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CIMENTO PORTLAND: - O cimento pode ser definido como um pó fino, com propriedades aglomerantes, que endurece sob a ação de água. - Nas OBRAS: • Principal matéria-prima das construções. • Concreto: segundo material mais consumido no mundo. - Matérias Primas do cimento: - Jazidas estão localizadas sempre próximas à fábrica. • Calcário - O calcário é uma rocha sedimentar, sendo a terceira mais abundante da crosta terrestre. – CaCO3 – Carbonato de cálcio • Processo de detonação de rochas com explosivos, na superfície ou em minas. • Argila - Silicatos complexos contendo alumínio e ferro como cátions principais: – SiO2 – Óxido de silício - Sílica, – Al2 O3 – Óxido de alumínio, – Fe2 O3 – Óxido de ferro • Obtida através da escavação em jazida. – Gesso: Retardador de pega. – Escória de alto forno (E): • Produto resultante da fabricação de ferro gusa. Redução do calor de hidratação. – Filler de calcário (F): • Calcário moído. Material de enchimento. – Pozolana (P): • Cinzas Vulcânicas, cinzas volantes, argilas calcinadas. Melhora a trabalhabilidade. Escória de alto forno (E): – As escórias de alto-forno são obtidas durante a produção de ferro-gusa nas indústrias siderúrgicas e se assemelham aos grãos de areia. – Vantagens: • Aumenta a trabalhabilidade • Despredimento de calor de forma lenta • Pasta mais densa – Desvantagens • Perda rápida de abatimento • Sensiveis variações de água • Retardamento de pega em temperaturas normais • Filler de calcário (F): – Material finamente moído com a mesma finura do cimento – São materiais naturais ou minerais inorgânicos processados – Vantagens: • Aumenta a trabalhabilidade • Melhora a densidade • Diminui a fissuração • Combate a exsudação COMPOSIÇÃO DO CLINQUER: Segundo Bogue, Robert Herman, composição em % de peso: C3S= 4,071·CaO – 7,600· SiO2– 6,718·Al2O3–1,430·Fe2O3– 2,852· SO3 C2S= 2,867· SiO2– 0,7544·C3S C3A= 2,650·Al2O3– 1,692· Fe2O3 C4AF= 3,043·Fe2O3 • 9) DEPÓSITO DO CLINQUER: – Clinquer: BASE DO CIMENTO • C3S - Silicato Tricálcico (Alita) • C2S - Silicato Bicálcico (Belita) • C3A - Aluminato Tricálcico • C4AF - Ferrita - Ferroaluminato de cálcio Clinquer: COMPOSIÇÃO: • C3S - Silicato Tricálcico (Alita) - 50 a 65% – Endurecimento rápido – Alto calor de hidratação – Maior responsável pela resistência em todas as idades • C2S - Silicato Bicálcico (Belita) - 15 a 25% – Endurecimento lento – baixo calor de hidratação – Baixa resistência inicial • C3A - Aluminato Tricálcico - 6 a 10% – Pega rápida – Alto calor de hidratação - contribui para a resistência, especialmente o primeiro dia – Baixa resistencia final • C4AF - Ferrita - Ferroaluminato de cálcio - 3 a 8% – Endurecimento lento – Resistente a sulfatos Pega Relâmpago. – Ao se misturar a água com o cimento, a reação mais rápida é a hidratação do C3A, aluminato de cálcio : 2C3A + 21 H = C4AH13 + C2AH8 – Muito rápida deixando o concreto tão rígido que não pode ser lançado nem adensado. – Libera grande calor • Dormência do cimento – Adicionando-se gesso ao clinquer do cimento, forma-se a etringite e a hidratação do cimento para. O cimento fica “adormecido”. – Adição de gesso ao cimento para bloquear a pega relâmpago. Expansibilidade • O cimento não deve ser expansivo para não provocar tensões, fissuração e aumento prejudicial de volume; • Os principais responsáveis pela expansão são o CaO e o MgO; • As normas fixam limites máximos para a expansão (a frio ou a quente) com as agulhas de Le Chatelier, conforme a norma NBR 11582. - Exsudação: Exsudação é a tendência da água de amassamento vir à superfície do concreto recém lançado, devido ao sua densidade (1g/cm³) ser menor que a dos agregados (≈2,7g/cm³) e a do cimento (≈ 3,1g/cm³). - Tempo de pega: • O fenômeno da pega do cimento compreende a um processo químico de hidratação. • A caracterização da pega dos cimentos é feita pela determinação de dois tempos distintos: – Tempo de início: • tempo até que a agulha de Vicat penetre na pasta (4 +1)mm da base. – Tempo de fim de pega. • tempo até que acessório anular não provoque nenhuma marca. • A medida da evolução do valor do atrito interno da pasta de cimento mostra claramente pontos de estreita correlação com os ensaios de penetração de agulha • Os ensaios são feitos com pasta de consistência normal, geralmente, com o aparelho de Vicat, em última análise, a resistência à penetração de uma agulha na pasta de cimento. - Finura: • A finura do cimento é uma noção relacionada com o tamanho dos grãos do produto. • A finura, mais precisamente a superfície específica do produto, é o fator que governa a velocidade da reação de hidratação do mesmo e tem também sua influência comprovada em muitas qualidades de pasta, das argamassas e dos concretos. • O aumento da finura: – melhora a resistência, particularmente a resistência da primeira idade, – diminui a exsudação e outros tipos de segregação, – aumenta a impermeabilidade, – Aumenta a trabalhabilidade e a coesão dos concretos e – diminui a expansão em autoclave. • É usualmente definida de duas maneiras distintas: – pelo tamanho máximo do grão, Peneiramento pela peneira #200 (75μm = 0,075mm) – pelo valor da superfície específica (soma das superfícies dos grãos contidos em um grama de cimento). Área específica Blaine: método de permeabilidade padrão; - Retração: A retração é o processo de redução de volume que ocorre na massa de concreto, ocasionada principalmente pela saída de água por exsudação (retração plástica e por secagem ou hidráulica). Entretanto, existem outros fenômenos no concreto que também provocam outros tipos de retração: retração química, retração autógena e térmica. • A variação da densidade gera um fenômeno; de natureza extremamente complexa, é conhecido pelo nome de retração. • Esta ocorre nas pastas, argamassas e concretos. • Pode atingir: – em 24 horas, cerca de 7mm por metro na pasta pura, – 4,5mm por metro na argamassa-padrão e – 2mm por metro em concretos dosados a 350kg/cimento/m . – IMPLICAÇÕES DESEJÁVEIS PARA O CONCRETO FRESCO • Trabalhabilidade – IMPLICAÇÕES DESEJÁVEIS PARA O CONCRETO ENDURECIDO • Resistência mecânica • Durabilidade • Baixa permeabilidade • Reduzida retração Cimento Portland comum (CP-I) O CP-I, é o tipo mais básico de cimento Portland, indicado para o uso em construções que não requeiram condições especiais e não apresentem ambientes desfavoráveis como exposição à águas subterrâneas, esgotos, água do mar ou qualquer outro meio com presença de sulfatos. A única adição presente no CP-I é o gesso (cerca de 3%, que também está presente nos demais tipos de cimento Portland). O gesso atua como um retardador de pega, evitando a reação imediata da hidratação do cimento. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 5732. Cimento portland comum com adição (CP I-S) O CP I-S, tem a mesma composição do CP I (clínquer+gesso), porém com adição reduzida de material pozolânico (de 1 a 5% em massa). Este tipo de cimento tem menor permeabilidade devido à adição de pozolana. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 5732. Cimento portland composto com escória (CP II-E) Os cimentos CP II são ditos compostos pois apresentam, além da sua composição básica (clínquer+gesso), a adição de outro material. O CP II-E, contém adição de escória granulada de alto-forno, o que lhe confere a propriedade de baixo calor de hidratação. O CP II-E é composto de 94% à 56% de clínquer+gesso e 6% à 34% de escória, podendo ou não ter adição de material carbonático no limite máximo de 10% em massa. O CP II-E, é recomendado para estruturas que exijam um desprendimento de calor moderadamente lento. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 11578. Cimento portland composto com pozolana (CP II-Z) O CP II-Z contém adição de material pozolânico que varia de 6% à 14% em massa, o que confere ao cimento menor permeabilidade,sendo ideal para obras subterrâneas, principalmente com presença de água, inclusive marítimas. O cimento CP II-Z, também pode conter adição de material carbonático (fíler) no limite máximo de 10% em massa. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 11578. Cimento portland composto com pozolana (CP II-F) O CP II-E é composto de 90% à 94% de clínquer+gesso com adição de 6% a 10% de material carbonático (fíler) em massa. Este tipo de cimento é recomendado desde estruturas em concreto armado até argamassas de assentamento e revestimento porém não é indicado para aplicação em meios muito agressivos. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 11578. Cimento portland de alto-forno (CP III) O cimento portland de alto-forno contém adição de escória no teor de 35% a 70% em massa, que lhe confere propriedades como; baixo calor de hidratação, maior impermeabilidade e durabilidade, sendo recomendado tanto para obras de grande porte e agressividade (barragens, fundações de máquinas, obras em ambientes agressivos, tubos e canaletas para condução de líquidos agressivos, esgotos e efluentes industriais, concretos com agregados reativos, obras submersas, pavimentação de estradas, pistas de aeroportos, etc) como também para aplicação geral em argamassas de assentamento e revestimento, estruturas de concreto simples, armado ou protendido, etc. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 5735. Cimento portland Pozolânico (CP IV) O cimento portland Pozolânico contém adição de pozolana no teor que varia de 15% a 50% em massa. Este alto teor de pozolana confere ao cimento uma alta impermeabilidade e consequentemente maior durabilidade. O concreto confeccionado com o CP IV apresenta resistência mecânica à compressão superior ao concreto de cimento Portland comum à longo prazo. É especialmente indicado em obras expostas à ação de água corrente e ambientes agressivos. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 5736. Cimento portland de alta resistência inicial (CP V-ARI) O CP V-ARI assim como o CP-I não contém adições (porém pode conter até 5% em massa de material carbonático). O que o diferencia deste último é processo de dosagem e produção do clínquer. O CP V-ARI é produzido com um clínquer de dosagem diferenciada de calcário e argila se comparado aos demais tipos de cimento e com moagem mais fina. Esta diferença de produção confere a este tipo de cimento uma alta resistência inicial do concreto em suas primeiras idades, podendo atingir 26MPa de resistência à compressão em apenas 1 dia de idade. É recomendado o seu uso, em obras onde seja necessário a desforma rápida de peças de concreto armado. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 5733. Cimento Portland Resistente a Sulfatos (RS) Qualquer um dos tipos de cimento Portland anteriormente citados podem ser classificados como resistentes a sulfatos, desde se enquadrem dentro de uma das características abaixo: Teor de aluminato tricálcico (C3A) do clínquer e teor de adições carbonáticas de no máximo 8% e 5% em massa, respectivamente; Cimentos do tipo alto-forno que contiverem entre 60% e 70% de escória granulada de alto-forno, em massa; Cimentos do tipo pozolânico que contiverem entre 25% e 40% de material pozolânico, em massa; Cimentos que tiverem antecedentes de resultados de ensaios de longa duração ou de obras que comprovem resistência aos sulfatos. É recomendado para meios agressivos sulfatados, como redes de esgotos de águas servidas ou industriais, água do mar e em alguns tipos de solos.
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