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MANUTENÇÃO DE POSSE

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE MUCAJAÍ
 IDELMAR COUTO SILVA, brasileiro, agricultor, portador da carteira de identidade nº 62.895 SSP/AM, inscrito no CPF nº 234.953.091-90, endereço eletrônico idelmarsilva@gmail.com, residente e domiciliado na travessa dos macuxi, nº 1205 – bairro senador hélio campos, na cidade de Boa Vista, estado de Roraima, por intermédio de sua advogada infra certificada, vem respeitosamente à presença de V. Exa., com fulcro nos artigos 1.1196, 1.200 e 1.210 do Código Civil brasileiro e também os artigos 85, 558, 560, 561, 566 e 555 do Código de Processo Civil, vem ajuizar a presente:
AÇÃO DE MANUTENÇÃO DE POSSE COM PEDIDO DE LIMINAR C/C INDENIZAÇÃO DE PERDAS E DANOS 
 contra JOSEFINA CALISTO, brasileira, agricultora, portadora da carteira de identidade nº 138,980 SSP/RR, inscrito no CPF nº 546.564.756-10, residente e domiciliada na rua Timóteo Cunha, nº 45 – bairro Centro, município de Cantá, estado de Roraima, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
l - DO FATO
O requerente é legítimo possuidor de um imóvel rural, na comunidade do Roxinho, denominada sítio Nova Morada, no município de Mucajaí, estado de Roraima, composto por uma área de 49 hectares (490 de frente x 10000 lateral), no qual foi adquirido no dia 02 de fevereiro de 2007, por meio de contrato de compra e venda e pagamentos de encargos tributários devidamente quitados, e o protocolo processo administrativo de regularização fundiária junto ao ITERAIMA/RR n º 1234/2012, para fins de obtenção de título definitivo, na forma da lei, conforme documentos em anexo.
O requerente investiu no imóvel desde a compra do mesmo, onde construiu o curral, galpão, cercado, duas moradias sendo uma do proprietário e outra do caseiro, onde, o mesmo habita com sua esposa e três filhos, para manutenção e cuidado do local, plantação de fruteiras e criação de pequenos animais, de acordo com as fotos em anexo, que na época em que o requerente comprou o imóvel e também fotos no decorrer dos anos, que comprovam inúmeros investimentos no local. O requerente possui o imóvel há mais de 10 anos, onde extrai seu próprio e único sustento familiar.
No entanto, ocorreu que no dia 10 de dezembro de 2016, a requerida, aproveitando-se do descanso noturno, aproximadamente às 20h, esbulhou clandestinamente o imóvel do requerente, cortando o arame e retirando a cerca dos fundos do imóvel, onde construiu um barraco, argumentando de forma leviana e sem apresentar nenhum documento, que era filha do ex-proprietário e estaria supostamente, utilizando-se de seu direito (SIC), isto é, invadir a própria propriedade, pois alega que recebeu de herança.
Ao adentrar no imóvel, a requerida, cortou e retirou a cerca dos fundos do imóvel, caudando-lhe assim dano patrimonial.
Em conta desse fato, a requerente propôs amistosamente, prazo para a desocupação do imóvel, no entanto o prazo não respeitado e nem providenciada a desocupação do mesmo. Contudo o requerente, sem outra alternativa senão buscar seus direitos por meio da Ação de Manutenção de Posse com Ação Liminar c/c com Perdas e Danos. 
 
2 - DO DIREITO
O requerente tem posse mansa e pacífica do imóvel, uma vez versa que o artigo 1.200 CC “É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária”, onde está devidamente comprovada a boa-fé do requerente conforme discriminação dos documentos de compra e venda e fotos incluso em anexo.
De igual modo, resulta a clara e inequívoca turbação praticada pela requerida, aproveitando do descanso noturno, onde clandestinamente esbulhou o imóvel, utilizando-se de má-fé. Conforme já exposto anteriormente, o requerente utiliza o imóvel para sustento familiar, onde goza e usufrui com plantações e criações de animais. Deste modo, extrai-se do artigo 1.210 CC que “O possuidor tem direito a ser mantido na POSSE, em CASO DE TURBAÇÃO, e restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado”. 
Clara, que a presente ação fora ajuizada dia 24 de março de 2017, e a turbação do imóvel sucedera dia 10 de dezembro de 2016, observada o tempo, é considerado POSSE NOVA, condição do artigo 558 do CPC “Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as normas da Seção II deste Capítulo quando a ação for proposta dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho afirmado na petição inicial”. Desde modo, estando devidamente comprovada com documentos à turbação de ano e um dia, condições estabelecidas no artigo 561 do CPC “Incube o autor provar: l – a sua posse; ll – a turbação ou o esbulho praticado pelo réu; lll – a data da turbação ou do esbulho; lV – a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção, ou a perda da posse, na ação de reintegração”. 
Destaca-se que também CPC, artigo 562 “Estando na petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada” c/c com artigo 560 CPC “Aplica-se, quanto ao mais, o procedimento comum”.
O objeto da Ação é de Manutenção da Posse com pedido de Liminar c/c Indenização de Perdas e Danos, requisitos estabelecidos no artigo 555 CPC “É licito ao autor cumular ao pedido possessório o de: l – Condenação em perdas e danos”, nesse sentido, o requerente cumular ao pedido possessório o de perdas e danos.
II - DOS PEDIDOS
POSTO ISSO,
Estando a inicial devidamente instruída, a Requerente socilita que V. Exa., se digne de tomar as seguintes providências:
Requerer, após a cumprida a medida liminar em ensejo, a citação da Requerente para, no prazo de cinco dias, querendo, contestar a ação, de acordo com o artigo 564 CPC;
Pede, mais, sejam julgados procedentes os pedidos formulados na presente querela, confirmando-se, por definitivo, a medida liminar antes conferida, e, com isso, manutenção na posse o Requerente, condenando a Requerida a não fazer novas turbações, sob pena de pagamento de multa, por cada uma, no importe de R$ 1.000,00 (hum mil reais);
Pede, outrossim, seja a Requerida condenado ao pagamento de honorários advocatícios e custas processuais, esses arbitrados no percentual de 20% (vinte por cento) sobre o valor do proveito econômico advindo a Requerente, conforme artigo 85, § 2º, CPC;
Requer a condenação da requerida a pagar perdas e danos da cerca danificada e retirada do imóvel, no valor de R$ 6.672,00 (seis mil, seiscentos e setenta e dois reais) a título de perdas e danos.
Entende a Requerida que o resultado da demanda prescinde de produção de provas, tendo em conta a prova documental colacionada aos autos. Toda via, ressalva a mesma que, caso esse não seja o entendimento de V. Exa., protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitido, sobretudo com a oitiva das testemunhas ora arroladas, perícia, depoimento pessoal do Promovido, o que desde já requer.
Concede-se à causa o valor de R$ 9.806,40 (nove mil, oitocentos e seis reais e quarenta centavos)
Requer a condenação da requerida a pagar perdas e danos da cerca danificada e retirada do imóvel, no valor de R$ 6.672,00 (seis mil, seiscentos e setenta e dois reais) a título de perdas e danos.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
24 de março de 2017
Francylene Peixoto Barros
OAB/RR 1010

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