uma Interface Homem Máquina (IHM), a qual indica o status dos sinais das 
entradas e saídas do relé programável e, de forma intuitiva, indica ao operador as condições 
lógicas para realizar as funções programadas como: abrir a porta de segurança, ativar a saída 
de segurança e ligar o motor do hidráulico. 
 
 
 
 
10 
Figura 5 - Tela de diagnóstico principal da IHM 
 
Fonte: O próprio autor 
 
 
2.2.3 Documentação 
 
Após a adequação física da prensa 02, foi realizado o as-built6 do projeto elétrico e mecânico, 
contendo as atualizações do dimensional das proteções mecânicas, a revisão do diagrama 
elétrico e atualização do projeto de segurança. 
 
Após finalizado o as-built, desenvolvido o manual da máquina e ministrado treinamento para 
o pessoal envolvido no processo da prensa 02, emitiu-se a Anotação de Responsabilidade 
Técnica (ART) para os serviços de projeto e instalação das proteções elétricas e mecânicas. 
 
2.2.4 Investimento financeiro necessário 
 
Para se ter uma dimensão quantitativa dos investimentos financeiros necessários para a 
adequação da prensa 02, foram destacados na tabela 1 os valores individuais dos principais 
componentes de segurança utilizados, bem como os demais recursos necessários para a 
execução da adequação. 
 
 
 
 
 
 
11 
Tabela 1 - Estratificação dos custos para a adequação da prensa 027 
LEVANTAMENTO DE CUSTOS DA ADEQUAÇÃO DA PRENSA 02 
VALORES DE PRODUTOS UTILIZADOS 
DESCRIÇÃO CÓDIGO UNID. 
VALOR 
UNITARIO 
VALOR 
TOTAL 
ENTREGA 
(DIAS) 
FIM DE CURSO 802KMMHS11E 1 R$ 267,19 R$ 307,27 15 
 
RELÉ COMUTADOR 
 
700HLT2Z24 
 
50 
 
R$ 22,58 
 
R$ 1.185,45 
 
30 
 
CORTINA DE LUZ 
 
445LP4S0600YD 
 
1 
 
R$ 2.435,91 
 
R$ 2.801,30 
 
30 
 
CONTATOR DE 
SEGURANÇA 115A 
 
100SD115EZJ22C 
 
2 
 
R$ 1.329,77 
 
R$ 2.792,52 
 
60 
 
RELÉ PROGRAMÁVEL DE 
SEGURANÇA 
GUARDMASTER 
440CCR3022BBB 1 R$ 2.140,59 R$ 2.247,62 20 
 
CHAVE DE SEGURANÇA 
SENSAGUARD 
440NZ21US3PH 17 R$ 479,07 R$ 9.365,82 60 
 
PANEL VIEW C400 
2711CT4T 1 R$ 1.554,07 R$ 1.787,18 30 
 
CHAVE DE SEGURANÇA 
GUARD LOCKING 
440GTZS21UPRH 3 R$ 893,17 R$ 3.081,44 60 
 
DEMAIS MATERIAIS 
ELETRICOS 
- 1 R$ 19.109,52 R$ 19.109,52 20 
 
MATERIAIS MECÂNICOS 
- 1 R$ 15.000,00 R$ 15.000,00 20 
 
TOTAL 
R$ 57.678,11 - 
 VALORES DE SERVIÇOS PRESTADOS 
DESCRIÇÃO VALOR 
ENTREGA 
(DIAS) 
SERVIÇOS DE ADEQUAÇÃO ELÉTRICA DA PRENSA 02 R$ 62.321,89 20 
 
SERVIÇOS DE ADEQUAÇÃO MECÂNICA DA PRENSA 02 
R$ 20.000,00 20 
 
TOTAL 
R$ 82.321,89 20 
 VALOR TOTAL DA ADEQUAÇÃO 
DESCRIÇÃO VALOR 
VALOR TOTAL DE PRODUTOS R$ 57.678,11 
 
VALOR TOTAL DE SERVIÇOS 
R$ 82.321,89 
 
TOTAL GERAL 
R$ 140.000,00 
 
Fonte: O próprio autor 
 
 
 
6 Significa “Como construído” – termo utilizado quando se refere a atualização do projeto desenvolvido. 
7 Orçamento realizado no mês junho de 2015 
 
 
12 
3. CONCLUSÃO 
 
Pretendeu-se neste artigo, apresentar de forma simplificada a necessidade de adequar o parque 
fabril das empresas ás Normas Regulamentadoras vigentes, demonstrando na prática a 
aplicação dos conceitos de segurança em uma prensa extrusora. Possibilitou-se identificar os 
riscos associados em cada processo da prensa bem como as principais características dos 
meios de segurança implementados para garantir o cumprimento das determinações da NR12, 
as quais exigem conhecimento técnico aprofundado e atualizações constantes quanto as 
inovações tecnológicas relacionadas à segurança. 
 
Pode ser observado também a necessidade de conhecer os produtos de segurança a serem 
aplicados no processo de adequação a NR12, uma vez que há diferenças relevantes entre os 
mesmos que podem impactar tanto na eficiência da solução apresentada quanto no 
investimento financeiro, em alguns casos inviabilizando ou engessando a implantação de uma 
segurança eficaz. 
 
Após realizada a adequação da prensa 02, constatou-se que no momento de desenvolver o 
projeto pré-adequação, se faz de suma importância a presença crítica de um colaborador do 
time de produção, pois o mesmo possui conhecimento prático das limitações e necessidades 
de acesso ás partes da máquina. Quando esta interação não é realizada, corre-se o risco de 
desenvolver um sistema de segurança que venha a impossibilitar ajustes de processo, 
inspeções, análises sensitivas, limpeza, manutenções e outras tarefas básicas, vindo a ter uma 
negativa em relação a solução implantada. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14153: Segurança de 
máquinas - Partes de sistemas de comando relacionadas à segurança - Princípios gerais para 
projeto. Rio de Janeiro, 2013. 
 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. 
Manual de segurança em dobradeiras, prensas e similares. Porto Alegre, 2012. 
 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR12 - Máquinas e equipamentos. Brasília, 
1978. 
 
 
13 
 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria n.º 197, de 17 de dezembro de 2010. 
Brasília, 2010. 
 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. 
Manual de instruções da norma regulamentadora NR-12. São Paulo, 2015. 
 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR12 - Segurança no trabalho em máquinas 
e equipamentos. Brasília, 2010. 
 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR28 - Fiscalização e penalidades. Brasília, 
2015. 
 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR12 - Segurança no trabalho em máquinas 
e equipamentos. Brasília, 2015a. 
 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR10 - Segurança em instalações e serviçosem eletricidade. Brasília, 2004.

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