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FICHAMENTO - Edição Jornalística

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Centro Universitário Hermínio da Silveira
Barra da Tijuca – Rio de Janeiro
Trabalho: Fichamento do livro ‘Guia de Edição Jornalística’
Nome do autor: Luiz Costa Pereira Junior
Título da Obra: Guia de Edição Jornalística
Número da Edição: 6
Cidade: Petrópolis, Rio de Janeiro
Ano de Publicação: 2006
Editora: Vozes
Rio de Janeiro
2017
Nome: Cayo Pereira Tinoco de Carvalho Matrícula: 2016101596
Disciplina: Produção de Jornal Professora: Luciana Almeida
O livro de Luiz Costa Pereira Junior tem por função auxiliar e ensinar técnicas de edição para jornalistas, tanto formados quanto em formação. Dividido em duas partes principais, em nove capítulos e em inúmeros sub-temas, a obra é uma peça importantíssima na vida de um profissional, tendo em vista que todo jornalista que se preza tem que buscar saber mais e mais a cada dia, tanto na área profissional quanto no pessoal.
Parte I – Valores da Edição
Capítulo 1 – Couraça de Caráter
Já no primeiro parágrafo do livro, aparece a síntese do que é ser um editor.
“Ser editor é um teste de caráter. Pelas decisões a que é obrigado a tomar em nome do público. Pelas redações que mantém com fontes e com a estrutura da empresa de informação. Da cadeira produtiva da informação, é ele quem talvez mais revele de si na operação do próprio trabalho, quaisquer que sejam suas obrigações, se atividade-fim o atividade-meio. Por atividade-fim do editor entendamos seu exercício jornalístico propriamente dito. Coordenar a cobertura e fechar a edição são algumas. Já sua atividade-meio é gerencial.” 
(JUNIOR PEREIRA, Costa Luiz. Pág 21)
Com teste de caráter, pode se entender que não necessariamente o editor manipulará informações e sim passá-las da forma que ele ou a gerência do jornal achem adequado para seus interesses econômicos ou políticos, ou para o interesse do seu público.
Um editor tem que lidar quase que diariamente com inúmeras decisões a se tomar. Parte dessas decisões tem como a teoria do Gatekeeper como base. Subjetivar, avaliar e entender o que deve passar para publicação de acordo com a ideologia ou com a intenção do jornal é um desafio e tanto.
“Gatekeepers são, em resumo, as formas de controle da informação criadas pelos veículos. [...] O jornalista, soldado raso, tem atenuada sua responsabilidade ante valores e instâncias superiores na cadeia produtiva da informação.” 
(JUNIOR, PEREIRA, Carlos Luiz. Pág 33)
Capítulo 2 – Ética do Editor
A ética é algo intrínseco no perfil de um jornalista profissional. Saber o jeito de lidar com uma fonte que pede sigilo, saber a função social que o jornalismo tem, que uma notícia pode mudar a vida de milhares de pessoas, por exemplo.
“Para muitos círculos profissionais, jornalismo é motor social, capaz de fortalecer o pluralismo, garantir a transparência, reafirmar a cidadania.” 
(JUNIOR PEREIRA, Carlos Luiz. Pág 41)
“É a conduta que adotamos, mesmo quando não somos forçados por lei. A definição é simples, formal, quase neutra: dizer que a ética é uma espécie de autogestão de princípios não nos comunica muito sobre os princípios propriamente ditos.”
(JUNIOR PEREIRA, Carlos Luiz. Pág 42)
“Se ética é habito que ajuda a agir em relação ao outro, então depende de disciplina individual. No jornalismo, é exercício diário da própria independência, nossa como de todos com quem interagimos. A credibilidade da imprensa pode, no fundo, vir da confiança que o público tem de ser respeitado, quando virar notícia. Por isso, o jornalismo só fará sentido como ressonância da comunidade, e não tribuna para lados que se desmentem. O compromisso é mais amplo: com a sociedade, o cidadão, seus direitos, seu esclarecimento. [...] Trabalhar mal é, de saída, ser antiético, pois terá efeito em múltiplos atores.” 
(JUNIOR PEREIRA, Luiz Carlos. Pág 46 e 47)
Capítulo 3 – Dilemas Editoriais
Os desafios da vida de um editor numa redação são sempre muito complicados. Saber gerenciar sua editoria, escolher uma pauta pra subir e ser o que acaba por derrubar uma pauta... Ser editor é ser sereno e firme nas decisões que vierem a ser tomadas. Além da relação com os repórteres, há a relação com as fontes. Além da ética, já citada, é comum certas fontes não aceitarem a falar sobre assuntos diversos, o que é de total direito delas.
“Já durante a entrevista, a fonte pode, legitimamente, recusar-se a responder perguntas que considere impróprias ou desrespeitosas; conhecer a origem de acusações anônimas se tiver de comentá-las; designar porta-voz ou até omitir fatos (o que não significa mentir).” 
(JUNIOR PEREIRA, Carlos Luiz. Pág 57)
Atualmente, o momento político do Brasil deu voz as gravações clandestinas, se podemos chamar assim. Quando feita pela polícia, é algo natural e embasado na lei na busca de provas, desde que os grampos sejam registrados como legais pelo órgão competente. Já se o ato é feito por um jornalista em busca de informações ou de investigar algum fato, é algo ilegal. 
“A questão não é simples. Como imprensa não é polícia, não é responsável nem tem amparo legal para substituir o papel da polícia de investigar crimes.”
(JUNIOR PEREIRA, Carlos Luiz. Pág 67)
Parte II – Técnicas de Edição
Capítulo 4 – O Planejamento da Notícia
Usando o exemplo da cobertura do seqüestro do ônibus da linha 174, em 2000, na Zona Sul do Rio de Janeiro, pelos veículos de imprensa. O autor do livro mostra como os jornais abordaram o acontecimento trágico nas suas edições, potencializando o O Globo com a melhor cobertura.
“O diferencial de O Globo foi o banho de planejamento. A edição teve a felicidade de escolher para a primeira página a foto feita por Luis Bittencourt (que mostra Sandro vivo no camburão da Polícia Militar ao ser capturado), prova do despreparo policial [...] O jornal carioca usou sete páginas na cobertura, a começar pela capa, excepcionalmente temática. Em seguida, a edição concentrou a cobertura do caso da página 15 a 20. Pela divisão de assuntos por página, deduz-se o cuidado com o planejamento.” 
(JUNIOR PEREIRA, Carlos Luiz. Pág 80 e 81)
“O Globo mostrou que o planejamento de edição implica a preocupação em abordar um episódio em seus vários aspectos. O jornal evidenciou o que a TV deixou escapar, mesmo com mais recursos. O bandido da TV ficou restrito à sua notoriedade, mas limitado a quase nenhuma identidade. Tem manchete, não história, pois sua humanidade some à luz de seu crime. O jornal revelou-se o lugar da humanização dos personagens e das situações, expôs a fragilidade e as contradições do sistema repressor, da autoridade pública. Envolveu o caso de racionalidade, coerência e uniformidade que ele, caótico e imprevisível por natureza, provavelmente não teria, traço que terminou acentuado pela cobertura televisiva.”
(JUNIOR PEREIRA, Carlos Luiz. Pág 82)
Mostrando todas as vertentes de um bom planejamento, o autor mostra como um editor de jornal deve se comportar ao estruturar uma notícia ou reportagem. Dando ênfase a manchete, a colocação de uma foto de impacto e sintetize o que vem a ser escrito, a colocação de retrancas inteligentes e coerentes, além de um texto completo e repleto de informações relevantes. Tudo para que a reportagem ou notícia seja na mais pura perfeição.
Mas obviamente o planejamento não é apenas na hora de publicar a notícia, também deve haver um planejamento na cobertura de um acontecimento. O envio do repórter até o local do fato que será noticiado. Dependendo do veículo, a quantidade de equipamento que será levado. Agenda de fontes, definição de quem serão os entrevistados, a produção de uma pauta para ajudar o repórter na cobertura.
Capítulo 5 – Informação a Olho Nu
O layout de uma página de jornal não é feito aleatoriamente. Qualquer imagem que seja colocada, uma manchete no centro da página, ou até uma capa de protesto, como foi a capa do jornal carioca Meia Hora no dia seguinte a semifinal da Copa do Mundo de 2014, após a derrota histórica da seleçãobrasileira por 7 a 1 para a Alemanha (uma capa negra, sem imagens, com apenas a frase “Não vai ter capa”.
“Todo design gráfico, cada planejamento visual da página impressa, emite informação sobre o material diagramado e a identidade de quem distribuiu os elementos no espaço daquela maneira, não de outra. A disposição dos elementos nunca é aleatória. A significação ali contida poderia ser diferente se outro o fizesse. É enunciação, que denuncia o enunciador – essa entidade plena de personalidade, não é a expressão de pessoa, mas do produto coletivo, o veículo. Títulos, fotos, cada matérias isolada e sua posição na página, todos os enunciados, autônomos. O conjunto, o que eles comunicam ao serem organizados numa dada apresentação, emite também ele uma mensagem, o que especialistas caracterizam por enunciação.”
(JUNIOR PEREIRA, Carlos Luiz. Pág 98)
“Em geral, essa totalidade é associada à teoria do espelho, segundo a qual o jornalismo mantém uma postura neutra sobre os fatos. Uma disposição mais desorganizada dos elementos de uma página, sob tal lógica, poderia dar sensação de descuido com a qualidade das informações. A padronização visual, assim, organiza o material de modo a que cada pagina seja a personificação do veículo inteiro. O padrão, no entanto, é personalizado, estabelece a identidade, expressa a imagem publica do veiculo. A forma que assume um titulo, por exemplo, vai tornar a pagina mais dinâmica e viril, mas principalmente define a leitura que o produto faz dos assuntos que cobre.” 
(JUNIOR PEREIRA, Carlos Luiz. Pág 99)
“A interpretação é tão decisiva para a configuração visual da página como o é a percepção. Mas o planejamento visual, o design gráfico, a diagramação mais profissionalizada foi profundamente influenciada por uma tradição estética e de estudos calcados na percepção.”
 (JUNIOR PEREIRA, Carlos Luiz. Pág 102)
Capítulo 6 – Edição de Fotos
Uma imagem vale mais que mil palavras, mas no jornalismo, a imagem e as palavras andam de mãos dadas. Um texto coerente com uma bela foto é a síntese de um artigo/noticia/reportagem perfeito. A arte do fotojornalismo sempre foi uma vertente muito importante na história dos periódicos, pois a imagem sempre trouxe uma credibilidade maior as noticias colocadas nos veículos.
“Fotojornalismo é também construção elaborada por um profissional, resultado de uma operação de sentidos por sua vez afetada pelos limites do quadro e do visor e valorizada conforme certas convenções. As escolhas da lente, do diafragma e da própria câmera afetam o resultado. É da natureza do fotojornalismo buscar o acaso no instante significativo – o que não poderia ser outro -, o momento em que um ato desperta o olhar distraído. O instante significativo, no entanto, é recortado pelo fotógrafo. E pelo editor.” 
(JUNIOR PEREIRA, Carlos Luiz. Pág 111)
“Ao fotografar, o profissional não pensa só no que é registrado, como na significação que aquela imagem transmitirá a quem veja. Para produzir sentido, a imagem depende do repertorio de quem fotografa, edita e vê a cena paginada – e esses olharem são considerados no processo de produção. A edição traz fragmentos congelados, mas confere lógica própria à imagem. Expõe a cena e, simultaneamente, o trabalho estético e profissional. É construção e também flagrante, é registro e é artifício, testemunho e invenção.” 
(JUNIOR PEREIRA, Carlos Luiz. Pág 112)
Trazer uma imagem conjunta ao texto valora demais o trabalho do repórter. O contexto de uma notícia pode ficar vago a quem estiver lendo, mas caso haja uma imagem, o leitor consegue visualizar a situação ou o que aconteceu.
“Toda mensagem, visual ou não, é modificada pelo contexto. Não é raro o caso em que o texto, por melhor e mais informativo, perde importância e espaço na pagina por falta de imagem. Assim, uma matéria frágil ganha vitalidade com uma boa foto, que pode torná-la praticamente um texto-legenda. A dependência contextual é o rei nu de Millôr Fernandes: “uma imagem vale mais que mil palavras”, mas ninguém conseguiria dizer tal frase por imagens! Mas tampouco mil textos conseguiriam esgotar a significação de uma imagem. Principalmente na imprensa, são complementares, não excludentes.” 
(JUNIOR PEREIRA, Carlos Luiz. Pág 113.)
Por outro lado, voltando a falar de ética, o fotojornalista também deve ser ético. De maneira nenhuma ele deve editar ou manipular uma imagem que será publicada, mudando totalmente o sentido e o contexto da foto.
“Se não é confiável per si, a foto na imprensa implica o esforço de torná-la relevante. A edição de fotos pode criar mitos, farsas, montagens de cena que o observador comum não percebe. Ela estabelece um olhar sobre a realidade que registra. O fotógrafo trai seu ponto de referência, classe social, campo de atuação profissional e preconceitos. O fotógrafo pode reinventar o mundo do qual seria testemunha impessoal e dar-se ao luxo de plasticidades e abstrações que estilizam a realidade e moldam a vida à imagem e semelhança das intenções e interesses editoriais [...] É preciso ter critério para saber se uma foto é significativa, se, dos efeitos produzidos nos leitores pela imagem, estão os desejados pelo editor. Seu sentido será dado pelo lugar que ela ocupa na página, sua relação com o texto e a legenda, o diálogo da cena com outras da mesma página, pelo paralelo com as fotos sobre o mesmo fato editadas em outros veículos.”
(JUNIOR PEREIRA, Carlos Luiz. Pág 123)
Capítulo 7 – O desenho da informação
Uma reportagem/notícia com dados estatísticos deixa a leitura maçante, disso não há dúvidas. Por isso, existem infográficos, que ajudam os leitores a entenderem de forma simplificada, prática e didática o assunto que está sendo tratado pelo artigo.
“O infográfico é a informação jornalística em linguagem gráfica. Não é ilustração. É arte estatística, imagem informativa, noticia visual, a expressão iconográfica de fatos, a explicação do funcionamento de algo ou a conceituação de um objeto. Diferentemente da ilustração, o infográfico é uma unidade plena e autônoma. Tem lide, deve suportar informação para a compreensão do acontecimento, sem necessidade de outros recursos.”
(JUNIOR PEREIRA, Carlos Luiz. Pág 125)
O editor deve tomar cuidado quando usar o infográfico. Deve atentar para as informações nele contidas: a confirmação de todos os números, a coerência do gráfico em relação as informações do texto, os destaques devem ser relevantes, a conversão de quilômetros/temperatura de forma correta, a simplicidade, clareza e, obviamente, o conteúdo incluso.
“Infográficos são muitas vezes encarados como um elemento qualquer de arte na página. Na contramão do equivoco, eles mantêm funções bem específicas quanto à finalidade da informação e quanto à sua aplicação nas paginas impressas ou na tela. O tipo de necessidade informativa define qual o infográfico mais adequado a ser usado.”
(JUNIOR PEREIRA, Carlos Luiz. Pág 129)
Capítulo 8 – O acabamento da notícia
A manchete é aquilo que te prende, que te chama pra notícia. Um manchete bem feita pode garantir a venda de muitos jornais ou, nos dias de hoje, muitos cliques no site.
“Os títulos nasceram desse processo, como um fato muito recente na história da imprensa e uma peça de ‘venda’ da informação. A manchete, para se ter idéia, tem pouco mais de um século de existência – e surgiu como apoio à sensacionalização dos fatos que fazem vender mais jornais. 
Para facilitar a leitura da massa de trabalhadores que usava bondes e coletivos e, com isso, turbinar as vendas de seu penny-press World, o mandarim da imprensa norte-americana Joseph Pulitzer aumentou o tamanho das letras de títulos, criando a hoje vulgarmente conhecida como manchete. E isso só ocorreu com a proximidade do século 20, entre 1895 e 97”
(JUNIOR PEREIRA, Carlos Luiz. Pág 138)
“Por ser um enunciado relâmpago e uma marca de identidade, todo título induz a compreensão do relato contido no texto – pois a síntese é sempre uma repartição seletiva de um todo.Na posição de ‘superlides’, condensam o sumário da história. [...] Por isso, o título processa uma interpretação do texto, que dirige o entendimento do publico sobre a noticia. Denuncia, na pratica, como o veiculo pensa o assunto retratado. É opinião decantada, bem disfarçada, em emissão neutra.”
(JUNIOR PEREIRA, Carlos Luiz. Pág 148.)
Além da manchete, outra coisa que chama bastante atenção quando se bate o olhar em um texto de jornal ou de web, é o olho. Aquela frase em destaque, geralmente uma frase de efeito ou uma frase polemica.
“O apelido ‘olho’ é não só metafórico como premonitório: ele está na página para ver o detalhe que escapou à titulação que o subordina.”
(JUNIOR PEREIRA, Carlos Luiz. Pág 152)
Mais um detalhe que muitas vezes passa despercebida é a legenda das fotos. Por mais obvia que possa parecer a imagem, uma legenda clara e bem colocada, pode enfatizar mais ainda a informação na cabeça do leitor.
“Toda legenda, por princípio, completa a informação que uma foto foi incapaz de fornecer, por mais reveladora que ela seja. Amplia a compreensão da imagem, sem ser redundante. Faz isso ao chamar atenção para detalhes que passariam despercebidos ou ao contextualizar a cena. Tem não raro um forte poder sugestivo, capaz de influenciar o leitor ou induzi-lo a erro.”
(JUNIOR PEREIRA, Carlos Luiz. Pág 155)
Capítulo 9 – A Gerencia da Informação
O editor é o cara da redação que todos conhecem. Ele vai desde os repórteres até os chefes do jornal. Pode ser considerado o mais polivalente da redação, mas seu trabalho vai além da convivência com seus colegas.
“Gerenciar a cultura interna implica o modo como o editor opera valores éticos e profissionais, encara certas notícias, prepara o tom e o enfoque a ser dado. Cabe a ele, mais do que ninguém, a responsabilidade de pensar os projetos estratégicos e fazer o controle de qualidade sobre o produto, nas mais diversas fases. Ele faz a defesa da linha editorial enquanto avalia o tratamento dado à informação, por meio de avaliação crítica sobre o próprio trabalho e de um sistema de sondagem sobre o consumidor de sua informação.”
(JUNIOR PEREIRA, Carlos Luiz. Pág 157 e 158)
O editor administra recursos financeiros, humanos e de infra-estrutura. Faz controle de borderô, verbas de viagens, define critérios profissionais conforme o talento de cada integrante da equipe de reportagem, além de gerenciar o ambiente para não deixar um clima pesado na redação e monitora a escala, horário de produção, os equipamentos e recursos de tecnologia disponível.
Por conta das exigências administrativas, o editor deve deter a característica de liderança nas atividades não-gerenciais, a capacidade de negociar com diversos setores da empresa, ser capaz de gerenciar recursos financeiros, e a disponibilidade para ouvir os leitores.
“Essas características conduzem a uma ordem de preocupações ‘industriais’ que consome parte considerável do trabalho editorial e dá um caráter administrativo à função, para a qual profissionais do ramo raramente se vêem preparos ao longo de sua carreira. A forma como a corporação é gerida dirá como o trabalho será executado. O modo como a noticia virá a publico será diretamente influenciado pelo contexto externo, pelas interfaces internas e pela inserção de mercado da empresa jornalística.”
(JUNIOR PEREIRA, Carlos Luiz. Pág 159)
Atualmente, os editores são enormemente cobrados. Praticamente sozinhos, são responsáveis pelo funcionamento de uma editoria ou de uma redação inteira. Se uma vírgula for mal posta no jornal, quem irá responder pelo erro serão eles. Se o nível de qualidade e de vendas de um jornal cair ou um site perder números de views e cliques, os editores sempre serão os primeiros a serem responsabilizados, por conta de que tudo que sobe para o jornal/site passa pelo olhar e pelas mãos do editor.

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