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INTRODUÇÃO
Segundo Rosa (1990, p. 24), “A criança desenvolve os sentidos desde que nasce e um dos papéis da escola é proporcionar situações em que ela possa explorar e desenvolver todos os sentidos harmonicamente. ”
Para Moura, Boscardin e Zagonel (1989, p. 31), “O aspecto rítmico é inerente ao ser humano, estando ligado à sua parte fisiológica e ao movimento. Sua manifestação na criança acontece intuitiva e espontaneamente. É preciso, porém, conscientizá-la, pela vivência, da existência do ritmo como elemento musical básico. ”
O ritmo faz parte do cotidiano, da vida e da natureza. Nenhum elemento vivo existe sem sua presença. Podemos citar como exemplo os batimentos cardíacos, o crescimento das plantas, o caminhar dos animais, a respiração, a alimentação, o sono. Tudo se faz por meio do ritmo.
A TEMÁTICA RITMO, SEUS CONCEITOS E APLICAÇÕES
Segundo o músico Med (1986, p.11), “o ritmo é resultado da organização sistemática da duração do som em suas múltiplas possibilidades”. De acordo com Neves (1985 apud JEANDOT, 2001, p. 25), “Todo universo auditivo poderia se resumir a este enunciado: entre o ruído e o silêncio nasce a música. ”. Já para Jeandot (2001, p. 25), “Poderíamos dizer ainda: entre o ruído e o silêncio nasce o ritmo”. Conforme Weigel (1988, p. 10), “Ritmo é o efeito que se origina da duração de diferentes sons, longos ou curtos”. Bueno, em seu dicionário, apresenta a seguinte definição:
Essência da poesia em que se agrupam os valores de tempo combinados por meio de acentos; volta periódica de tempos fortes e fracos, num verso ou numa frase musical; movimento com sucessão regular de elementos fortes e fracos; harmoniosa correlação das partes; cadência. (BUENO, 1996, p. 579).
Bueno (1996, p. 579) ainda afirma que rítmica é “a ciência do ritmo, parte da teoria musical que estuda a expressão nas suas relações com o tempo”.
Segundo Cande (apud ARTAXO; MONTEIRO, 2000, p. 7), “o ritmo nos é tão necessário, que o nosso espírito tende a ritmar tudo o que é precisamente regular: os passos de um caminhante, o barulho do comboio nos trilhos, os batimentos do coração”.
O ritmo é um fenômeno de vida. Por ele nós tocamos diretamente o centro do problema que nos ocupa: o comportamento psicomotor das crianças. Na aprendizagem de um comportamento que deve mostrar-se idêntico ao seguinte, é graças à facilidade do ritmo que a criança pode representar essa sucessão de gestos, prevê-los, executá-los com uma precisão cada vez melhor. Ao não ultrapassar o limiar onde a imagem correria o risco de se afastar, cada imagem pode alimentar a seguinte. (ROSSELL, 1967 apud PALLARÉS, 1981, p. 16).
As atividades rítmicas são trabalhadas a partir dos seguintes itens: “vivência de tempo, sons, percepção visual e auditiva, domínio do movimento e do espaço”. (FERREIRA, 2005, p. 27).
A criança, por meio de imagens que lhe são familiares e lhe serão apresentadas por gravuras, cartazes, histórias, palestras, filmes, ´slides´, passeios, observação do ambiente, pátio da escola, movimento na rua, terá a motivação, o interesse despertado para a exploração dos múltiplos movimentos com seus pés, mãos, dedos, braços, troncos, pernas, e vai aprender de que é capaz, avaliando suas possibilidades. (PALLARÉS, 1981, p. 40).
Pallarés (1981) comenta que é função dos educadores proporcionar às crianças o maior número de experiências de movimentos com as diferentes partes do corpo, para que a criança adquira a base para uma boa postura e favoreça seu desenvolvimento. Por meio dos movimentos rítmicos formativos, é possível trabalhar diversos movimentos com as crianças. São inúmeras atividades, e o ritmo será determinado pelo professor por meio de música, contagem ou percussão. A criança executa atividades simples, como o movimento de tesoura sentado, depois deitado, com as pernas no chão ou com as pernas elevadas, circundação dos pés, flexão e extensão, bicicleta, polichinelo, abrir e fechar as mãos, flexão do tronco, abraçar as pernas sentado, deitar, engatinhar, encostar as mãos nos pés, rotação dos braços, “aviãozinho” e flexionar as pernas em diversas posições.
Nicolau (1986) esclarece que as crianças adoram cantar e é que interessante repetir e cantar várias vezes a mesma música, pois elas gostam de repetir. Mas cada repetição pode ter um diferencial, como, por exemplo, a canção pode ser acompanhada de gestos ou movimentos conforme for a letra, e o professor pode cantar uma vez, depois o professor e as crianças e, em seguida, só as crianças. Podemos cantar tirando palavras da música e colocando gestos. É interessante utilizar, para essas atividades, músicas em que as batidas são sempre iguais. Essas músicas são chamadas de pulso ou pulsação.
PLANOS DE AULA
Credenciada pelo Decreto Federal de 03/07/97 - D. O. U. Nº 126, de 04/07/97
	PLANO DE AULA 1
	Data: 16/10/2015
	Horário: 13:00 a 13:45
	Ano: 6º
	Nº de alunos: 10
	Tema: A manifestação do ritmo na Dança Subtema: Street Dance
	Conteúdo: Passos iniciais da dança popular com conteúdo baseado na cultura hip-hop
	Objetivo: desenvolvimento dos aspectos físico, cognitivo, social e afetivo, estimular o trabalho das funções psicomotoras, desenvolver as sensibilidades musicais e rítmicasagogia de aula para a Educa' I)or queconteudo pode receber propostas de ensino diferenciada em idades diferentes.���
	Recursos materiais: Rádio, CDs. 
	Procedimentos didáticos:
Atividade 1: Realização dos primeiros passos básicos da dança; 
Atividade 2: Realização de passos mais avançados da dança;
Atividade 3: Realização da junção dos passos básicos e avançados.
	Avaliação: verificar a capacidade do aluno de realizar tanto os passos básicos como os passos avançados separadamente e, posterior, uni-los em um ritmo único.
Credenciada pelo Decreto Federal de 03/07/97 - D. O. U. Nº 126, de 04/07/97
	PLANO DE AULA 2
	Data: 17/10/2015
	Horário: 13:00 a 13:45
	Ano: 6º
	Nº de alunos: 10
	Tema: A manifestação do ritmo na Ginástica Subtema: Saltos
	Conteúdo: Apresentação dos saltos, espacato e grupado. 
	Objetivo: Introduzir os saltos (definição de saltar: desprender-se da ação da gravidade manter-se no ar e cair sem se machucar, caracterizado por três fases: impulso/voo/queda).agogia de aula para a Educa' I)or queconteudo pode receber propostas de ensino diferenciada em idades diferentes.���
	Recursos materiais: Corda.
	Procedimentos didáticos:
Atividade 1: Foram montados três minicircuitos. Em cada circuito os alunos vivenciaram todos os saltos; 
Atividade 2: Salto grupado foi pedido para que os alunos realizassem o movimento da piscina: um salto com joelhos flexionados;
Atividade 3: No salto espacato lembrar do movimento feito para saltar uma poça d’água.
	Avaliação: realização de todos os saltos da maneira correta.
CONCLUSÃO
Ao final deste artigo, concluímos que, por meio do ritmo, a criança terá sua expressão natural própria como resposta aos estímulos que o meio externo lhe oferece, preparando seus movimentos para que se tornem coordenados, precisos, econômicos, disciplinados, auxiliando-a, assim, em suas tarefas diárias. “Educar é, principalmente, atender às necessidades do desenvolvimento da criança, a fim de propiciar a plena realização da sua personalidade. ” (MACHADO, 1985, p.21).
As atividades devem ser escolhidas de acordo com cada faixa etária, lembrando que cada criança tem um ritmo de aprendizagem e que duas crianças podem desenvolver a mesma capacidade, só que em tempo diferente.
REFERÊNCIAS
ARRIBAS, Tereza L. A educação física de 3 a 8 anos. Porto Alegre: Artmed, 2002.
ARTAXO, Ines; MONTEIRO, Gisele de Assis. Ritmo e movimento. Guarulhos: Phorte, 2000.
BORGES, Célio José. Educação física para o pré-escolar. Rio de Janeiro: Sprint, 2002.
BUENO, Franciscoda Silveira. Minidicionário da língua portuguesa. São Paulo: FTD: LISA, 1996.
FERREIRA, Vanja. Dança escolar: um novo ritmo para a educação física. Rio de Janeiro: Sprint, 2005.
GARCIA, Ângela; HAAS, Aline Nogueira. Ritmo e dança. Canoas: Ulbra, 2003.
GODALL, Teresa; HOSPITAL, Anna. 150 propostas de atividades motoras para a educação infantil (de 3 a 6 anos). Porto Alegre: Artmed, 2004.
JEANDOT, Nicole. Explorando o universo da música. 2. ed. São Paulo: Scipione, 2001.
MACHADO, Nilce V. A Educação física e recreação para o préescolar. Brasília: a autora, 1985. 
MÁRSICO, Leda Osório. A criança e a música: um estudo de como se processa o desenvolvimento musical da criança. Rio de Janeiro: Globo, 1982.
MED, Bohumil. Ritmo. 4. ed. Brasília: Musimed, 1986.
MEUR, A. de; STAES L. Psicomotricidade: educação e reeducação. São Paulo: Manole, 1984.
MOURA, Ieda Camargo; BOSCARDIN, Maria Tereza Trevisan;
ZAGONEL, Bernardete. Musicalizando crianças: teoria e prática da educação musical. São Paulo: Ática, 1989. 
NICOLAU, Marieta Lúcia Machado. A Educação artística da criança: plástica e música, fundamentos e atividades. São Paulo: Ática, 1986.
PALLARÉS, Zaida. Atividades rítmicas para o pré-escolar. Porto Alegre: Redacta, 1981.
RODRIGUES, Maria. Manual teórico-prático de educação física infantil. São Paulo: Parma, 1985.
ROSA, Nereide Schilaro Santa. Educação musical para a préescola. São Paulo: Ática, 1990.
SAUR, Erica. Ginástica rítmica escolar. Rio de Janeiro: Tecnoprint S.A., 1975.
WEIGEL, Ana Maria Gonçalvez. Brincando de música: experiências, com sons, ritmos, música e movimento na pré-escola. Porto Alegre: Kuarup, 1988.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
EDUCAÇÃO FÍSICA
Cael Heidemann de Quevedo
TEMÁTICA RITMO
Canguçu
2015

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