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Faculdade Presidente Antônio Carlos – Ubá Departamento de Engenharia Civil Mecânica dos Solos I Prof. Juliano Bertelli Benati 2018 Análise Granulométrica 1 Propriedades do solo passíveis de mensuração através de ensaios, com finalidade de classificar/identificar uma amostra, correlacionando esta com características e comportamentos dos solos; São propriedades índice: – Índices Físicos; – ANÁLISE GRANULOMÉTRICA; – Limites de Atteberg; Propriedades índices 2 • Objetivo: Agrupar partículas em diferentes intervalos de tamanhos e determinar a porcentagem relativa, em peso seco, de cada uma das faixas; • Algumas aplicações práticas na engenharia: – Seleção para materiais de construção; – Filtros de drenagem; – Material para sub-base de pavimentação; – Material para concreto; – Calculo de permeabilidade do solo; INTRODUÇÃO 3 0,074 mm (#200) – Visíveis a olho nú ESCALA ABNT Solos Finos Solos Granulares Sedimentação PeneiramentoFino Peneiramento Grosso INTRODUÇÃO 4 • NBR 6457/86 – “Amostras de solo – preparação para ensaios de compactação e caracterização”; • Preparação das amostras para ensaio de caracterização: – Secar a amostra ao ar até próximo a umidade higroscópica; – Desmanchar os torrões, evitando-se a quebra dos grãos, e homogeneizar a amostra; – Pelo processo de quarteamento, reduzir a quantidade do material até que se obtenha uma amostra representativa em quantidade suficiente; Preparação da amostra 5 • Preparação das amostras para ensaio de caracterização: – Determinar com a resolução da tabela 01 abaixo a massa da amostra seca ao ar e anotar como Mt; Preparação da amostra 6 PENEIRAMENTO Metodologia do ensaio 7 PENEIRAMENTO GROSSO: • Passar o material na peneira 2,0 mm, de modo a assegurar que somente os grãos maiores que 2,0 mm fiquem na peneira; • Lavar o material retido e secar em estufa; • Pesar o material retido e seco em estufa e anotar como Mg; • Utilizando o agitador mecânico de peneiras, passar o material nas peneiras 50, 38, 25, 19, 9,5 e 4,8 mm anotando a massa acumulada retida em cada peneira; Metodologia do ensaio 8 SEDIMENTAÇÃO: • Do material passante na peneira 2,0 mm, tomar ENTRE 120 g (solos arenosos) ou 70 g (solos argilosos) para o ensaio de sedimentação e peneiramento fino; Anotar a massa Mh e tomar 100 g para teor de umidade higroscópico • Transferir o material para um bequer e acrescentar o defloculante ( Agente dispersivo, utilizado na dispersão de solo com a finalidade de assegurar a separação das partículas); • Deixar o material em repouso por no mínimo 12 horas; Metodologia do ensaio 9 SEDIMENTAÇÃO: • Após repouso, verter a mistura para um copo de dispersão e submeter a ação do aparelho dispersor durante 15 min; Metodologia do ensaio 10 SEDIMENTAÇÃO: • Transferir o material a uma proveta, completando esta até marca de 1000 cm³; • Agitar a proveta durante 1 min e colocá-la em uma bancada plana para que sejam feitas as leituras com o densímetro; • As leituras serão de 0,5; 1; 2; 4; 8; 15;30 min 1;2;4;8;12 e 14 horas; Metodologia do ensaio 11 SEDIMENTAÇÃO: • Após cada leitura, excetuada as duas primeiras, medir a temperatura da dispersão com resolução de 0,1 ºC; • Terminada a última leitura, verter todo o material na peneira 0,075 mm; • O ensaio descrito é apenas um resumo do ensaio da NBR 7181/84; Para maiores detalhes deveremos consultar a NBR em questão. Metodologia do ensaio 12 PENEIRAMENTO FINO: A) Após ensaio de sedimentação: • Lavar o material que ficou na peneira 0,075 mm e levá-lo a estufa; • Pesar o material seco em estufa e passar no conjunto de peneiras 1,2; 0,6; 0,42; 0,25; 0,15; 0,075 mm. Anotar as massas retidas acumuladas em cada peneira. Metodologia do ensaio 13 PENEIRAMENTO FINO: B) apenas ensaio de peneiramento: • Do material passante na peneira 2,0 mm tomamos cerce de 120 g; Pesa-se o material e anota-se como Mh. Toma-se ainda cerca de 100 g para determinação do teor de umidade (w); • Lavar o material que ficou na peneira 0,075 mm e levá-lo a estufa; • Pesar o material seco em estufa e passar no conjunto de peneiras 1,2; 0,6; 0,42; 0,25; 0,15; 0,075 mm. Anotar as massas retidas acumuladas em cada peneira. Metodologia do ensaio 14 Metodologia do ensaio - Resumo 15 Cálculo das frações • Massa total da amostra seca: – Onde: • Ms = Massa total da amostra seca; • Mt = Massa da amostra seca ao ar; • Mg = massa do material seco retido na peneira 2,0 mm; • w = teor de umidade higroscópica do material passante na peneira 2,0 mm. 16 Cálculo das frações • PENEIRAMENTO GROSSO: 17 Teorema de Stokes para sedimentação • - O TEOREMA DE STOKES é válido para partículas com diâmetro entre 0,2 mm (limite superior de areia fina) e 0,0002 mm. • - Casagrande aplicou este teorema para calcular o diâmetro das partículas de solo menores que 0,074 mm (passante na #200). • - Neste teorema, partículas com diâmetro (D) sedimentam em um meio viscoso a uma velocidade (v). Este meio viscoso possui temperatura T, viscosidade μ, massa específica (ρ) conhecidos. Com isto, consegue-se determinar o diâmetro das partículas do solo e, também, a percentagem das partículas que não sedimentaram (estão em suspensão em meio viscoso), através da realização de leituras densimétricas. 18 Cálculo do diâmetro na sedimentação • Onde: – D = Diâmetro equivalente máximo das partículas em suspensão, em mm; – m = coeficiente de viscosidade do maio dispersor, à temperatura do ensaio, em g. s/cm²; – a= altura de queda das partículas correspondente a leitura no densímetro, em cm; – t= tempo de sedimentação do ensaio, em s; – rs = massa específica dos grãos, em g/cm³ – rdisp= Massa específica do meio dispersor (1.000 g/cm³) 19 • Tabela da Viscosidade Cálculo do diâmetro na sedimentação 20 Cálculo do diâmetro na sedimentação • Altura de queda (a) 21 % do material em suspensão (Qs) 22 • Calibração do densímetro % do material em suspensão (Qs) 23 Tempo (s) T (ºC) L LD m (g.s/cm²) a (cm) Lc D (mm) Qs (%) 30 23 1.023 60 23 1.022 120 23 1.021 240 23 1.019 480 23 1.015 900 23 1.011 1800 23 1.010 3600 23 1.009 7200 23 1.008 14400 23 1.004 28800 23 1.003 86400 23 1.002 Cálculo das frações • Tabela de sedimentação 24 Cálculo das frações • Onde: – N = % do material total passante na peneira 2,0 mm; – Qf = Material passante total na peneira em questão; – Msf = Meterial seco do peneiramento fino; – Mra = Material acumulado na peneira; • PENEIRAMENTO FINO: 25 Curva granulométrica 26 Curva granulométrica 27 Referencias • Notas de aula – Prof. Cátia de Paula Martins – 2012; • PINTO, Carlos de Sousa. Curso Básico de Mecânica dos Solos: em 16 aulas. 3. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2006. 367 p. • CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos solos e suas aplicações fundamentos. 6.ed. LTC, 2011. v.1. 234 p. 28
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