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Regras do regime fechado

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Regras do regime fechado – Art. 34 
Regime mais gravoso. Em regra, é aplicado para condenações acima de 8 anos ou quando a lei especial assim prevê (expressa no tipo penal). O condenado, em regra, não pode sair do presídio. A exceção é para trabalhar em obras públicas cumprindo os requisitos do art. 37 da LEP. Há a possibilidade de saídas temporárias, sob aprovação. A cada 3 dias de trabalho, remite-se 1 da pena, o condenado tem direito a salário de, no mínimo, ¾ do salário mínimo. A LEP diz que o preso deve ficar em cela individual. 
- Regras do regime Semi-aberto – Art. 35 
Normalmente para apenados entre 4 e 8 anos. Deve ser cumprido em colônia agrícola ou industrial ou local similar. O condenado deve executar tarefas. Pode trabalhar ou estudar fora da colônia, mas dorme e passa os fins de semana nela. Pode ficar em celas coletivas. 
- Regras do regime aberto – Art. 36 
Geralmente para apenados até 4 anos. O condenado deve trabalhar ou estudar, mas este não remite a pena. A pena deve ser cumprida em colônia de albergado. Cabe dizer que não se trata de prisão domiciliar, que é um benefício. A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS. - STF, Súmula vinculante 56. 
* Regime Diferenciado (Solitária) 
Previsto no art. 52 da LEP (Lei 7.210 de 11/06/84), é uma forma especial de cumprimento da pena no regime fechado, que consiste na permanência do preso em sela individual, com limitação ao direito de visita e de saída da cela. Pode ser visto, quanto à natureza, como uma sanção disciplinar ou como medida de cautela. Pode ser aplicado à presos provisórios ou condenados, respeitados os termos do artigo Progressão de regime De acordo com o art. 112 da LEP, a execução da pena é feita de forma progressiva. A lei exige dois critérios para concessão do benefício, o primeiro de caráter objetivo e o segundo de caráter subjetivo. - Cumprimento mínimo 1/6 da pena (Critério Objetivo) Não se admite, de acordo com a Súmula 491 do STJ, a progressão per saltum. De acordo com a súmula 715 do STF, para fins de progressão de regime não se considera o limite de 30 anos, mas sim, o total da pena aplicada. A lei de crimes Hediondos, lei 8.072/90, em seu art. 2º, estabelece que para progressão de regime o condenado primário deve cumprir 2/5 da pena enquanto o reincidente deve cumprir 3/5. Se o crime foi cometido antes da alteração de 2007, mesmo tratando-se de crime hediondo, o apenado deverá cumprir 1/6 da pena, mesmo que a sentença, seja proferida posteriormente a 2007. - Bom comportamento Carcerário (Subjetivo) Obs.: Súmula Vinculante nº 26 Regressão de Regime – Art. 118, LEP, Lei 7.210/84 Requisitos nos art. 39, 50 e 51 da LEP Da mesma forma que o condenado pode progredir de regime a pena poderá ser executada de forma regressiva, com transferência a regime mais restritivo. Diferente da progressão, a regressão pode ser per saltum, ou seja, pode passar diretamente do regime aberto para o fechado. A regressão está prevista no art. 118 da LEP, desde que ocorra as hipóteses previstas no referido artigo. Art. 118, I: Cometimento de fato definido como crime doloso – não há necessidade para incidência do inciso I que exista processo ou condenação. Ou cometa falta grave, de acordo com a previsão dos art. 50 e 51 da LEP. Art. 118, II: Condenação posterior, cuja pena aplicada somada a pena em execução exija regime mais severo, por força do art. 111, parágrafo único da LEP. Na hipótese do inciso I a regressão não é automática, sendo necessária a instauração de um procedimento administrativo para averiguar a ocorrência, possibilitando ao condenado a exercer o seu direito de defesa, conforme Súmula 533 do STJ. Súmula 534 do STJ: O cometimento de falta grave interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime, que reinicia a contar a partir do cometimento da falta grave dessa infração. Ler súmula 535 do STJ. Remição de pena Remitir significa descontar, abater, pelo trabalho ou pelo estudo realizado dentro do sistema prisional para o sistema a ser cumprida. O art. 31 da LEP estabelece que o condenado a pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho de acordo com as suas aptidões. O trabalho só não é obrigatório para os presos provisórios – parágrafo único do art. 3, e para os presos por crime político – art. 200 da LEP. O trabalho do preso será remunerado mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a ¾ do salário mínimo. Para a contagem do tempo de abatimento da pena será considerado à razão de 1 dia de pena a cada 3 dias trabalhados. Tratando-se de remição pelo estudo, é abatido 1 dia de pena para cada 12 horas de frequência escolar, em qualquer grau de ensino, que pode ser dividido em, no mínimo, três dias.

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