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Hanseníase: Patologia Bacteriana Crônica

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Hanseníase 
Lindinalva Vieira dos Santos ¹
 Elisângela de Andrade Aoyama ²
RESUMO 
 A hanseníase é uma patologia bacteriana crônica causada pelo Mycobacterium leprae também conhecida como Bacilo de Hansen sendo infectocontagiosa, e conhecida desde a época da bíblia como lepra onde que era considerada um castigo de Deus com os pecadores assim deviam ser afastadas das pessoas ficando em total isolamento de pessoas com sua saúde em condições normais, já no ano de 1873 médico Gerhard Armauer Hansen em seus estudos consegue identificar o bacilos M. leprae atacando a pele e o sistema nervoso periférico e podendo atingir outros órgãos com o decorrer da doença, em cada indivíduo é desenvolvida de forma diferente pois atinge o sistema imunológico diferentemente de cada ser, assim tendo diversas formas clinicas da doença. A sua transmissão é pelas vias áreas de um indivíduo para o outro no qual não obteve um tratamento, a hanseníase tem diversos fatores que poderia ser evitados para que não haja sua evolução, tais como fatores genéticos do hospedeiro, ambientais, estado nutricional, exposição ao M.leprae, o seu tratamento é simples todo disponibilizado pela rede pública onde e utilizado a associação de medicamentos e assim obtendo um melhor resultado em seu tratamento até mesmo o paciente tendo alta, esse tratamento feito de forma incorreta pode levar a óbito esse ser. 
Palavras-chaves: Hanseníase. Mycobacterium leprae. Bacilo de Hansen. Sistema imunológico. 
ABSTRACT
 Leprosy is a chronic bacterial disease caused by Mycobacterium leprae also known as Bacille Hansen being infectious, the known since the time of the Bible as leprosy where it was considered a punishment from God with sinners so they should be excluded people staying in complete isolation people with their health under normal conditions, since in 1873 Armauer physician Gerhard Hansen in his studies can identify the M. leprae bacillus attacking the skin and the peripheral nervous system and can reach other organs in the course of the disease in each individual It is developed differently since it affects the immune system unlike every being, thus having different clinical forms of the disease. The transmission is by way areas from one individual to another in which did not get treatment, leprosy has several factors that could be avoided so that there is evolution such as host genetic factors, environmental, nutritional status, exposure to M. leprae, its treatment is simple all provided by the public and used where a combination of drugs and thus obtaining better results in their treatment even patients with high, this treatment done incorrectly can lead to death that be.
Keywords: Leprosy. Mycobacterium leprae. Hansen bacillus. Immune system.
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1 INTRODUÇÃO
 A hanseníase sendo uma patologia histórica onde o controle da endemia nesta época era realizado todos nas residências e os pacientes no qual tinha essa doença era vítimas de preconceito, tanto por ser visível na pele e por ser considerada um castigo de Deus. Nos últimos tempos o Brasil é o país é considerado o segundo em número de casos (ARAUJO, 2003). 
Ao longo de muito tempoera tratada como “Lepra”. Já que não havia resposta de como era adquirida, eram excluídos de seu grupo de convívio qualquer um no qual contraísse a doença. A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou a portaria nº 165 de 1976 proscrevendo a palavra “Lepra” e suas derivações descritas na Lei nº 9010 de 29.03.95. 
A palavra Hanseníase veio junto com a evolução da ciência com a descoberta do agente causador bacilo no ano de 1873 pelo médico norueguês Amauer Hansen no qual foi dado o nome de bacilo de Hansen para sua homenagem. É um bacilo resistente, parasita intracelular e o único reservatório natural dele e o ser humano. (ARAUJO, 2003). 
A doença é infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, no corpo humano é acometido na pele e nervos periféricos, assim com todos os sinais e sintomas rapidamente pode ser identificada a hanseníase. Existem 4 formas na qual pode diferi-la: indeterminada, tuberculóide, dimorfa e virchowiana. Para que uma outra pessoa seja contagiosa e necessário o contato com outro indivíduo infectado não tratado. 
O período de incubação é entre 2 a 7 anos, Várias pessoas não desenvolve a patologia pelo fato de terem seu sistema imunológico alto, havendo diferenciação se houver um contato maior com o agente, ambiente e o próprio hospedeiro, a forma de diagnóstico é clínica.
2 DESENVOLVIMENTO
 A hanseníase é uma doença crônica e infecciosa, atinge a pele e os nervos periféricos, com suas peculiaridades variadas. Bactéria causadora e a Mycobacterium leprae, com dois ou mais fenótipos é para que seja identificado como estáveis ou instáveis será seus tipos vichorwiana, tuberculóide e a dimorfa. Sendo contraída pelas vias respiratórias que entra em contato direto com pessoas que contem a doença e não realiza o tratamento onde seu sistema imunológico esteja baixo. (SECRETARIA DE SAÚDE, 2015).
A patologia nos dias de hoje é mais encontrada em países de menor desenvolvimento e pobres onde o saneamento básico seja o mínimo, ainda que esteja em estudos avaliasse que a propagação é o agravamento vem também até mesmo de outras infecções bacterianas, sua prevalência e em ambientes úmidos é quentes, a hanseníase não e dominante de apenas um sexo e sim de todos os seres humanos. (OLIVEIRA,2012). 
2.1 Formas clinicas 
2.1.1 Hanseníase Indeterminada
A hanseníase indeterminada é o estágio inicial da patologia onde não e demonstrado precisamente lesões na pele, ou atingir outro órgão ou partes do corpo, única forma de sinais e sintomas é a sensibilidade, sendo não contagiosa essa forma da doença. (OLIVEIRA, 2012).
2.1.2 Hanseníase Tuberculóide 
A Tuberculóide é diagnosticada com a demonstração de lesões ou a alteração da cor para cobre, com a alta sensibilidade chega a atingir os membros dos nervos superficiais ou até mesmo os profundos, assim afetando o sistema neurológico não chega atingir a pele e outro órgãos internos. (OLIVEIRA,2012)
2.1.3 Hanseníase Dimorfa
A dimorfa é muitas vezes confundida com a hanseníase tuberculóide e a vichorwiana pelo fato de seu diagnostico ser muito idêntico com elas. Sua principal característica e a imunodeficiência, contendo muito mais lesões, a sensibilidade já não e tão importante. Essas lesões neurais são mais graves atingindo sempre um ou mais troncos nervoso. (MILANEZ,2012)
2.1.4 Hanseníase Virchorwiana
 Antes que apareça os sinais e sintomas da patologia, o organismo age de forma demorada o avanço da doença além de atacar o troncos nervosos e outros órgãos. As partes onde há comprometimento maior é os braços, o dorso das mãos e todas as extremidades dos membros superiores quanto inferiores causando inchaços é feridas. (MINISTERIO DA SAÚDE,2015). 
Entre todas as formas da hanseníase a virchorwiana é a que tem o contagio maior, para que haja esse contagio e necessário que o indivíduo tenha um contato direto e demorado com um paciente infectado pela patologia. (OLIVEIRA,2012)
2.2 Reações Hansênicas 
As reações hansênicas seria o quadro agudo no qual acontece com as modificações no sistema imunológico que acontece de modo súbito quebrando as formas crônicas da doença, podendo causar inflamações maiores e assim atingindo os nervos periféricos um dos maiores fatores para essas reações e o diagnóstico tardio da doença podendo assim ser inconvertível. (RODRIGUES,2014)
 Qualquer forma clínica da hanseníase pode ocorrer alguma reação hansênica, seja ela ao longo do tratamento o após, tento vários exemplos de Reações, tais como: Tipo 1 ou reação reversa (RR) ocorrendo lesões novas ou alterações nas lesões já formadas e dores nos nervos. Tipo 2, aparecimento de nódulos na pele lancinante, com alta temperatura ou até mesmo com a temperatura normal e dores articulares. (AZEVEDO,2014)
2.3 Tratamento
Após feito o diagnóstico é necessário que seja iniciado rapidamente o tratamento com os medicamentos sendo que paracada forma clinica escolhera um método de tratamento, para a forma menos grave usa-se os medicamentos dapzona, clofazimina e rifampicina sendo necessário decidir o tipo de tratamento que o paciente utilizará, quando a do durante um curto prazo de no máximo 6 meses. Já nas formas graves da hanseníase o tratamento será realizado com os mesmos medicamentos porém a duração do tratamento e alterado para 1 ano ou mais. (Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal,2007). 
Em pacientes com idade de 15 anos já pode ser utilizado os medicamentos com uma dosagem mensal de Rifampicina 600mg, Clofazimina 300mg e Dapsona 100mg, com dose diária de Clofazimina de 50 mg e Dapsona de 100mg. Cada dose e administrada com 28 dias após a primeira administração do medicamento e assim sucessivamente com as demais dosagens durante todo o ano de tratamento. (OLIVEIRA,2012). 
Como todo uso continuo e por muito tempo de qualquer tipo de medicamento, no tratamento contra a hanseníase não há diferença pode ocorrer feitos colaterais, podendo ser reações alérgicas, e necessário o uso de tratamento alternado, já os efeitos colaterais tais como mudança da cor da urina, ou mudança na cor da pele, não precisa necessariamente suspender o tratamento porque são efeitos que com o termino do tratamento desaparecerá naturalmente. (RODRIGUES,2014)
O tratamento pode gerar efeitos colaterais graves, sendo os mais frequentes: reações alérgicas agudas a um dos fármacos e icterícia, nesses casos o paciente deverá suspender o tratamento e procurar um centro de referências. Quando a surgimento de efeitos colaterais secundários como: urina em tom avermelhado decorrente do uso da Rifampicina ou alteraçoes da cor de pele pelo uso da Clofamizina, o tratamento não deverá ser suspenso, pois estas alterações desaparecerão ao findar o tratamento. (ABREU,2012).
2.3.1 Vacina
As vacinas também e uma forma de tratamento, onde pode ser administrada a vacina quando o contato seja em casa e ainda não haja sinais e sintomas da doença sabendo que não é uma vacina especifica para a hanseníase grave, certifica-se que a BCG (Bacilo de Calmatte-Guerin) é uma forma sim de defesa do organismo contra a Mycobacterium leprae. 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante muitos anos a hanseníase era conhecida como lepra, onde para muitos era considerado um castigo de Deus com os pecadores, onde havia muito preconceito é as pessoas na qual tinha sido infectado pela bactéria morria solitário, pois não havia uma forma de cura-los a não ser esperar a hora da morte, com o passar dos anos veio o avanço da saúde e assim o médico Gerhard Armauer Hansen, bacteriologista no ano de 1873 veio com a descoberta da bactéria Mycobacterium leprae, assim mudando seu nome para hanseníase, que veio para quebrar todo o preconceito com que havia com os pacientes que tinha a doença.
A hanseníase começou a ter cura após anos de estudos e para que se possa ter uma vida normal após a infecção é necessário cumprir com todo tratamento que pode durar de seis meses a um ano, até que seja eliminado toda forma da patologia no organismo e necessário continuar com o acompanhamento médico. 
Para que possa ter uma promoção, prevenção e proteção contra a hanseníase e necessário que toda a sociedade saiba como se prevenir e evitar o contato com a bactéria assim podendo evitar um epidemia na sua comunidade e se houver algum contagio poder cuidar de forma étnica sem nenhum preconceito e assim tendo uma cura total da doença nesse paciente infectado. 
3 REFERÊNCIAS 
OLIVEIRA, W.K. Doenças Transmissíveis De Relevância Para A Saúde Pública Hanseníase. Disponível em: <http://pt.slideshare.net/wkoliveira/hansenase-13880520>. Acesso em: 13 de nov de 2015.
AZEVEDO, Y.B. Hanseníase: Do Conceito Ao Tratamento. Disponível em <http://pt.slideshare.net/saramoura5/hansenase-tcc>. Acesso em: 10 de nov de 2015. 
MILANEZ, M.A. Hanseníase: diagnóstico e tratamento. Disponível em: < http://files.bvs.br/upload/S/1413-9979/2012/v17n4/a3329.pdf>. Acesso em: 13 de nov. de 2015. 
MINISTERIO DA SAÚDE. Hanseníase Descrição Da Doença. Disponível em: < http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/705-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/hanseniase/11294-descricao-da-doenca>. Acesso em: 13 de nov. de 2015. 
Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal. PROTOCOLO DE ATENDIMENTO EM HANSENÍASE. Disponível em: < http://www.saudedireta.com.br/docsupload/134006456000001230.pdf>. Acesso em: 13 de nov. de 2015. 
 1 Graduanda de Enfermagem da Faculdade Juscelino Kubitschek, Brasília, Distrito Federal. E-mail: Lindinalvaenfermagem@gmail.com 
2 Professora Titular do Departamento de Enfermagem da Faculdade Juscelino Kubitschek. Mestranda em Engenharia Biomédica; Pós-graduação (Lato sensu) em Docência do Ensino Superior e Gestão em Educação Ambiental; Graduação em Ciências Biológicas. Brasília, Distrito Federal. E-mail: eaa.facjk@gmail.com

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