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Farmacovigilância: Detecção e Prevenção de Efeitos Adversos

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FARMACOVIGILÂNCIA 
Fatos históricos
 1890 após a morte de uma jovem de 15 anos. -
fibrilação ventricular em razão do uso de clorofórmio 
como anestésico.
Implantou-se : Notificação espontânea de RAM
 1937 – elixir de sulfanilamida, devido ao veículo-
etilenoglicol - 100 mortes nos EUA (insuficiência 
renal).
FDA passou a exercer controle mais rigoroso dos 
medicamentos , exigindo testes clínicos antes do 
registro.
Tragédia da talidomida
Fabricante do medicamento: empresa alemã 
Chemie Grunenthal
• Comercialização: 1957
• Indicação: antieméticos para gestantes→ má 
formação congênita 
(Síndrome da Focomelia)
• 1961 – mais de 10 000 
casos de teratogenia
• Hipócrates : ”primum non nocere”
– ensaio clínico fase 4
– mecanismo de proteção à saúde
– qualidade da prescrição
– verificar alterações de medicamentos e efeitos 
indesejáveis
– importante notificar aos organismos competentes
– equipe: farmacêutico, médico e enfermeira 
FARMACOVIGILÂNCIA
FARMACOVIGILÂNCIA
Definição : Ciência farmacológica relacionada a 
detecção, avaliação, comprensão e prevenção de 
efeitos adversos de medicamentos (OMS 2002).
• Atualmente : inclui também quaisquer eventos 
adversos (agravos à saúde) , devido a erros de 
medicação, desvio da qualidade dos medicamentos, 
RAM, interações medicamentosas e intoxicações .
FARMACOVIGILÂNCIA
• Uso racional de medicamentos (URM) deve 
ser exercido por todos profissionais da saúde 
e pelo paciente. 
• Conceito mais amplo avalia relação 
risco x benefício no plano terapêutico. 
FARMACOVIGILÂNCIA NO BRASIL
• 1997 Sistemas de Notificação Voluntária de 
Reações Adversas a Medicamentos
• Implantação : 1998- PNM ( Política Nacional 
de Medicamentos ) garantir a necessária 
segurança, eficácia e qualidade dos 
medicamentos, promoção do uso racional e o 
acesso da população aos medicamentos 
considerados essenciais.
. 
FARMACOVIGILÂNCIA
• 2001- Brasil passa a ser 62º membro oficial do 
Programa Internacional de Monitorização de 
Medicamentos com sede na Suécia – OMS 
• 2001-ANVISA cria o Centro Nacional de 
Monitorização de Medicamentos .
• 2002- Hospitais Sentinela (100).
• 2005- Farmácias Notificadoras.
ALERTAS
• Janeiro/ 2005 - FDA : Casos de depressão 
respiratória em crianças foram observadas 
durante a fase pós-mercadológica do produto 
Fenergan.
• Está contra-indicado o uso deste produto em 
crianças com idade inferior a 2 anos.
• Cuidados devem ser tomados também 
quando da administração em pacientes 
pediátricos com idade superior a 2 anos. 
ALERTAS
• Fevereiro / 2005 – FDA solicitou a inclusão de 
um alerta no produto Tiagabina (utilizado 
para tratamento de distúrbios psiquiátricos)
• Alerta sobre o risco de causar convulsões em 
pacientes não epilépticos. 
Nenhuma droga é 100% segura em 
100% dos pacientes
PREVENIR 
DOENÇAS
TRATAR 
DOENÇAS
EFEITOS 
PREJUDICIAIS
MEDICAMENTOS
Avaliação do risco
Prevenir/avaliar 
/curar 
enfermidade
Efeitos 
indesejáveis/ 
maléficos/ 
danosos
TIPOS DE REAÇÕES ADVERSAS
Página 64
Tipo de reação Característica Exemplos
A (aumento)  Relacionado a dose
 Comum
 Relacionado a um efeito farmacológico da droga
 Esperada
 Baixa mortalidade
Efeitos tóxicos: dor de cabeça causada por
antagonista de Cálcio (vasodilatação)
Efeitos colaterais: efeitos anticolinérgicos de
antidepressivos tricíclicos
B (bizarro)  Não relacionado a dose
 Incomum
 Não relacionado a um efeito farmacológico da droga
 Inesperada
 Alta mortalidade
Reações imunológicas: hipersensibilidade à
penicilina
Reações idiossincráticas: porfiria aguda,
hipertemia maligna, pseudoalergia (ex rash
cutâneo em uso de ampicilina)
C (crônico)  Relacionada a dose e ao tempo de uso
 Incomum
 Relacionada ao efeito cumulativo do fármaco
Efeitos tromboembólicos com o uso de
anticoncepcional
infarto agudo do miocárdio com Rofecoxibe
D (atraso, inglês delay)  Relacionada ao tempo de uso
 Incomum
 Normalmente relacionada a dose
 Ocorre ou aparece algum tempo após o uso do
medicamento
Teratogênese
Carcinogenese(ex: adenocarcinoma
associado ao dietietilbestrol)
Discinesia tardia
E (fim do uso ; inglês end
of use)
 Ocorre durante a abstinência
 Ocorre logo após a suspensão do medicamento
Sindrome de abstinência a opiaceos
Isquemia miocárdica (suspensão de β
bloqueador)
F (falha)  Falha inesperada da terapia
 Comum
 Relacionada a dose
 Frequentemente causada por interação
medicamentosa
Dosagem inadequada de anticoncepcional
oral particularmente quando utilizados
indutores enzimáticos.
Fonte: adaptado de Edwards; Aronson , 2000
Limitações da pesquisa clinica
Homogeneidade Duração do tratamento
Sexo Dose e forma de administração
Idade Adesão ao tratamento
População limitada Interação medicamentosa
Único fármaco Única morbidade
Farmacovigilância
Evento 
adverso
Detecção
prevenção
compreensão
avaliação
Definição: ciência e as atividades relativas a detecção, avaliação,
compreensão e prevenção dos efeitos adversos ou qualquer outro possível
problema relacionado com medicamento. (OMS-2002)
Farmacovigilância-Brasil 
CVS criado em SP 1986
ANVISA
OMS
Importância da Farmacovigilância
Identificação precoce do PRM
Identificação do aumento de freqüência de um 
PRM conhecido
Identificação de fatores de risco
Avaliação dos riscos e benefícios
Atualização da bula
Pontos abordados pela 
Farmacovigilância
Reações adversas 
(RAM)
Desvio de 
qualidade
Erros de 
administração
Notificação de 
perda de eficácia
Indicação não 
aprovada (off 
label )
Overdose
Avaliação da 
mortalidade
Interações 
medicamentosas
Tipos de relatos de PRM
• Voluntária: efetuada espontaneamente pelos profissionais 
de saúde às empresas farmacêuticas ou centros de 
farmacovigilância quando há suspeita de RAM ou queixa 
técnica.
• Literatura: publicações em revistas ou periódicos.
• Programa pós marketing : processo contínuo e pré-
organizado. A instituição entra em contato com o paciente.
Farmácias notificadoras
Projeto entre o Centro de Vigilância Sanitária (CVS) e Conselho 
Regional de Farmácia (CRF)
OBJETIVOS:
• ampliar as notificações de suspeita de RAM e queixas 
técnicas a medicamentos,
• estimular a prática da notificação voluntária por parte do 
usuário de medicamentos
• Até 2009 : 2813 farmácias e 6517 farmacêuticos (13 estados)
Industria Farmacêutica
Garantir a segurança
Medidas 
preventivas
Cumprir com 
obrigação legal com a 
autoridade sanitária
Relatos 
periódicos e 
imediatos
RDC nº4 de 10 fevereiro de 2009
Detentores de registro de medicamentos devem 
desenvolver ações de farmacovigilância no Brasil.
 Notificar ao CVS :
• Evento adverso grave envolvendo risco de morte em até 
7 dias
• Evento adverso grave envolvendo evento clinicamente 
importante, hospitalização, incapacidade permanente 
e/ou significativa em até 15 dias
RDC nº4
Medicamentos novos:
RPF (Relatório Periódico de Farmacovigilância) 
cada 6 meses nos primeiros 2 anos do 
produto, 1 vez por ano até a primeira 
renovação (três anos seguintes).
Indústria farmacêutica
SAC
Forças 
de venda
(colaborador)
Programa 
pós 
marketing 
Percentual de notificações de eventos adversos por tipo detalhado do 
notificante, Brasil, 2009; Dados até 31/03/2009.
Número de RAM notificados no Brasil
Notificações de reações adversas recebidas pela UFARM/ANVISA de 1999 
a 2008
Tipo de notificação relatada
Percentual de notificações eventos adversos, queixas técnicase Intoxicações. 
Brasil, 2009; Dados até 31/03/2009.
Número de notificações de eventos adversos por sexo, Brasil, 2009-Dados 
até 31/03/2009 (ANVISA)
Taxa de notificação de eventos adversos por faixa etária do paciente, 
Brasil, 2009- Dados até 31/03/2009. P/100.000 hab (ANVISA).
Por que ocorre subnotificação ?
• Culpa e medo ?
• Ingenuidade (se tem registro é seguro) ?
• Falta de interesse ?
• Incerteza do ocorrido ?
• Desconhecimento da existência ?
Causalidade
Efeito 
observado
julgamento clínico
Algoritmo de Naranjo (pg 65) 
Classificação da RAM quanto a 
Causalidade
RELACIONADA POSSÍVEL
PROVÁVEL DUVIDOSA
Julgamento Clínico: 
Participação ativa do profissional
• Relação temporal: 
- RAM ocorreu quanto tempo após a 
administração do medicamento?
- A RAM desapareceu qdo o Medicamento foi 
descontinuado? E qdo foi reintroduzido?
• Existe outra causa possível para a RAM 
(medicamento/doença concomitante, interação 
medicamentosa)
• Erro de administração: Certificar se a dose 
administrada foi correta
QUESTÕES SIM NÃO NÃO SABE
1. Existem relatos conclusivos sobre esta reação? 1 0 0
1. A reação apareceu após a administração do fármaco
suspeito?
2 -1 0
1. A reação desapareceu quando o fármaco suspeito foi
suspenso ou quando um antagonista específico foi
administrado?
1 0 0
1. A reação reapareceu quando o fármaco foi readministrado? 2 -1 0
1. Existem causas alternativas que poderiam ter causado esta
reação?
-1 2 0
1. A reação reapareceu com a reintrodução de um placebo? -1 1 0
1. O fármaco foi detectado no sangue ou outros fluídos
biológicos em concentrações tóxicas?
1 0 0
1. A reação aumentou com dose maior ou diminuiu quando
foi reduzida a dose?
1 0 0
1. O paciente tem história de reação semelhante com o
mesmo fármaco ou similar em alguma exposição prévia?
1 0 0
1. A reação foi confirmada por qualquer evidência objetiva? 1 0 0
Algoritmo de Karch e Lasagna e o Algoritmo de Naranjo
Algoritmo de Karch e Lasagna e o 
Algoritmo de Naranjo
• relacionada ≥ 9 
• provável 8 – 5 
• Possível 4- 1 
• Duvidosa ≤ 0
• Relação temporal plausível
• Doenças/medicamentos concomitantes não explicam 
a RA
• Resposta de retirada do medicamento: positiva
Relacionado
• Relação temporal razoável
• Doenças/medicamentos concomitantes: improvável
• Resposta de retirada do medicamento: razoável
provável
• Relação temporal razoável
• Doenças/medicamentos concomitantes : possível
• Resposta de retirada do medicamento: pode não 
ser conhecida
possível
• Relação temporal improvável
• Doenças/medicamentos concomitantes : 
explicação plausível
duvidosa
GERENCIAMENTO DE RISCOS
• Identificação da RAM
• Quantificação da RAM
• Avaliação de RAM
Farmacovigilância
Redução do risco
Comunicar 
Recomendar
Estratégias de prevenção
Reações adversas 
 Reações adversas graves
• evoluí para morte.
• risco de vida imediato. 
• incapacidade permanente e/ou significativa.
• requer ou prolonga hospitalização.
• clinicamente importante.
 Reação não grave
FARMACOVIGILÂNCIA HOSPITALAR
• Procedimentos e conduta aconselhada :
• critérios de seleção de medicamentos. 
• lista de medicamentos padrão. 
• protocolos específicos. 
• anamnese do paciente. 
• grupos de risco. 
• análise de prescrições.
• acompanhamento farmacoterapêutico
FARMACOVIGILÂNCIA HOSPITALAR
Criação de uma equipe multidisciplinar :
• controle qualidade produtos adquiridos.
• treinamento da equipe.
• trocar informações com outros hospitais.
• coordenar estudos específicos. 
• identificar reações adversas. 
• informar a ANVISA.
• obter informações da ANVISA. 
Exemplos na prática da 
FARMACOVIGILÂNCIA (ATIVA)
• Departamento de Farmácia do NIH
• Objetivo : estabelecer critérios para reduzir 
riscos no uso de quimioterápicos
• Prática : 
a) Melhorar qualidade no cuidado ao paciente.
b) Implantar pesquisa clínica no hospital.
c) Avaliar constantemente risco/benefício. 
Am J Health-Syst Pharm – vol 57, 2000
Exemplos na prática da 
FARMACOVIGILÂNCIA (ATIVA)
• Setor de Terapia Intensiva Massachusetts 
General Hospital 
• Objetivos: revisão e aconselhamento do 
farmacêutico e da enfermagem nas prescrições 
médicas.
• Grupos : Equipe c/ farmacêutico x Equipe médica 
simples.
• Resultados : 366 recomendações (362 acatadas) 
reduziram 66% efeitos adversos previsíveis.

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