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* * * * EXTRATERRITORIALIDADE DA LEI PENAL BRASILEIRA Princípio da extraterritorialidade: consiste na aplicação da lei brasileira aos crimes cometidos fora do Brasil, em virtude de regras permissivas, emanada do direito internacional costumeiro ou convencional. * * Formas de extraterritorialidade a) Incondicionada: não se subordina a qualquer condição para atingir um crime cometido fora do território nacional. Inciso I, do art.7º do CP. b) Condicionada: hipóteses do inciso II e do § 3º. * * Princípios para aplicação da extraterritorialidade Nacionalidade ou personalidade ativa: aplica-se a lei brasileira ao crime cometido por brasileiro fora do Brasil. (CP, art. 7º, II,b). b) Nacionalidade ou personalidade passiva: ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil (CP, art. 7º, § 3º). * * c) Real, da defesa ou proteção: aplica-se a lei brasileira ao crime cometido fora do Brasil, que afete interesse nacional. (CP, art. 7º, I, a,b e c). d) Justiça universal (CP, art. 7º, I, d, e II, a): Todo Estado tem o direito de punir qualquer crime, seja qual for a nacionalidade do delinquente e da vítima ou o local de sua prática, desde que o criminoso esteja dentro de seu território. * * Classificação das hipóteses de acordo com os princípios e as formas de extraterritorialidade: Inciso I: todas as hipóteses, da letra a a d, são extraterritorialidade incondicionada: Alínea a: princípio real, defesa ou de proteção; Alínea b: princípio real, defesa ou de proteção; Alínea c: princípio real, defesa ou de proteção; Alínea d: princípio da justiça universal * * Inciso II: todas as hipóteses, da letra a a c, são extraterritorialidade condicionada. Alínea a: princípio da justiça universal; Alínea b: princípio da nacionalidade ativa; Alínea c: princípio da representação * * § 2º- condições de procedibilidade a) A saída do agente não prejudicará o andamento da ação penal. b) Ser o fato punível também no país em que foi praticado, caso contrário, é inaplicável a lei penal brasileira; c)... d)... e)... * * § 3º- Está sujeito à extraterritorialidade condicionada e aplica-se o princípio real, da defesa ou proteção. Extradição: é o instrumento jurídico pelo qual um país envia uma pessoa que se encontra em seu território a outro Estado soberano, a fim de que neste seja julgada ou receba a imposição de uma pena já aplicada. * * Princípio da não extradição de nacionais: nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum praticado antes da naturalização ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes. Princípio da exclusão de crimes não comuns: estrangeiro não pode ser extraditado por crime político ou de opinião. * * Princípio da prevalência dos tratados: na colisão entre lei reguladora da extradição e o respectivo tratado, este último deverá prevalecer. Princípio da legalidade: somente cabe extradição nas hipóteses expressamente elencadas no texto legal regulador do instituto e apenas em relação aos delitos especificamente apontados naquela lei. * * Princípio da dupla tipicidade: deve haver semelhança ou simetria entre os tipos penais da legislação brasileira e do Estado solicitante, ainda que diversas as denominações jurídicas. Princípio da preferência da competência nacional: havendo conflito entre a justiça brasileira e a estrangeira, prevalecerá a competência nacional. * * Princípio da limitação em razão da pena: não será concedida a extradição para países onde a pena de morte e a prisão perpétua são previstas, a menos que deem garantias de que não irão aplicá-las. Princípio da detração: o tempo que o extraditado permaneceu preso preventivamente no Brasil, aguardando o julgamento do pedido de extradição, deve ser considerado na execução da pena no país requerente. * * Tribunal Penal Internacional: Instituição permanente, sediada em Haia, na Holanda, com jurisdição para julgar genocídio, crimes de guerra, contra a humanidade e agressão. Os crimes de competência desse tribunal são imprescritíveis, dado que atentam contra a humanidade. . * * A jurisdição internacional é residual e somente se instaura depois de esgotada a via procedimental interna do país vinculado. Suas decisões fazem coisa julgada, não podendo serem revistas pela jurisdição interna do Estado participante. O contrário também, ocorrerá, salvo se ficar demonstrada fraude ou favorecimento do acusado no julgamento. * *
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